Os contratos futuros do cacau em Nova York caíram quase 7% nesta segunda-feira, continuando um movimento de baixa após uma breve pausa na sexta-feira, já que o mercado parece tecnicamente fraco e os fundos continuam a liquidar posições.
O café arábica também fechou em baixa, enquanto o açúcar bruto subiu.
Os futuros do cacau, do café robusta e do açúcar branco em Londres não foram negociados devido a um feriado.
Cacau
O contrato julho do cacau em Nova York fechou em baixa de 557 dólares, ou 6,8%, a 7.588 dólares a tonelada métrica. O contrato perdeu 23% na semana passada.
Os negociantes disseram que a queda foi devido à liquidação de posições compradas por fundos, em um movimento desencadeado em parte pelo aumento das chamadas de margem pela bolsa.
“O cacau caiu em meio a uma perspectiva melhor para a safra intermediária (na África) e vendas técnicas”, disse o Rabobank em uma nota.
Café
O café arábica julho encerrou em queda de 5,55 centavos, ou 2,8%, a 1,952 dólares por libra-peso, uma mínima em um mês. O contrato perdeu 10% na semana passada.
Os negociantes disseram que o mercado do café arábica parece fraco, com os fundos liquidando posições compradas, bem como com a influência de baixa do mercado do café robusta, que caiu.
Os corretores do Vietnã relataram na segunda-feira quedas acentuadas nos diferenciais de exportação do robusta, à medida que o mercado físico se ajusta à perda de 15% nos futuros do robusta na semana passada.
Há previsão de chuvas no Vietnã, o que pode melhorar a situação da safra.
Açúcar
O açúcar bruto de julho fechou em alta de 0,2 centavo, ou 1%, a 19,48 centavos de dólar por libra-peso.
Os comerciantes disseram que a preocupação com o fato de que o clima quente na Tailândia poderia prejudicar as plantações de cana-de-açúcar forneceu algum suporte, assim como o clima seco no centro-sul do Brasil.
O Citi manteve sua previsão de outro déficit em 2024/25 e de que os futuros do açúcar bruto serão negociados na faixa de 22 a 25 centavos de dólar por libra-peso no próximo trimestre.
“O mercado internacional de açúcar não parece ter precificado adequadamente os riscos de redução de safra para a temporada 2024/25 do centro-sul do Brasil”, disse o Citi em uma nota.