As ações da Biomm (BIOM3) sobem nesta terça-feira (17) com a evolução de um Projeto de Lei que exige a oferta de liraglutida e semaglutida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a inclusão na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).
A empresa anunciou em meados de abril que assinou um acordo para comercializar e distribuir o medicamento semaglutida no Brasil.
O acordo, exclusivo, foi acertado com a indiana Biocon. A Biomm afirmou que, no ano passado, as vendas de semaglutida no Brasil somaram R$ 3,1 bilhões, com uma taxa de crescimento médio de quase 40% entre 2021 e 2023.
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Segundo a Biocon, o medicamento é similar ao Ozempic, fabricado pela Novo Nordisk. Pelo acordo, a Biocon será responsável pelo desenvolvimento, fabricação e fornecimento da semaglutida à Biomm para o mercado brasileiro.
Além disso, em 15 de maio, a Biomm celebrou junto à empresa Kexing Biopharm, um acordo exclusivo para a comercialização e distribuição do medicamento biossimilar liraglutida no Brasil. Liraglutida é um analógo do GLP-1 (hormônio endógeno) que tem como efeito diminuir a fome, aumentar a saciedade e controlar a glicemia (SBEM-SP).
Em 2023, os produtos originadores Victoza® e Saxenda® apresentaram faturamento de R$ 90 milhões e R$ 599 milhões, respectivamente, no mercado brasileiro.
Detalhes do PL
O PL 2264/24 argumenta que é um direito do cidadão ter acesso a um tratamento gratuito e eficaz para uma doença que pode lhe trazer tantas consequências “nefastas” além de trazer mais sobrecarrega para o SUS. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.
“Esses dois medicamentos são reconhecidos mundialmente como eficazes no tratamento da obesidade, mas o preço é uma barreira ao uso pela população mais carente”, disse o autor da proposta, deputado Damião Feliciano (União-PB).
O parlamentar lembrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da liraglutida em 2022, com o nome comercial Saxenda. Já a semaglutida está registrada com os nomes Ozempic (2022) e Wegovy (2023).
Segundo a Anvisa, a liraglutida auxilia no controle crônico de peso em associação a uma dieta baixa em calorias e ao aumento de exercícios físicos. A semaglutida, por sua vez, é mais uma opção para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para se tornar lei, é preciso ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
(Com Agência Câmara)