Quando falamos de dinheiro, vivemos um dilema. Aproveitar o momento presente ou investir para uma boa velhice e aposentadoria? E se eu morrer ou adoecer antes? E se a economia vacilar? E se eu escolher os investimentos errados?
Posso ou quero depender do governo, do sistema de saúde público, da ajuda dos parentes? A questão principal é: e se eu NÃO morrer tão cedo? Quanto dinheiro devo ter investido para viver uma boa velhice? Que padrão de vida quero ter?
O equilíbrio é difícil de encontrar. Viver o hoje com um olho no futuro nem sempre é ansiedade. É precaução. A expectativa de vida do brasileiro cresceu muito nas últimas décadas. Dra. Ana Claudia Quintana, geriatra, disse em uma de suas aulas que chegamos à velhice como se ela fosse uma surpresa. Como se não tivéssemos sido comunicados que daqui a alguns anos estaríamos vivendo nela.
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Vivemos mais, mas não queremos pensar sobre isso
O fato é que nós sabemos e preferimos não pensar nisto. É mais provável que sejamos idosos pobres do que a morte nos encontre cedo. A longevidade é algo a comemorar. Não se trata de guardar dinheiro. Trata-se das facilidades que o dinheiro pode trazer, principalmente na velhice e no enfrentamento de possíveis doenças.
Ajudar um filho ou um neto, fazer doações para causas nas quais acreditamos, poder viajar, consumir. Tudo isso aumenta nossa autoestima em qualquer idade. Não é sobre dinheiro. Vou te contar uma pequena história.
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Quando falamos de dinheiro: um exemplo de casa
Meus pais reformaram um cômodo e deram os móveis antigos para a neta, que está começando a vida adulta. Ela e o namorado aceitaram e, quando estavam carregando, um armário caiu e partiu ao meio a televisão do vô. Perda total. Constrangimento geral. Se você fosse o avô, o que aconteceria? Ficaria sem televisão, maldizendo a própria sorte?
Compraria outra em doze prestações ou mais, lembrando-se do incidente amargamente durante um longo ano? Cobraria da filha ou da neta, gerando um incidente familiar? Ou poderia pensar que, infelizmente, o aparelho quebrou, mas como você tem uma reserva de emergência pode passar por isso fazendo piada. De forma leve. Não estragar as relações familiares por causa de um eletrodoméstico. Não é sobre acumular dinheiro, nunca foi. É sobre a vida, sobre as relações. Para viver, precisamos de ferramentas, e o dinheiro é uma delas.
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Quando falamos de dinheiro: precisamos ser estratégicos
Quando planejamos alguma mudança de vida, precisamos ser estratégicos. Serve para o envelhecimento e aposentadoria, mas também para uma demissão, a venda ou início de um negócio, mudança de cidade, aumentar a família. Além de acumularmos dinheiro suficiente para um período, podemos reduzir os custos básicos. Cada um deve refletir e decidir como fazer. Aqui no Dinheirama encontramos muitas ideias para priorizar o que realmente faz sentido e é importante.
A terceira idade está aí. Cuidar de nós mesmos também é cuidar de nossos filhos e netos. Tirar dos ombros deles a responsabilidade sobre a nossa velhice é um ato de amor. Hoje temos ferramentas para investimentos que há alguns anos nem sonhávamos ter.
É acessível, é possível, e nunca é tarde demais. Se estamos aqui, eu e você, é porque queremos uma vida plena e organizada. Ninguém se torna mais jovem com o passar do tempo. A hora é agora.