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Ânima

O programa Mais Médicos 3 (MM3), do governo federal, promete impactar positivamente as empresas de educação listadas na Bolsa, especialmente a Ânima (ANIM3), conforme análise do Goldman Sachs (GSGSGI34).

O relatório destaca que o estágio eliminatório inicial, com resultados preliminares previstos para 31 de janeiro de 2025, não trará muitas novidades, mas o segundo estágio, em 28 de março de 2025, revelará rankings e pontuações mais relevantes.

Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira destacam que os riscos de canibalização das vagas do MM3 por liminares judiciais parecem limitados no momento, dada a pequena sobreposição geográfica entre regiões afetadas por decisões judiciais e as propostas das empresas cobertas.

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Além disso, o cenário pode aquecer fusões e aquisições (M&A) no setor de medicina, com valuations menos exigentes e aprovações recentes de vagas via liminares.

A Ânima emerge como a principal beneficiada, com potencial criação de valor de R$ 332 milhões, equivalente a 39% de seu valor de mercado.

A empresa deve maximizar o Valor Presente Líquido (VPL) de seus projetos ao focar em regiões estratégicas onde já opera, consolidando sua posição no setor de ensino médico.

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Veja o que a Goldman Sachs disse sobre a Ânima

Estágio eliminatório inicial não deve impactar cobertura. O estágio eliminatório inicial do MM3, marcado para 31 de janeiro de 2025, não deve trazer resultados acionáveis, explicam os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira. Este estágio avaliará a capacidade financeira e econômica das instituições, incluindo saúde financeira, sustentabilidade do fluxo de caixa e capacidade de operação nas regiões propostas.

Segundo estágio promete maior visibilidade. Esperamos mais clareza sobre os resultados potenciais apenas no segundo estágio, em 28 de março de 2025, afirmam os analistas. Nesta fase, serão divulgados os rankings e pontuações das propostas, oferecendo insights sobre a posição de cada empresa. Com base no histórico do MM2, os resultados preliminares tendem a refletir o desfecho final.

Riscos de canibalização por liminares são limitados. Os riscos de canibalização das vagas do MM3 devido a liminares judiciais parecem limitados neste momento, destacam Miele e Vieira. Das 116 regiões de saúde elegíveis, apenas 19 foram impactadas por liminares até agora, e a maioria das empresas evitou áreas com alta judicialização, reduzindo o impacto potencial.

Primeira turma do MM3 só em 2027. Calculamos que a primeira turma das faculdades de medicina do MM3 só começará no primeiro trimestre de 2027, explicam os analistas. Isso significa que o programa, por si só, não deve afetar receitas ou dinâmicas de oferta/preço no setor no curto prazo, dado o tempo necessário para construção e processamento regulatório.

Potencial de ganhos para a Ânima. Vemos um viés positivo para a Ânima no resultado do MM3, afirmam os analistas. Considerando uma manutenção de sua participação de mercado atual (6%), a empresa poderia criar valor de R$ 332 milhões, ou 39% de seu valor de mercado, com base em um VPL de R$ 12 milhões por vaga médica. A estratégia focará em regiões próximas às suas operações atuais.

Perspectivas de fusões e aquisições no setor. O cenário de fusões e aquisições no setor de medicina pode se aquecer no curto prazo, destacam Miele e Vieira. A aprovação recente de vagas via liminares e valuations menos exigentes podem incentivar atividades de M&A. No entanto, incertezas regulatórias e judiciais permanecem, exigindo cautela dos investidores.

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A demanda doméstica de diesel teve apenas um crescimento moderado em meio ao aprofundamento das turbulências no setor imobiliário (Imagem: Reprodução/Freepik/@freepik)

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) aceleraram a alta para próximo de 2% após a estatal ter anunciado um aumento de R$ 0,22 no litro do diesel A para as distribuidoras, cujo valor passará a ser de R$ 3,72.

Segundo a empresa, considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,20 /litro, uma variação de R$ 0,19 a cada litro de diesel B.

“O movimento é positivo para as ações de Petrobras, pois diminui eventuais pressões no seu fluxo de caixa decorrentes da manutenção de uma defasagem de preços por um período prolongado, bem como exemplifica, na prática, os avanços na sua governança corporativa nos últimos anos”, opina a Ativa Investimentos em um relatório enviado nesta tarde.

Desde 2023, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras. O último ajuste ocorreu em 27/12/2023, uma redução.

O último aumento ocorreu em 21/10/2023. Considerando o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel em R$ -0,77/ litro, uma redução de 17,1%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ -1,20/ litro ou 24,5%.

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Smartfit

A XP Investimentos (XP;XPBR31) reiterou sua recomendação de compra para as ações da SmartFit (SMFT3), destacando o robusto potencial de expansão orgânica da empresa no mercado brasileiro.

Apesar da crescente concorrência de players HPLV (high price low value), como Panobianco, Skyfit e Bluefit, a análise aponta que a SmartFit mantém uma proposta de valor superior e está bem posicionada geograficamente.

Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer ressaltam que há espaço para mais do que dobrar a presença atual da SmartFit no país, com 55% das oportunidades concentradas em cidades menores.

A empresa também se beneficia de um ambiente competitivo favorável em grande parte das regiões onde pode expandir.

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Veja o que a XP Investimentos disse sobre a SmartFit

Proposta de valor superior à concorrência. “A SMFT oferece uma proposta de valor melhor em comparação com os concorrentes,” afirmam os analistas. A pesquisa conduzida por uma empresa de marketing dos EUA revela que localização, saneamento/limpeza e preço são os principais critérios na escolha de academias. A SmartFit lidera no primeiro critério, graças ao seu tamanho e acesso internacional, e é melhor avaliada no Reclame Aqui em relação à operação das academias.

Posicionamento geográfico estratégico. De acordo com nossa análise de geolocalização, a SMFT continua bem posicionada, apesar da concorrência crescente, destacam os analistas. Apenas 4% das academias da SmartFit têm mais de duas concorrentes dentro de um raio de 1 km, e sua exposição ao estado de São Paulo é menor que a dos competidores. Além disso, 10% de sua presença total na capital paulista enfrenta maior competição, mas ainda assim está alinhada às melhores práticas.

Potencial de expansão no brasil. Reanalisamos nosso potencial de expansão e estimamos que há espaço para ~3,6 mil academias no Brasil, explicam os analistas. Isso implica em 2,1 mil novas aberturas ou conversões, com 55% dessas oportunidades concentradas em cidades com menos de 300 mil habitantes. A penetração de academias no Brasil ainda está abaixo dos 15-20% observados em países desenvolvidos, o que aumenta o potencial de crescimento.

Os papéis da Smart Fit negociam ao equivalente a um múltiplo do valor da empresa sobre o Ebitda (EV/EBITDA) de 9,4 vezes, abaixo do histórico de 11
(Imagem: Reprodução/ Youtube/Smartfit)

Categorias de expansão marginal. Aprofundamos nossa análise e dividimos a expansão marginal da SMFT em cinco categorias, detalham os analistas. Sob o cenário base de um limite mínimo de 20 mil habitantes, 62% do potencial de expansão se enquadra na categoria ‘oceano azul’, indicando oportunidades em áreas com pouca ou nenhuma concorrência. Já a categoria ‘no brainer’ destaca-se em cidades com concorrência, oferecendo retornos atrativos.

Foco em cidades menores e dinâmicas competitivas favoráveis. Acreditamos que a SMFT deve aumentar seu foco em cidades menores, afirmam os analistas. Essas regiões representam a maior fatia do potencial de expansão e apresentam dinâmicas competitivas mais favoráveis. Além disso, a SmartFit pode se beneficiar de sua experiência operacional e escala para consolidar sua posição nessas áreas antes que novos players entrem no mercado.

Ambiente competitivo e recomendação final. Nossa análise aponta para um ambiente de expansão ainda favorável para a SMFT no Brasil, concluem os analistas. Apesar da aceleração de competidores HPLV, a SmartFit mantém vantagens competitivas significativas, como melhor percepção de qualidade e localização estratégica. Com base nessas conclusões, a XP reitera sua recomendação de compra e mantém a SmartFit como sua top pick no setor.

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Fávaro cita ataque especulativo nos preços do alimento

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse na quinta-feira, 30, que o governo fará trabalho de “constante acompanhamento” dos preços dos alimentos.

“Vamos acompanhar o que está acontecendo no mundo dos alimentos, as condições, perspectivas, carências. Para que isso, então, possa ser desdobrado em ações”, afirmou a jornalistas após reunião no Ministério da Fazenda.

As possíveis ações para controlar a inflação sobre os alimentos, segundo Fávaro, não incluem, até o momento, ajustes sobre a alíquota de importação. “A reunião de hoje não tratou de medidas”, disse, na quinta-feira.

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As reuniões do governo sobre o tema serão realizadas semanalmente.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, disse na mesma coletiva de imprensa que a preocupação do governo é como aumentar a produção de alimentos e não sobre adoção de medidas “heterodoxas”.

“O governo não vai adotar nenhuma medida heterodoxa em relação a alimentos no Brasil. Nossa preocupação é como aumentar a produção de alimentos, tendo em vista que aumentou o consumo, isso é muito bom, no Brasil e no mundo”, afirmou Teixeira.

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Ouro e Bitcoin

Um relatório divulgado pelo Goldman Sachs nesta sexta-feira (31) revelou uma mudança significativa na preferência de clientes institucionais: o ouro (GOLD) superou o Bitcoin (BTCUSD) como commodity mais atraente para 2025, em meio a um cenário de menor apetite por riscos e busca por ativos tradicionais.

A pesquisa, realizada com mais de 300 participantes da Global Strategy Conference em Londres, apontou que 32% dos investidores veem o ouro como a melhor escolha no próximo ano, um salto em relação aos 5% que tinham essa opinião em 2023. Já o bitcoin, que liderava as apostas no ano anterior com 39%, caiu para 25% em 2025.

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O Investment Strategy Group (ISG) do Goldman Sachs Wealth Management destacou que, embora “o preço do ouro no spot subiu 27% em 2024, e o do bitcoin disparou 123%”, nenhum dos dois ativos tem “papel estratégico nas carteiras dos clientes”. Para o grupo, “o ouro não gera renda e, ao contrário da crença popular, não é um hedge contra a inflação”.

Quanto ao Bitcoin, o relatório é taxativo: “não atende aos critérios de um ativo investível”, citando a falta de capacidade de “reduzir volatilidade, oferecer diversificação consistente, gerar fluxo de caixa confiável (como títulos) ou lucros via crescimento econômico (como ações)”.

A mudança de preferência reflete um ajuste estratégico diante de incertezas macroeconômicas e da busca por estabilidade. Enquanto o ouro ressurge como símbolo de segurança, o bitcoin perde espaço entre grandes investidores, que parecem realinhar suas carteiras para priorizar ativos com “exposição ao crescimento econômico real”. Como resume o relatório: “não acreditamos que o ouro ou o bitcoin tenham um papel estratégico nas carteiras” — um sinal claro de que, para o Goldman Sachs, a era da euforia com criptomoedas pode estar dando lugar a um pragmatismo renovado.

Índia e S&P 493

Além da preferência pelo ouro, os clientes do Goldman Sachs reforçaram otimismo com a Índia, eleita pelo segundo ano consecutivo como “melhor oportunidade de investimento de longo prazo entre mercados emergentes”. O país, que busca expandir sua base industrial, tem projeção de crescimento médio de 6,5% ao ano entre 2025 e 2030, segundo o banco.

No mercado americano, mais de 60% dos entrevistados acreditam que as “493 empresas do S&P 500 fora do grupo ‘Magnificent 7′” terão desempenho superior em 2025. O ISG reforça essa visão, afirmando que “ações dos EUA devem superar títulos de médio prazo e caixa”, com base em uma previsão de crescimento econômico de 2,3% no país.

Apesar de ações de mercados desenvolvidos fora dos EUA estarem negociadas com “desconto histórico de 54%” em relação às americanas, o Goldman Sachs justifica a avaliação mais baixa pelos “ritmo menor de crescimento econômico, demografia desfavorável e vulnerabilidades geopolíticas”. Para economias emergentes, o cenário é ainda mais desafiador, com descontos ainda maiores, mas sem atrativos que compensem os riscos.

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Pix

A partir do próximo dia 3 de fevereiro, entrará em vigor resolução do Banco Central (BC) com aperfeiçoamentos das regras atuais para o boleto de pagamento. A primeira melhoria permitirá que boletos sejam pagos por intermédio de outro arranjo de pagamento autorizado ou operado pelo BC, a exemplo do Pix.

A pessoa acessará o QR Code específico, inserido no próprio boleto, para fazer essa operação.

Assim, serão incorporadas a agilidade, a conveniência e a grande aceitação do Pix à experiência do uso do boleto de pagamento, instrumento amplamente utilizado e objeto de diversos aperfeiçoamentos de segurança ao longo dos últimos anos.

De forma experimental, algumas instituições já oferecem a possibilidade de pagar boleto utilizando QR Code, e as pessoas já estão usufruindo dessa alternativa.

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Agora, essa solução será objeto de regulamentação mais ampla com o estabelecimento de responsabilidade entre todos os participantes.

A Resolução BCB 443, de 12 de dezembro de 2024, também cria o boleto dinâmico, uma modalidade de boleto de cobrança que será utilizada na negociação de títulos representativos de dívidas entre empresas, com ganhos de segurança e eficiência nessas negociações.

“A possibilidade de pagamento do boleto por meio do Pix e a criação do boleto dinâmico têm como objetivo modernizar esse instrumento de pagamento [boleto], trazendo mais conveniência e segurança tanto para o pagador quanto para o recebedor dos recursos”, disse Ricardo Vieira Barroso, Chefe de Divisão no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) do BC.

Boleto dinâmico

O dirigente ressalta a importância dessa nova modalidade, principalmente para pagamento de dívidas entre empresas, em que o devedor terá a segurança de que os recursos pagos serão direcionados automática e corretamente para o credor.

A nova modalidade trará mais segurança nos pagamentos de dívidas em cobranças representadas por certos tipos de títulos, a exemplo da duplicata escritural prevista na Lei 13.775, de 20 de dezembro de 2018.

Como tais títulos podem ser negociados, é fundamental assegurar ao pagador e ao credor a segurança de que os pagamentos serão direcionados ao legítimo detentor de direitos.

Pix
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O devedor utilizará o mesmo boleto que lhe foi apresentado por meio físico ou eletrônico para cumprir, de forma automática, a sua obrigação de realizar o pagamento ao legítimo credor de uma duplicata escritural, por exemplo, sem que o financiador que adquiriu o título precise trocar de instrumento de pagamento para receber os recursos negociados.

Para garantir o correto direcionamento dos recursos pagos de forma automática, o boleto dinâmico será vinculado ao título, emitido digitalmente em sistemas autorizados pelo BC.

A criação do boleto de cobrança dinâmico representa, portanto, enorme avanço no sentido de modernizar o sistema financeiro e dar mais segurança na negociação de importantes tipos de títulos essenciais ao fomento de uma ampla gama de empresas integrantes da economia real, principalmente as de pequeno e médio porte.

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Regulamentações

O BC, por meio de instrução normativa a ser editada, definirá os tipos de ativos financeiros passíveis de vinculação ao boleto de cobrança dinâmico, de forma a garantir a higidez e a segurança no uso dessa nova modalidade de instrumento de pagamento.

Em um primeiro momento, pretende-se que o boleto dinâmico possa ser vinculado a duplicatas escriturais, regulamentadas pela Resolução BCB 339, de 24 de agosto de 2023, e a recebíveis imobiliários, regulamentados pela Resolução BCB 308, de 28 de março de 2023.

Ressalta-se que os sistemas de escrituração ou de registro que darão suporte digital a esses ativos ainda se encontram em processo de desenvolvimento, e a entrada em operação do boleto dinâmico deverá ocorrer em um prazo de até seis meses após a aprovação de ao menos um desses sistemas.

A norma também requer a adoção de uma estrutura de governança mais robusta da convenção do boleto, com atuação mais ampla dos vários segmentos participantes do arranjo, bem como a previsão do estabelecimento de modelo tarifário e de reembolso de custos operacionais que leve em consideração os aspectos de isonomia, transparência e fundamentação econômica, de modo a inibir a adoção de modelos anticoncorrenciais.

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Ultrapar Ipiranga

O mercado de distribuição de combustíveis no Brasil acaba de ganhar novos contornos após o Goldman Sachs realizar mudanças estratégicas em suas classificações para as principais empresas do setor. A Ultrapar (UGPA3) foi elevada para “Compra”, enquanto a Vibra Energia (VBBR3) foi rebaixada para “Neutra”. Essas decisões refletem avaliações detalhadas sobre as perspectivas das duas companhias em meio a tendências de médio prazo saudáveis, mas com desafios de curto prazo significativos.

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Segundo o relatório do banco, “há tendências saudáveis de médio prazo no mercado de distribuição de combustíveis no Brasil, com alguns riscos de curto prazo”. O Goldman projeta margens ajustadas de Ebitda/m³ de R$ 145/m³ para a Ipiranga (subsidiária da Ultrapar) e R$ 159/m³ para a Vibra em 2025. No entanto, alerta que “o principal risco de baixa no futuro próximo está relacionado a uma eventual aceleração na já intensa competição dos importadores de combustíveis”.

Ultrapar: Crescimento e governança

A decisão de elevar a Ultrapar para “Compra” baseia-se em sua posição mais sólida em um cenário de aumento das taxas de juros no Brasil. Com um balanço mais leve, a empresa pode se beneficiar de oportunidades de fusões e aquisições (M&A), especialmente em um ambiente macroeconômico desafiador. “Historicamente, um ambiente macro difícil geralmente oferece boas oportunidades para M&A”, destaca o relatório.

Além disso, a Ultrapar apresenta atrativos em termos de remuneração aos acionistas. O Goldman Sachs estima retornos ao acionista (dividendos + recompra de ações) de 7% e 9% para 2025 e 2026, respectivamente, mantendo a alavancagem (dívida líquida/Ebitda) abaixo de 1,5x. Esse desempenho supera a projeção de dividend yield de 5% da Vibra nos mesmos anos.

Outro ponto destacado é o novo modelo de governança da Ultrapar, que atribui a cada subsidiária seu próprio conselho de administração.

“Vemos méritos no novo modelo de governança da UGPA, pois pode aumentar a agilidade e posicionar a holding como um investidor estratégico”, afirma o relatório. Essa mudança pode fortalecer ainda mais a posição competitiva da empresa no longo prazo.

Do ponto de vista de avaliação, as ações da Ultrapar parecem atrativas. Com múltiplos de P/E projetados de 10,3x e 8,3x para 2025 e 2026, respectivamente, os números estão abaixo da média histórica da empresa, de cerca de 14x, o que pode refletir o ambiente de maior custo de capital atual.

Vibra
(Imagem: Gustavo Kahil)

Vibra: Desafios operacionais e financeiros pesam

Por outro lado, a Vibra Energia enfrenta desafios que justificam sua nova classificação de “Neutra”. O Goldman Sachs espera revisões adicionais para baixo nas estimativas de 2025, já que o consenso de mercado ainda não incorporou totalmente o impacto das crescentes taxas de juros e os efeitos negativos da recente aquisição da Comerc Energia. “Estamos cerca de 27% abaixo do consenso Bloomberg no nível de lucro líquido”, aponta o relatório.

A incorporação da Comerc, concluída em 16 de janeiro de 2025, também traz preocupações. O banco estima que a transação gerará prejuízos consolidados para a Vibra em 2025, além de aumentar os gastos financeiros decorrentes da dívida assumida para adquirir os 50% restantes da Comerc. Com uma alavancagem projetada acima de 2x até o final deste ano – contra apenas 1,2x da Ultrapar –, a capacidade da Vibra de remunerar acionistas e investir em crescimento será limitada.

Embora a Vibra tenha uma avaliação razoável, com múltiplos de P/E de 10,4x e 8,1x para 2025 e 2026, respectivamente, o Goldman Sachs ressalta que “o setor de distribuição de combustíveis é um setor com oportunidades de crescimento limitadas”. Diante disso, a falta de espaço para aumentar os dividendos pode reduzir o apelo das ações para os investidores.

Desde que as ações da Vibra foram adicionadas à lista de recomendações de compra do Goldman em outubro de 2019, elas acumularam uma queda de aproximadamente 35%. Mesmo ajustando-se pelos dividendos, a perda ainda chega a 10%, enquanto o índice Ibovespa avançou cerca de 24% no mesmo período.

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Nova York, Empregos, EUA, ADP

O Departamento de Análise Econômica dos Estados Unidos divulgou os dados mais recentes do índice de preços ao consumidor baseado nos Gastos com Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), considerado a medida preferida de inflação pelo Federal Reserve. Os números de dezembro trouxeram um alívio para a autoridade monetária, que enfrenta pressões para ajustar sua política de juros, mostra um documento divulgado nesta quinta-feira (31).

Conforme o relatório, o índice de preços PCE aumentou 0,3% em dezembro. Na comparação anual, houve uma desaceleração significativa, com a inflação subindo 2,6% em relação ao período homólogo. Excluindo alimentos e energia, componentes voláteis, o núcleo do índice de preços PCE aumentou 0,2% no mês e 2,8% no ano. Os números vieram em linha com o esperado.

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Os gastos dos consumidores, principal motor da economia americana, também mostraram sinais de moderação. O documento aponta que “os gastos com consumo pessoal aumentaram US$ 133,6 bilhões (0,7%) em dezembro”, refletindo um crescimento robusto, mas dentro das expectativas. A alta foi liderada pelos serviços, que registraram um aumento de US$ 78,2 bilhões, enquanto os gastos com bens subiram US$ 55,4 bilhões.

Boa notícia para o Fed

A desaceleração da inflação é uma notícia positiva para o Fed, que busca manter a meta de inflação em torno de 2%. Com os dados mais recentes, analistas especulam que o banco central pode adotar uma postura mais cautelosa em relação aos aumentos de juros. “Excluindo alimentos e energia, o índice de preços PCE aumentou 0,2% no mês”, reforçando a tendência de arrefecimento das pressões inflacionárias subjacentes.

No entanto, nem todos os setores experimentaram alívio. Os preços de “bens duráveis subiram 0,6%” no mês, enquanto os serviços continuaram sendo o principal fator de pressão, com destaque para “habitação e serviços de transporte”. Apesar disso, a energia apresentou queda, com “energia para eletricidade e gás recuando 2,1%”.

O relatório também destacou que “a renda pessoal aumentou US$ 92,0 bilhões (0,4%) em dezembro”, impulsionada principalmente por ganhos salariais no setor privado. Isso ajudou a sustentar o consumo, embora a taxa de poupança tenha caído para 3,8%, seu nível mais baixo desde o início do ano.

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Argentina e Brasil

O Brasil passou a ter a maior taxa real de juros do mundo nesta sexta-feira, 31, segundo levantamento do economista Jason Vieira, do site MoneYou. Esse movimento refletiu tanto a elevação da Selic em 1 ponto porcentual, na quarta-feira, 29, quanto a redução de 3 pontos porcentuais nos juros argentinos na quinta-feira, dia 30.

O corte promovido pelo Banco Central da Argentina fez com que o juro real do país caísse de 9,36% para 6,14% (nominal de 36% para 33%), segundo o ranking. O juro real do Brasil – que já era o segundo maior do mundo desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), atrás apenas da Argentina – está em 9,18% e, por isso, passou a ser o maior do mundo.

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O Itaú BBA estima que a Argentina irá terminar 2025 com o juro nominal a 25%. Enquanto isso, no Brasil, as projeções do mercado estão em torno de 15%, ou seja, de mais elevações.

O Copom aumentou a Selic em 1 ponto porcentual na quarta-feira, de 12,25% para 13,25%, e manteve a sinalização de uma nova elevação de 1 ponto na sua próxima reunião, em março, que colocaria os juros em 14,25%. O mercado espera que a taxa suba até 15% no fim do ciclo, em maio deste ano, conforme o mais recente Relatório Focus.

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(Fonte: MoneyYou)

“O cenário para a alta de juros foi catalisado pela questão fiscal, a insistência arrecadatória do governo e sinalização em um pacote ruim de controle de gastos, com uma série mais de indicadores inflacionários pressionadas, especialmente nos núcleos e o alívio no câmbio desde a última reunião. A postura do Federal Reserve mantém o dólar pressionado, em resposta às políticas econômicas expansionistas e protecionistas do novo governo Trump”, explica Vieira.

Segundo ele, aos 13,25% ao ano, o Brasil sobe à 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, acima de Rússia, Argentina,
México e Indonésia. O economista esclarece que a taxa real é uma combinação de inflação projetada para os próximos 12 meses e a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Jan 26).

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SK Hynix

A Bolsa de Tóquio encerrou os negócios desta sexta-feira em alta, estendendo ganhos para o terceiro pregão consecutivo, em meio a feriados que mantêm outros grandes mercados asiáticos fechados.

O índice japonês Nikkei subiu 0,15% em Tóquio, a 39.572,49 pontos, acompanhando ganhos de ontem em Wall Street e apoiado por ações de tecnologia, incluindo SoftBank (+1,2%) e Panasonic (+1,7), e do setor automotivo, caso da Nissan (+1,4%), da Toyota (+0,8%) e da Honda (+0,1%).

Já o sul-coreano Kospi caiu 0,77% em Seul, a 2.517,37 pontos, na volta de um feriado de quatro dias. Pesou no índice a ação da fabricante de chips de memória SK Hynix, que tombou 9,9%, em uma reação atrasada ao sucesso da startup de inteligência artificial chinesa DeepSeek, que no começo da semana derrubou ações de tecnologia globais.

Em outras partes da Ásia, as bolsas da China continental, de Hong Kong e de Taiwan não operaram hoje devido ao feriado do ano-novo lunar.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo terceiro dia seguido, com avanço de 0,45% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.532,30 pontos.

(Com Estadão Conteúdo)

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Pague Menos

Empresas como Pague Menos (PGMN3), Espaçolaser (ESPA3) e Nissei estão entre as mais afetadas pela Selic mais alta no setor varejista em 2025 – considerando uma média de 14% – devido à elevada alavancagem e pressões de refinanciamento, mostra uma análise divulgada pela Fitch Ratings nesta quinta-feira (30). Elas precisarão refinanciar R$ 340 milhões, R$ 160 milhões e R$ 150 milhões, respectivamente

O cenário é agravado pelo alto endividamento das famílias, inflação crescente e limitações no repasse de preços. Enquanto algumas varejistas conseguiram fortalecer sua posição financeira em 2024, outras enfrentarão dificuldades para gerenciar fluxos de caixa e manter investimentos.

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Veja os efeitos da Selic mais alta no setor

Impacto distinto no setor varejista. O ambiente desafiador terá impacto distinto nas empresas do setor, conforme destacado pela Fitch. Companhias como C&A (CEAB3), Guararapes (GUAR3) e Smartfit (SMFT3) estão mais preparadas devido à gestão eficiente de custos e capital de giro. Por outro lado, “as varejistas que reportam maior alavancagem, como Sendas Distribuidora (Assaí, ASAI3), Companhia Brasileira de Distribuição (CBD, PCAR3), CVC Brasil (CVCB3), Pague Menos e Nissei, estarão mais expostas,” explicou o diretor Renato Donatti. Essas empresas consomem entre 50% e 90% do Ebitda com juros.

Pressão nos fluxos de caixa livre. A alta da Selic compromete o fluxo de caixa livre (FCF) das empresas mais endividadas. Para a CBD, o consumo de juros pode chegar a 90% do Ebitda, enquanto para Assaí, CVC e Nissei, esse valor fica em torno de 55%. “O aumento dos juros limita as capacidades de investimento e crescimento dessas companhias,” afirmou o analista sênior Pedro Gonzalez. A Pague Menos também enfrenta desafios, com 50% do Ebitda comprometido com juros.

Gestão de passivos e liquidez. A gestão de passivos será crucial para enfrentar os desafios de 2025. A Fitch destaca que, embora os vencimentos de dívida sejam gerenciáveis, condições menos favoráveis nos mercados de dívida podem agravar riscos de refinanciamento. Empresas como Pague Menos, Espaçolaser e Nissei precisarão refinanciar R$ 340 milhões, R$ 160 milhões e R$ 150 milhões, respectivamente. “Condições de liquidez menos satisfatórias poderão pressionar os ratings dessas companhias,” alertou Donatti.

Fortalecimento de algumas empresas. Empresas como Grupo SBF (SBFG3) e Guararapes fortaleceram suas posições financeiras em 2024. A Fitch revisou a Perspectiva do Rating Nacional de Longo Prazo do Grupo SBF para positiva e elevou o rating da Guararapes para ‘A+(bra)’. “Ambas as ações refletiram o fortalecimento da rentabilidade e redução significativa do endividamento,” explicou Gonzalez. Essas companhias estão melhor posicionadas para enfrentar o cenário desafiador de 2025.

Limitações no repasse de preços. O repasse de preços é limitado em um cenário de inflação alta e menor poder de compra. Isso pressiona as margens das empresas e eleva a inadimplência. “Este cenário pode comprometer a recuperação do volume de vendas do varejo,” afirmou Donatti. As empresas com menor flexibilidade para ajustar preços ou reduzir custos serão as mais afetadas, especialmente aquelas com alta dependência de crédito ao consumidor.

Estratégias de sobrevivência no setor. A capacidade de reduzir investimentos e gerenciar o capital de giro será essencial para sobreviver em 2025. Empresas como Zamp (ZAMP3) e Cantu Store se beneficiaram de aportes de capital e alongamento de dívidas, iniciando o ano com maior flexibilidade. “Mesmo com o aumento dos investimentos em 2025-2026, estas empresas iniciarão o ano menos pressionadas,” destacou Gonzalez. Já as empresas mais endividadas precisarão adotar estratégias agressivas para evitar downgrades nos ratings.

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Mercados Mola Ibovespa 88dd7fcf05934bb4a5bc5947625afcc0

O Ibovespa (IBOV) ganhou fôlego na etapa vespertina – em especial após a divulgação de resultado primário do setor público melhor do que o esperado para dezembro e 2024 -, o que o recolocou aos 127 mil, a 127.168,83 pontos (+3,03%) na máxima intradia desde 12 de dezembro, então perto de 129,6 mil.

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Ao fim, o índice da B3 mostrava ganho de 2,82%, aos 126.912,78 pontos, saindo de mínima a 123.431,63 e de abertura aos 123.432,74 pontos. O giro financeiro subiu a R$ 25,6 bilhões nesta quinta-feira. Faltando apenas a sessão de amanhã para o fechamento de janeiro, o Ibovespa acumula ganho de 5,51% no mês, a caminho do melhor desempenho desde agosto, quando avançou 6,54% e registrou sua última máxima histórica, aos 137 mil pontos. Na semana, sobe 3,65%.

O desempenho de janeiro contrasta com o do mesmo mês do ano passado, quando havia recuado 4,79%. Além de ser o primeiro avanço para o Ibovespa desde agosto, tende a ser também o melhor janeiro desde 2022, então em alta de 6,98%. Em porcentual, a alta do índice nesta quinta-feira foi a maior desde 5 de maio de 2023 (+2,91%). E o nível de fechamento desta quinta-feira foi o mais alto desde 11 de dezembro.

“Os preços dos ativos domésticos tinham chegado a um ponto de encruzilhada, e os problemas de popularidade do presidente Lula ficaram evidentes na última pesquisa divulgada na segunda-feira. O governo parece começar a entender a mensagem. E, hoje, Lula mostrou estar atento, inclusive na referência amena a Gabriel Galípolo presidente do BC, que confirmou ontem elevação da Selic a 13,25% ao ano, conforme se esperava”, diz Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos.

“A Bolsa era uma mola extremamente comprimida, aguardando qualquer sinal de melhora, em especial com relação a contas públicas, o que favorece uma correção para cima.”

Magazine Luiza
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Sobe e desce: Bancos e varejo saltam

Com as blue chips em destaque na sessão, Vale ON sustentou ganho de 4,22% no fechamento, enquanto Petrobras ON avançou 1,97% e a PN, 1,33%. Entre os grandes bancos, Bradesco PN liderou o avanço, em alta de 5,47% – a ON mostrou ganho de 4,44% no fechamento, em dia de progressão forte para outros nomes do setor, como Santander (Unit +3,83%) e Itaú (PN +2,44%). Apenas quatro dos 87 componentes do Ibovespa fecharam o dia em baixa: Petz (-2,21%), Braskem (-1,27%), BB Seguridade (-0,44%) e BRF (-0,14%). Na ponta vencedora, destaque para Magazine Luiza (+12,59%), Yduqs (+9,86%), CVC (+8,33%) e LWSA (+7,52%).

O índice de consumo (ICON), com ações expostas ao ciclo doméstico, subiu hoje 3,01%, em desempenho superior ao de materiais básicos (IMAT +2,61%), correlacionado a preços e demanda formados no exterior.

“Graficamente, o Ibovespa já dava sinais de recuperação, com linha de tendência de alta importante. E hoje Vale foi o grande destaque – chegou a subir cerca de 5% na sessão -, com gráfico do minério de ferro altista. O índice financeiro teve desempenho forte também, que contribuiu para acelerar a alta do Ibovespa, assim como Vale e Petrobras, as duas principais empresas da B3 e que costumam determinar a direção. Bancos, por sua vez, são importantes para dar aceleração ao Ibovespa, e foi o que aconteceu hoje”, diz Robert Machado, analista da CM Capital.

Na decisão de ontem do Copom, o comunicado, na interpretação de economistas e analistas, deixou em aberto o que o BC poderá fazer em relação à Selic a partir de maio – para março, manteve-se o guidance de novo aumento de 100 pontos-base na taxa de juros de referência, o que a colocaria então a 14,25% ao ano. “Depois de março, vai depender da evolução dos dados pertinentes à política monetária”, observa Patricia Krause, economista-chefe da Coface para América Latina.

“Houve comentários no comunicado do Copom sobre possibilidade de desaceleração da atividade doméstica – que pode ser maior do que se espera – e um possível cenário menos inflacionário para os emergentes por conta de choques no comércio internacional, que não constavam do comunicado da reunião anterior”, acrescenta.

(Com Estadão Conteúdo)

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Mercados Ibovespa S&P 500 13ba1bdd1e0f4edc92542e90fd4beed1

Os juros futuros recuaram até 51 pontos, na mínima, e as taxas voltaram ao nível de 14% por toda a curva, em movimento respaldado por fatores domésticos. Pela tarde os números do Governo Central, melhores do que o esperado, complementaram o combo que já fazia preço desde cedo: Copom considerado mais dovish; apoio do presidente Lula ao chefe da autoridade monetária, Gabriel Galípolo; dados do Caged mostrando um mercado de trabalho mais fraco; e o leilão de LTN e NTN-F do Tesouro com lotes e riscos menores.

A taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caiu para 14,855%, de 15,214% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 tombou para 14,980%, de 15,392%, e o para janeiro de 2029 recuou para 14,865%, de 15,148% no ajuste de ontem.

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“Parte do mercado se surpreendeu com o Banco Central um pouco mais dovish, olhando mais para o lado da atividade econômica do que para a inflação. Assim, mercado entende que o BC não vai chegar a uma Selic tão elevada, sob risco de gerar overkill da economia”, comenta o gestor de renda fixa da Inter Asset, Ian Lima.

Também pela manhã, o Caged mostrou que o mercado formal de trabalho do Brasil teve fechamento líquido de 535.547 empregos em dezembro, pior que o piso da pesquisa Projeções Broadcast, de encerramento de 487.116 vagas formais.

Lima considera que os dados do Caged “validaram a narrativa que está no comunicado do BC”. Ontem a autarquia acrescentou no balanço de riscos a possibilidade de uma “eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada” como riscos para baixo à inflação.

Outro foco desta quinta-feira ficou nas declarações do presidente Lula, que reforçou ter “100% de confiança no trabalho do presidente do BC” após a alta de 1 ponto porcentual da Selic ontem, para 13,25%, que já estava contratada – via o forward guidance do BC na reunião de dezembro. O tom de Lula foi interpretado por operadores do mercado como mais suave e elogiado, por indicar a autonomia e independência política da autarquia.

No período da tarde, as contas do Governo Central impulsionaram um fechamento ainda mais intenso da curva de juros, por virem melhores do que o esperado em duas frentes. O superávit primário de R$ 24,026 em dezembro veio próximo do teto das estimativas do Projeções Broadcast, que era de R$ 24,40 bilhões. Além disso, o déficit de R$ 43,004 bilhões em 2024 veio abaixo da mediana de -R$ 45,700 bilhões.

“Os dados do governo central mostram que houve um período de maior receita do que gasto, então mostra que, ao menos no curto prazo, houve alívio fiscal”, avalia o analista do Valor Investimentos Charo Alves.

(Com Estadão Conteúdo)

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Wall Street Mercados Ações Investidores

O comportamento recente dos mercados de ações nos EUA está chamando a atenção por sua concentração histórica (mercados estreitos). Segundo a Richard Bernstein Advisors, 2023/24 foi o período mais estreito desde a bolha tecnológica de 1998/99, com apenas 30% das empresas do S&P 500 superando o índice. “Com apenas três períodos assim nos últimos 50 anos, mercados estreitos são a exceção, não a regra,” destacam os analistas.

Esse fenômeno contrasta com os princípios fundamentais do capitalismo, que se baseia na competição e inovação. A escassez de oportunidades de crescimento reflete um ambiente preocupante, onde poucas empresas dominam o cenário econômico. “A liderança extremamente estreita implica em uma escassez de crescimento,” explicam os analistas, sugerindo que isso pode indicar um período prolongado de contração econômica.

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A concentração atual não é justificada pelos fundamentos econômicos, pontua a Richard Bernstein. Diferentemente da Grande Depressão, quando mercados estreitos faziam sentido devido à sobrevivência das empresas, a economia de 2023/24 foi saudável. Isso levanta questões sobre como o capitalismo moderno está funcionando hoje.

Tabela 881
(Fonte: Ricard Bernstein e BofA)

Olhando para o S&P 500 hoje, o co-chairman da Oaktree Capital, Howard Marks, indicou que, embora o otimismo tenha prevalecido no mercado nos últimos dois anos, a atmosfera não é necessariamente de exuberância selvagem. Ele alerta, contudo, que as altas avaliações no S&P podem dificultar a obtenção de retornos futuros fortes, com altos múltiplos P/L efetivamente significando que os investidores estão contando com empresas gerando lucros por muitos anos.

“Não deveria ser uma surpresa que o retorno de um investimento seja significativamente uma função do preço pago por ele. Por esse motivo, os investidores claramente não devem ser indiferentes à avaliação de mercado de hoje”, disse em uma carta enviada a clientes em janeiro.

Lições do passado

Historicamente, mercados estreitos tendem a se expandir de forma abrupta e duradoura. Após a bolha tecnológica de 1998/99, por exemplo, o setor de tecnologia começou rapidamente a desempenhar abaixo da média, sem se recuperar plenamente nem após cinco anos. “Quando mercados se ampliam a partir de períodos estreitos, isso ocorre de forma súbita e por anos,” afirmam os analistas.

A falta de diversificação durante esses períodos pode ser perigosa. A concentração em poucas empresas cíclicas aumenta os riscos específicos ao mercado. Além disso, a Goldman Sachs apontou em uma análise feita em dezembro de 2024, que a volatilidade tende a aumentar significativamente no ano seguinte a mercados extremamente estreitos. “Diversificação restringe tipicamente a volatilidade do portfólio,”, mas mercados estreitos distorcem os índices, tornando-os menos diversificados.

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Apesar disso, investidores parecem relutantes em reequilibrar seus portfólios. Após 1998/99, muitos esperaram que a liderança estreita se reafirmasse, em vez de se prepararem para um mercado mais normal. Esse comportamento pode se repetir hoje, deixando investidores despreparados para a volatilidade futura.

Confiança extrema e os riscos do presente

Os investidores atuais estão demonstrando níveis históricos de confiança. Um gráfico da Conference Board mostra que as expectativas de alta no mercado de ações nos próximos 12 meses estão em níveis nunca vistos antes. “Investidores parecem excessivamente confiantes apesar do aumento do potencial de volatilidade,” alertam os analistas.

Essa confiança é ainda mais alarmante quando observamos o beta agregado das carteiras de investidores individuais. Segundo dados do Bank of America, o beta médio subiu para impressionantes 1.7, indicando uma exposição agressiva ao mercado. “A aversão à diversificação reflete a ganância durante períodos especulativos,” comentam os analistas.

Temas como “The Magnificent 7” e “excepcionalismo americano” têm levado investidores a ignorar a diversificação, vista como um entrave aos retornos altos. No entanto, 2025 pode ser o ano em que essa confiança extrema colide com a realidade de um mercado em expansão. “Se a volatilidade confrontar a superconfiança, então a diversificação pode salvar portfólios,” concluem.

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Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou estar preparado para ser preso a qualquer momento pela Polícia Federal (PF). Em entrevista publicada nesta quinta-feira, 30, pela revista americana Bloomberg, o ex-chefe do Executivo federal disse que espera ser acordado por agentes da corporação.

“Durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h da manhã: ‘É a Polícia Federal!'”, afirmou. Bolsonaro já foi indiciado em três investigações: a suposta trama golpista, a fraude no cartão de vacinação e o caso das joias sauditas.

A mais recente das acusações ocorreu em novembro de 2024, quando a PF o indiciou por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, foi preso no mês seguinte, acusado de tentar obstruir as investigações ao buscar acesso à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Não é a primeira vez que Bolsonaro comenta sobre a possibilidade de ser acordado pela PF. No dia 22, o ex-presidente afirmou que acorda todos os dias com a sensação de ter agentes na porta de sua casa.

Durante a entrevista, o ex-presidente se comparou a Donald Trump, que voltou ao comando dos Estados Unidos neste mês. “Eu fui esfaqueado aqui. Ele levou um tiro aí”, disse, referindo-se aos ataques sofridos pelos dois durante campanhas eleitorais.

Ele também traçou um paralelo entre os ataques golpistas ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e a invasão dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. “Ele teve o 6 de janeiro, eu, o 8 de janeiro.

Eu fiquei muito feliz com a anistia que ele deu. Eu espero que não precisemos esperar eleger um conservador em 2026 para fazer o mesmo aqui”, afirmou

Logo após retornar à Casa Branca, Trump perdoou 1,5 mil acusados pelo ataque ao Capitólio.

Bolsonaro
(Imagem: Jair Messias Bolsonaro)

Sobre a delação de Mauro Cid, Bolsonaro classificou as declarações do ex-ajudante de ordens como “absurdas”, mas disse que o tenente-coronel estaria sendo pressionado.

Inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro afirmou ser o único nome capaz de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. “Hoje, eu sou a oposição contra Lula. Qualquer outro nome que concorrer tem um sério risco de perder”, disse.

O ex-presidente disse que pretende pressionar o Judiciário com o apoio de organizações internacionais para viabilizar sua candidatura à Presidência.

Também afirmou que planeja pedir novamente a devolução de seu passaporte ao Supremo Tribunal Federal (STF) para comparecer ao congresso conservador CPAC, em Washington, no próximo mês.

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Caminhões

Preocupados com o possível aumento no preço do diesel, as principais lideranças dos caminhoneiros marcaram uma reunião para o próximo dia 8, no Porto de Santos, informa o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), e o assunto é acompanhado de perto pelo governo Lula e pelo mercado financeiro.

“A gente busca que o atual governo faça alguma coisa pelo segmento do transporte. A gente vê a questão da defasagem do diesel e a volta do ICMS. Quem vai sofrer com isso de verdade é o transportador de carga e a população”, disse Wallace Landim, o “Chorão”, ao Broadcast.

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O setor está preocupado com o impacto combinado do aumento dos impostos de ICMS – previsto para aumentar em R$ 0,06/litro em fevereiro, elevando a alíquota para R$ 1,12 por litro, – e com o potencial aumento de preço da Petrobras devido a um desalinhamento com as referências globais.

A reunião dos caminhoneiros acontece em meio a um intenso ciclo de notícias sobre o potencial aumento de preço do diesel da Petrobras (PETR3; PETR4).

“Embora uma greve não esteja confirmada, a mera possibilidade adiciona pressão política à tomada de decisões da Petrobras, já que as memórias da greve disruptiva dos caminhoneiros de 2018 permanecem frescas”, apontam os analistas do BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (30).

Ou seja, segundo eles, não há risco impedindo a Petrobras de aumentar os preços caso seja necessário. “Além disso, a recente correção nos preços do Brent e na taxa de câmbio ajudou a reduzir o desconto do diesel de aproximadamente 18% para 9%, oferecendo à empresa algum espaço de manobra”, pontuam.

Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto
Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto (Imagem: Ricardo Stuckert / PR)

Diálogo com os caminhoneiros

Lula argumentou, em uma entrevista realizada hoje, que um eventual aumento do preço do combustível não faria com que chegasse ao valor de dezembro de 2022 (no fim do governo Bolsonaro) reajustado pela inflação desse período.

Disse, ainda, que o diesel e o gás de cozinha estão mais baratos e é preciso informar os caminhoneiros disso. “Se a Petrobras tiver que fazer um reajuste é que se tiver que fazer, ainda assim, não levando em conta o aumento da inflação de 2023 e 2024, sem contabilizar a inflação, se colocar a inflação, ainda assim será menor que dezembro de 2022.”, afirmou.

Questionado sobre uma eventual paralisação de caminhoneiros, Lula disse que não há nada “alarmante” no horizonte e que o governo está disposto a conversar com os motoristas.

“Se tiver movimentação de caminhoneiros, vou fazer o que fiz a vida inteira. Vou conversar com eles, colocar o ministro dos Transportes, a ministra Esther, para conversar. Vamos conversar com todo e qualquer setor. Nada que seja alarmante se tivermos a disposição de conversar”, afirmou o presidente.

Acelen

Em meio a especulações sobre possíveis aumentos do preço do diesel por parte da Petrobras, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala, reduziu na quinta-feira, 29, o preço da gasolina e do diesel, seguindo a queda do petróleo no mercado internacional.

O preço do diesel teve queda de 5% em relação à semana anterior, e o da gasolina de 2,6%.

Mataripe segue o preço de paridade de importação (PPI), e antes do ajuste tinha preços praticamente equiparáveis aos valores praticados no mercado internacional.

Com o movimento, a defasagem de preços da principal refinaria privada do País passou a ser de 5% para o diesel e de 3% para a gasolina.

(Com Estadão Conteúdo)

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Planos de Saúde

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prorrogação de consulta pública em andamento e a realização de novas audiências no processo de reformulação da política de preços e reajustes dos planos de saúde, em análise na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O pedido de adiamento foi de, no mínimo, 60 dias.

Lançada em 19 de dezembro e com previsão de encerramento em 4 de fevereiro, a consulta pública 145 transcorreu num período em que o MPF classificou como “curto e inoportuno, uma vez que se iniciou junto com o período de festividades e recesso de final de ano, somado ao período de janeiro, comumente prejudicado por férias e afastamentos que limitam e prejudicam a participação ampla da sociedade civil e dos atores interessados”.

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O MPF também pediu o aperfeiçoamento na divulgação de audiências e consultas públicas por parte da ANS, que ocorreu de “forma limitada e ineficaz”. Sugeriu também a realização de novas audiências públicas para debater o tema, em formato híbrido, “permitindo a participação presencial e virtual dos interessados, de forma a ampliar o acesso e a pluralidade de vozes, em plena obediência ao marco legal e regulamentar vigentes”.

No texto, o MPF pediu, ainda, a fragmentação do debate em quatro macrotemas: reajuste de planos coletivos; mecanismos financeiros de regulação; venda de planos online; e revisão técnica de preços de planos individuais e familiares.

Em reunião entre ambas entidades, o presidente interino da ANS, Jorge Aquino, se comprometeu a examinar os pedidos do MPF.

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Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central

O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, parece ter indicado uma postura mais pró-governo Lula do que para o controle da inflação em sua decisão sobre a Selic de ontem. Isso acontece, ao mesmo tempo, em que a popularidade do presidente tem caído, e as projeções para o IPCA subido.

Na quarta-feira à noite, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve o que foi projetado na reunião de dezembro e subiu a Selic em 100 pontos-base, a 13,25% ao ano. O mesmo deve acontecer em março, tendo em vista o projetado também na última reunião do ex-mandatário, Roberto Campos Neto.

O ponto está no que foi avaliado no comunicado atual. Para o Itaú, por exemplo, o comitê não forneceu sinalização clara para além desse ponto.

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“O comitê não forneceu sinalização clara para além desse ponto. No geral, o comunicado tem um viés um pouco mais brando. Isso ocorre porque as projeções de inflação parecem relativamente moderadas, e as mudanças no texto sugerem preocupação com riscos à atividade econômica doméstica, bem como uma avaliação relativamente benigna (do ponto de vista de inflação) sobre o impacto potencial de choques no comércio global e nas condições financeiras”, explica Mario Mesquita, economista-chefe do banco.

O classificador iSent de Sentimento da comunicação do Banco Central, produzido pelo Itaú, segue em território positivo (0,45), mas já é possível ver uma queda da linha laranja. O indicador, baseado no GPT-4, usa frases publicadas em documentos oficiais dos bancos centrais, rotuladas por dovish, neutral ou hawkish.

iSent, Classificador do Itaú de Sentimento do Banco Central

Gráfico ijiqwniq
(Fonte: Itaú e BCB)

Segundo ele, além disso, o texto reage de forma contida à severa deterioração das expectativas de inflação nas últimas semanas – a pior registrada entre reuniões do Copom em mais de dez anos.

“Prevemos mais um aumento de 100 pontos-base na próxima reunião de política monetária (em 18-19 de março) e uma taxa terminal de 15,75% ao ano, mas os riscos indicam que o Copom pode encerrar o ciclo antes disso”, ressalta Mesquita.

Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto
Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto (Imagem: Ricardo Stuckert / PR)

Esperando a ata

A mesma avaliação foi realizada pelos analistas do BTG Pactual, que viu o tom da comunicação que elevou a Selic mais “dovish” do que o esperado, “sugerindo sensibilidade a sinais (incipientes) de moderação do crescimento doméstico e atenção a um cenário menos inflacionário impulsionado por choques no comércio internacional e nas condições financeiras globais. A principal incerteza para os próximos meses será a capacidade do Banco Central de ancorar as expectativas de inflação”, ressaltam Claudio Ferraz, Bruno Martins e Bruno Balassiano.

Eles mantêm, por enquanto, a projeção de elevação da Selic a 15,25% ao ano. “No entanto, continuaremos a monitorar os sinais do comitê e aguardaremos a ata da próxima semana para avaliar mais detalhes sobre os próximos passos da política monetária”, ressaltam.

E o problema fiscal?

Outro ponto relevante do comunicado foi o que Galípolo “esqueceu” do problema fiscal brasileiro.

“No parágrafo do comunicado que dizia respeito ao fiscal, houve a quebra do link entre a perda de credibilidade do Arcabouço Fiscal e uma dinâmica inflacionária mais adversa”, ressalta Lucas Farina, analista de economia da Genial Investimentos.

Fim do ciclo em março

Para Jason Tuvey, economista-chefe da Capital Economics para mercados emergentes, a falta de indicação para novos aumentos além de 19 de março são uma surpresa, dado o aumento nas expectativas de inflação.

“Por enquanto, achamos que o aumento de março marcará o fim do aperto — as condições monetárias estão, afinal, muito apertadas. Dito isso, os riscos para nossa previsão de taxa de juros estão firmemente para cima. O governo não parece estar com pressa para delinear medidas adicionais de aperto fiscal para lidar com o déficit orçamentário. Uma nova liquidação na moeda e/ou surpresas positivas nos dados de inflação nos próximos meses provavelmente seriam suficientes para convencer o Copom de que ele precisa fazer mais”, mostra o relatório.

Um reflexo dessa visão é o comportamento dos mercados de juros futuros hoje, que mostram a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caindo para em torno de 15,030%, de 15,214% na véspera.

Lula nega interferência

O presidente disse nesta quinta-feira (30) que não se surpreendeu com a decisão do Copom.

“Uma pessoa que já tem a experiência de lidar com o Banco Central, como eu tenho, tem consciência de que, num país com o tamanho do Brasil, com a responsabilidade do Brasil, o presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau no mar revolto, sabe, de uma hora para outra”, disse, em conversa com jornalistas.

“Já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente [do Banco Central, Roberto Campos Neto]. O Galípolo fez aquilo que ele entendeu que deveria fazer. Nós temos consciência de que é preciso ter paciência”, completou Lula.

Durante a coletiva, o presidente disse ter “100% de confiança” no trabalho do novo presidente do Banco Central. “E tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça”, afirmou.

“Nós, como governo, temos que cumprir a nossa parte. A sociedade cumpre a parte dela e o companheiro Galípolo cumpre a função que ele tem, que é de coordenar a política monetária brasileira e entregar para nós, dentro do possível, a inflação mais baixa e o juro mais baixo possível. É isso que vai acontecer. Eu já esperava por isso, não é nenhuma surpresa pra mim.”

Autonomia

Lula disse ainda que, em seu governo, o presidente do Banco Central terá “autonomia de verdade”. “O [ex-presidente do Banco Central Henrique] Meirelles já teve, durante oito anos. Não foi um dia, foram oito anos”, lembrou, ao se referir ao período em que Meirelles assumiu a política monetária, entre 2003 e 2011.

Segundo o presidente, o recado dado por ele para Galípolo foi: “’Você vai ter autonomia. Faça o que for necessário fazer. O que eu quero que você saiba é que o povo e o Brasil esperam que a taxa de juros seja, dentro do possível, controlada’. Para que a gente possa ter mais investimento e mais desenvolvimento sustentável, gerar mais empregos e gerar mais distribuição de riqueza nesse país”.

“Eu não esperava milagre. Eu esperava que as coisas acontecessem da maneira que ele [Galípolo] entendeu que devem acontecer”, concluiu Lula.

(Com Agência Brasil)

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JBS

O Bradesco BBI atualizou sua cobertura do setor de proteínas e agronegócio, considerando uma Selic mais alta, custo de capital elevado e um real depreciado.

Apesar das pressões macroeconômicas, os analistas esperam que 2025 seja um ano de transição, com resultados crescentes impulsionados por um real mais fraco, tornando o setor defensivo.

A JBS (JBSS3) foi destacada como a principal escolha entre as empresas de proteínas, com recomendação de compra e preço-alvo revisado para R$ 48.

No agronegócio, a 3tentos (TTEN3) surge como a Top Pick, com expectativa de crescimento robusto e múltiplos atrativos.

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Veja o que o Bradesco BBI disse sobre a JBS

1. JBS lidera recomendações no setor de proteínas. “A JBS é a nossa Top Pick entre os players de Proteínas,” afirmam os analistas. A empresa oferece o maior rendimento recorrente de Fluxo de Caixa Livre (FCFE) para 2025, projetado em 15%, destacando-se como a melhor opção para uma estratégia defensiva no setor. O preço-alvo foi ajustado para R$ 48.

2. Neutras para BRF e Marfrig. “Nossas recomendações Neutras para BRF e Marfrig permanecem inalteradas,” aponta o relatório. O preço-alvo da BRF foi revisado para R$ 23, enquanto o da Marfrig subiu para R$ 19. Apesar disso, os analistas não veem gatilhos claros para um desempenho superior significativo nessas empresas no curto prazo.

3. 3tentos: Crescimento robusto no agronegócio. “A 3tentos é a nossa Top Pick do setor de Agronegócio,” destacam os analistas. A empresa apresenta o maior crescimento projetado entre 2024-26, com um aumento anual médio de 32% no lucro líquido. Seu múltiplo P/L para 2026 já está alinhado à média do setor, justificando a recomendação de compra.

4. Boa Safra e Jalles Machado com potencial de redução de risco. “Mantemos nossas recomendações de Compra para Boa Safra e Jalles Machado,” afirma o relatório. Para Boa Safra, o preço-alvo foi ajustado para R$ 15, enquanto Jalles Machado teve o preço-alvo reduzido para R$ 8. Ambas as empresas podem se beneficiar de uma redução de riscos em 2025.

5. SLC e São Martinho com assimetria melhorada, mas riscos persistem. “Vemos uma melhora na assimetria tanto para SLC quanto para São Martinho,” avalia o BBI. No entanto, os analistas mantêm recomendações neutras, citando riscos para os resultados deste ano e a falta de gatilhos claros para ganhos de curto prazo. Os preços-alvo foram ajustados para R$ 22 e R$ 28, respectivamente.

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Localiza

As ações das empresas de aluguel de veículos registraram uma queda média de 28% desde novembro, desempenho 23 pontos percentuais inferior ao do Ibovespa (IBOV) no mesmo período, aponta análise do Bradesco BBI.

Os principais fatores incluem preocupações com o aumento do custo de capital, maior depreciação de veículos e competição com empresas chinesas.

No entanto, os níveis atuais de valuation, próximos aos mínimos históricos em termos de múltiplo EV/valor da frota, criam uma margem de segurança atrativa, segundo o relatório.

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A Localiza (RENT3) é destacada como a principal escolha, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 56.

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Veja o que o Bradesco BBI disse sobre a Localiza

Queda generalizada no setor. “As ações das empresas de aluguel caíram 28% em média desde novembro,” reflete o impacto de preocupações como aumento do custo de capital e maior inadimplência. Esses fatores levaram a um desempenho inferior ao do Ibovespa, ampliando as perdas no setor de aluguel de veículos.

Valuation atrativo e segurança para investidores. “Esses níveis de valuation criam uma margem confortável de segurança para essas ações,” avalia o Bradesco BBI. As ações da Localiza, Movida, VAMOS e Armac estão próximas aos mínimos históricos em termos de múltiplo EV/valor da frota, indicando oportunidades assimétricas no setor.

Preferência pela Localiza e destaque para mills. “Mantemos nossa preferência pelas ações da Localiza (Compra, preço-alvo de R$ 56,00),” afirmam os analistas. Enquanto isso, as ações da Mills se destacam como exceção, sendo negociadas a 1,7x o múltiplo EV/valor da frota, 138% acima de sua baixa histórica, diferenciando-se das demais empresas do setor.

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Petrobras FPSO Maria Quiteria (6)

A Petrobras (PETR3;PETR4) informou que suas estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da US Securities and Exchange Commission, resultaram em 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2024.

Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural.

A empresa diz que, em 2024, seguiu a trajetória de adição significativa de reservas (1,3 bilhão de boe), alcançando índice de reposição de reservas de 154%, com foco em ativos rentáveis e em alinhamento com a busca por uma transição energética justa.

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A adição de reservas ocorreu, principalmente, em função do desenvolvimento dos campos de Atapu e Sépia e do bom desempenho dos ativos, com destaque para os campos de Búzios, Itapu, Tupi e Sépia, na Bacia de Santos.

Não houve alterações relevantes nas reservas decorrentes de variação do preço do petróleo.

A relação entre as reservas provadas e a produção (indicador R/P) está em 13,2 anos. “Considerando a produção esperada para os próximos anos, é essencial seguir investindo na maximização do fator de recuperação, na exploração de novas fronteiras e na diversificação do portfólio exploratório para repor as reservas de petróleo e gás”, diz a companhia.

Veja o documento:

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Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (30) que o Brasil retaliará caso os Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, decidam taxar produtos brasileiros.

Segundo Lula, a reciprocidade será aplicada sem dificuldades, mantendo um tom firme nas relações comerciais entre os dois países.

Lula destacou sua intenção de melhorar as relações com os EUA, promovendo mais exportações e importações, mas ressaltou a necessidade de respeito mútuo.

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Ele também criticou as posições de Trump sobre temas globais, como o Acordo de Paris e o financiamento à OMS, chamando-as de “regressão à civilização humana”.

Apesar das declarações, Lula afirmou que não há interesse imediato em um encontro ou telefonema com Trump, exceto se houver assuntos específicos a tratar. Um possível encontro poderia ocorrer na ONU, desde que Trump não abandone a organização.

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Lula x Trump

Reciprocidade nas relações comerciais. Se Trump taxar produtos brasileiros, o Brasil retaliará da mesma forma.” Lula afirmou que não há dificuldade em aplicar medidas de reciprocidade e que o Brasil está preparado para enfrentar eventuais restrições impostas pelos EUA. Essa postura reflete a intenção de proteger os interesses comerciais nacionais.

Respeito mútuo nas relações bilaterais. Eu quero respeitar os EUA e quero que Trump respeite o Brasil. Lula enfatizou a importância de uma relação equilibrada, baseada no respeito mútuo. Ele destacou que o Brasil busca ampliar suas trocas comerciais com os EUA, mas apenas em condições justas e recíprocas.

Críticas às políticas globais de Trump. Descumprir o Acordo de Paris é uma regressão à civilização humana. Lula criticou duramente as decisões de Trump de abandonar compromissos internacionais, como o Acordo de Paris e o financiamento à OMS. Para ele, essas ações representam um retrocesso nas questões ambientais e de saúde global.

Ausência de planos imediatos para encontros. Essas conversas só acontecem quando você tem interesse. Lula afirmou que não há planos para um telefonema ou encontro com Trump no momento, exceto se surgirem temas relevantes para discussão. Ele mencionou a possibilidade de um encontro casual na ONU, dependendo da posição de Trump sobre a organização.

Perspectiva de melhoria nas relações bilaterais. Da minha parte, o que eu quero é melhorar a relação com os EUA. Lula expressou seu desejo de fortalecer os laços comerciais e diplomáticos com os Estados Unidos, promovendo tanto exportações quanto importações. Ele destacou a longa história de relações entre os dois países e a importância de manter esse legado.

(Com Estadão Conteúdo)

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Modelo Y da Tesla durante cerimônia de lançamento de fábrica da empresa em Gruenheide, na Alemanha (Imagem: Patrick Pleul/Pool via REUTERS)

Elon Musk, CEO da Tesla (TSLATSLA34), anunciou na quarta-feira, 29, após divulgação de balanço corporativo, que a empresa tem um caminho “alcançável” pela frente para se tornar a mais valiosa do mundo por conta de seus esforços atuais em robótica e em veículos autônomos, que devem chegar às ruas dos EUA ainda neste ano.

Mesmo com resultados para o quarto trimestre aquém da estimativa de analistas, a afirmação de Musk de que um crescimento de 20% a 30% era possível no ano de 2025, preparando o terreno “para o que eu acho que será um épico 2026 e um ridículo 2027 e 2028”, animou o mercado e sustentou as ações da Tesla em terreno positivo.

O bilionário também anunciou a meta interna de construir 10 mil robôs humanoides Optimus até o final do ano.

A receita subiu 2% no último trimestre de 2024, impulsionada pela demanda mais forte por seus produtos de armazenamento de energia e aumento das vendas de créditos regulatórios.

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Esses créditos, essencialmente lucro puro para a Tesla, são vendidos para outras montadoras que os compram para atender aos requisitos de emissões de escapamento definidos pelo governo dos EUA.

No entanto, para o seu negócio automotivo central, a receita caiu 8%, em parte porque a Tesla se apoiou fortemente em ofertas promocionais no período para impulsionar as vendas.

A Tesla enfrenta uma série de desafios no ano seguinte, incluindo um CEO com atenção dividida por suas outras empresas e seu trabalho como conselheiro do presidente Donald Trump.

A relação próxima de Musk com Trump só foi mencionada uma vez na call com Wall Street, quando um analista perguntou a Musk qual seria a política certa para apoiar o transporte sustentável nos EUA. Musk evitou a pergunta. “Neste ponto, acho que o transporte sustentável é inevitável”, disse ele.

O negócio automotivo da companhia enfrenta pressão, com a demanda enfraquecendo para seus veículos, incluindo a nova picape Cybertruck, e a concorrência aumentando na China, onde uma guerra de preços no mercado de carros elétricos se intensificou.

(Com Estadão Conteúdo)

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Lula

Os salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros do Executivo, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dos 594 deputados federais e senadores e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, será reajustado para R$ 46.366,19 a partir de sábado, dia 1º de fevereiro.

O aumento de 5,4% corresponde à última etapa de um reajuste escalonado aprovado pelo Congresso em 2022, no final da gestão de Jair Bolsonaro.

Esse valor representa o teto do funcionalismo público, definido com base na remuneração dos ministros do STF. Na prática, há servidores que ganham acima desse limite devido a diferentes auxílios e gratificações. Antes do reajuste, os contracheques eram de R$ 44.008,52.

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O aumento foi aprovado durante a transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Lula. A medida foi votada com pouca discussão no Congresso, próximo às festas de fim de ano. Apenas PSOL e Novo se posicionaram contra os reajustes.

A previsão de aumento escalonado foi estabelecida para quatro momentos: janeiro e abril de 2023, fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.

Em dois anos, os aumentos salariais para os membros da cúpula dos Três Poderes variaram entre 18% e 50%, acima da inflação do período, que foi de 10,4%.

Os ministros do STF e o procurador-geral da República tiveram um aumento de 18% desde 2022, quando seus salários eram de R$ 39 293,32.

Lula, Pix
(Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Já deputados e senadores tiveram reajuste de 37%, pois recebiam R$ 33.763,00 há dois anos. Para presidente, vice-presidente e ministros de Estado, o aumento foi de 50%, pois seus salários eram de R$ 30.934,70.

O impacto fiscal exato do reajuste não foi informado pelo Ministério da Gestão e Inovação. A pasta afirmou estar levantando os dados, mas, até quarta-feira, 29, não havia divulgado os valores.

Em 2022, o Congresso estimou um impacto de R$ 25 milhões para 2025, incluindo R$ 20,2 milhões para a Câmara, R$ 3,5 milhões para o Senado e R$ 1,3 milhão para o Executivo.

O reajuste deve reduzir pela metade o porcentual de servidores sujeitos ao abate-teto, mecanismo que limita os salários ao teto do funcionalismo.

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Construção de moradias em San Diego, EUA

As vendas pendentes de imóveis nos Estados Unidos tiveram queda de 5,5% em dezembro, ante novembro, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Corretores (NAR, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira, 30.

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O resultado contrariou as expectativas de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,4% nas vendas do período.

Na comparação anual, as vendas pendentes de imóveis caíram 5% em dezembro.

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Jobs Empregos EUA Payroll, desemprego

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 16 mil na semana encerrada em 25 de janeiro, para 207 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira, 30.

O resultado veio abaixo da expectativa de analistas da FactSet, de 225 mil solicitações.

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O total de pedidos da semana anterior permaneceu em 223 mil, sem revisão.

Já o número de pedidos continuados teve queda de 42 mil na semana até 18 de janeiro, a 1,858 milhão, bem abaixo da projeção de 1,903 milhão.

Esse indicador é divulgado com defasagem de uma semana.

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Cartão de Crédito. Conta internacional

Abrir uma conta no exterior deixou de ser um privilégio de poucos. Hoje, graças à tecnologia, qualquer cidadão ou empresa pode acessar serviços bancários internacionais. Segundo dados da Receita Federal, 13% dos brasileiros que declaram bens no exterior possuem contas internacionais.

Entre as vantagens de manter recursos no exterior, destacam-se a proteção contra oscilações cambiais, acesso a investimentos globais e facilidade para transações internacionais.

Conta no exterior: o que é

Uma conta internacional (também chamada de conta no exterior) é aquela que permite que o consumidor acesse serviços financeiros em outros países. Entre esses serviços podem estar:

-ter cartão internacional em moeda estrangeira;

-ter facilidade para enviar dinheiro para outros países;

-ter facilidade para receber dinheiro vindo de outros países;

-fazer investimentos no exterior.

Como funciona uma conta no exterior?

Ter uma conta internacional é tão prático quanto usar sua conta bancária no Brasil, mas com a diferença de poder receber e enviar dinheiro em diferentes moedas sem complicação.

É uma forma mais direta de lidar com pagamentos internacionais, mas as funcionalidades costumam ser as mesmas de uma conta nacional: transferências, pagamentos, depósitos.

Qual a diferença entre a conta no exterior e a conta corrente comum?

Enquanto a conta brasileira trabalha apenas com reais, uma conta internacional permite que você use dólares, euros e outras moedas com facilidade. Isso torna mais simples planos de viagem, estudos ou negócios no exterior.

Vantagens de ter uma conta no exterior

Facilidade de transações internacionais

Entre as principais vantagens de ter uma conta internacional está a facilidade de fazer operações como a transferência internacional de valores.

A conta internacional permite que o consumidor já tenha saldo em moeda estrangeira, em alguns casos em mais de uma moeda. No caso de decidir optar por uma conta que dê acesso a mais de uma moeda, é preciso procurar por um serviço multimoeda, como o Wise.

Com a moeda estrangeira já na conta, o cliente elimina todo o trâmite de conversão do dinheiro, o que agiliza processos como compra de itens em sites internacionais.

No caso de viagens ao exterior, a conta internacional também simplifica o planejamento, já que não será preciso requisitar um novo cartão, porque aquele vinculado à conta já é internacional, seja na função crédito, seja na função débito.

Economia em taxas de câmbio

Por ser uma conta internacional, é possível que ferramentas como o cartão de débito internacional também tenham melhores condições em relação às taxas de câmbio.

Isso acontece porque, para operar internacionalmente, a instituição precisará contar com presença no exterior ou ter parceiros que façam as operações nos países onde ela oferece serviços.

Isso contribui para ser possível cortar custos da conversão de moedas, por exemplo.

Além disso, o próprio cliente pode aproveitar momentos em que a cotação do real em relação à moeda escolhida esteja melhor para converter dinheiro gastando menos.

Com a conta internacional, bastará guardar o dinheiro já convertido na moeda estrangeira e utilizá-lo quando for necessário.

Cartão de Crédito. Conta Internacional
(Imagem: Reprodução/Freepik/@farknot)

Investimentos internacionais

Uma conta internacional torna mais simples investir em outros países, pois elimina custos extras com trocas de moeda.

Manter recursos em dólares, euros ou outras moedas ajuda a proteger o dinheiro aplicado e abre portas para investimentos em diferentes mercados mundiais.

Existe alguma desvantagem?

Como todo investimento, contas internacionais também têm seus pontos de atenção. A principal preocupação está nas variações do câmbio, que podem afetar o valor do dinheiro investido, por isso muitos preferem usar moedas mais estáveis como dólar e euro.

Os custos também precisam ser considerados. Bancos internacionais geralmente cobram taxas maiores para serviços básicos e podem exigir um valor mínimo alto para abrir a conta.

Por isso, é importante pesquisar bem as condições de cada instituição antes de tomar uma decisão.

Como abrir uma conta internacional

Para abrir uma conta internacional, muitas instituições financeiras oferecem a opção virtual.

Geralmente as etapas são:

-pesquisar diversos bancos para encontrar a melhor opção para o perfil do consumidor;

-baixar o aplicativo oficial dessa instituição;

-buscar a opção “abrir conta” ou “criar perfil”;

 -preencher o nome completo e documento;

-estar com os documentos pessoais, como RG e um comprovante de residência, para o caso de precisar enviar fotos pelo aplicativo. Algumas empresas podem pedir outros documentos, como a CNH e o passaporte brasileiro.

-preencher as demais informações requisitadas no processo;

-enviar os documentos digitalizados ou as fotos requisitadas;

-se preciso, fazer uma foto em formato “selfie” nítida e que mostre seu rosto. Assim o banco consegue identificar se a identidade da pessoa confere com seus documentos;

-criar uma senha segura para acessar a conta;

-habilitar a verificação em duas etapas para aumentar a segurança virtual da conta;

-se não houver mais instruções do banco, a conta estará apta para uso.

Cuidados ao abrir a conta internacional

Antes de escolher um banco internacional, é essencial fazer uma boa pesquisa. Cada instituição tem suas próprias regras, custos e exigências.

Em caso de dúvidas, vale buscar ajuda de especialistas que conhecem bem esse mercado e podem orientar melhor a decisão.

Como funciona a tributação?

A lei brasileira estabelece regras sobre o dinheiro mantido no exterior. De acordo com a Receita Federal, quem tem investimentos ou recebe lucros de empresas fora do país precisa pagar 15% de imposto sobre esses ganhos. Esse pagamento deve ser feito todo ano, separadamente de outros rendimentos.

Dicas para usar a conta internacional

Uma das transações que mais compensam para quem tem uma conta internacional é a compra em sites internacionais. O IOF menor (a partir de 1,1%, bem menos que quase 6% de cartões comuns) é um dos fatores mais atrativos.

A conta internacional também funciona muito bem para o brasileiro que quer buscar investimentos no exterior. Com o acesso a outras moedas e operações internacionais, esse é um caminho para quem já tem conhecimento mais avançado em investimento.

Para quem costuma fazer viagens internacionais, a dica principal é acompanhar a cotação da moeda estrangeira de que necessita e, se possível, comprar essa moeda aos poucos.

Dividindo a compra em diferentes momentos é possível conseguir condições de câmbio mais vantajosas.

Comparação entre contas internacionais e locais

As diferenças entre contas internacionais e contas tradicionais são diversas. Confira o comparativo entre elas:

(Imagem: Serasa)
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Notas de dólar

O dólar (USDBRL) operava em alta no mercado brasileiro na manhã desta quinta-feira (30), impulsionado por fatores técnicos e pela valorização externa frente a pares principais (DXY).

A divisa americana reagiu à manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed) e à decisão do Copom de elevar a Selic em 1 ponto percentual, indicando mais aumentos futuros.

A pressão técnica também foi atribuída à proximidade da definição da última taxa Ptax de janeiro, com investidores ajustando posições após perdas recentes da moeda.

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Enquanto isso, os juros curtos recuaram com o mercado interpretando o comunicado do Copom como “dovish”, mas há expectativa de uma ata mais “hawkish” na próxima semana.

No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries caíram, aguardando dados do PIB dos EUA, enquanto o Brasil acompanha índices como o IGP-M, que subiu 0,27% em janeiro, acima das projeções.

O dia ainda contará com decisões do BCE e indicadores econômicos relevantes nos EUA e no Brasil.

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Dólar x Selic

Valorização do Dólar e decisões de juros. A valorização do dólar reflete ajustes técnicos após decisões do Fed e do Copom. O Fed manteve os juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Copom elevou a Selic para 13,25%, sinalizando novas altas. Investidores ajustam posições antes da definição da Ptax de janeiro, ampliando a volatilidade.

Mercado interpreta comunicação do Copom. José Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos, afirma que o mercado leu o comunicado do Copom como “mais dove”. Apesar disso, há expectativa de que a ata traga uma comunicação mais dura na próxima terça-feira, impactando as projeções de juros futuros e o câmbio local.

Cenário internacional e expectativas. Os fundamentos econômicos dos EUA continuam fortes, favorecendo rendimentos mais altos dos Treasuries. Após queda nos juros dos títulos públicos americanos, o BBH destaca que a inflação elevada e o tom hawkish do Fed devem sustentar ganhos futuros, com olhos no PIB e pedidos de auxílio-desemprego.

Indicadores econômicos no Brasil. O IGP-M de janeiro subiu 0,27%, acima das estimativas, iniciando 2025 com alta acumulada de 6,75%. No Brasil, destaque para dados do Caged e resultado do Governo Central, além de leilões de títulos públicos. Esses números podem influenciar o comportamento do câmbio e dos juros locais.

Agenda do dia e eventos relevantes. A agenda inclui decisões do BCE e coletiva de Christine Lagarde. Nos EUA, atenção aos dados de PIB e vendas pendentes de imóveis. No Brasil, Lula fará coletiva à imprensa, enquanto Haddad participará de entrevista na RedeTV!. Os eventos podem gerar volatilidade nos mercados financeiros.

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Indústria

Todos os setores do mercado de trabalho formal brasileiro apresentaram fechamento líquido de postos de trabalho em dezembro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O maior fechamento de postos formais partiu do setor de serviços, com encerramento líquido de 257.703 vagas no mês passado. Isso equivale a pouco menos da metade do fechamento total de 535.547 postos formais registrado em dezembro.

Em seguida, aparecem a indústria, com fechamento líquido de 116 422 postos de trabalho; a construção civil, com encerramento de 89.673 vagas; a agropecuária, com saldo negativo de 46.672; e o comércio, com fechamento de 25.084 postos.

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Unidades da Federação em dezembro

Todas as 27 Unidades da Federação tiveram saldos negativos de emprego formal em dezembro. São Paulo teve o maior fechamento de vagas, de 190.569.

O menor resultado apareceu em Roraima, que encerrou 566 postos de trabalho formal.

Salário médio de admissão em dezembro

O salário médio real de admissão em dezembro foi de R$ 2.162,22, 1,57% acima do mesmo período de 2023. Na comparação com novembro de 2024, caiu 0,04%.

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Banco Central, crédito

Os juros futuros curtos têm queda acentuada em reação do mercado ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual o Banco Central não se compromete em manter o mesmo ritmo de alta da Selic, de 100 pontos-base, em maio.

As taxas médias caem um pouco menos e as longas rondam a estabilidade, diante também da alta do dólar ante o real.

“Eu achei justo (comunicado), mas a turma queria algum guidance para daqui a 90 dias e a reação é dovish”, diz o sócio-diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

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Às 9h39 desta quinta-feira, 30, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caía para 15,030%, de 15,214% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2027 cedia para 15,245%, de 15,392%, e o para janeiro de 2029 estava em 15,165%, de 15,148% no ajuste de quarta-feira, 29.

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