O Goldman Sachs elevou o preço-alvo para as ADRs (American Depositary Receipts) da Vale (VALE) em 6%, para US$ 12,70 (de US$ 12), mas manteve a recomendação neutra para os papéis negociados em Nova York.
O banco estima que as ações da Vale precificam atualmente um minério de ferro a US$ 102 a tonelada, sendo que o à vista está em US$ 105 e as projeções são de US$ 90 entre o segundo semestre de 2023 e o final de 2024.
A revisão incorporou o recente balanço do segundo trimestre da Vale e resultou em uma elevação da estimativa para o Ebitda em 9% para 2023, 1% para 2024 e zero para 2025.
“Nossa atualização para 2023 reflete uma marcação a mercado positiva para os preços das commodities, bem como uma melhoria na qualidade ferrosa, além da esperada”, apontam os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques.
Segundo eles, os embarques do sistema do Norte estiveram mais fortes do que o esperado no 2º trimestre e que provavelmente continuarão assim com a sazonalidade. Além disso, o licenciamento da barragem Torto pode apoiar a produção de pellet feed (minério mais fino).
Preços
Os preços do minério de ferro têm sido mais resilientes do que o esperado este ano devido ao aumento das exportações de aço da China e à produção de “aço EAF”, que é baseada em sucata mais fraca, analisa o GS
A partir daqui, o banco acredita que os detalhes sobre o suporte à política imobiliária na China serão cruciais para determinar o caminho do preço no restante do segundo semestre.
Os analistas do setor imobiliário do GS acreditam na continuidade da entrada do mercado de minério de ferro em uma fase superavitária.
“Também permanece o risco de cortes obrigatórios de aço na China, o que potencialmente proporcionaria um choque negativo de demanda no mercado e no preço”, revelam.