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Usiminas vê custo de produção estável no 2º tri; ações despencam 10%

A Usiminas teve lucro líquido de 36 milhões de reais no primeiro trimestre

por Reuters
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Usiminas

A Usiminas (USIM5) espera ter um custo total de produção de aço no segundo trimestre estável ante os três primeiros meses do ano, apesar da melhora de produtividade que a empresa vem conseguindo após a reforma geral do alto forno 3 de sua usina em Ipatinga (MG), disse o vice-presidente financeiro, Thiago Rodrigues, nesta terça-feira.

Segundo o executivo, apesar do alto forno 3 estar permitindo uma redução nos custos de produção de aço da empresa, a operação da Usiminas em Cubatão (SP) deve compensar este efeito no segundo trimestre uma vez que a unidade trabalha com placas de aço compradas de terceiro, que passaram por elevação de preço “significativo” entre o final do ano passado e início deste ano.

Além disso, o custo da unidade paulista é afetado também pela desvalorização do real ante o dólar.

“Ainda estamos com expectativa de redução de custo na produção de aço, mas a taxa de câmbio e maiores preços de placas adquiridas…tendem a manter o CPV por tonelada estável”, disse o executivo em conferência com analistas, após a publicação dos resultados do primeiro trimestre nesta manhã.

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O executivo explicou que, diante do tempo que leva desde a compra das placas até a entrega para laminação em Cubatão, o efeito do aumento no preço do material “deve transitar pelo resultado” no segundo trimestre.

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A Usiminas teve lucro líquido de 36 milhões de reais no primeiro trimestre, forte queda ante o desempenho positivo de 544 milhões obtido um ano antes, apesar de vendas de aço praticamente estáveis e de minério de ferro em alta.

A companhia, que afirma, assim como todo o setor produtor de aço brasileiro, estar sendo pressionada por altas importações de aço da China pelo Brasil, teve um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de 416 milhões de reais de janeiro ao final de março, queda de 47% na comparação o primeiro trimestre de 2023.

Analistas, em média, esperavam que a Usiminas divulgasse lucro líquido de 128 milhões de reais e Ebitda de 387 milhões para o período, segundo dados da LSEG.

As vendas de aço cresceram 1% no período, em meio aos esforços da companhia para avançar no processo de retomada de produção de seu principal equipamento, o alto forno 3, da usina de Ipatinga (MG), que passou por uma reforma geral bilionária no ano passado.

E as vendas de minério de ferro subiram 4%, embora tenham recuado 18% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.

Minério de ferro
Minério de ferro (Imagem: Pixabay/Semevent)

Mas a receita líquida da Usiminas no somatório dos três primeiros meses de 2024 mostrou queda de 14% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 6,22 bilhões de reais ante expectativa média de analistas de 6,35 bilhões segundo a LSEG.

Para o segundo trimestre, a Usiminas afirmou que espera estabilidade nos volumes de minério de ferro e aço ante os três primeiros meses do ano.

Citando as melhoras operacionais geradas pela reforma do alto forno 3, a Usiminas apurou margem bruta de 6,4% no primeiro trimestre ante 2,1% no quarto trimestre, em meio a uma queda de 12% no custo de produtos vendidos no período.

Ante o primeiro trimestre de 2023, quando a empresa ainda se preparava para iniciar os trabalhos da reforma do equipamento, a margem bruta recuou quase 6 pontos percentuais.

A companhia terminou março com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 0,22 vez, ante nível negativo de 0,05 vez ao final de dezembro.

Veja o documento abaixo:

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