Os contratos futuros de soja na bolsa de Chicago caíram nesta quinta-feira para o menor nível em três anos, pressionados pela melhora do clima na América do Sul, vendas mornas de exportação dos Estados Unidos e entregas de contratos mais pesadas do que o esperado, disseram operadores.
Quatro dos contratos de soja negociados na CBOT incluindo o de maio estabeleceram novas mínimas mais cedo na sessão, antes de os preços subirem.
Os futuros do milho fecharam sem direção única, depois de um dia volátil de negociações técnicas, com ambos os lados inalterados, e a ampla oferta doméstica e global de milho continua a pairar sobre o mercado, disseram os operadores.
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Os futuros do trigo ficaram mistos, conforme negociações técnicas e uma onda de cobertura de posições vendidas deram um impulso aos contratos próximos, disseram operadores. Mas a concorrência acirrada pelos negócios de exportação global e a força do dólar pesaram no dia, segundo traders.
“O resultado final é que a produção mundial de commodities está superando o uso e, até que isso mude, os mercados sofrerão pressão”, disse Karl Setzer, sócio da Consus Ag Consulting.
O contrato de soja mais ativo na CBOT fechou em baixa de 4,50 centavos, a 11,4075 dólares por bushel. Mais cedo, atingiu seu ponto mais fraco desde novembro de 2020, a 11,2850 dólares, abaixo da mínima em três anos tocada na segunda-feira.
A associação da indústria Abiove cortou sua estimativa para a produção de soja do Brasil em 2024 pela segunda vez neste mês, para 153,8 milhões de toneladas, devido ao clima adverso.
Mas a produção brasileira ainda estaria próxima da safra recorde do ano passado, de cerca de 159 milhões de toneladas, e a Argentina, que começa a colher em abril, espera uma safra abundante.
O contrato do milho na CBOT fechou em alta de 1 centavo, a 4,2950 dólares por bushel, enquanto o trigo na CBOT fechou em alta de 1,50 centavo, a 5,7625 dólares por bushel.