Finclass Vitalício Topo Desktop
Home Empresas CPI da Americanas ouve dois ex-diretores da empresa na terça-feira

CPI da Americanas ouve dois ex-diretores da empresa na terça-feira

A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões

por Agência Câmara
3 min leitura
A audiência será realizada a partir das 15 horas, no plenário 7 (Imagem: Reprodução/Facebook/Americanas)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura possível fraude contábil na Americanas (AMER3) ouve na terça-feira (29) os ex-diretores da empresa Anna Christina Ramos Saicali e Marcelo da Silva Nunes, e o professor de Direito Penal da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcelo Costenaro Cavali.

Finclass Vitalício Quadrado

Os depoimentos foram propostos pelos deputados Carlos Chiodini (MDB-SC), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Tarcísio Motta (Psol-RJ).

A audiência será realizada a partir das 15 horas, no plenário 7.

  • Confira a pauta

A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. Chiodini quer que os dirigentes esclareçam “o andamento da persecução penal decorrente dos fatos apurados na CPI”.

Depoimentos anteriores
Na primeira audiência pública, a CPI ouviu o presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto. Ele disse aos parlamentares que as fraudes sucessivas no mercado de capitais brasileiro decorrem da certeza de impunidade dos infratores.

  • CPI deve propor lei para punir de forma rigorosa fraudes no mercado de capitais, defende debatedor

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CUT), Julimar Roberto, também já esteve na comissão e afirmou que as federações e confederações trabalhistas entraram na Justiça para que os principais credores da Americanas sejam responsáveis pelo pagamento de direitos trabalhistas, caso o patrimônio da empresa não seja suficiente para cobrir a despesa.

Finclass Vitalício Quadrado

Já o presidente da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, reconheceu perante a CPI que a crise na varejista não pode mais ser tratada como crise de inconsistências contábeis, e sim como fraude.

  • CEO da Americanas descarta inconsistência contábil e reconhece fraude

Essa também foi a visão apresentada pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Barroso, aos deputados. “Não podemos tirar conclusões precipitadas, mas as evidências caminham para a existência de um arrojado esquema fraudulento para inflar e falsear números e resultados contábeis”, disse o executivo ao ser ouvido na CPI em junho.

  • Presidente da CVM diz que há indícios de crime contra mercado de capitais na investigação da Americanas

Já os auditores independentes que monitoraram os últimos exercícios contábeis da empresa disseram que foram “vítimas” de fraude na gestão da Americanas, mas não convenceram alguns parlamentares que afirmaram que a atuação das auditorias independentes afetou a saúde financeira da companhia e ampliou o tamanho da fraude.

  • Ex-diretor da Americanas se cala na CPI e auditores se dizem “vítimas” de fraude na gestão da empresa

A CPI também tentou ouvir o ex-diretor financeiro da Americanas Fábio da Silva Abrate, porém, amparado por um habeas corpus, o executivo se negou a responder às perguntas dos deputados.

Já o ex-diretor-executivo da empresa Miguel Gutierrez alegou problemas de saúde para adiar o depoimento à comissão.

No último dia 8, os deputados ouviram o especialista em mercado financeiro Eduardo Moreira, e o diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Caio Magri.

No dia 15, a CPI pretendia ouvir o ex-diretor da empresa Márcio Cruz Meirelles, na condição de testemunha, mas ele ficou em silêncio, amparado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na mesma reunião, o procurador da República do Estado do Rio de Janeiro, José Maria Panoeira, disse que o Ministério Público Federal recebeu, em fevereiro deste ano, uma comunicação da CVM sobre um rombo contábil da empresa Americanas S.A em um valor de R$ 22 bilhões.

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.