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Taxas futuras de juros sobem antes de Copom e com projeção maior de IPCA 2025 no Focus

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,75%, ante 10,624%

por Reuters
IGP-10

Após a forte queda nas duas sessões anteriores, as taxas dos DIs terminaram a segunda-feira em alta no Brasil, após o Focus indicar uma projeção de inflação maior para 2025 e em meio aos receios com os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul nos preços domésticos, no PIB e no Orçamento federal, numa semana de reunião do Copom e anúncio do IPCA.

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No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 10,23%, ante 10,149% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,44%, ante 10,321% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,75%, ante 10,624%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,035%, ante 10,925%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 11,45%, ante 11,377%.

Na quinta e na sexta-feira as taxas dos DIs haviam despencado, na esteira da decisão de política monetária do Federal Reserve, do alívio na inflação norte-americana e da melhora da perspectiva de crédito do Brasil pela Moody’s.

Após o forte movimento, parte dos investidores recompuseram posições compradas em taxa nesta segunda-feira, para esperar a decisão da próxima quarta do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

“Aqui, temos uma espada na cabeça, que é o Copom, juntamente com o IPCA na sexta-feira. O mercado está se preparando para uma decisão não unânime (do colegiado) na quarta-feira”, comentou o economista-chefe na Way Investimentos, Alexandre Espirito Santo.

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Segundo ele, há ainda preocupação com os impactos da tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul sobre variáveis da economia, como inflação, Produto Interno Bruto e resultado primário do governo.

“Vai pegar no PIB, vai pegar na inflação e vai ter que fugir do arcabouço (fiscal), mas não tem como saber agora o impacto”, opinou Espirito Santo.

Na manhã desta segunda-feira, o Banco Central informou que a mediana das projeções do mercado para a inflação em 2025 aumentou de 3,60% para 3,64%, conforme o relatório Focus.

Para o economista-chefe do banco Bmg, Flavio Serrano, a expectativa antes do Copom, após o Focus indicar aceleração da inflação em 2025, justificou a alta das taxas dos DIs nesta segunda-feira. “Está caindo a chance de (corte de) 50 pontos-bases (da Selic na quarta-feira)”, pontuou. Atualmente a Selic está em 10,75% ao ano.

De fato, perto do fechamento a precificação da curva estava em 86% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic na quarta e 14% para corte de 50 pontos-base. Na sexta-feira o percentual de corte de 25 pontos-base estava em 75%.

O Banco Central informou pela manhã que a dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou março em 75,7%, contra 75,5% no mês anterior. A expectativa em pesquisa da Reuters era de 75,8% para a dívida bruta.

Nos EUA, o fim de tarde era de alta dos rendimentos dos Treasuries de curto prazo que refletem apostas no rumo da política monetária nos próximos meses e de queda para os yields de prazos maiores.

Às 16h37, o rendimento do Treasury de dois anos tinha alta de 3 pontos-base, a 4,833%, enquanto o yield do Treasury de dez anos referência global para decisões de investimento caía 1 ponto-base, a 4,489%.

Veja o documento abaixo:

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