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Juros futuros sobem no Brasil na esteira dos Treasuries

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,39%, ante 12,376% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,635%

por Reuters
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Por trás do movimento está a percepção de que a economia dos EUA segue resiliente, além da preocupação com o déficit fiscal norte-americano (Imagem: Reprodução/Freepik/@ededchechine)

As taxas dos contratos futuros de juros tiveram mais uma sessão de alta nesta terça-feira no Brasil, na esteira da abertura da curva a termo dos Estados Unidos, cuja economia mostra resiliência, enquanto China e zona do euro seguem decepcionando.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram durante a sessão, o que puxou para cima as curvas de juros dos mercados emergentes de modo geral, pontuou Felipe Garcia, chefe da mesa de operações do C6 Bank.

Por trás do movimento está a percepção de que a economia dos EUA segue resiliente, além da preocupação com o déficit fiscal norte-americano.

“Também temos um crescimento decepcionando na China e na zona do euro. As casas estão revisando o PIB da China, algumas para abaixo de 4%, o que atrapalha os países emergentes e aumenta o gap (lacuna) em relação aos EUA, que têm demonstrado crescimento bom”, disse Garcia. “Isso faz com que o dólar fique mais forte.”

Pela manhã, os mercados repercutiram a divulgação de novos dados econômicos decepcionantes na China um dos maiores importadores de commodities do mundo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global caiu para 51,8 em agosto, ante 54,1 em julho, na leitura mais baixa desde dezembro.

Já os PMIs da zona do euro mostraram retração mais profunda que o esperado em agosto. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto final do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 46,7 em agosto, ante 48,6 de julho.

No Brasil, a alta recente dos juros futuros também esteve relacionada aos últimos dados econômicos, como o Produto Interno Bruto do segundo trimestre, que na semana passada surpreendeu positivamente. Desde então, uma das leituras é de que a possibilidade de o Banco Central (BC) acelerar o processo de cortes da taxa básica Selic diminuiu. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.

Perto do fechamento desta terça-feira a curva a termo precificava apenas 1% de chances de o corte da Selic em setembro ser de 0,75 ponto percentual. Já as chances de corte de 0,50 ponto percentual eram precificadas em 99%. Na segunda-feira, os percentuais eram de 4% e 96%, respectivamente.

Para as reuniões seguintes do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a precificação majoritária também é para cortes de meio ponto percentual bem de acordo com as comunicações mais recentes do colegiado.

Na manhã desta terça-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante evento promovido pelo grupo Julius Baer, voltou a afirmar que o mundo inteiro está olhando para o cenário fiscal e seus efeitos sobre a política monetária, o que coloca “a barra um pouquinho mais alta” inclusive para o Brasil.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,39%, ante 12,376% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,635%, ante 10,601% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2026 estava em 10,29%, ante 10,21%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,5%, ante 10,378%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,785%, ante 10,651%.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries seguiam em alta.

Às 16:41 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– subia 8,70 pontos-base, a 4,2597%.

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