Mercados Dólar Câmbio

Sem leilões do Banco Central (BC), o mercado de câmbio voltou a acompanhar no Brasil o movimento de valorização do dólar (USDBRL) frente às moedas de economias emergentes. Dados fracos da indústria na China, principal destino das commodities industriais, e a alta leve nos juros pagos pelos Treasuries sustentaram mais um dia de fortalecimento da moeda americana no mundo.

Já entre as explicações domésticas ao comportamento do câmbio nesta sexta-feira, operadores citam fatores técnicos, relacionados à rolagem de contratos cambiais futuros, e remessas ao exterior de lucros e dividendos de investimentos no Brasil. A desaceleração da inflação, mostrada pela leitura de dezembro do IPCA-15, ajudou a aliviar a pressão sobre os juros no curto prazo, porém de forma contida porque a leitura qualitativa do índice segue ruim, com os serviços subjacentes avançando.

O mercado de trabalho apertado, como confirmado pela taxa de desemprego em 6,1%, o menor nível da série estatística de 12 anos, também reforçou a leitura de que o Banco Central (BC) terá de ser mesmo firme para buscar a convergência da inflação à meta Porém, a tendência de juros mais altos no Brasil não ajudou a impulsionar o real, dado o olhar dos investidores para os riscos fiscais, agravados pela possibilidade de a crise das emendas prejudicar o andamento no Congresso da agenda econômica, que inclui o orçamento do ano que vem.

Assim, após bater a máxima de R$ 6,2154 e marcar valorização de 0,58% nos dez primeiros minutos do pregão, o dólar teve uma breve queda ainda na primeira hora da sessão. Chegou a R$ 6,1712 (-0,13%), a mínima do dia, sob a influência da primeira coleta de taxas para a formação da Ptax diária, a penúltima de 2024. No resto do pregão, no entanto, voltou ao terreno positivo, com a moeda americana marcando alta de 0,22%, a R$ 6,1931, no fechamento desta sexta-feira.

Dominância fiscal

Economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa comenta que, sem injeção de liquidez do BC, o desempenho do real ficou mais próximo de seus pares emergentes. Ele observa que, à medida que a posse de Donald Trump nos Estados Unidos se aproxima, as moedas desses países tendem a refletir cada vez mais a perspectiva das tarifas prometidas pelo futuro presidente. “Além disso, a dúvida fiscal continua presente. O mercado aguarda o anúncio pelo governo de mais medidas de ajuste.”

Segundo o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, o mercado, que vem mostrando forte aversão a risco, não acredita em recuperação consistente do real, dada a perspectiva de elevação da dívida pública. Ele cita uma percepção de investidores de que os juros não vão ter tanta eficácia para reduzir inflação, dado o repasse cambial, de forma que, entende, será necessário que o BC venda mais dólares.

“A dominância fiscal entrou no radar, deixando o dólar sob pressão. Sem apoio razoável no Congresso, em meio ao impasse das emendas, o governo vai ter mais dificuldade de aprovar medidas fiscais. Então, se não houver um choque fiscal muito forte, capaz de estabilizar a dívida, não há razão para o dólar cair”, afirma Velho.

A dominância fiscal ocorre quando a política monetária de um país perde efetividade diante de restrições impostas pela política fiscal. Nesse contexto, o governo acumula altos déficits e dívida pública, forçando o banco central a manter taxas de juros artificialmente baixas ou monetizar a dívida (imprimindo dinheiro), para evitar que os custos do serviço da dívida se tornem insustentáveis. Essa dinâmica pode enfraquecer o combate à inflação, já que aumentos nos juros elevam a despesa pública, gerando mais pressão fiscal.

Economistas como Thomas J. Sargent e Neil Wallace exploraram o conceito no trabalho “Some Unpleasant Monetarist Arithmetic” (1981), mostrando que, sob dominância fiscal, a inflação pode aumentar mesmo com políticas monetárias restritivas. Isso ocorre porque agentes econômicos antecipam a necessidade de monetização futura da dívida, elevando expectativas inflacionárias. A dominância fiscal destaca a necessidade de coordenação entre políticas fiscais e monetárias para manter a estabilidade econômica.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Alimentos em supermercados.IPC-S

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,34% em dezembro, após ter subido 0,62% em novembro, informou na manhã desta sexta-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta de 0,30% a 0,68%, com mediana positiva de 0,45%.

Desemprego no Brasil está muito abaixo da NAIRU, alerta GS

Com o resultado anunciado nesta sexta-feira, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,71% no ano de 2024, de acordo com o IBGE. As projeções iam de avanço de 4,66% a 5,06%, com mediana de 4,82%.

Para a economista Luciana Rabelo, do Itaú, os dados vieram abaixo do consenso do mercado, com surpresa baixista em passagem aérea, possivelmente com alguma devolução do resultado mais alto na leitura de novembro.

“Apesar dessa surpresa baixista, o qualitativo seguiu piorando na margem (mais do que o esperado), com aceleração em serviços subjacentes, refletindo altas maiores do que o projetado em alimentação fora do domicílio e cinema, além dos grupos mais ligados à atividade econômica que seguiram rodando em patamar alto”, avalia Rabelo.

Inflação de serviços acima do esperado

Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, ressalta que o item despesas pessoais foram impactadas pelo grande aumento de 12,8% nos preços dos cigarros.

“A inflação dos bens industriais está em um ainda benigno 2,60% no comparativo anual, mas está acelerando na margem. A inflação entre preços determinados livremente aumentou 39 pb para 4,74%. A inflação dos serviços básicos sensíveis à política monetária foi impressa em 0,71% acima do esperado, levando a medida anual dos serviços básicos para 5,74% (vs. 5,32% em novembro)”, pontua Ramos.

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa, a análise dos resultados mostra que, apesar de o índice geral ter sido mais fraco, a abertura apresentou uma assimetria estrutural para cima, evidenciando ainda receios quanto ao comportamento inflacionário.

“Preliminarmente, nossa projeção para o IPCA “fechado” de dezembro foi reduzida de 0,54% para 0,39%. Em breve, enviaremos nossa estimativa definitiva”, destaca.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Vale

O Ibovespa (IBOV) iniciou a sessão desta sexta-feira, 27, em leve alta e chegou a operar pontualmente acima da linha dos 121.600 pontos, mas operam em baixa de 0,3%, aos 120.700 pontos.

Os papéis (PETR4) da Petrobras acompanham o avanço do petróleo lá fora e sobem, com os grandes bancos, ainda favorecidos por ajustes regulatórios promovidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Os setores cíclicos, que na quinta-feira, 26, sofreram com a alta dos juros futuros, recuperam terreno nesta sexta, após a desaceleração acima da esperada do IPCA-15 de dezembro. Do lado negativo, destaque mais uma vez para a Vale (VALE3), em dia de recuo forte dos preços do minério de ferro na China.

O minério de ferro caiu para o menor nível em mais de cinco semanas à medida que os lucros industriais fracos na China destacaram a fraqueza econômica do país. Os futuros atingiram US$ 99 a tonelada em Cingapura, a caminho de uma segunda perda semanal.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
População Empregos Desemprego Pnad IBGE

A taxa de desocupação de 6,1% registrada no trimestre terminado em novembro de 2024 foi o menor resultado em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em outubro de 2024, a taxa foi de 6,2%. No trimestre terminado em novembro de 2023, a taxa estava em 7,5%.

“Os dados divulgados hoje mais uma vez indicaram um mercado de trabalho apertado. A taxa de desemprego permaneceu estável em 6,5% (ajustada sazonalmente), com um aumento na população ocupada no setor informal, compensado pelo aumento na taxa de participação. Adicionalmente, os salários reais aumentaram 0,3 p.p., refletindo o dinamismo do mercado de trabalho”, destacaram Natalia Cotarelli e Marina Garrido, economistas do Itaú.

O País registrou um recorde de 103,903 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre terminado em novembro. Houve uma abertura de 1,386 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. Em um ano, o contingente de ocupados aumentou em 3,395 milhões de pessoas. Já a população desocupada diminuiu em 510 mil pessoas em um trimestre, recuo de 7,0%, totalizando 6,770 milhões de desempregados no trimestre até novembro.

A população inativa somou 66,016 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, 510 mil inativos a menos que no trimestre anterior. Em um ano, houve diminuição de 504 mil pessoas na inatividade. O nível da ocupação – porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – passou de 58,1% no trimestre encerrado em agosto para 58,8% no trimestre até novembro, patamar recorde na série histórica. No trimestre terminado em novembro de 2023, o nível da ocupação era de 57,4%.

Ajustada sazonalmente, a taxa de desemprego permaneceu em 6,4%, abaixo da faixa NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment) e o menor nível em uma década. “O mercado de trabalho continua apertado: crescimento sequencial firme de empregos em meio a um enfraquecimento moderado dos salários reais em novembro”, analisa Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs.

Taxa de desemprego apertada abaixo da NAIRU

Nairu Goldman
(Fonte: Haver Analytics, IBGE, Goldman Sachs Global Investment Research)

O que é a NAIRU?

O termo NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment) refere-se à taxa de desemprego que não acelera a inflação. Ele representa o nível de desemprego no qual a economia opera sem pressões inflacionárias crescentes ou decrescentes. Desenvolvido a partir das ideias de Milton Friedman e Edmund Phelps, o NAIRU desafia a visão keynesiana da Curva de Phillips, que relacionava desemprego e inflação inversamente.

Friedman argumentou que, no longo prazo, a relação desaparece, pois trabalhadores ajustam expectativas inflacionárias. Robert Gordon, outro especialista, contribuiu ao integrar o conceito em seu modelo da Curva de Phillips estendida, destacando fatores estruturais e expectativas. O NAIRU é central no debate econômico, sendo usado para avaliar políticas monetárias.

Uma taxa de desemprego abaixo da NAIRU tende a acelerar a inflação. Isso ocorre porque, em níveis de desemprego muito baixos, a demanda por trabalho excede a oferta, resultando em aumento dos salários. Esses salários mais altos são repassados aos preços de bens e serviços, criando pressões inflacionárias.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Canal do Telegram Fighterbomber divulgou um clipe que parecia mostrar buracos nos destroços do avião da Embraer, que alguns sugeriram assemelhar-se ao tipo de dano causado por bombardeio ou explosão com estilhaços

Investigadores e especialistas de EUA e Azerbaijão passaram a se concentrar ontem na possibilidade de um míssil do sistema de defesa aérea da Rússia ter atingido o avião da Azerbaijan Airlines, que caiu no Casaquistão no dia de Natal, matando 38. Rússia e Casaquistão tentaram minimizar as especulações. Assim como o Azerbaijão, eles conduzem investigações criminais, que terão apoio do Brasil, já que o avião foi fabricado pela Embraer (EMBR3).

“A Rússia inicialmente culpou um bando de pássaros, mas esses “pássaros”, ao que parece, podem ter sido defesas aéreas destinadas a conter ataques de drones ucranianos. Moscou evidentemente falhou em fechar o espaço aéreo coberto pelos sistemas, que travaram no avião azerbaijano”, analisa a consultoria GZERO, divisão da Eurasia Group, em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (27).

A aeronave precisou fazer um pouso de emergência a cerca de 434 quilômetros de seu destino inicial. O avião partiu da capital do Azerbaijão, Baku, e seguia para Grozny, na Rússia. No entanto, o acidente ocorreu perto de Aktau, no Casaquistão, do outro lado do Mar Cáspio. A Embraer afirmou ter enviado uma equipe de especialistas ao local para prestar assistência técnica na investigação.

Segundo os especialistas, as imagens do local do acidente mostram buracos na fuselagem do avião que dificilmente teriam sido causados por pássaros. Agências de notícias russas também chegaram a atribuir a queda a problemas com neblina, o que também não explicaria os danos citados.

A aeronave voava no momento em que ataques de drones ocorriam ao redor de Grozny e os sistemas de defesa aérea russos estavam respondendo, de acordo com relatos da mídia local. A aeronave foi obrigada a desviar a rota. Havia 62 passageiros e 5 tripulantes a bordo.

O canal do Telegram Fighterbomber, que se acredita ser comandado por Ilya Tumanov, um capitão do exército russo, divulgou um clipe que parecia mostrar buracos nos destroços do avião, que alguns sugeriram assemelhar-se ao tipo de dano causado por bombardeio ou explosão com estilhaços. O Fighterbomber disse que era improvável que os buracos fossem causados ​​por uma colisão com pássaros, revela o Guardian.

Voo da Malaysian Air

Conforme lembra a GZERO, este tipo de postura já aconteceu antes.

“Este ano marcou uma década desde que separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia abateram o voo MH17 da Malaysian Air, matando todas as 298 pessoas a bordo, a maioria delas da Holanda. Moscou nunca admitiu culpa ou enfrentou a justiça por isso”, aponta a consultoria.

Há dez anos, o voo 17 da Malaysia Airlines foi abatido sobre o leste da Ucrânia, em território controlado por forças russas e lideradas pela Rússia, tirando a vida de 298 pessoas, incluindo 80 crianças.

Segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, uma “Equipe de Investigação Conjunta” descobriu em 2018 que a aeronave foi abatida por um míssil terra-ar BUK de fabricação russa disparado daquele território, e que o lançador de mísseis usado para abater o MH17 era originário da 53ª Brigada Antiaérea da Federação Russa, estacionada em Kursk, Rússia.

Inquérito

Segundo o jornal britânico Guardian, no mesmo dia do acidente houve especulação na mídia russa de que o avião poderia ter sido abatido pelo sistema antimísseis russo. Ontem, funcionários da inteligência americana, que falaram sob condição de anonimato, afirmaram que indicações preliminares mostravam que o avião foi abatido por um sistema antiaéreo russo, muito provavelmente por um míssil terra-ar, em um ato de imprudência, não ação deliberada, segundo o New York Times.

Voo Tiros
Segundo o membro do governo ucraniano Andri Kovalenko, durante o voo, a fuselagem foi perfurada, e os sistemas da aeronave foram danificados pela explosão de um míssil de defesa aérea com estilhaços (Imagem: X/ Andriy Kovalenko)

Dois azerbaijanos, com conhecimento do inquérito do governo, disseram à agência Reuters que autoridades do país e investigadores do caso acreditam que um sistema de defesa russo Pantsir-S danificou o avião. As fontes também falaram sob condição de anonimato.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, criticou as especulações sobre as causas do incidente antes da conclusão do inquérito. O presidente do Senado do Casaquistão, Mäulen Äimbaev, também enfatizou que a causa ainda era desconhecida, indicando que nenhum dos países envolvidos tinham “interesse em ocultar informações”. O governo do Casaquistão tem uma relação amistosa com Moscou de Vladimir Putin.

Falando em uma entrevista coletiva no dia do acidente, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse que era muito cedo para especular sobre as razões por trás do acidente e chegou a citar as condições climáticas como causa.

Os comentários foram feitos logo depois que o membro do governo ucraniano Andri Kovalenko afirmou no X que a aeronave havia sido “abatida por um sistema de defesa aérea russo”. Ele citou imagens de dentro do avião que mostravam “coletes salva-vidas furados”.

Região sob ataque

O Flightradar24, um serviço de rastreamento de voos, informou que o jato Embraer 190 foi submetido a interferência de radar e falsificação de dados de GPS perto de Grozny, e durante parte de sua rota não enviou informações.

Segundo os dados disponíveis, o avião teve problemas com o controle de altitude, e o serviço citou imagens do local do acidente que mostrariam “danos por perfuração” em parte da aeronave.

Interferências de radar podem ocorrer em regiões de conflito intenso, especialmente envolvendo drones.

A área ao redor de Grozny tem sido cenário de batalhas aéreas nas últimas semanas com drones, geralmente lançados pela Ucrânia, e mísseis disparados pelos russos. Uma autoridade na Chechênia disse que outro ataque de drones na região foi repelido naquele dia, embora autoridades federais não o tenham relatado.

A Osprey Flight Solutions, uma empresa de segurança de aviação, disse em uma nota aos seus clientes que o avião provavelmente foi atingido por disparos da defesa aérea russa “durante um incidente de identificação incorreta”.

Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou ontem ter enviado três investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para oferecer suporte técnico à investigação. A colaboração do país fabricante da aeronave faz parte dos protocolos do Anexo 13 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional, do qual Brasil e Casaquistão são signatários.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
China Indústria

O desempenho das principais empresas industriais da China mostrou sinais de recuperação em novembro, revertendo uma queda em outubro e beneficiando-se de políticas governamentais. A receita operacional registrou crescimento de 0,5% no mês, enquanto lucros em setores estratégicos, como tecnologia e equipamentos, tiveram altas significativas, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) nesta sexta-feira (27).

O que aconteceu?

Crescimento na receita operacional. Entre janeiro e novembro, as empresas industriais somaram 123,48 trilhões de yuans em receita, aumento de 1,8% anual. Em novembro, o crescimento foi de 0,5%, revertendo a queda de 0,2% em outubro.

Desempenho nos lucros. Nos primeiros 11 meses, o lucro combinado caiu 4,7% em termos anuais, totalizando 6,66 trilhões de yuans. Contudo, novembro trouxe crescimento acelerado em setores específicos.

Avanços em setores estratégicos. Lucros no setor de fabricação de equipamentos especiais subiram 36,7%, enquanto segmentos de eletrodomésticos, decoração e cozinhas registraram crescimento expressivo.

Foco em manufatura avançada. Setores de alta tecnologia, como dispositivos optoeletrônicos (+41,1%) e equipamentos aeroespaciais (+14,3%), lideraram a recuperação em novembro.

Expansão em setores verdes e inteligentes. Lucros na fabricação de baterias de íon de lítio e dispositivos inteligentes vestíveis cresceram 90,3%, impulsionando a economia industrial.

Projeções futuras. Segundo o DNE, a continuidade na implementação de políticas será crucial para fortalecer a recuperação estável e impulsionar o vigor da economia industrial.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Tóquio Japão Nikkei

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, com alguns mercados voltando dos feriados desta semana de Natal, mas com negócios limitados pela reduzida liquidez de fim de ano.

Na China continental, o índice Xangai Composto teve ganho marginal de 0,06%, a 3.400,14 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,20%, a 2.014,96 pontos, após dados mostrarem que o lucro industrial chinês caiu em novembro, mas em ritmo mais lento, refletindo medidas de incentivo ao consumo anunciadas por Pequim nos últimos meses.

Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei subiu 1,8% em Tóquio, a 40.281,16 pontos, impulsionado por ações de eletrônicos favorecidas pela fraqueza do iene, enquanto o Hang Seng ficou praticamente estável, em 20.090,46 pontos, à medida que o mercado de Hong Kong voltou a operar, e o Taiex registrou modesta alta de 0,12% em Taiwan, a 23.275,68 pontos.

Já o Kospi caiu 1,02% em Seul, a 2.404,77 pontos, acumulando perdas pelo terceiro pregão seguido em meio à crise política na Coreia do Sul.

Na Oceania, a bolsa australiana manteve o recente tom positivo ao retornar dos feriados. Em sua terceira sessão positiva, o S&P/ASX 200 avançou 0,50% em Sydney, a 8.261,80 pontos.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Morningstar

A Morningstar, empresa que fornece dados ao Google sobre a cotação do dólar, admitiu nesta quinta-feira (26) erro na coleta de informações. A companhia afirmou ter resolvido o problema que levou à divulgação do valor errado da moeda norte-americana, atribuindo o ocorrido à “imprecisão de um contribuidor”.

“Devido a cotações de compra e venda imprecisas fornecidas por um contribuidor de taxas de terceiros por erro, os dados de câmbio para o Brasil temporariamente não refletiram o mercado em 25 de dezembro de 2024”, informou a Morningstar em nota ao Google.

A cotação do dólar em relação ao real (USDBRL) medida pela Morningstar chegou a R$ 6,73 na quarta-feira (25). Dizendo-se comprometida com a qualidade das informações, a companhia informou que trabalha para evitar que erros se repitam.

Na quarta-feira (25), a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Banco Central (BC) esclarecimentos sobre a cotação do dólar no Google. O órgão quer esclarecimentos para avaliar se aciona a Procuradoria-Geral da União para abrir uma ação contra a plataforma de buscas.

Na tarde de quarta-feira, o Google exibiu a cotação da moeda norte-americana a R$ 6,38, quando os mercados financeiros estavam fechados por causa do feriado de Natal. Ao longo de todo o dia 25, a cotação correta estava em R$ 6,15, valor de fechamento do dólar no último dia 24, véspera de Natal, em que o pregão funcionou com horário reduzido.

Dólar
(Imagem: Freepik/ jcomp)

Dólar em queda

A injeção de liquidez do Banco Central (BC) segurou o dólar nesta quinta-feira (26), permitindo ao real um desempenho que ficou na contramão das moedas de outras economias emergentes. Após oscilar pela manhã entre a mínima (R$ 6,1496) e a máxima da sessão (R$ 6,1979), a divisa americana se fixou no terreno negativo, ainda que sem o real mostrar muito fôlego. A quinta-feira terminou com o dólar a R$ 6,1794, uma modesta desvalorização de 0,09%. Neste fim de tarde, a moeda para janeiro caía aos R$ 6,1805 (-0,39%).

Se no exterior as moedas refletiram a percepção entre investidores de que ficou menor o espaço para cortes de juros nos Estados Unidos – o que contribuiu para a desvalorização, entre outros, do peso no México e na Colômbia, além do rand sul-africano -, no Brasil, o leilão à vista de US$ 3 bilhões, na primeira meia hora do pregão, impediu que o real acompanhasse a tendência.

Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o leilão do BC parece ter sido mais do que suficiente para suprir a demanda por dólares, que cai bastante no período entre as festas de fim de ano. “De resto, tudo joga contra o real: o acirramento entre Congresso e Judiciário, o dólar globalmente mais forte contra as moedas emergentes, a queda das commodities”, comenta Borsoi.

Operadores também citam o início das rolagens de contratos cambiais futuros e a entrada de dólares por exportadores entre as explicações do comportamento do mercado de câmbio na volta do Natal. Desde o início do mês, porém, a saída de dólares superou a entrada em US$ 18,427 bilhões, conforme dados do BC registrados até a última sexta-feira (20).

Nesta quinta-feira, a operação extraordinária ficou restrita somente ao BC, com o Tesouro não realizando operações de recompra de títulos.

Em entrevista coletiva sobre o relatório da dívida pública em novembro, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública substituto, Roberto Lobarinhas, disse que a atuação do Tesouro na semana passada foi “tão somente” para balizar e devolver funcionalidade ao mercado. “Certamente a atuação do Tesouro não visa frear a alta do dólar, controlar o câmbio ou coisa que o valha, tampouco controlar a curva de juros”, afirmou.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Petrobras

A Petrobras (PETR3; PETR4) informou que recebeu uma demanda societária, solicitando a suspensão da distribuição de dividendos antecipados no ano de 2022 ou, alternativamente, para condicioná-la ao mínimo de 25% previsto no Estatuto Social da Petrobras.

O pedido foi registrado como ação popular e seus autores são Jean Paul Prates, ex-presidente da companhia, e Mario Alberto Dal Zot, gerente setorial da Araucária Nitrogenados (Ansa), fábrica da Petrobras no Paraná.

Segundo o comunicado, a Petrobras foi citada em 01/09/2022, tendo ocorrido a negativa de pedido de liminar do autor na mesma data.

Já em 16/12/2024, a Petrobras foi intimada da sentença que homologou o requerimento de desistência da ação e extinguiu o processo sem resolução do mérito.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Oi Telefonia OIBR3

A Oi (OIBR3), em recuperação judicial, anunciou nesta quinta-feira (26) o fechamento da venda de 100% das ações da SPE Imóveis Selecionados. A transação, avaliada em R$ 40 milhões, foi realizada por meio de dação em pagamento à American Tower do Brasil (ATC), seguindo o Plano de Recuperação Judicial.

O que foi anunciado pela Oi?

Valor da operação. O montante de R$ 40 milhões foi pago com créditos do tipo “Take or Pay sem Garantia – Opção I” que a ATC possuía contra a Oi.

Base contratual. A alienação foi formalizada conforme cláusulas do Plano de Recuperação Judicial e o contrato celebrado em 18 de outubro de 2024.

Destinação da venda. A transação reforça o compromisso da Oi com a execução de seu plano de recuperação e melhora a alocação de seus ativos.

Finalização da operação. Com o fechamento desta operação, a Oi avança em seu processo de reestruturação financeira, seguindo as metas estabelecidas para 2024.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Ultrapar e Hidrovias do Brasil

A Ultrapar (UGPA3) firmou, nesta quinta-feira (26), um Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) de R$ 500 milhões com a Hidrovias do Brasil (HBSA3). A medida visa fortalecer a estrutura de capital da Hidrovias, reduzindo dívidas e apoiando seu crescimento.

O que foi anunciado pela Ultrapar e a Hidrovias?

Valor e prazo do AFAC. O aporte de R$ 500 milhões será realizado até 27 de dezembro de 2024, sem juros ou correção monetária.

Fortalecimento financeiro. Os recursos ajudarão a Hidrovias a reduzir endividamento e honrar vencimentos importantes em janeiro de 2025.

Cancelamento de aumento anterior. O AFAC substitui o aumento de capital cancelado em 26 de dezembro devido à deterioração do cenário econômico. A operação era de, no mínimo, R$ 1,2 bilhão e, de no máximo, R$ 1.499 bilhão, a um preço por ação de R$ 3,40 por ação.

Baixo interesse. “As ações subscritas ao longo do período de exercício do direito de preferência e a indicação de reserva de sobras não atingiram a subscrição mínima para a homologação do aumento de capital que era condição para a homologação parcial de tal aumento, resultaram no cancelamento”

Compromisso com subscrição futura. O aporte será usado para futura subscrição de ações ordinárias no aumento de capital, garantindo a posição acionária da Ultrapar.

Impacto estratégico. A Ultrapar, com 42% do capital da Hidrovias, reforça sua posição como acionista estratégico de longo prazo.

Viabilidade econômica. O AFAC é menos oneroso que alternativas como empréstimos bancários, viabilizando o plano de crescimento da Hidrovias.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Mercados Ibovespa S&P 500 13ba1bdd1e0f4edc92542e90fd4beed1

Investir em índices amplos, como o S&P 500 (SPXUSD) e o Ibovespa (IBOV), podem “iludir” os investidores que estão buscando a diversificação do seu portfólio.

“O livro de finanças diz que os investidores devem diversificar seus investimentos. Mas há pouca diversificação hoje ao comprar o S&P 500”, ressalta Torsten Sløk, economista-chefe da gestora Apollo.

Segundo ele, o peso combinado de ações com peso de 3% ou mais no índice S&P 500 está em alta histórica e continua a subir (veja imagem abaixo).

“O ponto principal é que comprar o S&P 500 dá a impressão de que você está comprando 500 ações diferentes e diversificando seus investimentos. Mas a realidade é que a alta e crescente concentração no S&P 500 continua sendo um grande problema”, opina.

Ou seja, os investidores devem garantir que seu portfólio não seja todo alavancado para os lucros da Nvidia (NVDA; NVDC34).

No Ibovespa, por exemplo, cinco empresas têm uma participação acima de 3%. Em conjunto, elas representam cerca de 40%. Veja as participações: Vale (VALE3): 12,886%, Itaú Unibanco (ITUB4): 10,442%, Bradesco (BBDC4): 7,180%, Petrobras (PETR4): 6,444% e Banco do Brasil (BBAS3): 3,44%.

Gráfico 718681
(Imagem: Apollo)
0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Mercados investimentos estrangeiros

A partir de 1º de janeiro de 2025, a Resolução Conjunta 13, elaborada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central (BC), entra em vigor para simplificar os investimentos de estrangeiros nos mercados financeiro e de valores mobiliários. A norma busca atrair mais recursos para o país, reduzir custos operacionais e aprimorar o ambiente de negócios.

O que vai mudar para o estrangeiro?

Fim de burocracias e custos operacionais. A norma elimina o Registro Declaratório Eletrônico (RDE-Portfólio) e a obrigatoriedade de transferências simultâneas em reais, simplificando a gestão de investimentos estrangeiros.

Flexibilidade para investidores não residentes. Dispensa a necessidade de constituição de custodiante antes das operações e facilita aplicações via Conta de Não Residente (CNR).

Expansão de ativos disponíveis. A norma amplia os ativos elegíveis como lastro de Depositary Receipts (DRs), incentivando maior diversificação de portfólio.

Aproximação das práticas internacionais. Investidores estrangeiros terão acesso a condições semelhantes aos dos residentes brasileiros, alinhando o Brasil a padrões globais.

Maior clareza e segurança jurídica. A resolução detalha procedimentos para mudanças de residência fiscal e estende o prazo de guarda de documentos para 10 anos.

Contribuição da sociedade. A medida é resultado de 168 sugestões enviadas por 19 participantes durante a consulta pública promovida pelo BC e pela CVM.

Benefícios para o setor agropecuário. Permite o recebimento no exterior de valores provenientes de liquidações de derivativos agropecuários, facilitando operações internacionais.

Impactos no ambiente de negócios. Com a redução de custos e maior simplicidade, espera-se atratividade de investimentos, fortalecendo o desenvolvimento dos mercados brasileiro.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Viveo

A Viveo (VVEO3) anunciou a aprovação de waivers temporários em três séries de debêntures, abrangendo ajustes nos índices financeiros para 2024 e 2025, e contrapartidas específicas. A decisão, votada em Assembleias Gerais de Debenturistas, evita o vencimento antecipado das obrigações em caso de descumprim

Waivers são autorizações concedidas por credores ou investidores para flexibilizar temporariamente cláusulas contratuais, como covenants financeiros, em debêntures. No contexto de renegociação, evitam vencimentos antecipados ao permitir descumprimentos condicionados a contrapartidas, como garantias adicionais ou ajustes em índices financeiros.

O que foi anunciado pela Viveo?

Índice financeiro flexibilizado. Durante o Período de Waiver Temporário 1, o índice dívida líquida/Ebitda passa a ser tolerado até 3,5x. Essa flexibilização cobre as demonstrações até 31 de dezembro de 2025.

Período de Waiver Temporário 2 aprovado. Extensão do Waiver para a segunda fase, abrangendo relatórios até 2027 para uma das emissões e até 2026 para outras.

Presença expressiva nas votações. Assembleias contaram com quórum acima de 97%, demonstrando alinhamento dos debenturistas às condições propostas.

Contrapartidas previstas. Incluem garantias adicionais, como alienação fiduciária de ações e cessão de recebíveis de R$ 400 milhões mensais.

Pagamento proporcional em M&As de venda. Recursos líquidos provenientes de vendas de ativos serão direcionados para recomprar debêntures e pré-pagar dívidas financeiras.

Criação de programa facultativo de recompra. A Viveo destinará até R$ 5 milhões semanais à aquisição de debêntures no mercado, limitado a R$ 75 milhões totais.

Custo adicional ao agente fiduciário. A empresa pagará R$ 6 mil anuais, reajustados pelo IGP-M, para monitorar as novas garantias.

Prazos de formalização estabelecidos. Garantias adicionais devem ser formalizadas até 24 de fevereiro de 2025, com a liberação condicionada ao cumprimento dos novos índices.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Jalles Machado

A Jalles Machado (JALL3) concluiu a moagem da safra 2024/25 em suas três unidades: Jalles Machado (UJM), Otávio Lage (UOL) e Santa Vitória (USV), mostra um comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (26). A safra apresentou melhora na produtividade e um recorde na produção de açúcar, consolidando resultados superiores ao ciclo anterior, apesar de desafios climáticos.

O que a Jalles Machado anunciou?

Volume total processado cresce 7,1%. A moagem atingiu 7.868,5 mil toneladas de cana-de-açúcar, superando em 7,1% a safra anterior, que havia registrado 7.350,1 mil toneladas.

Produção de açúcar bate recorde. Foram produzidas 448,2 mil toneladas de açúcar, 19,7% acima do ciclo 2023/24, impulsionadas pelo aumento do mix de produção.

Produtividade média aumenta. A produtividade média subiu para 84,6 toneladas por hectare, ligeiro aumento frente às 84,2 toneladas/hectare do ciclo anterior.

Destaque para a UJM. A Unidade Jalles Machado processou 3.227,9 mil toneladas, crescimento de 8,5%, com destaque para o TCH de 97,5 toneladas/hectare.

Impactos climáticos em Santa Vitória. Condições climáticas adversas em Santa Vitória resultaram em produtividade reduzida e menor volume processado na unidade, que atingiu 2.108,8 mil toneladas.

Etanol perde espaço no mix de produção. A participação do etanol caiu de 62,5% para 55,4%, enquanto o açúcar passou de 37,5% para 44,6%.

Veja o documento sobre a safra:

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
ChatGPT fora do ar

Os serviços do ChatGPT apresentaram instabilidade nesta quinta-feira (26), com usuários relatando dificuldades para acessar a plataforma.

Além do ChatGPT, a Sora, uma IA para geração de vídeos, também ficou fora do ar. A OpenAI detectou o problema às 16h18 (horário de Brasília) e informou que está investigando a causa das altas taxas de erro no ChatGPT, na API e no Sora.

A empresa atribuiu a falha a um prestador de serviço de nuvem e está trabalhando para resolver a situação. Há instantes (19h14), a empresa disse que o ChatGPT foi parcialmente recuperado enquanto o histórico de bate-papo ainda não está carregando.

ChatGPT fora do ar
Imagem do status das operações da OpenAI (Imagem: Divulgação/ OpenAI)

Veja algumas alternativas ao ChatGPT

Microsoft Copilot Como a Microsoft é uma investidora na OpenAI, tanto o Copilot quanto o ChatGPT são alimentados pelos modelos GPT da OpenAI. A funcionalidade de pesquisa na web em ambos é alimentada pelo Bing, mas a experiência de uso de cada um é diferente.

Bard O Bard é o chatbot de IA do Google e certamente o principal concorrente do ChatGPT. Você pode pedir ajuda à ferramenta para executar tarefas como planejamento de rotina, produção de conteúdo, elaborar roteiros de viagem e resolução de problemas matemáticos.

Bing Chat Apesar de dispor da mesma tecnologia do ChatGPT, o Bing Chat da Microsoft se destaca por elevar a experiência de realizar pesquisas na internet através do buscador. Ele é capaz de entregar resultados mais complexos e ajudar em uma série de tarefas graças ao modelo GPT-4, que o ChatGPT só oferece na versão paga.

LuzIA Quem não desgruda do WhatsApp ou do Telegram vai adorar saber que é possível conversar com um chatbot inteligente sem deixar seu app favorito. Basta adicionar a LuzIA e bater papo com o assistente como se fosse um contato do mensageiro.

CharacterAI O CharacterAI se destaca por assumir diferentes personas para deixar a conversa mais divertida. Por exemplo, a ferramenta é capaz de bater papo com os trejeitos do Super Mario ou do Elon Musk. Também é possível inventar personalidades para a IA.

Perplexity AI O Perplexity AI é uma boa alternativa ao ChatGPT para quem precisa realizar pesquisas com direito a fontes e referências bibliográficas. Além disso, a interface do chatbot é bem simplificada e direta ao ponto, ideal para quem dispensa cerimônias ao usar um app.

Copy.AI O Copy.AI é uma alternativa ao ChatGPT voltada para a produtividade, sobretudo para redatores de sites, blogs, redes sociais, materiais publicitários e afins. Outra função interessante do chatbot é revisar ou sugerir melhorias em textos existentes.

Replika Essa IA é feita para quem gosta de bater papo, pois o Replika conversa com você como se fosse uma pessoa próxima, permitindo também a criação de um avatar. Outro fator interessante do chatbot é a capacidade de oferecer uma experiência ainda mais personalizada com base em informações de diálogos anteriores.

Claude O Claude foi criado pela Anthropic, principal rival da OpenAI. O chatbot é semelhante ao ChatGPT, sendo desenvolvido por ex-funcionários da sua rival, porém com um estilo de escrita mais natural e respostas mais empáticas.

Google Gemini O Gemini, anteriormente conhecido como Bard, é uma alternativa ao ChatGPT com acesso à internet. Suas características de destaque estão relacionadas à integração com os serviços do Google, como o Google Drive e o Google Docs.

Zapier Central O Zapier Central é um espaço de trabalho baseado em IA onde é possível interagir com bots de um ecossistema de mais de 7.000 aplicações do Zapier. Você consegue criar, ensinar e interagir com estes bots, ajudando a aumentar o seu impacto ao longo do tempo.

Meta AI O Meta AI não é tão poderoso como o ChatGPT, mas integra-se com outras aplicações populares como WhatsApp, Instagram e Facebook. Ele é ideal para quem passa muito tempo nessas plataformas.

Zapier Chatbots A ferramenta gratuita Chatbots da Zapier permite criar chatbots personalizados com IA com o poder do GPT. A diferença é que se trata de uma ferramenta que prioriza a automação, facilitando a conexão com todos os seus outros aplicativos de negócios.

Jasper O Jasper é uma ferramenta de marketing de IA especializada, ideal para profissionais de marketing. Ele é diferente do ChatGPT, que é mais flexível e pode lidar com praticamente qualquer tarefa atribuída.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Sede do Banco Central, Focus

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) questionou (veja o documento abaixo) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central, destacando o uso do IPCA cheio, sem considerar o núcleo da inflação. O partido argumenta que essa prática é inadequada e prejudicial à economia.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1202 foi distribuída ao ministro Edson Fachin.

“A utilização do IPCA cheio, sem consideração dos núcleos cuja inflação possa ser resultante do dinamismo episódicos do ciclo econômico, é uma grave contradição que tem como consectário a manutenção de taxas de juros reais artificialmente altas”, mostra o documento.

Na avaliação do partido, as expectativas inflacionárias do Copom “não têm balizas em dados sólidos e, a priori, são ainda enviesadas para que agentes financeiros possam obter maior lucro ainda”.

O que disse o PDT sobre a Selic?

A iniquidade da política monetária: O PDT critica a utilização da taxa básica de juros como único instrumento de controle da inflação, apontando suas deficiências estruturais. A literatura econômica já destacou que essa abordagem é insuficiente e prejudicial.

Impacto no orçamento fiscal: O aumento da taxa de juros tem um impacto negativo no orçamento fiscal e na trajetória da dívida pública. A elevação da Selic encarece o serviço da dívida, pressionando as contas públicas e exigindo cortes em setores essenciais.

Desaceleração econômica: Juros reais elevados resultam em desaceleração econômica, com crescimento ínfimo. O Brasil, que já teve um crescimento robusto, agora enfrenta um desempenho medíocre, comparado a outros países da OCDE.

Redução do consumo e investimentos: Juros altos encarecem o crédito, reduzindo o consumo e os investimentos. Isso impede a expansão da cadeia produtiva e a geração de empregos, afetando negativamente a economia.

Retração do PIB: A política de juros altos provoca uma retração do PIB, dificultando a redução da dívida interna. A elevação da Selic aumenta o custo da dívida, pressionando ainda mais as contas públicas.

Concentração de renda: Juros altos beneficiam apenas uma pequena parcela da população, aumentando a concentração de renda. A maioria da população não tem acesso aos benefícios dos juros elevados.

Despesas com juros: Em 2023, as despesas com o pagamento de juros aumentaram 133%, totalizando R$ 659,5 bilhões. Esse valor tende a crescer ainda mais em 2025, com a previsão de novos aumentos da Selic.

Crítica governamental: O governo critica a elevação das taxas de juros, argumentando que essa política desestimula investimentos produtivos e freia a atividade econômica, agravando as desigualdades sociais.

Argumento do Copom: O Comitê de Política Monetária (Copom) defende que sua missão é combater a inflação, que, quando descontrolada, afeta negativamente a economia e os mais pobres. A política de juros altos é vista como uma medida preventiva.

Eficácia discutível: A eficácia dos juros altos é questionável, pois sua influência sobre os preços comercializáveis, administrados e a inflação inercial é limitada. A elevação da Selic não responde de forma imediata e direta a esses fatores.

IPCA cheio: O uso do IPCA cheio, sem considerar os núcleos de inflação, é uma contradição que mantém as taxas de juros artificialmente altas. O PDT pede que o Poder Judiciário inste o Banco Central a revisar essa prática.

Captura do orçamento público: A elevação da Selic beneficia grandes investidores, nacionais e estrangeiros, enquanto os custos são socializados. Isso reduz a capacidade do Estado de investir em políticas públicas essenciais.

Ciclo de dependência: O aumento dos juros cria um ciclo de dependência, onde o governo precisa emitir mais títulos para financiar a dívida, comprometendo ainda mais o orçamento e fragilizando a capacidade do Estado de atender às demandas sociais.

Veja o documento do PDT sobre a Selic

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
BYD

O porta-voz da fabricante de veículos chineses BYD, Li Yunfei se opôs a relatos sobre más condições de trabalho em um canteiro de obras no Brasil (Veja as fotos abaixo), onde está sendo construída uma fábrica da montadora, dizendo que as alegações visam difamar a China, as marcas do país e minar a amizade entre o Brasil e a potência asiática.

As imagens, contudo, mostram que as camas oferecidas aos trabalhadores não possuíam colchões. Além disso, a cozinha não possuía geladeira e os alimentos encontravam-se acondicionados ao ar-livre.

No início da semana, uma força-tarefa liderada por promotores brasileiros disse ter resgatado 163 cidadãos chineses que, segundo eles, estavam trabalhando em condições “semelhantes à escravidão” e com situação sanitária ruim. A BYD disse que “rescindiria imediatamente o contrato” com o Jinjiang Group, empreiteira responsável pela obra, e que estava estudando outras medidas apropriadas.

“A BYD Auto do Brasil reitera seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, em especial no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores. Por isso, está colaborando com os órgãos competentes desde o primeiro momento e decidiu romper o contrato com a construtora Jinjiang”, afirmou Alexandre Baldy, Vice-presidente sênior da BYD Brasil.

A companhia opera há 10 anos no País. A empresa determinou, no dia 23, que trabalhadores dessa fossem transferidos para hotéis da região.

Situação da cozinha

Dormitórios sem colchões

O que o MPT disse sobre a BYD?

As autoridades brasileiras ainda disseram que a construtora confiscou os passaportes dos trabalhadores e reteve 60% dos salários. Aqueles que pedissem demissão seriam forçados a pagar à empresa a passagem aérea que os trouxe da China para o Brasil, bem como a passagem de volta para o país de origem.

Alojamentos apresentavam condições degradantes. Os trabalhadores dormiam em camas sem colchões, enfrentavam banheiros insuficientes e não tinham armários para guardar pertences. Em um alojamento, apenas um banheiro atendia 31 pessoas, gerando filas e dificultando a higiene.

Alimentação e água em condições insalubres. Os alimentos eram armazenados de forma precária, muitas vezes próximos a materiais de construção ou banheiros. Em um dos quartos, panelas com alimentos preparados ficavam expostas no chão. A água consumida era diretamente da torneira, sem tratamento.

Canteiro de obras com múltiplas irregularidades. No local de trabalho, banheiros químicos estavam em estado deplorável e havia apenas oito unidades para cerca de 600 trabalhadores. Refeitórios improvisados e a ausência de proteção contra radiação solar foram outras falhas detectadas.

Indícios de trabalho forçado. Os trabalhadores enfrentavam retenção de passaportes, salários descontados em até 60% e cauções abusivas. Rescindir o contrato resultava em perdas financeiras severas, incluindo custos de passagens de volta para seus países de origem.

Jornadas exaustivas e acidentes de trabalho. Os contratos previam jornadas de 10 horas diárias sem folgas regulares. Um trabalhador relatou 25 dias consecutivos de trabalho e sofreu acidente devido à exaustão. Outros casos de lesões sem atendimento médico adequado foram registrados.

Audiência marcada para buscar soluções. Uma audiência virtual ocorrerá no dia 26 para que BYD e Jinjiang apresentem ações para corrigir as condições mínimas de trabalho e alojamento. A força-tarefa continuará monitorando as obras e investigando possíveis novas infrações.

Embargo de atividades até regularização. Trechos da obra, incluindo escavações profundas e uma cozinha, foram interditados. A força-tarefa exige que todas as condições degradantes sejam eliminadas antes da retomada das atividades.

Repercussão da ação. O MPT destacou que a situação reflete uma grave violação dos direitos humanos. A BYD e a Jinjiang estão sob pressão para garantir condições dignas aos trabalhadores e evitar futuras sanções legais.

Fotos

Dormitório no canteiro de obras da planta onde a montadora de automóveis Build Your Dreams (BYD) está instalando uma fábrica no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador
Dormitório no canteiro de obras da planta onde a montadora de automóveis Build Your Dreams (BYD) está instalando uma fábrica no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (Imagem: Divulgação/ MPT-BA)
Dormitório no canteiro de obras da planta onde a montadora de automóveis Build Your Dreams (BYD) está instalando uma fábrica no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador
Dormitório no canteiro de obras da planta onde a montadora de automóveis Build Your Dreams (BYD) está instalando uma fábrica no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (Imagem: Divulgação/ MPT-BA)

(Com Estadão Conteúdo e Associated Press)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Dólar Brasil Alta

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou, nesta quarta-feira (25), um ofício ao Banco Central com pedido de informações sobre a cotação do dólar (USDBRL) neste feriado de Natal após o Google mostrar um preço de R$ 6,38 ao longo do dia. Os dados, contudo, vêm do site Morningstar.

O que aconteceu com o dólar?

O Google, na tarde de hoje, mostrava a cotação do dólar a R$ 6,38, valor R$ 0,20 superior ao registrado no último fechamento oficial de segunda-feira (23).

Contudo, o buscador revelou que usa dados da Morningstar para mostrar as suas informações. Por lá, a cotação continua a disparar, tendo alcançado R$ 6,73, uma alta de aproximadamente 9%.

“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, destaca o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Segundo Messias, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar “foram novamente” veiculadas na plataforma Google. A AGU destaca que o câmbio Ptax é a cotação oficial no Brasil, não definido nesta quarta-feira pelo BC pelo feriado.

O Google esclareceu que há outras fontes de informação que podem ser acessadas pelos internautas, como a Investing, que também mostra o dólar a R$ 6,73. Nos dois casos, as informações são dadas como de “tempo real” ou, em alguns casos, com um disclaimer sobre atrasos que costumam variar de 10 a 30 minutos.

“De fato, causa estranheza que, em pleno feriado de 25/12, data sem Ptax, ocorra uma disparidade de informações relacionadas à cotação da referida moeda”, afirma o documento da AGU encaminhado ao Banco Central.

A AGU sinalizou um pedido de urgência na resposta, como o valor da moeda americana em outros países na mesma data; bem como se a cotação em outros países pode impactar o valor da moeda brasileira no feriado.

Veja o documento enviado ao Banco Central

Solicitação da AGU para o Banco Central
Solicitação da AGU para o Banco Central (Imagem: Divulgação/ AGU)
0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Dólar

A cotação do dólar em relação ao real (USDBRL) chegou a R$ 6,73 nesta quarta-feira (25), às 22h27, no site da provedora de dados financeiros Morningstar. O valor representa um salto de aproximadamente 9% na comparação com o último fechamento conhecido, de R$ 6,20, no fechamento de segunda-feira (23).

Os dados da Morningstar são os utilizados pelo Google, que foram retirados do ar hoje após o anúncio de que a Advocacia Geral da União (AGU) pediu informações ao Banco Central amanhã sobre o valor da moeda americana em relação ao real depois do ocorrido. A assessoria de imprensa do Google no Brasil informou que o link foi retirado “por ora”.

Lula e Haddad já contaminaram a economia em 2025

“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, destaca o advogado-geral da União, Jorge Messias. “Recentemente, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar foram novamente veiculadas na plataforma Google. O câmbio Ptax é a cotação oficial no Brasil, não definido nesta quarta-feira pelo Banco Central devido ao feriado”, complementa.

Segundo o Estadão, quando a cotação exibida era de R$ 6,35, a plataforma informou que são várias as fontes de informação que trazem o valor.

No pedido destinado ao Bacen, a AGU visa esclarecer eventuais inconsistências no valor apresentado na plataforma digital, pois o último fechamento registrou o dólar cotado a R$ 6,18. “De fato, causa estranheza que, em pleno feriado de 25/12, data sem Ptax, ocorra uma disparidade de informações relacionadas à cotação da referida moeda”, afirma o documento da AGU encaminhado ao Banco Central.

Dados da Investing.com

O Google esclareceu que há outras fontes de informação que podem ser acessadas pelos internautas, como a Investing, que também mostra o dólar a R$ 6,73. Nos dois casos, as informações são dadas como de “tempo real” ou, em alguns casos, com um disclaimer sobre atrasos que costumam variar de 10 a 30 minutos.

Ainda que não surja como opção de resultados ao se fazer uma busca sobre a cotação do dólar, a informação diferente sobre a relação dólar/real acima das negociações de dois dias atrás segue na página do Google Finance – uma ferramenta da plataforma com informações sobre o desempenho dos ativos para investidores

Gabriel Galípolo Presidente do BC
(Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Fake news sobre Galípolo

Na semana passada, a AGU enviou ofícios à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo que sejam instaurados “procedimentos policial e administrativo”, respectivamente, para investigar fake news de redes sociais com falsas falas do diretor de Política Monetária e, agora, presidente interino do BC, Gabriel Galípolo. A intenção da AGU agora é reunir subsídios com o BC para eventual atuação relacionada à possível informação incorreta para verificar se é o caso de acionar juridicamente a plataforma multinacional que também atua no Brasil.

O mercado cambial tem passado por momentos de muita volatilidade desde o início do ano por vários motivos. Um deles é a saída significativa de recursos, como revela semanalmente o BC por meio das operações de dólar contratado. As remessas costumam ser maiores no último mês de todos os anos, mas, em 2024, recordes vêm sendo batidos. Para prover liquidez ao mercado, o BC vem ofertando moeda, também em valores atípicos para o período.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
O GPA vai cindir cerca de 83% de sua participação no Éxito, por meio de uma redução de capital (Imagem: REUTERS/Luisa González)

A varejista colombiana Almacenes Éxito anunciou nesta terça-feira (24) medidas para simplificar sua estrutura operacional, incluindo a retirada voluntária de suas ações da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) (EXTO) e o encerramento do programa de American Depositary Receipts (ADRs). Além disso, a empresa estuda o desempenho como emissor estrangeiro no Brasil, com foco no possível encerramento do programa de BDRs (EXCO32) na B3.

O que a Éxito anunciou?

Justificativa para a retirada da NYSE. O float da companhia, atualmente de 13,2%, é considerado ineficiente para suas operações. A decisão visa concentrar os ativos no mercado colombiano, considerado seu mercado natural, para aumentar a liquidez das ações e gerar maior valor aos acionistas.

Enfoque no mercado colombiano. A estratégia inclui consolidar o mercado de ações na Colômbia, onde a liquidez e o aprofundamento do mercado são prioridades. A empresa acredita que essa abordagem facilitará a geração de valor para os acionistas.

Impacto no programa de BDRs. No Brasil, a companhia analisa alternativas para seus títulos BDRs, considerando o desempenho como emissor estrangeiro, principalmente após a venda da participação no Pão de Açúcar (PCAR3. O objetivo é propor soluções que otimizem sua presença no mercado brasileiro.

Proposta aprovada por unanimidade. A decisão foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Almacenes Éxito, que instruiu a administração a avançar com os procedimentos necessários para a implementação das mudanças.

Calendário para saída da NYSE. O cronograma para a retirada das ações e o cancelamento do programa de ADRs será comunicado em detalhes. A empresa reitera o compromisso de manter seus acionistas informados sobre os próximos passos.

Reforço na liquidez e eficiência. A Almacenes Éxito afirma que as mudanças visam aprimorar sua estrutura, concentrar operações e melhorar os retornos para os acionistas, em linha com sua estratégia de longo prazo.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, ao lado de Wang Yi, que ocupa o mesmo cargo no governo da China

O ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, encontrou-se nesta quarta-feira (25) com os principais líderes chineses durante visita a Pequim. O encontro se dá pouco antes de Donald Trump voltar ao comando dos Estados Unidos, considerado o esteio das políticas diplomáticas e de segurança nipônica. A posição do republicano quanto à aliança, entretanto, é considerada incerta.

Neste contexto, mesmo após anos de tensão com os chineses, os japoneses têm buscado estabilidade em sua relação com o vizinho. Antes de encontrar-se com o chanceler chinês, Wang Yi, Iwaya disse querer construir uma relação onde as pessoas de ambos os países sintam que as interações Japão-China se desenvolveram e progrediram em uma direção positiva.

No topo da agenda de Iwaya está a proibição da China aos frutos do mar japoneses em resposta à liberação de águas residuais da usina nuclear de Fukushima no mar, além da atividade militar cada vez mais assertiva da China nos Mares do Leste e do Sul.

Em setembro, os dois países concordaram em avançar na discussão sobre a proibição dos frutos do mar. No mês seguinte, especialistas chineses juntaram-se a uma missão de monitoramento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a Fukushima, coletando amostras para análise. No entanto, não se espera um avanço expressivo quanto ao tema durante a visita de Iwaya.

Ainda assim, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse após encontro realizado hoje que as relações China-Japão estão em um período crítico de melhoria e desenvolvimento. “A China está disposta a trabalhar junto com o Japão para avançar na importante direção proposta pelos líderes dos dois países”, completou.

Fonte: Associated Press e Estadão Conteúdo

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Ouro Mercados

O ouro (GOLD) fechou em alta nesta terça-feira, 24, mesmo que ainda limitado pelos baixo volumes de negociação antes do feriado de Natal, e recuperando algum terreno em meio à queda dos juros dos Treasuries na sessão.

O ouro para fevereiro fechou em alta de 0,27%, a US$ 2.635,50 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A previsão de um ritmo dos cortes mais lento pelo Fed para o ano que vem impediu que o ouro se beneficiasse plenamente dos dados econômicos fracos de ontem, diz Samer Hasn, do XS.com. Taxas de juros mais altas por mais tempo normalmente suprimem a demanda dos investidores por ouro, que não rende juros, explicou.

Ouro a US$ 3.000

Além disso, é provável que os compradores chineses estejam procurando diversificar suas participações, já que a força do dólar continua a empurrar o yuan para baixo, mantendo um piso sob o preço do ouro, acrescenta a empresa de investimento.

De acordo com o Bank of America, o metal dourado ainda está no caminho certo para atingir US$ 3.000 a onça-troy no próximo ano, mas os investidores precisarão ser pacientes, já que o atual período de consolidação pode durar até o primeiro semestre do ano.

*Com informações da Dow Jones Newswires

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Ifood

A Prosus, holding que controla o iFood no Brasil, anunciou ontem a compra da argentina Despegar, dona do site de viagens Decolar. O negócio teve valor informado de US$ 1,7 bilhão (R$ 10,5 bi pela cotação de ontem) ou US$ 19,50 (R$ 120,10) por ação

A aquisição faz parte da expansão da Prosus na América Latina e será financiada em dinheiro. Segundo a Despegar, o valor da transação representa um prêmio de aproximadamente 34% sobre o preço médio das ações nos últimos 90 dias.

O brasileiro Fabricio Bloisi, CEO do Prosus Group, afirmou que a América Latina “é um mercado com incrível potencial de crescimento” para a companhia. Além do iFood, a Prosus é sócia da plataforma de e-commerce OLX.

Crescimento

“O anúncio de hoje é sobre oportunidade e crescimento – sozinha, a Despegar é uma empresa bem-sucedida, com ótimos fundamentos e uma equipe de gestão motivada; juntas, tanto a Despegar quanto a Prosus a tornarão ainda mais forte”, disse o executivo, em nota

“Nossa ambição é garantir que a Despegar se beneficie de nosso ecossistema mais amplo para que possamos trabalhar juntos e oferecer a melhor solução de viagens na América Latina”.

A Prosus informou que, após a conclusão do negócio, passará a atender mais de 100 milhões de clientes na região nos segmentos de e-commerce, fintech e – agora – viagens. O iFood é líder no delivery de alimentação no Brasil.

Aeroportos
(Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Sinergia

Em comunicado, a Prosus informou que planeja criar sinergias entre a Despegar e outras empresas consolidadas do grupo, como iFood – que sozinho tem 60 milhões de clientes -, e a Sympla, plataforma de venda de ingressos de eventos e shows.

“Iremos acelerar o crescimento da Despegar aproveitando a capilaridade dos pontos de contato com clientes dentro do nosso portfólio, além de nossa expertise operacional e capacidade avançada em inteligência artificial”, afirmou Bloisi, em comunicado da Prosus.

A expectativa é de que a transação seja concluída no segundo trimestre de 2025. A conclusão está sujeita à aprovação dos acionistas da Despegar e de autoridades regulatórias.

O conselho de administração da companhia argentina informou, ontem, que aprovou a operação e decidiu recomendar que os acionistas da Despegar votem a favor da aprovação da fusão.

A Despegar opera em mais de 19 países na América Latina, responsável por 9,5 milhões de transações por ano, e hoje é líder no setor de venda de viagens online. Após a conclusão do negócio, a Despegar deverá deixar de ser negociada na Bolsa de Nova York.

“A América Latina é um mercado que conhecemos e entendemos bem, com uma estimativa de crescimento real do PIB entre 2% e 3% para o próximo ano e um prospecto promissor no médio e longo prazos. Combinado a isso, o setor de viagens online está se expandindo significativamente ao redor do mundo e as oportunidades na América Latina nos dão confiança de que podemos trabalhar com a Despegar para levar o negócio a outro patamar”, acrescentou Bloisi.

“Este investimento será um exemplo poderoso de como podemos gerar valor ao integrar negócios ao nosso ecossistema, impulsionando crescimento, inovação e impacto duradouro”, finalizou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Wall Street, Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 24, com os índices referenciais próximos das máximas do dia, indicando fôlego para o mercado acionário protagonizar um rali de Natal. A sessão teve liquidez restrita e duração mais curta antes do feriado.

O Dow Jones subiu 0,91%, fechando em 43.297,03 pontos. O Nasdaq ganhou 1,35%, aos 20.031,13 pontos, na máxima da sessão. O S&P 500 terminou o dia em alta de 1,10%, aos 6.040,04 pontos.

Após os negócios com ações nos EUA encerrarem três horas mais cedo do que o normal, às 15h (de Brasília), os mercados não funcionarão amanhã, dia 25.

Bancos

As ações dos bancos subiram, após várias entidades representativas do setor processarem o Federal Reserve por causa dos testes de estresse anuais, dizendo que as avaliações “produzem exigências e restrições vacilantes e inexplicáveis ao capital bancário”.

O Morgan Stanley e o Citigroup avançaram 2,10% e 1,76%, respectivamente. O Goldman Sachs ganhou 2,10% e o JPMorgan, 1,64%

A ação da American Airlines terminou o pregão em alta de 0,58%, revertendo queda inicial. A empresa aérea informou que retomou operações que foram interrompidas e afetaram todos os voos nos EUA na manhã de hoje em função de um problema técnico.

A Rumble (RUM) recuou 2,69%, depois de disparar 81% ontem com notícia de que a plataforma de compartilhamento de vídeos e provedora de serviços em nuvem receberá investimentos de US$ 775 milhões da Tether.

A Tesla saltou 7,82% e a Supermicro subiu 5,96%, tornando-se as ações com os melhores desempenhos porcentuais no S&P 500.

Chips de IA

A Nvidia (NVDA; NVDC34), fabricante de chips que são a escolha preferida para o treinamento de modelos de inteligência artificial, subiu 0,39% após saltar 3,7% na segunda-feira. Analistas do Morgan Stanley divulgaram na semana passada um relatório otimista sobre as empresas de chips de IA e consideraram a Nvidia uma das principais opções para 2025.

A Broadcom avançava 3,15% depois que a empresa de semicondutores e software encerrou a sessão de segunda-feira com alta de 5,5%. O Morgan Stanley também escolheu a Broadcom como uma de suas ideias favoritas para 2025, diante da sua oportunidade de crescimento para além do próximo ano.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
OI, OIBR3

A Oi (OIBR3), em recuperação judicial, comunicou nesta segunda-feira (23), a extensão do prazo para o fechamento da alienação da Unidade Produtiva Isolada (UPI) ClientCo para 28 de fevereiro de 2025. A decisão foi aprovada pelos credores como parte do plano de reestruturação da empresa, permitindo mais tempo para a finalização da transação.

O que a Oi anunciou?

Aprovação de credores e autoridades reguladoras. A extensão do prazo foi aprovada pelos Credores Opção de Reestruturação I e da Dívida ToP sem Garantia 2024/2025. A venda da UPI ClientCo já havia recebido aval do Cade e da Anatel, reforçando a viabilidade do negócio.

Processo de alienação e próximos passos. A transação inclui a negociação de boa-fé e a celebração do contrato de compra e venda, conforme detalhado no plano de recuperação. A Oi afirmou que segue comprometida com a implementação total do acordo, aprovado judicialmente em novembro de 2024.

Comunicação contínua com acionistas e mercado. A Oi reiterou seu compromisso em manter acionistas e o mercado informados sobre o andamento da transação, que é parte fundamental de sua estratégia de reestruturação e recuperação judicial.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Eneva

A Eneva (ENEV3) anunciou a contratação de um financiamento junto ao Banco do Nordeste no valor de R$ 660 milhões, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (23).

O custo será de IPCA + 3,4187% a.a., considerando o bônus de adimplência contratual, com prazo de vigência de 15 anos,
incluídos 5 anos de carência de principal, e vencimento final em 15 de janeiro de 2040.

Segundo a empresa, a operação pretende financiar a planta de Liquefação construída no município de Santo Antônio
dos Lopes (MA).

“O projeto visa expandir o fornecimento de GNL (SSLNG) para regiões do Brasil que não são atendidas pela malha de gasodutos (off-grid), por meio de carretas criogênicas através do modal rodoviário”, explica a Eneva.

As liberações dos recursos estão sujeitas a determinadas condições precedentes usuais a este tipo de operação e ao cronograma do projeto, explica Marcelo Campos Habibe, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, que assina o documento.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Rumble

Em meio ao entusiasmo com investimentos alternativos, a Rumble (RUM), uma plataforma de compartilhamento de vídeos e provedora de serviços em nuvem, saltou 81%, após receber um investimento estratégico de US$ 775 milhões da Tether (USDTUSD), empresa do setor de ativos digitais.

Do montante, US$ 250 milhões serão destinados ao fortalecimento do balanço e iniciativas de crescimento, enquanto o restante financiará uma oferta de recompra de até 70 milhões de ações Classe A, ao mesmo preço do investimento (US$ 7,50 por ação).

O que aconteceu?

Detalhes do investimento e recompra de ações. A Tether adquiriu 103,3 milhões de ações Classe A da Rumble, representando US$ 775 milhões. O restante dos recursos será usado para a recompra de até 70 milhões de ações, permitindo aos acionistas liquidez ao mesmo preço da aquisição.

Crescimento e liquidez imediata. Chris Pavlovski, CEO da Rumble, afirmou que a injeção de US$ 250 milhões fortalecerá o crescimento da empresa. Ele destacou que a oferta de recompra representa uma oportunidade de liquidez para acionistas que desejarem participar.

Sinergias entre liberdade de expressão e descentralização. Paolo Ardoino, CEO da Tether, ressaltou a conexão entre criptomoedas e liberdade de expressão, alinhando o investimento aos valores de descentralização e transparência. A colaboração visa impulsionar tecnologias que desafiem sistemas centralizados.

Governança inalterada após o investimento. Chris Pavlovski manterá controle majoritário na Rumble, enquanto a Tether terá uma participação minoritária sem direito a indicar membros para o conselho. A estrutura de governança atual permanecerá intacta.

Parceria além do investimento. Além da participação acionária, a Tether buscará ampliar parcerias com a Rumble em publicidade, serviços de nuvem e soluções de pagamento em criptomoedas, fortalecendo a presença no setor descentralizado.

Fechamento previsto para o início de 2025. O investimento e a recompra de ações estão sujeitos a condições habituais de fechamento, incluindo aprovações regulatórias, e devem ser concluídos no primeiro trimestre de 2025, marcando o início de uma nova fase de expansão para a Rumble.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Mercados Natal Queda

Após dois pregões seguidos de baixa, o dólar (USDBRL) à vista voltou a subir com força nesta segunda-feira, 23, e encerrou na casa de R$ 6,18, no segundo maior valor nominal de fechamento da história. O Banco Central, que na semana passada interveio pesadamente no mercado cambial, desta vez não atuou, limitando-se à rolagem programada de swaps cambiais tradicionais

Em dia de fortalecimento global da moeda americana no exterior e de fluxo de saída de recursos típica de fim de ano, o real apresentou o pior desempenho entre divisas emergentes. Operadores atribuem a fraqueza da moeda brasileira ao desconforto com o quadro fiscal e à nova rodada de piora das expectativas de inflação no Boletim Focus.

Lula e Haddad já contaminaram a economia em 2025

Ibovespa em queda

Sem sucesso, o Ibovespa (IBOV) iniciou a semana em busca de mitigação de danos, à medida que 2024 se aproxima do fim e a pressão no câmbio, bem como na curva de juros doméstica, não dá trégua nesta transição de ano, de pouco alívio na incerteza fiscal. Com giro a R$ 20,6 bilhões na sessão, o índice da B3 oscilou entre mínima de 120.617,32 e máxima de 122.104,68 correspondente ao nível de abertura.

Ao fim, mostrava baixa de 1,09%, aos 120.766,57 pontos, acumulando perda de 3,90% no mês e de 10,00% no ano. Assim, segue a caminho de confirmar a sua pior performance desde 2021 – um ano ainda de pandemia em que cedeu quase 12%, e que havia sido, também, o pior para Bolsa brasileira desde 2015. O nível de fechamento desta segunda-feira foi o menor desde 20 de junho, então aos 120,4 mil pontos.

Entre os papéis de maior peso e liquidez na B3, apenas Vale ON (+0,42%) e Petrobras (ON +0,76%, na máxima do dia no fechamento; PN +0,03%) mereceram destaque ainda que moderado, em sessão na qual o recuo nas ações de grandes bancos chegou a 3,09% (Santander Unit) no fechamento e atingiu 1,94% (Itaú PN) na principal do segmento.

Na ponta ganhadora do Ibovespa nesta véspera de pausa para o Natal, Hypera (+3,32%), Suzano (+2,72%) e IRB (+2,42%). No lado oposto, destaque para a realização de lucros em Automob (-19,05%), que estreou muito bem na semana passada e hoje puxou a corrente de perdas, à frente de Azul (-9,34%) e de Brava (-7,67%). Dos 87 papéis da carteira Ibovespa, apenas 13 conseguiram fechar o dia com ganhos.

Lula Mercados Economia
(Imagem: Promeai.pro/ Dinheirama)

Pacote fiscal

A avaliação predominante é a de que a desidratação do pacote de contenção de gastos aprovado pelo Congresso coloca em risco o alcance das metas fiscais pelos próximos dois anos, o que faz com que a taxa de câmbio carregue prêmios de risco ainda elevados.

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha adotado um tom mais moderado no fim da semana passada, reforçando a autonomia do Banco Central e a busca pela responsabilidade fiscal, há dúvidas se o ministério da Fazenda será capaz emplacar novas medidas de austeridade. Há receio também de dificuldades de articulação no Congresso após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, voltar a suspender distribuição de emendas de comissão previstas até o fim de ano.

Com máxima a R$ 6,2010 à tarde, o dólar à vista terminou a sessão em alta de 1,86%, cotado a R$ 6,1851 – valor inferior apenas ao do fechamento da última quarta-feira, 18 (R$ 6,2657). Naquela ocasião, além da crise de confiança local, houve uma disparada da moeda americana no exterior, após o Federal Reserve sinalizar que há menos espaço para reduzir os juros em 2025. Em dezembro, o dólar já sobe 3,06%, o que leva a valorização no ano a 27,44%.

Investidor com o pé atrás

O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, observa que ainda há fluxo de saída de fim de ano de empresas multinacionais e fundos, embora menor que o verificado na semana passada, em um ambiente marcado por liquidez reduzida às vésperas do feriado de Natal. Por ora, Galhardo trabalha com dólar na faixa de R$ 6,10 e R$ 6,30.

“O investidor estrangeiro está com o pé atrás e não se desfaz de suas posições cambiais defensivas. Enquanto perdurarem as dúvidas com o risco fiscal, não há como visualizar um cenário mais favorável ao Brasil no curto prazo”, diz Galhardo. “O BC entrou quando percebeu que havia distorções no mercado. Mas ele não vai entrar agora com uma tendência de dólar forte lá fora”.

Em dezembro, o BC injetou US$ 27,760 bilhões no mercado. Apenas as vendas em leilões à vista, iniciadas em 12 de dezembro, superaram US$ 16,76 bilhões. Reportagem de Cícero Cotrim e Célia Froufe, do Broadcast, mostra que a saída de dólares do Brasil entre os dias 2 e 19 de dezembro, de US$ 14,699 bilhões, foi a maior para o período na série histórica do BC, iniciada em 2008. Considerando exatamente os primeiros 19 dias do mês, a maior saída até agora, de US$ 12,651 bilhões, havia sido registrada em dezembro de 2019.

Entre as explicações para a magnitude do fluxo negativo figuram três hipóteses: dividendos maiores em razão do crescimento forte da economia neste ano, receio de aumento da tributação dos mais ricos (que seria utilizada para compensar isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil) e aumento de envio ao exterior por pessoas físicas.

(Com Estadão Conteúdo)

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Lula Mercados Economia, Ibovespa

A divulgação do relatório Focus nesta segunda-feira (23) revela que o mercado financeiro parece ter entendido que a decepção com o controle fiscal do governo Lula terá um efeito irreversível sobre a economia real em 2025.

“Mais uma vez, a crise de confiança afeta as expectativas e, consequentemente, a realidade brasileira. Esse é um dos poucos fatores capazes de provocar simultaneamente uma elevação das expectativas de juros e de inflação”, destaca Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Ibovespa terá um rali de Natal?

A inflação projetada para 2024 subiu 2 pontos-base, alcançando 4,91%. Para 2025, um “aumento impressionante” de 24 pontos-base, atingindo 4,84% e, para 2027, uma desancoragem para 3,8% (+14 pontos-base), destaca Sanchez.

As revisões de inflação foram realizadas apesar da alta nas perspectivas para a Selic, de 14,00% para 14,75% no fim de 2025, com as mudanças recentes para 15%, e de 11,25% para 11,75% em 2026.

Apesar de o PIB de 2024 e 2025 ter sido revisado para cima, a pequena magnitude dessas revisões, de +7 pontos-base e +1 ponto-base, respectivamente, “é insuficiente para justificar os fortes avanços inflacionários, o que só fecha a conta se adicionarmos a crise de confiança ao cenário”, opina.

Vale destacar que a projeção do PIB para 2026 já foi revisada para baixo, marcando a primeira semana de revisão negativa, de 2,% para 1,9%.

“Para que a crise se estabeleça por completo, será necessário que passemos a observar o movimento atual associado a uma queda nas expectativas de atividade econômica, fator que julgamos ser o próximo nessa cadeia de eventos”, projeta Sanchez.

Economia contaminada

Para Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, as expectativas de inflação de médio prazo desancoradas refletem um cenário de uma economia com uma lacuna positiva de produção e mercado de trabalho, “políticas fiscais e quase fiscais pró-cíclicas expansionistas e prêmios de política fiscal dada a relutância da administração em adotar uma postura fiscal mais rígida”.

Segundo ele, as expectativas de inflação de médio prazo acima da meta prolongadas (2026-27) “contaminam e endurecem os mecanismos de formação de preços e tornam mais custoso para o Banco Central entregar a inflação na meta”.

Lula
(Imagem: REUTERS/Andressa Anholete)

Felipe Miranda, CIO e Estrategista-Chefe da Empiricus Research, com o dólar acima de R$ 6, indo para R$ 7 ou R$ 8 rapidamente se as coisas não mudarem, a inflação de 2025 deve ser superior a 6%, com a curva de juros apontando uma Selic terminal acima de 16%.

“Não sei se chegará a tanto, mas o aperto monetário em curso vai bater na atividade. O desemprego aumenta. Já temos contratado um incremento do índice de miséria. É inexorável. A inflação já vai subir. E se o senhor [Lula] tentar impedir o aumento do desemprego, mantendo o pé na tábua fiscal, só vai jogar querosene nessa fogueira, pois ficará ainda mais claro que a dívida é insustentável. O dólar vai disparar. Perderemos a moeda e a inflação virá a galope”, opina.

Pacote de gastos

Tiago Sbardelotto, economista da XP Investimentos, estima que a economia projetada no pacote de redução de despesas aprovado no Congresso para os próximos dois anos caiu de R$ 52,3 bilhões para R$ 44,3 bilhões – uma diferença de R$ 8 bilhões.

“Mais importante ainda, para o longo prazo, a economia esperada caiu de R$ 294,2 bilhões para R$ 232,2 bilhões, uma redução significativa. Em nossa opinião, o resultado foi ligeiramente negativo: as mudanças estruturais no BPC foram praticamente eliminadas, o FCDF não foi alterado e o limite dos super-salários foi adiado”, explica.

Segundo ele, de qualquer forma, o resultado apenas reforçou a visão de que esse foi um pacote tímido de mudanças, que não tratou das questões mais importantes do orçamento federal (como a indexação de benefícios) e que servirá apenas para manter o limite de gastos do arcabouço fiscal por mais dois ou três anos.

O economista-chefe da Capital Economics, uma consultoria global, resume bem o que esperar de 2025: “A posição fiscal do Brasil é uma grande preocupação”, destaca em um relatório sobre os emergentes no próximo ano, divulgado hoje.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram

Dinheirama

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.