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Tudo bem se comparar com os outros (o problema é outro)

por Cristina Pizarro
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Tudo bem se comparar com os outros - tênis coloridos

Como você encara a questão de se comparar com os outros diz muito sobre você.

Não faz bem se comparar com os outros. Cada um tem seu tempo, é preciso respeitar. Já ouviu isso por aí?

Entendo perfeitamente o que as pessoas muito bem-intencionadas querem dizer com isto, mas nem sempre concordo.

No entanto, algumas coisas precisam, sim, de comparações. Só sabemos onde estamos se nos compararmos saudavelmente com os outros.

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O exemplo das crianças

O médico pediatra sabe se nossos filhos estão com o desenvolvimento adequado usando uma tabela onde compara a nossa criança com a média das outras crianças da mesma idade.

Logo, existe uma idade para se sentar, andar, balbuciar as primeiras palavrinhas, compreender um texto, escrever, ler.

Há um intervalo grande de normalidade também para peso e estatura, mas existem limites que, se ultrapassados, acendem uma luz vermelha.

Esses marcos do desenvolvimento foram retirados de estatísticas e usados para se comparar com os outros, no bom sentido.

Nem os melhores pais do mundo podem mudar isto. Pais atentos usam da comparação para melhorar, inclusive.

Neste caso, para identificar possíveis alterações no desenvolvimento e buscar ajuda, buscar orientação buscar tratamento.

Para modificar algumas formas de educar e orientar. O que quero dizer com este exemplo é que não é sempre desprezível se comparar com os outros.

Uma fábula sobre se comparar com outros

Conhece a história da raposa e das uvas? É uma fábula, atribuída a Esopo, em que uma raposa tenta diversas vezes alcançar um cacho de uvas em um galho bem alto.

Como não consegue, a subida é alta e ela começa a cansar, declara que “essas uvas estão verdes mesmo, devem estar ruins. Podem manchar meus dentes por estarem muito azedas, e eu nem gosto delas tanto assim.”

Moral da história: é fácil desdenhar daquilo que não se alcança. Ou daquilo que não estamos tão dispostos assim a alcançar.

Daquilo que esperamos que a “natureza” faça sozinha, se fizer. Se a raposa vivesse em nossos dias, poderia pegar seu celular e ficar esperando “o tempo das uvas”.

Os jovens e suas escolhas

Por exemplo, muitos adolescentes vão prestar vestibulares e Enem em 2021, justamente neste ano tão complicado e caótico.

Neste sentido, muitos estão jogando a toalha, considerando o ano como perdido, declarando “as uvas verdes”, evitando comparações e pressões.

É da natureza dos processos seletivos uma enorme pressão. Querer eliminar isto é insano, impossível, pois é uma competição para ver quem são os mais preparados e ponto final.

Significa que quem não passar não vale nada, é inútil, não será ninguém na vida? De forma alguma!

Digo sempre que uma prova ou uma entrevista de emprego são como uma foto. Somente um instante capturado, onde pessoas lindas podem sair feias.

Porém, não existe a opção de eliminar a pressão, esperar o tempo propício. Fez a inscrição, está concorrendo. Com pandemia, sem pandemia, de máscara, sem máscara.

Tocou o sinal, você tem um tempo determinado para mostrar a que veio, fazer uma boa prova e seguir o curso de sua vida. É isso.

Mais uma vez, nenhum pai ou mãe amoroso pode eliminar a necessidade de se comparar com os outros. Faz parte.

Quanto você quer o sucesso?

É muito difícil admitir que deseja ardentemente algo.

O fracasso e a vergonha estão sempre nos lembrando de onde viemos, quem somos, que podemos ser alvo do escárnio e do deboche daqueles que nunca fazem nada.

Daqueles que preferem sempre declarar as “uvas verdes”. Da turma do “eu não queria, mesmo”. “Não preciso me sujeitar a isto, não era pra mim.”

Em uma competição, colocou o número no peito ou no cartão de inscrição, está concorrendo sim, amigo.

Acima de tudo, você quer tanto quanto os outros alcançar o sucesso. Não é feio admitir, é grandeza!

Quer investir, quer emagrecer, quer passar em um concurso? Não seja como a raposa. Use a régua da comparação a seu favor.

Logo, compare-se com os outros para ver onde precisa melhorar, quais as suas deficiências e quais as suas potencialidades.

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Conclusão

Creio que a comparação inútil é aquela que fazemos e que nos traz inveja, rancor, ansiedade e nos faz viver sempre lamentando o passado ou temendo o futuro.

Assim, a boa comparação nos traz um retrato das nossas condições atuais. Podemos, então, traçar metas, planos e objetivos mais certeiros.

A grama do vizinho sempre é mais verde, mas será que eu quero uma grama verde?

Você pode se comparar com os outros para crescer na direção que faz sentido para você. E crescer nem sempre é ter mais. Às vezes é ter e fazer menos, porém melhor.

Foto: Pexels.

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