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Ibovespa mostra fraqueza com Petrobras minando efeito de alívio na curva de juros

Às 11h14, o Ibovespa caía 0,11%, a 113.289,7 pontos

por Reuters
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Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) mostrava fraqueza nesta quarta-feira, pressionado principalmente pela queda das ações da Petrobras na esteira do declínio dos preços do petróleo no exterior, enquanto o alívio na curva de juros apoiava papéis de empresas sensíveis à economia doméstica.

Investidores também continuam acompanhando os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, que mostram certa acomodação após renovarem mais cedo máximas desde 2007.

Às 11h14, o Ibovespa caía 0,11%, a 113.289,7 pontos, após acumular perda de 2,7% nas primeiras duas sessões da semana. Na véspera, o índice fechou na mínima em quatro meses e na máxima, mais cedo, chegou a subir a 113.792,02 pontos. O volume financeiro somava 4,65 bilhões de reais.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha acréscimo de 0,1%, conforme dados da ADP mostraram que a criação de vagas no setor privado dos EUA desacelerou com força em setembro, mas as encomendas à indústria subiram acima do previsto, assim como a atividade de serviços continuou crescendo.

Para o superintendente de research para pessoas físicas da Ágora Investimentos, José Cataldo, o começo da sessão no exterior pareceu ser de recomposição parcial de alguns exageros que possam ter sido precificados durante o sell-off da véspera, conforme relatório enviado a clientes.

Cataldo avalia, contudo, que, a dois dias da divulgação do relatório do governo norte-americano sobre o mercado de trabalho dos EUA, investidores devem evitar assumir posições muito arriscadas, o que deve inspirar cautela no mercado brasileiro.

No noticiário local, também repercutia a notícia de que o parecer do relator na Câmara dos Deputados do projeto de lei sobre fundos exclusivos e offshore não incluiu mudanças nas regras do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP). A previsão é que a votação do texto na Câmara ocorra nesta semana.

Destaques

Petrobras (PETR4) recuava 2,56%, a 33,10 reais, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado em baixa de 2,75%. Arábia Saudita e da Rússia prometeram continuar cortando produção até ao final de 2023, mas o efeito era compensado pelos receios relativos à demanda por causa do cenário macroeconômico. Um painel ministerial da Opep+ que se reuniu nesta quarta-feira não fez alterações na atual política de produção de petróleo do grupo. No setor, Prio (PRIO3) caía 1,28%, a 44,59 reais, tendo ainda no radar dados operacionais referentes a setembro.

Arezzo (ARZZ3) valorizava-se 3,69%, a 63,99 reais, com o setor como um todo beneficiado pelo alívio na curva de juros local, mas também tendo como pano de fundo relatório do JPMorgan que elevou recomendação das ações para “overweight”. Os analistas do banco norte-americano também deram “upgrade” para Lojas Renner e Vivara, em relatório com ajustes também nas estimativas e preços-alvo das companhias e de outras empresas do setor. Lojas Renner (LREN3) subia 1,28%, a 12,69 reais, e Vivara (VIVA3), que não faz parte do Ibovespa, avançava 3,96%, a 27,05 reais.

Magazine Luiza (MGLU3) avançava 1,63%, a 1,87 real, acompanhando a recuperação generalizada em papéis sensíveis a juros, com o índice do setor de consumo trabalhando em alta de 0,53%. No mesmo contexto, o índice do setor imobiliário subia 1,23%.

Vale (VALE3) caía 0,86%, a 66,01 reais, ampliando a queda na semana, marcada pela ausência do referencial de preços do minério de ferro na China em razão de feriado no país asiático.

B3 (B3SA3) tinha elevação de 0,96%, a 11,60 reais, em dia de ajustes, após perder 6,5% nos dois pregões anteriores. Os primeiros pregões de outubro mostraram volumes bem abaixo da média do ano.

Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 1,02%, a 26,87 reais, BRADESCO PN subia 1,94%, a 14,18 reais, uma vez que o parecer protocolado sobre o projeto dos fundos exclusivo e offshore não incluiu mudanças nas regras do mecanismo de JCP, medida que afetaria os resultados dos bancos. Na terça-feira, o relator da projeto, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), havia afirmado que seu parecer deveria incluir uma mudança no mecanismo.

ALLOS (ALSO3) valorizava-se 2,00%, a 21,94 reais, beneficiada pelo ambiente mais favorável ao setor de varejo e tendo ainda no radar a notícia de que a companhia, formada pela junção da Aliansce Sonae com a brMalls, assinou compromissos para venda de toda sua participação no Shopping Jardim Sul e de 43% de sua fatia no Boulevard Shopping Bauru pelo total de 444,4 milhões de reais.

Americanas (AMER3), que não está no Ibovespa, recuava 3,90%, a 0,74 real, após divulgar que suspendeu o processo de venda da Uni.co, que opera franquias como Puket e Imaginarium, depois de considerar que as ofertas recebidas “não refletem o real valor do ativo”. Também afirmou que vai realizar a segunda tranche do financiamento de 2 bilhões de reais bancado pelos acionistas de referência da companhia.

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