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Investimento anjo no Brasil: cenário atual, números e fatos relevantes

por Isabella Abreu
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Os investidores anjos brasileiros são majoritariamente homens (98%), empresários e empreendedores (50%), com idade média de 44,3 anos e apetite para triplicar sua carteira atual de investimentos, segundo dados da Anjos do Brasil, organização de fomento ao investimento anjo no país.

Além de empresários e empreendedores, os investidores anjos são executivos (29%), profissionais dedicados a investimentos (13%) e profissionais liberais (6%). Em média, eles dedicam 25% de seu tempo à atividade.

Entre os setores de interesse estão TI (75%), aplicativos para smartphones (56%), saúde e biotecnologia (44%), e-commerce (42%), educação (38%), entretenimento (35%) e outros setores (13%).

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De acordo com pesquisa realizada pela entidade, os investidores anjo ainda estão em fase de desenvolvimento, já que ainda possuem um número pequeno de investimentos efetivados.

No entanto, eles têm apetite para quase triplicar sua carteira atual. Devem passar da média de 2,5 investidas para 6,6, demonstrando o potencial de crescimento. Ainda mais considerando sua disposição de investirem R$ 416 mil em média nos próximos anos.

Entre os desafios enfrentados pelos investidores anjos destaque para a falta de estímulos fiscais. Em seguida, aparecem dois pontos: as dificuldades de sair do negócio (também chamada de desinvestimento) e a falta de projetos bons.

Preocupação com os passivos que a empresa pode adquirir, risco de investimento e encontrar coinvestidores foram outros obstáculos. “O investimento anjo é um movimento ainda recente no Brasil e o importante agora é unir forças para que ele cresça”, ressalta Cassio Spina, presidente da Anjos Brasil.

Embora ainda não seja uma prática tão difundida no país, cada vez mais empreendedores estão acreditando no potencial de empresas nascentes/iniciantes, aumentando o número de investidores anjo atuantes. Confira alguns exemplos:

  • Gávea Angels: primeiro grupo de investidores anjo fundado em 2004, atua no Rio de Janeiro e atualmente é presidido por Camila Farani;
  • Floripa Angels: baseado em Florianópolis e liderada por Marcelo Cazado;
  • Jacard Investimentos: com base em Santa Catarina, é liderada por Marcelo Amorim;
  • São Paulo Anjos: atua em São Paulo sob liderança de Elcio Morelli;
  • Bossa Nova: sediada em São Paulo e com escritório no Vale do Silício, liderada por Pierre Schurmann e João Kepler.

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Crescimento na crise

Mesmo com o atual momento de dificuldade econômica, o volume de investimento-anjo no país não foi reduzido. Entre julho de 2014 e junho de 2015, o valor aportado em startups chegou a R$ 784 milhões. Um aumento de 14% sobre os R$ 688 milhões do período anterior, de acordo com a Anjos do Brasil.

No entanto, o número de investidores-anjo não cresceu na mesma proporção. O aumento foi de apenas 3%, passando de 7.060 para 7.260 pessoas físicas. Segundo Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil, isso aconteceu porque o número de pessoas com patrimônio acima de US$ 1 milhão caiu 7% em relação ao ano anterior.

Além disso, de acordo com o levantamento, 80% dos investidores são receptivos. Ou seja, só fazem aportes quando são procurados pelos empreendedores.

Já o valor médio aplicado por negócio cresceu de R$ 97,5 mil para R$ 108 mil nos 12 meses da pesquisa. Para Spina, apesar da crise, o investimento-anjo foi pouco afetado. Os negócios inovadores têm alto potencial de crescimento mesmo com a conjuntura econômica.

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