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Consumo e consumismo: entenda a diferença

por Redação Dinheirama
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Consumo e consumismo - Dinheirama

Consumo e consumismo são, certamente, duas palavras muito faladas nos dias de hoje. Afinal, precisamos comprar a maioria das coisas sem as quais não vivemos.

Mas, você sabe qual é a diferença entre os dois termos? Entender o que eles significam é fundamental para lidar melhor com suas finanças pessoais.

Ao longo deste texto, vamos te explicar melhor sobre o assunto. Assim, você poderá identificar o seu perfil como consumidor.

Vamos falar sobre como manter uma relação saudável e sustentável com o consumo. Acompanhe!

O que é consumo?

O consumo é, em resumo, o ato de comprar produtos ou serviços. Ou seja, consumir significa pagar por algo que você vai usufruir.

Você pode consumir, por exemplo, alimentos, bebidas, roupas, jóias, brinquedos… Ou ainda serviços como cinema, clubes, parques, hotéis, entre outros. 

Sociedade do consumo e consumismo

Vivemos em uma sociedade capitalista e, como resultado, baseada no consumo. Pode reparar que, hoje em dia, praticamente nada é possível sem consumo. 

Além de que a maioria dos programas de lazer envolvem algum tipo de consumo, o excesso de consumo é frequentemente estimulado. 

Isso nos gerou um grande problema: o consumismo, que nada mais é do que o consumo em excesso. 

Ser uma pessoa consumista é ser alguém que compra mais do que o realmente necessário. E, em muitos casos, mais do que cabe no seu bolso.

Consumo e consumismo - Dinheirama
Crédito: Unsplash

O que é cultura do consumismo?

A cultura do consumismo é algo que nem sempre percebemos, mas acontece o tempo todo.

Em datas comemorativas, se tornou cultural comprar presentes, por exemplo. Reuniões com amigos geralmente pedem um barzinho ou uma balada.

Ou seja, é praticamente impossível viver em sociedade sem consumir. O consumo se tornou uma régua de inclusão social. 

Além disso, as promoções e campanhas de marketing também nos estimulam a comprar o tempo todo.

Hoje, estudos psicológicos são utilizados para que as marcas saibam como nos atrair. Elas utilizam mecanismos para que compremos por impulso, por exemplo.

Para fugir de tudo isso, o primeiro passo é ter consciência de que essa cultura existe. 

Em seguida, você precisa ter autoconhecimento. Só assim vai saber discernir o que você realmente precisa e quer, do que você compra só por influência externa.

Impactos do consumismo

Os impactos do consumismo são muitos. Vão desde pessoas que desenvolvem transtornos e se tornam acumuladoras, até impactos ambientais.

Mas, em especial, o consumismo gera um grande número de endividados. E a partir disso, as pessoas deixam de utilizar o dinheiro a seu favor para se tornarem escravas dele.

Por isso, é preciso ser consciente em relação às suas compras. “Tenho dinheiro suficiente para pagar pelo que estou comprando?” “Eu realmente preciso disso?”.

Começar a se questionar sobre seus hábitos de consumo é o primeiro passo para ter uma boa relação com o dinheiro.

Consumo e consumismo: diferença

Conforme dissemos, consumo e consumismo não são a mesma coisa. Assim, uma pessoa que compra não é necessariamente consumista só por causa disso.

O dinheiro existe para oferecer qualidade de vida, conforto e permitir uma sobrevivência com dignidade. Nesse sentido, o consumo é essencial.

A pessoa consumista é, portanto, aquela que consome em excesso. Mas é importante salientar que avaliar isso é mesmo muito subjetivo. 

Quanto é o mínimo para viver com dignidade? A discussão sobre consumo não deve caminhar por aí. 

O consumo para subsistência é óbvio. Mas quando a educação financeira cumpre seu papel, prioridades subjetivas também merecem espaço.

Todos temos desejos – e sempre os teremos. Se você não precisa, mas ainda assim compra, se sente bem com isso e não prejudica seu planejamento, ótimo.

O consumo é também uma parte de quem somos, daquilo que gostaríamos de alcançar e de como nos expressamos. Certamente, não há como negar tudo isso.

A pessoa consumista, portanto, é aquela que atravessa a fronteira do que ela é e de como quer se mostrar aos demais. 

Se você compra frequentemente coisas que não te trazem felicidade, não partem de um desejo genuíno, você é consumista. 

Além disso, se você se endivida e causa problemas para você e para a sua família por comprar em excesso, também está na hora de rever seus hábitos de consumo.

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Crédito: Unsplash

Hiperconsumismo

É fundamental reconhecer que o problema do consumismo existe porque há uma distorção na percepção humana. E isso é passível de mudança.

Quem também vê o consumismo dessa forma é o filósofo Gilles Lipovetsky. Ele é o autor dos livros “O Império do Efêmero” e “A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo”.

Segundo Lipovetsky, a velocidade com que estamos mudando nossos hábitos de consumo aumentou muito nos últimos 30 anos. 

Por causa da tecnologia, o consumismo se tornou cada vez mais onipresente e individualizado.

“No hiperconsumo, não há limite de espaço e tempo. É possível comprar em qualquer hora e lugar”, diz Lipovetsky. 

Trata-se de um caminho sem volta. O chinês que experimentou uma carne melhor, não vai querer deixar de comê-la.

Ele também destaca a capacidade humana de inventar como um diferencial importante ao lidar com problemas complexos. 

O consumo seguirá muito forte na modernidade. Mas é desejável que ele não seja o estilo de vida a ser escolhido. A resposta para isso? Educação, inclusive financeira.

Como estabelecer um limite entre consumo e consumismo?

Hoje você já deu o primeiro passo para criar um limite entre consumo e consumismo: entender melhor sobre eles.

Agora, sugiro que você comece a se fazer algumas perguntas antes de comprar qualquer coisa:

  • Eu preciso disso agora?
  • Eu tenho condições de comprar isso agora sem prejudicar o restante do mês e de meus objetivos?
  • Há algo mais importante que eu deva considerar fazer antes de gastar este dinheiro?
  • Posso esperar até amanhã para tomar essa decisão?
  • Como está a minha fatura do cartão de crédito?

Consumo é lidar diariamente com suas necessidades, mas tendo em vista suas prioridades e desejos.

Reflita sobre os seus reais desejos e crie uma lista de prioridades. Afinal, para quem não sabe o que quer, qualquer compra parece atrativa.

Se você sonha em viajar, que tal começar a destinar o dinheiro que você antes gastava em compras supérfluas, para a viagem?

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Crédito: Unsplash

Consumo sustentável

Além dos quesitos comportamento e finanças, o consumismo também tem impacto no meio ambiente.

A partir do momento em que você começa a questionar os ítens que consome, começa a desperdiçar menos recursos naturais.

Uma dica aqui é: além de deixar de comprar o que não é necessário, busque comprar produtos ecológicos. O meio ambiente agradece!

Conclusão

Consumo não pode ser uma palavra proibida e tampouco um ato qualquer. Consumismo é quando não damos a mínima para essa discussão.

Devemos escolher bem como vamos gastar nosso dinheiro. Porém, o que é importante para mim pode não ser relevante para você. 

Valorize e pratique a educação financeira! Só assim você saberá criar um plano financeiro para você. Não vale copiar dos outros!

Agora que você já sabe a diferença entre consumo e consumismo, não deixe de compartilhar esse conteúdo. Assim, você ajuda alguém que esteja precisando de um toque.

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