A Copel (CPLE3; CPLE6) poderá aumentar a sua distribuição de dividendos em decorrência da venda de 51% da Compagas para a Compass, anunciada na quarta-feira (10) por R$ 906 milhões, avalia o Itaú BBA.
A transação, explica a empresa paranaense, faz parte de sua estratégia para focar em seu “core business” e na descarbonização do seu portfólio, afirmou a Copel.
“Vemos a transação como positiva para a Copel porque ressalta a capacidade da empresa de entregar seu plano de desinvestimento em termos atrativos, desbloqueando mais valor para seu acionista e potencialmente rendendo dividendos mais altos”, opina o analista Marcelo Sá.
Segundo ele, o negócio foi fechado com um múltiplo implícito de 2,2 vezes o valor da empresa sobre a base de ativos regulatórios (EV/RAB), acima da previsão do banco e muito melhor do que as recentes fusões e aquisições anunciadas no segmento de distribuição de gás natural.
A recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi reiterada, com um preço-alvo de R$ 13,30.
“Vemos a ação negociada a uma avaliação muito atrativa (12,1% IRR), com riscos de execução relativamente baixos, forte crescimento orgânico no negócio de discoteca e potenciais gatilhos de curto prazo”, pontua Sá.
Copel no Ibovespa
Segundo o Bank of America, as ações da Copel têm uma chance de entrar na próxima revisão do Ibovespa.
Os papeis estão próximos em termos de métricas de negociabilidade, mas precisariam melhorar em relação ao restante do índice para ter uma chance maior de inclusão.
A próxima prévia do índice Ibovespa será divulgada no dia 1º de agosto. A 2ª prévia será divulgada no dia 16 de agosto, e a 3ª (última) no dia 30 de agosto.