Prédio do Banco Central do Brasil

A maior intervenção do Banco Central (BC) desde o início do regime de câmbio flutuante ajudou a conter a escalada do dólar (USDBRL) em dezembro, mas não a ponto de tirar do real a segunda posição entre as moedas que mais perderam valor neste ano.

O saldo final de 2024, após o fechamento de seu último pregão, foi uma valorização de 27,34% da moeda americana ante a brasileira, o que, ao interromper uma sequência de dois anos em baixa, corresponde ao maior aumento da divisa desde 2020, quando houve o choque da pandemia de covid-19.

Argentina lidera e Brasil tem pior resultado de moedas em 2024

Nesta segunda-feira, 30, o BC voltou a entrar em ação com uma injeção de US$ 1,815 bilhão entre 13h56 e 14h01, menos de uma hora após a moeda subir 0,8%, alcançando a máxima da sessão (R$ 6,2426). O leilão à vista fez o dólar inverter o sinal, encerrando o dia em queda de 0,21%, aos R$ 6,1802, na contramão do desempenho das moedas de economias emergentes. No mês, a valorização caiu para 2,98%.

Até a definição da taxa Ptax final de 2024, a pressão de investidores vendidos, que ganham com a baixa da moeda, provocou volatilidade no mercado cambial, sendo que o dólar chegou a cair 0,64%, para R$ 6,1535, menor valor num pregão desde a última quinta-feira.

A avaliação de analistas é de que a liberação parcial de emendas parlamentares, autorizada pelo ministro do STF Flávio Dino, não aliviou muito as preocupações no mercado com a votação do orçamento do ano que vem, na volta do recesso legislativo em Brasília.

O gerente da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, observa que o BC tomou cuidado de realizar o leilão à vista apenas após a formação da Ptax para não interferir na briga entre comprados e vendidos. Ele considera, porém, que, na prática, a atuação da autoridade monetária tem sido de apenas secar gelo.

Dólar
(Imagem: Freepik/ pvproductions)

Maior injeção mensal de dólares

Somando a intervenção desta segunda-feira, o BC colocou neste mês US$ 21,575 bilhões em leilões à vista, a maior injeção de recursos em um único mês da história do regime de câmbio flutuante.

Superou, assim, com folga março de 2020, na chegada da pandemia ao País, quando foram vendidos US$ 12,054 bilhões pela autoridade monetária.

As ações do BC se deram em meio ao estresse gerado pela frustração com as medidas de ajuste fiscal lançadas pelo governo, que foram acompanhadas pelo anúncio, com compensação incerta, da isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil.

Embora a segunda pior divisa entre as mais líquidas, a forte valorização do dólar não ficou restrita ao mercado brasileiro e ao argentino. A divisa dos Estados Unidos subiu 24% ante o rublo, 21% contra o peso mexicano e 20% em relação à lira turca

Além da eleição de Donald Trump, que reacendeu o temor de políticas inflacionárias nos Estados Unidos e a necessidade de uma reação do Federal Reserve nos juros, as moedas emergentes sofreram com a forte valorização do iene na metade do ano. O aumento surpreendente de juros pelo Banco do Japão (BoJ) encareceu a rolagem de posições de carry trade dessas divisas.

No acumulado do ano até aqui, o índice DXY acumulou alta de 6,6%, aos 108,07 pontos – em Nova York, há ainda a sessão desta terça-feira, 31. No Brasil, há apenas negócios residuais amanhã e a taxa ptax de hoje (R$ 6,1923, queda de 0,11% na sessão e alta de 27,91% no ano) é repetida.

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Javier Milei, presidente da Argentina

O peso da Argentina foi a moeda de melhor desempenho global em 2024, registrando uma valorização real de 44,2% nos primeiros 11 meses do ano, conforme dados do Bank for International Settlements (BIS) analisados pela GMA Capital, conforme divulgado pelo Financial Times.

Enquanto isso, o real brasileiro apresentou a segunda maior desvalorização, com uma alta acumulada de 27,34% do dólar ante a moeda brasileira. As dinâmicas contrastantes refletem políticas econômicas distintas e desafios específicos enfrentados por ambos os países.

Entenda o que aconteceu com o peso e o real:

O “super peso” e a política de Milei. Sob a gestão de Javier Milei, o peso argentino teve valorização recorde, impulsionado por uma combinação de controle cambial rígido, confiança no mercado e ajustes fiscais.

Sustentabilidade questionada. A valorização do peso tem custos elevados. O Banco Central argentino precisou gastar reservas limitadas para manter a estabilidade da moeda, enquanto analistas apontam riscos de desvalorização abrupta em 2025.

Real enfrenta desafios fiscais e cambiais. O real brasileiro, apesar de intervenções recordes do Banco Central, sofreu grande desvalorização. Entre os fatores, estão as incertezas fiscais e o impacto de políticas expansionistas.

Peso da Argentina
(Imagem: Divulgação/ Banco Central da Argentina)

Peso com ganhos no mercado paralelo. A diferença entre taxas oficiais e paralelas caiu de 200% para menos de 20%, reduzindo a pressão cambial na Argentina. A política de exportação permitiu conversões mais atrativas para exportadores, ampliando a oferta de dólares.

O custo da força do peso. A valorização elevou preços em dólar no mercado interno, impactando setores como o de alimentos e manufatura. Um Big Mac, por exemplo, saltou para US$ 7,90, tornando-se mais caro do que em mercados desenvolvidos.

Real e intervenção histórica do BC. No Brasil, o Banco Central injetou US$ 21,575 bilhões em dezembro, superando intervenções de março de 2020, durante a pandemia. Apesar disso, o dólar acumulou alta significativa.

Competitividade ameaçada na Argentina. Empresários argentinos alertam para a perda de competitividade exportadora devido ao câmbio valorizado.

Pressões externas e riscos emergentes. Ambas as economias podem enfrentar desafios adicionais em 2025, especialmente com políticas comerciais de Donald Trump.

Peso historicamente caro. O câmbio médio ajustado por inflação na Argentina é de 1.510 pesos por dólar. Em 2024, estava em torno de 1.050 pesos, um nível historicamente alto e insustentável a longo prazo.

Expectativas para 2025. Embora a confiança em Milei permaneça alta, especialistas destacam que reformas fiscais contínuas serão essenciais para evitar uma crise cambial iminente.

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Lula Mercados Economia, Ibovespa

Aos 120 mil pontos, o Ibovespa (IBOV) encerrou 2024 – um ano bem difícil para a renda variável no Brasil com a explosão do dólar (USDBRL) e a pressão vista na curva de juros doméstica – em modo oposto ao que se viu em 2023, na então máxima histórica de 134 mil pontos, renovada na penúltima sessão daquele mês de dezembro. O recorde seria levado um pouco adiante no fim de agosto de 2024, aos 137 mil pontos.

Desde então, o Ibovespa inclinou-se sem trégua, contido pela percepção de risco fiscal no plano interno que derrubou o real e elevou os juros futuros, deprimindo o apelo de ativos de risco como ações.

No front externo, a partir de novembro refletiu também um quadro nebuloso para os emergentes em 2025, com o retorno de Donald Trump à Casa Branca no próximo dia 20 – o que resulta em cautela maior para o Federal Reserve seguir adiante com os cortes de juros nos Estados Unidos, diante da perspectiva de mais inflação com a provável retomada de uma linha de governo protecionista na maior economia do mundo.

Nesta última sessão de 2024, o Ibovespa fechou estável (+0,01%), aos 120.283,40 pontos, uma variação negativa de 13,9 mil pontos em relação ao nível de fechamento de 2023, então aos 134.185,24 pontos. Em porcentual, a perda acumulada no ano correspondeu a 10,36%, confirmando o pior desempenho para o índice da B3 desde 2021, um ano ainda de pandemia em que cedeu quase 12%, e que havia sido, também, o pior para a Bolsa brasileira desde 2015.

Em dezembro, a perda ficou em 4,28%, superando as leituras já ruins vistas em novembro (-3,12%), outubro (-1,60%) e setembro (-3,08%). No último trimestre de 2024, a variação negativa do índice foi a 8,74%, superando a queda de 7,59% vista em outro período ruim para a Bolsa brasileira, no quarto trimestre de 2014, quando se efetivou a reeleição da então presidente Dilma Rousseff.

Em intervalo que costuma ser favorecido pelos ralis de fim de ano, o Ibovespa teve agora, entre outubro e dezembro de 2024, seu pior desempenho para o último trimestre desde a crise global de 2008. No ano da crise das hipotecas de alto risco nos EUA, o Ibovespa havia mergulhado quase 25% no mês de outubro, e ainda teve piora na margem no mês seguinte, novembro, antes de leve recuperação em dezembro – lembrando que a ladeira abaixo havia se iniciado em setembro, na deflagração da crise global, quando o Ibovespa tinha caído 11%.

Em dólar, o Ibovespa chega ao fim de 2024 a 19.462,70 pontos, refletindo a perda nominal na casa de 10% para o índice e o avanço de 27% para a moeda americana em relação ao real. Assim, termina o ano ao nível acima do que se encontrava no auge dos temores globais em torno da pandemia de covid-19, em março de 2020, então aos 14.051,44. Naquele primeiro trimestre, o pior da história para um início de ano, o Ibovespa em dólar abraçava perda de 51,26%.

Desconto

Contudo, comparado ao fechamento de agosto de 2024 – então bem perto da recente máxima histórica, em 28 daquele mês, aos 137,3 mil pontos no fechamento e a 137,4 mil no intradia -, o Ibovespa acumula agora um desconto significativo, vindo então de 24 135,58 pontos com dólar a R$ 5,63. Desde o nível recorde de 137 mil pontos perto do fim de agosto, o Ibovespa tem perda nominal de 12,42%, o equivalente a 17,0 mil pontos. O dólar à vista fechou 2024 a R$ 6,1802 (-0,21% na sessão), mostrando avanço de quase 3% no mês

Nesta última segunda-feira do ano, a estabilidade do índice na sessão foi assegurada em especial por Petrobras (ON +1,47%, PN +1,49%). Os bancos também ajudavam em bloco, mas perderam força em direção ao fechamento, com Itaú PN em baixa de 0,16% no fim do dia.

Como o Ibovespa, Vale ON operou em boa parte da sessão colada à estabilidade, mas encerrou na mínima do dia, em baixa de 0,35%. Na ponta ganhadora do Ibovespa na sessão, Azul (+5,36%), Brava (+4,21%) e LWSA (+3,11%). No lado oposto, Automob (-2,86%), Ambev (-2,73%) e IRB (-2,08%).

Vale
(Imagem: Divulgação/ Vale)

Melhores e piores do ano

No ano, entre as principais blue chips, o avanço acumulado por Petrobras (ON +21,26%, PN +17,96%) (PETR3; PETR4) foi o contraponto ao ajuste negativo de Vale (ON -23,32%) (VALE3), a principal ação do Ibovespa.

Também entre os mais relevantes componentes do índice, Itaú PN (ITUB4) cedeu 3,49% no ano, a menor perda entre as principais instituições do setor, em que os destaques negativos foram Bradesco (ON -26,57%, PN -28,86%) (BBDC3; BBDC4) e Santander Brasil (Unit -22,64%) (SANB11). Na B3, o giro financeiro nesta última sessão do ano foi de R$ 17,8 bilhões.

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Flávio Dino, ministro do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, negou nesta segunda-feira (30) o pedido do Senado Federal para liberar o pagamento de emendas de comissão no valor de R$ 4,2 bilhões. Dino argumentou que a ausência de documentação comprovando aprovação pelas comissões inviabiliza a liberação.

A decisão reforça a necessidade de critérios rigorosos de transparência e conformidade com normas, mantendo o bloqueio às emendas relacionadas ao Ofício nº 220/2024, declarado nulo.

Veja os destaques da decisão do STF

Bloqueio permanece pela falta de atas aprovadas. Dino destacou que “não houve a juntada das Atas aprovando as indicações dos Senhores Líderes,” tornando impossível liberar recursos sem critérios claros.

Individualização de emendas foi insuficiente. Embora o Senado tenha individualizado os responsáveis pelas indicações, Dino afirmou que faltou a aprovação formal exigida pela Resolução nº 001/2006.

Requisitos legais não foram atendidos. Segundo Dino, a Lei Complementar nº 210/2024 e a Resolução nº 001/2006 impõem regras claras que devem ser respeitadas, incluindo justificativas detalhadas e avaliação custo-benefício.

STF reafirma controle jurisdicional. “Não se trata de judicializar a política, mas de legítimo controle jurisdicional de validade de atos administrativos,” explicou o ministro.

Diferença entre Senado e Câmara é um problema. Dino apontou que procedimentos divergentes entre as Casas Legislativas comprometem a segurança jurídica na execução orçamentária.

Ofício nº 220/2024 declarado nulo. O documento foi invalidado por não cumprir as exigências legais. “Como empenhar uma ‘emenda de comissão’ cuja indicação e valor não foram aprovados pela Comissão?” questionou Dino.

Validade restrita a empenhos anteriores. O ministro permitiu a execução apenas de emendas empenhadas antes de 23 de dezembro, desde que atendam às normas.

Equidade parlamentar é prioridade. Dino reafirmou que todos os parlamentares têm igualdade no processo legislativo. “Não podem existir parlamentares de 1ª e 2ª classe.”

Veja a íntegra da decisão de Dino

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Nyse Wall Street

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, 30, com nova rodada de realização de lucros nas ações das empresas de tecnologia após um ano de ganhos estelares.

A Boeing (BA; BOEI34) esteve em destaque entre as principais quedas porcentuais do Dow Jones, ainda que tenha reduzido a baixa, após duas aeronaves de sua fabricação se envolverem em acidentes entre sábado e domingo, um na Noruega e outro na Coreia do Sul. As empresas agrupadas no bloco das “Sete Magníficas” voltaram a ceder.

Maior alta desde 1997

O Dow Jones caiu 0,77%, fechando em 42.992,21 pontos. O Nasdaq perdeu 1,49%, aos 19.722,03. pontos. O S&P 500 terminou o dia em baixa de 1,11%, aos 5.970,84 pontos. Apesar do marasmo de fim de ano, os índices acionários dos EUA encerrarão 2024 com os maiores ganhos desde 1997, segundo o Swissquote Bank.

O desempenho das Bolsas de Nova York em 1997 foi marcado por um ano de volatilidade e crescimento expressivo. O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) registrou um ganho anual de aproximadamente 22,6%, encerrando o ano acima de 7.900 pontos, impulsionado por setores como tecnologia e serviços financeiros. O S&P 500 subiu 31%, atingindo níveis recordes devido ao otimismo econômico nos Estados Unidos e à forte expansão corporativa.

No entanto, o ano também foi impactado por eventos globais, como a crise financeira asiática, que começou em julho e gerou instabilidade nos mercados internacionais. Apesar disso, os investidores mantiveram a confiança na economia americana, sustentada pelo crescimento moderado do PIB, baixa inflação e uma política monetária estável conduzida pelo Federal Reserve.

A bolha de empresas de tecnologia começava a se formar, criando entusiasmo e elevando as avaliações de empresas do setor. O ano consolidou a força de Wall Street como um pilar da economia global, mesmo em meio a tensões externas.

Boeing
(Imagem: Unsplash/ Sven Piper)

Queda das ações da Boeing

Os papéis da Boeing cederam 2,31%, ante recuo de mais de 4% pela manhã. No domingo (29), na cidade sul-coreana de Muan, um Boeing 737-800 da Jeju Air, proveniente de Bangcoc, na Tailândia, derrapou na pista, bateu em um muro de concreto e pegou fogo, matando 179 pessoas. Na Noruega, um Boeing 737-800, da companhia holandesa KLM, teve que fazer um pouso de emergência no aeroporto de Sandefjord, após uma falha hidráulica.

A ação da Tesla (TSLA; TSLA34) caiu 3,30% antes do relatório de entregas de veículos elétricos. A Apple (AAPL; AAPL34) recuou 1,33% e a Alphabet (GOOG; GOOGL; GOGL34; GOGL35) perdeu 0,79%. A Amazon (AMZN; AMZO34) cravou baixa de 1,09%. Outros papéis do grupo “Sete Magníficas” que ficaram pressionados foram os da Meta (-1,43%) (META; M1TA34) e da Microsoft (-1,32%) (MSFT; MSFT34). A Nvidia (NVDA; NVDC34) se recuperou, fechando em alta de 0,35%.

As Bolsas de NY e Nasdaq não funcionarão em 9 de janeiro, diante das homenagens após o falecimento do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, de acordo com comunicados divulgados nesta segunda-feira. O mercado de renda fixa fechará mais cedo no dia.

(Com Estadão Conteúdo)

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Petróleo

A Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda enviou um ofício à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) manifestando preocupação com a Portaria Normativa GM/MME nº 93/2024, que regulamenta debêntures incentivadas e infraestrutura no setor de energia.

O foco é a menção aberta às atividades de exploração, desenvolvimento e produção de gás natural associado, sem critérios rigorosos que evitem impactos ambientais significativos. O documento destaca a importância de alinhamento com o Plano de Transformação Ecológica e reforça a necessidade de práticas sustentáveis.

O que a Fazenda disse sobre as debêntures?

Portaria enumera setores prioritários para investimentos. A Portaria nº 93/2024 define critérios para enquadramento de projetos de infraestrutura, com dispensa de aprovação prévia para subsetores de energia, incluindo atividades de gás natural. “O inciso I menciona etapas como exploração e produção de gás natural seco e associado”, pontua o ofício.

Ministério ressalta alinhamento com metas ecológicas. O Decreto nº 11.964/2024, alinhado ao Plano de Transformação Ecológica, excluiu projetos relacionados à cadeia produtiva do petróleo como prioritários. “O objetivo é afastar setores com externalidades negativas ao meio ambiente”, afirma o texto.

Preocupação com critérios para gás natural associado. O Ministério alerta para o impacto ambiental das atividades relacionadas ao gás natural associado, mencionadas na Portaria, sem regulamentação rigorosa. “Critérios mais rigorosos são essenciais para evitar impactos ambientais significativos e cumprir compromissos climáticos.”

Sustentabilidade deve guiar análise de projetos. O documento reforça que a análise de projetos deve seguir os princípios do Plano de Transformação Ecológica, garantindo transparência e aderência às melhores práticas internacionais. “A harmonização com diretrizes sustentáveis é crucial para mitigar riscos ambientais.”

Transição energética justa como prioridade. A Fazenda destaca a colaboração com a CVM na promoção de práticas financeiras que impulsionem uma transição energética responsável. “Estamos à disposição para contribuir na análise de instrumentos que favoreçam uma transição justa e sustentável.”

Alerta sobre impactos internacionais. O ofício enfatiza que o Brasil precisa alinhar seus projetos com compromissos climáticos assumidos globalmente. “A menção aberta a atividades sem critérios rigorosos compromete a credibilidade do país em fóruns internacionais.”

A Secretaria conclui reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade e a transição energética, sugerindo diálogo contínuo com a CVM para alinhamento de políticas e diretrizes.

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Brasil 2025

O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 6,620 bilhões em novembro, após um superávit de R$ 36,883 bilhões em outubro, conforme dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (30).

A análise do Goldman Sachs, liderada pelo economista-chefe para América Latina, Alberto Ramos, destaca que o resultado está alinhado ao consenso, mas reforça preocupações com o descontrole fiscal e os impactos macroeconômicos.

Segundo Ramos, “a postura fiscal expansionista e a relutância em controlar gastos estão minando a credibilidade das metas fiscais e contribuindo para o superaquecimento da economia.”

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Veja o que disse o Goldman sobre o Brasil

Déficit fiscal atinge 1,65% do PIB em 12 meses. No acumulado, o déficit primário consolidado alcança 1,65% do PIB, com o Governo Central registrando R$ 200 bilhões negativos, equivalente a 1,71% do PIB. “Isso ocorre apesar de um crescimento real acima do esperado e da depreciação do real em 2024”, aponta Ramos.

Déficit geral se amplia para 9,5% do PIB. O déficit fiscal geral, que inclui juros líquidos, subiu de 7,8% para 9,5% do PIB em um ano. Ramos enfatiza que “a expansão pró-cíclica das despesas públicas está agravando o cenário fiscal, aumentando os riscos econômicos.”

Dívida bruta segue em trajetória ascendente. A dívida pública bruta alcançou 77,7% do PIB, uma alta de 3,9 pontos percentuais em 12 meses. “Para reverter essa dinâmica, seriam necessários superávits primários estruturais acima de 2% do PIB, algo improvável no curto prazo”, avalia o economista.

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Pressões inflacionárias e aumento de juros. A falta de uma âncora fiscal confiável elevou os prêmios de risco, deteriorando as expectativas de inflação e pressionando o Banco Central a adotar uma política monetária mais restritiva. “Essa postura se tornou necessária diante do aquecimento econômico excessivo”, afirma Ramos.

Projeção de déficits futuros e desafios estruturais. Ramos projeta déficits primários contínuos e crescimento da dívida nos próximos anos. “Estabilizar a dívida e criar amortecedores fiscais são desafios macroeconômicos fundamentais”, destaca. Ele acrescenta que tais medidas poderiam reduzir a taxa de juros real neutra, mas requerem uma agenda fiscal robusta.

Credibilidade fiscal e sustentabilidade a longo prazo. O Goldman Sachs conclui que o atual cenário demanda reformas fiscais estruturais para recuperar a confiança e estabilizar a economia. “Sem mudanças significativas, as metas fiscais continuarão distantes, ampliando os desafios econômicos do Brasil”, alerta Ramos.

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Presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concede entrevista

O Senado apresentou nesta segunda-feira (30) esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) relativos às emendas de comissão ao Orçamento. O pagamento de emendas no valor de R$ 4,2 bilhões foi suspenso pelo ministro Flávio Dino até o cumprimento de critérios de transparência pela Câmara dos Deputados. Na segunda-feira (30), após manifestação da Câmara, o ministro liberou o pagamento de parte das emendas e determinou a manifestação do Senado Federal sobre o tema.

Na justificativa, o magistrado alega que a liberação dos recursos de comissão são “a fim de evitar insegurança jurídica para terceiros”. Como entes da Federação, empresas e trabalhadores.

Apesar da liberação parcial dos recursos, Dino criticou a resposta dada pela Câmara na última sexta-feira, 27, e falou em “inconsistência” e “contradição”.

“Ao examinar as Petições apresentada pela Câmara dos Deputados no dia 27 de dezembro, às 19h50, verifico o ápice de uma balbúrdia quanto ao processo orçamentário – certamente inédita. Com efeito, as citadas Petições contêm incoerências internas, contradições com outras peças constantes dos autos e – o mais grave – confronto com a ordem jurídica pátria”, afirmou o magistrado.

Dino é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, apresentada pelos partidos PSOL e Novo e por entidades que defendem a transparência no uso de recursos públicos. Na primeira decisão, em 23 de dezembro, Dino determinou a suspensão do pagamento de 5.449 emendas de comissão. Após o recebimento das explicações da Câmara, o ministro manteve o bloqueio das emendas que, na sua visão, não obedeceram às normas jurídicas, mas autorizou os empenhos das emendas de comissão feitos antes da decisão que determinou o bloqueio.

O que disse o Senado?

No documento enviado ao STF, a advocacia do Senado argumenta que foram “observadas rigorosamente as determinações constantes das decisões do Supremo” estabelecendo condicionantes para a retomada da execução orçamentária das emendas parlamentares.

O procedimento, conforme o documento do Senado incluiu a aprovação das emendas no processo orçamentário de 2024 por meio das comissões e a individualização das emendas, com a discriminação dos entes destinatários e os nomes e códigos de cada parlamentar solicitante, enviados ao Ministro da Casa Civil, Rui Costa, e ao chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

 “Logo, o que se depreende é que o Senado Federal observou o procedimento previsto segundo as normas vigentes para a efetivação das aludidas emendas de comissão, o que deve importar na promoção dos empenhos respectivos, cujo prazo se encerra amanhã, 31 de dezembro de 2024, ressalvados eventuais impedimentos de ordem técnica”, diz o documento, que cita, ainda, o fato de haver discricionariedade do Poder Executivo, ou seja: a decisão sobre executar ou não essas emendas que não são impositivas.

Bloqueio

Os R$ 4,2 bilhões previstos nas emendas que tiveram o pagamento suspenso pela decisão do ministro Flávio Dino tinha previsão de execução até o fim deste ano. O ministro apontou como irregularidade o fato de os repasses não terem tido registro formal ou aprovação prévia das comissões da Câmara, que haviam sido suspensas de 12 a 20 de dezembro.

A execução das emendas foi solicitada ao governo por meio de um ofício da Câmara com a assinatura de 17 líderes partidários. Dino também requisitou a instauração de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar a liberação da quantia pela Câmara sem a chancela dos colegiados. A suspensão das atividades foi apontada como estratégia para impedir a deliberação das comissões, mas a Câmara argumenta que suspensão das atividades “se deu para possibilitar, em esforço concentrado, a votação das proposições de controle de gastos do Poder Executivo”.

(Fonte: Agência Senado)

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Natura

O BB Investimentos analisou as ações da Natura (NTCO3) e manteve recomendação neutra, com perspectiva de estabilização após um ano desafiador, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (30). O preço-alvo para 2024 foi ajustado de R$ 18,20 para R$ 17,30.

Apesar dos avanços com a finalização do processo de Chapter 11 e o foco em operações rentáveis na América Latina, o setor de consumo enfrenta dificuldades. O BB destaca que, embora o momento atual do Grupo Natura seja mais favorável, o ambiente macroeconômico em 2025 pode limitar ganhos.

O que diz a análise sobre a Natura?

Ações caíram mais de 20% em 2024. A queda superou o desempenho do Ibovespa, que registrou cerca de -10% no período, refletindo desafios do setor e questões societárias internas.

Suspensão dos estudos para separar Avon International. O processo foi interrompido em agosto após o pedido de Chapter 11 pela Avon Products Inc., impactando as expectativas do mercado.

Finalização do Chapter 11 traz estabilidade. A conclusão do processo em dezembro elimina riscos jurídicos nos EUA e permite à Natura retomar o foco estratégico.

Expansão na América Latina segue como prioridade. O grupo avança na “Onda 2”, que busca aumentar a rentabilidade na região até o final de 2025.

Cenário desafiador para bens não-essenciais em 2025. Apesar de melhorias internas, o BB Investimentos alerta para dificuldades no setor devido a juros elevados e inadimplência.

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Dólar

A taxa Ptax (USDBRL) encerrou a sessão desta segunda, 30, última do ano nos mercados no País, cotada a R$ 6,1923, em queda de 0,11%, em relação ao fechamento na sexta-feira, de R$ 6,1991.

A Ptax diária é a média de quatro coletas feitas pelo Banco Central, que hoje foram de R$ 6,1955 (12h13), R$ 6,1689 (12h43), R$ 6,1756 (12h45) e R$ 6,2293 (13h59).

A Ptax de hoje costuma ser repetida no dia 31/12. Em dezembro até aqui, a Ptax acumula alta de 2,29% e, em 2024, de 27,91%.

O que é a taxa ptax do dólar?

A Taxa ptax é a taxa de câmbio oficial calculada e divulgada pelo Banco Central do Brasil.

Ela representa a média ponderada das taxas de compra e venda do dólar comercial em transações realizadas por instituições financeiras autorizadas a operar no mercado de câmbio. A ptax é apurada com base em quatro janelas de consulta ao longo do dia.

(Com Estadão Conteúdo)

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A-29 Super Tucano, da Embraer

A Embraer (EMBR3) anunciou nesta segunda-feira (30) um pedido firme de seis aeronaves de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano. O cliente não foi revelado, e o contrato será incluído na carteira de encomendas do 4º trimestre de 2024, com entregas previstas para 2026.

A empresa destacou as capacidades versáteis do A-29, que pode ser usado em missões como interdição aérea e patrulha marítima. Segundo análise do Bradesco BBI, o pedido é positivo e reforça a recomendação de compra para a Embraer, com preço-alvo de R$ 58,00.

O que foi anunciado pela Embraer?

Encomenda inclui seis aeronaves multimissão A-29 Super Tucano. As aeronaves têm capacidades avançadas para missões de defesa, incluindo apoio tático e ataque marítimo, além de treinamento avançado.

Entregas previstas para 2026. O pedido será adicionado à carteira do 4T24, ampliando a robustez do segmento de Defesa da Embraer.

Histórico de sucesso do A-29. Com mais de 290 unidades vendidas e 570 mil horas de voo acumuladas, a aeronave se destaca como líder global em sua categoria.

Análise do Bradesco BBI destaca impacto positivo. Os analistas Victor Mizusaki, Wellington Lourenço e Larissa Monte estimam que o contrato tenha valor entre US$ 70 milhões e US$ 90 milhões.

Defesa se consolida como área estratégica. Este é o segundo pedido de Defesa em dois dias úteis, após o contrato para duas aeronaves C-390 Millennium na sexta-feira.

Recomendações otimistas para a Embraer. O Bradesco BBI mantém a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 58, destacando o A-29 e o C-390 como pilares do crescimento.

A-29 fortalece sua posição global. Além deste contrato, o modelo foi encomendado em 2024 por Portugal (12 unidades), Uruguai e Paraguai, expandindo sua presença internacional.

Embraer é destaque para 2025. Com perspectivas de novos pedidos no segmento de Defesa, a empresa é apontada como uma das principais escolhas do Bradesco BBI para o próximo ano.

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Enauta Brava Campo de Atlanta

A Brava (BRAV3) anunciou nesta segunda-feira (30) que o campo de Papa-Terra retomou a produção nesta manhã, após a autorização concedida pela ANP na última sexta-feira.

Ação da Brava pode saltar 94% com venda de ativos

Além disso, a empresa informou que houve uma atualização relevante no processo relacionado ao primeiro óleo de Atlanta. A agência reguladora concluiu que todas as condições foram atendidas e autorizou o início da produção do FPSO (Floating Production Storage and Offloading) Atlanta.

O que isso representa para a Brava?

Notícias amplamente esperadas. Segundo a XP Investimentos, as notícias como positivas. “Havia mais incerteza quanto ao momento do início da produção do FPSO Atlanta, mas também esperávamos uma autorização da ANP em breve”, opinam os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm.

Reação positiva do mercado. A corretora observa uma reação positiva do mercado hoje, dada a importância da retomada da produção de ambos os campos para a tese de investimento da Brava. “Esse anúncio atenua o risco de novos atrasos”, pontuam Cardoso e Kelm.

Marco significativo para a Brava. Em relatório, o BTG Pactual destacou o progresso na estabilização de suas operações offshore. “O aumento de aproximadamente 8% nas ações na sexta-feira reflete a reação positiva do mercado ao anúncio. As próximas atualizações sobre o FPSO Atlanta, esperadas no início de janeiro, representam outro catalisador importante, pois a Brava busca fortalecer seu portfólio offshore”, ressaltam.

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Magda Chambriard, presidente da Petrobras

A presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard, defendeu no domingo, 29, mais uma vez a exploração na Margem Equatorial brasileira e se disse otimista em conseguir a licença ambiental do Ibama para perfurar o poço FZA-M-59. “Entregamos respostas ao Ibama em uma reunião técnica, como eles queriam. Estamos estudando a área há mais de 10 anos e a Petrobras tem todas as tecnologia e recursos para fazer essa exploração”, afirmou no programa Canal Livre, da Bandeirantes.

Ela destacou que a Petrobras produz há anos no pré-sal em frente às praias de Copacabana e Ipanema, com total confiança da população e sem acidentes.

“Quando se fala na Foz do Amazonas acham que vão sujar a Ilha de Marajó, que é uma distância duas vezes maior do que a distância (da nossa exploração) em relação à Copacabana”, explicou a executiva.

Segundo ela, o leilão das áreas da Margem Equatorial ocorreu quando ela era diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o objetivo foi diversificar a distribuição de tributos do petróleo. “Ideia é gerar tributos para os estados e municípios da Margem”, afirmou.

Relação com Lula e o governo

Chambriard afirmou que a sua relação com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “é muito boa”, e que o político, como representante da União no controle da empresa, “quer saber tudo o que se passa na companhia e torce por nós”.

Além de Lula, Magda elogiou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que teve atritos com a gestão anterior da empresa, de Jean Paul Prates.

“Eu tenho uma relação direta com o governo, não ter seria um absurdo. Então eu busco alinhamento com o acionista majoritário, sendo o governo, e com o acionista minoritário, que são meus acionistas privados, e tenho que conversar com os dois, por óbvio”, explicou a executiva.

Segundo ela, o ministro da Casa Civil é muito atuante e faz o papel de entendimento e relação do que acontece na Petrobras e no País.

De outro lado, ela relatou que existe uma relação direta com Silveira e outros ministros, como o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

“Estamos conseguindo conciliar o interesse da sociedade brasileira com o interesse dos nossos investidores, não tem ninguém reclamando”, disse a executiva, ressaltando que a Petrobras tem “empilhado prêmios de governança”.

(Com Estadão Conteúdo)

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Mercados Japão

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, em um ambiente de liquidez restrita antes do feriado do ano-novo.

No último pregão de 2024, o Nikkei caiu 0,96% em Tóquio, a 39 894,54 pontos, pressionado por ações do setor automotivo e de tecnologia. Ao longo deste ano, porém, o índice japonês acumulou valorização de mais de 19%.

O índice de referência terminou em seu melhor nível de fim de ano de todos os tempos, superando a máxima anterior de 38.915,87 em 29 de dezembro de 1989, quando o Japão estava em uma bolha econômica.

Bolha no Japão

A bolha no mercado de ações do Japão foi um marco econômico que transformou o país. Alimentada pela especulação desenfreada e políticas monetárias expansionistas, a valorização dos ativos financeiros e imobiliários atingiu níveis insustentáveis. O índice Nikkei 225 ultrapassou os 38.000 pontos em dezembro de 1989, refletindo a exuberância do mercado.

No entanto, a bolha começou a estourar em 1990, quando o Banco do Japão elevou as taxas de juros para conter a inflação. Isso desencadeou uma queda abrupta nos preços dos ativos, levando a décadas de estagnação econômica, conhecida como “década perdida”.

Empresas e bancos ficaram sobrecarregados com dívidas, e o mercado nunca mais recuperou os níveis da bolha. Esse episódio tornou-se um exemplo clássico dos perigos do excesso de alavancagem e da especulação no mercado financeiro.

Bandeira da China
(Imagem: Freepik/ user6702303)

Coreia do Sul e China

Em Seul, o Kospi recuou 0,22%, a 2.399,49 pontos, também na última sessão do ano, em meio à crise política na Coreia do Sul e após o acidente aéreo mais grave do país em quase três décadas, que matou 179 pessoas e fez a ação da Jeju Air tombar 8,65% e atingir mínima histórica. Em 2024, o índice sul-coreano teve queda de 9,6%.

Em outras partes da região asiática, o Hang Seng cedeu 0,24% em Hong Kong, s 20.041,42 pontos, no penúltimo pregão do ano, em meio a preocupações sobre possíveis tarifas a produtos chineses no segundo governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, enquanto o Taiex perdeu 0,37% em Taiwan, s 23.190,20 pontos.

Na China continental, os mercados ficaram sem direção única, com investidores à espera de novos dados de atividade (PMIs) para avaliar a força da segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto subiu 0,21%, a 3.407,33 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,32%, a 2.008,49 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, à medida que o S&P/ASX 200 recuou 0,32% em Sydney, a 8.235,00 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões de ganhos.

(Com Estadão Conteúdo)

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Mega-Sena

Com prêmio estimado em R$ 600 milhões, a Mega-Sena da Virada é o maior sorteio do ano. As apostas custam R$ 5 por seis dezenas e podem ser feitas até as 18h do dia 31 de dezembro.

<<< Resultado da Mega da Virada 2024: 50, 17, 29, 57, 01 e 19 >>>

O aumento do uso da inteligência artificial para várias áreas também se aplica ao mundo dos jogos. Segundo o ChatGPT, uma aposta “diversificada” que segue “padrões equilibrados” para inspirar a sua aposta é: 05, 13, 27, 34, 42 e 58.

Por que essa combinação? A IA explica que esta combinação tem um equilíbrio entre pares e ímpares: 3 para cada. Outro ponto é a distribuição em diferentes faixas: os números estão espalhados entre dezenas baixas, médias e altas. Por fim, não há nenhuma sequência óbvia: evita padrões previsíveis como “1, 2, 3”.

Questionada, a Alexa – inteligência artificial da Amazon – forneceu a seguinte combinação: 7, 13, 22, 23, 45 e 60.

Além disso, alguns especialistas, como da Sorte Online, apontam estratégias que aumentam as chances de vitória, como desdobramento e fechamento, aplicadas de forma manual ou por plataformas digitais, otimizando os jogos. Confira como essas táticas podem fazer a diferença.

Estratégias que aumentam as chances na Mega

O desdobramento multiplica combinações. Ao selecionar mais dezenas no volante, o apostador gera combinações únicas que equivalem a várias apostas simples. Por exemplo, uma aposta de 15 números na Mega-Sena cria 5.005 jogos diferentes, aumentando drasticamente as chances de vitória.

Multiplicação de prêmios secundários. Além da Sena, o desdobramento permite ganhos em quadras e quinas. Com sete dezenas, por exemplo, é possível conquistar 6 quinas e 5 quadras adicionais se acertar os números sorteados.

Fechamento reduz custos e otimiza apostas. Essa estratégia elimina combinações repetidas, permitindo apostas simples mais econômicas. Com 10 dezenas na Mega-Sena, 14 jogos garantem cobrir todas as combinações possíveis para uma quina.

Fechamento de quadra foca em prêmios menores. Semelhante ao fechamento de quina, esta técnica cria jogos otimizados com foco em acertar quadras. É uma estratégia eficaz para reduzir custos e aumentar as chances de premiações menores.

Estratégias digitais tornam o processo simples. Plataformas online ajudam a automatizar desdobramentos e fechamentos, eliminando erros e facilitando a gestão de combinações.

Misturar estratégias para equilibrar custo-benefício. Combinar desdobramentos com fechamentos pode maximizar as chances de ganhos, equilibrando custos e possibilidades de acerto.

Validação matemática para maior eficiência. Técnicas como usar todas as dezenas disponíveis, otimizadas por algoritmos, garantem que cada combinação seja única, reduzindo o desperdício de apostas.

Grupos de apostas maximizam probabilidades. Participar de bolões permite jogar com mais dezenas, aumentando as combinações e diluindo os custos.

Quanto pode render o prêmio?

Segundo a XP Investimentos, o se os R$ 600 milhões caírem na mão de um bom investidor, provavelmente esse valor garantiria uma vida financeira tranquila para gerações dessa família. “Isso porque fazendo esse valor trabalhar para você, talvez os seus gastos mensais não ultrapassem o quanto ele renderia mensalmente em bons investimentos”, explica a corretora.

Com a atual taxa de juros de 12,25% ao ano, o valor de rendimento mensal desse prêmio seria de R$ 4.510.500,00 (quatro milhões, quinhentos e dez mil e quinhentos reais) líquidos, ou seja, já descontando o IR, se aplicado na taxa atual do Tesouro Selic, por exemplo.

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Unidade Santa Vitória, da Jalles Machado

A safra 2024/25 da Jalles Machado (JALL3) registrou moagem de 7,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, rendimento médio de 84,6 toneladas/ha e produção total de TRS de 1,1 milhão de toneladas, ficando abaixo das projeções. O Bradesco BBI destacou o impacto climático e custos elevados como desafios, enquanto o BTG Pactual revisou suas estimativas, mas manteve otimismo quanto ao futuro da empresa.

Veja as análises sobre a Jalles

Desempenho da safra ficou abaixo do esperado. A moagem foi 4% abaixo do guidance, e a produção total de TRS (Total Recoverable Sugar, ou Açúcar Total Recuperável, em português) caiu 7% em relação às expectativas, refletindo fraco rendimento no 3T25 (-26% em relação ao 1S24).

Estoques ainda podem trazer resultados positivos. Cerca de 51% do açúcar e 65% do etanol produzidos ainda não foram comercializados, indicando potencial aceleração de resultados em 2025.

Mix de açúcar e custos unitários preocupam. Apesar do prêmio de preço de 53% do açúcar em relação ao etanol, o mix e os custos unitários elevados pressionam margens.

Jalles Machado
(Imagem: Divulgação/ Jalles Machado)

Meta de longo prazo é otimista. A administração reforçou a meta de 9 milhões de toneladas de moagem até 2026/27, exigindo um aumento de 21% no TCH da unidade de Santa Vitória.

Recomendações e desafios no curto prazo. O Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas destaca que a falta de visibilidade para 2025/26 pode limitar o desempenho das ações.

Clima adverso e atrasos impactaram resultados. Condições climáticas desfavoráveis e atrasos no projeto de expansão de açúcar reduziram a produção de TRS e alteraram o mix para mais etanol.

Revisão do Ebitda para R$ 1,48 bilhões. A safra abaixo das expectativas levou o BTG a reduzir sua projeção de Ebitda para o ano fiscal de 2025, ajustando de R$ 1,56 bilhões para R$ 1,48 bilhões.

Expectativas para a safra 2025/26 são positivas. Condições climáticas melhoraram, e o BTG projeta um mix de açúcar de 53% a 55%, com potencial de ganhos adicionais.

Valorização atrativa após queda das ações. Com queda de 41% no preço das ações no acumulado do ano, o BTG vê a Jalles Machado como uma oportunidade de investimento a 15% de FCF yield para 2025.

Perspectivas de longo prazo permanecem sólidas. O banco destaca o equilíbrio financeiro e o potencial de preços mais altos de açúcar e etanol como fundamentos positivos para o futuro.

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Aviação Voo Aeroportos

Chegaram as férias. Hora de fazer as malas e viajar. E de torcer para nada dar errado. Mas, se der, é uma boa, para o consumidor, estar a par de seus direitos, tanto na hora de pegar o avião como na hora de desfrutar de tudo que estava previsto nos pacotes turísticos.

Com o propósito de proteger consumidores no setor de turismo neste período de alta demanda, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tem feito campanhas para reforçar “a importância de conhecer e exigir os direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC)”.

Entre os assuntos abordados estão os direitos do consumidor em caso de problemas com voos e de alterações em pacotes turísticos. Apresenta também dicas práticas para os consumidores e detalha algumas de suas atuações no sentido de conscientizá-los, em relação a canais de atendimento, fiscalizações e penalidades já aplicadas.

Voos

A Senacon lembra que viagens aéreas são suscetíveis a atrasos, cancelamentos e a situações em que a venda de assentos foi maior do que a capacidade da aeronave, o chamado overbooking.

O órgão alerta os consumidores para os direitos previstos na legislação brasileira, em especial pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Código de Defesa do Consumidor, quando se depararem com situações desse tipo.

Se o atraso for superior a 1 hora, as companhias devem oferecer meios de comunicação como telefone ou internet. Quando for superior a 2 horas, o passageiro terá direito a alimentação por meio de vouchers ou refeição.

Quando o atraso supera 4 horas, a companhia aérea deve proporcionar acomodação ou hospedagem, além de transporte até o local.

Tanto no caso de atrasos superiores a 4 horas como no de cancelamento de voos, o passageiro pode escolher entre reembolso total do valor pago; reacomodação em outro voo da mesma companhia ou de outra, sem custo adicional ou execução do serviço por outro meio de transporte.

Estão também previstas regras de transparência, com relação às situações que resultam em problemas com o voo. “As empresas são obrigadas a informar, em tempo real, a situação do voo e os motivos de qualquer problema”, diz a Senacon.

Aeroporto Santos Dumont
(Imagem: Fernando Frazão/ Agência Brasil)

Pacotes turísticos

No caso de pacotes turísticos comprados pelos consumidores, tanto para viagens em família como em grupos, a Senacon destaca algumas proteções importantes.

Em caso de alterações feitas de forma unilateral pela empresa, a Senacon explica que “a agência de turismo não pode alterar itinerários, hospedagens ou outros serviços sem o consentimento do cliente”.

No entanto, caso isso ocorra, o consumidor tem direito a cancelar o contrato com reembolso integral ou aceitar outro pacote de igual, ou superior valor, sem custos adicionais.

Se o cancelamento for a pedido do consumidor, pode haver cobrança de multas proporcionais, desde que previstas em contrato. O Código de Defesa do Consumidor, no entanto, exige que essas multas sejam razoáveis e comunicadas de forma clara.

“Se a agência não cumprir o que foi contratado, como hotel diferente do acordado, o consumidor pode exigir reparação ou até indenização por danos morais e materiais”, ressalta a Senacon.

Dicas

Entre as dicas práticas apresentadas nas campanhas da Senacon, está a de ler os contratos com atenção. “Confira todas as cláusulas antes de fechar qualquer pacote ou comprar passagens; e questione sobre multas em caso de cancelamento e garanta que tudo esteja documentado”.

A secretaria sugere também que a viagem seja planejada, que as reservas sejam antecipadas, que podem reduzir custos, além de evitar problemas com imprevistos.

Sugere também que tudo seja registrado por escrito. “Guarde comprovantes de pagamento, e-mails e mensagens trocadas com fornecedores. Esses documentos são fundamentais em caso de pedidos de reparação”.

Além de fazer campanhas de conscientização, com informativos sobre direitos e alertas sobre fraudes em compras de pacotes e passagens online, a Senacon disponibiliza a plataforma consumidor.gov.br, um canal que possibilita, aos consumidores, registrarem reclamações contra agências de viagens, companhias aéreas e hotéis.

(Com Agência Brasil)

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China Carnes

O Ministério do Comércio da China anunciou uma investigação sobre importações de carne bovina devido à queda nos preços domésticos e ao aumento das importações nos últimos anos. Segundo os analistas Henrique Brustolin e José Ricardo Rosalen, do Bradesco BBI, o impacto pode ser menor do que aparenta, considerando aspectos geopolíticos e a política de expansão das importações chinesas após a peste suína africana. Apesar disso, os preços da carne bovina podem subir em breve, dado o cenário global de oferta limitada.

Veja o que diz o Bradesco BBI sobre o anúncio da China

A investigação cobre importações desde 2019. Abrange o período de janeiro de 2019 a junho de 2024, período no qual as importações cresceram 65%, com Brasil, Argentina e Austrália como principais fornecedores.

Queda acentuada nos preços domésticos. Nos últimos dois anos, o preço médio da carne bovina no atacado na China caiu 22%, pressionando os produtores locais.

Impacto potencial é avaliado como moderado. Segundo o Bradesco BBI, medidas restritivas anteriores tiveram viés geopolítico, sugerindo que os efeitos podem ser menos intensos no Brasil.

Consumo crescente na China impulsiona importações. Entre 2018 e 2024, o consumo de carne bovina na China cresceu 48%, com 33% do total vindo de importações, que representaram 64% do incremento da oferta doméstica.

Brasil ampliou sua capacidade de exportação. Desde 2019, 49 novas plantas brasileiras foram licenciadas para exportar à China, totalizando 65 unidades, embora o prêmio de preço tenha diminuído.

Ciclo de gado aponta para alta de preços. No Brasil, o preço do gado aumentou 25% em dólares nos últimos quatro meses, tendência que deve refletir nos preços de exportação.

Investigação não afeta comércio atual. Durante o inquérito, as importações continuarão normalmente, com uma conclusão esperada dentro de oito meses, podendo ser estendida.

JBS segue como recomendação principal. O Bradesco BBI mantém a JBS (JBSS3) como a principal escolha no setor de proteínas, com um preço-alvo de R$ 46,00, destacando exposição ao ciclo avícola em 2025.

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Elon Musk

O empresário Elon Musk causou alvoroço após apoiar o partido de extrema-direita da Alemanha em um grande jornal do país antes das principais eleições parlamentares da nação europeia, o que levou à demissão da editora de opinião do jornal, em protesto.

A Alemanha realizará uma eleição antecipada em 23 de fevereiro, depois que a coalizão de três partidos do chanceler Olaf Scholz ter entrado em colapso no mês passado em uma disputa sobre como revitalizar a economia estagnada do país.

O artigo de opinião de Musk para o Welt am Sonntag publicado em alemão neste fim de semana foi o segundo neste mês em que ele apoia o Alternativa para a Alemanha (AfD).

“O Alternativa para a Alemanha (AfD) é a última centelha de esperança para este país”, escreveu Musk.

Ele continuou dizendo que o partido de extrema-direita “pode liderar o país para um futuro onde prosperidade econômica, integridade cultural e inovação tecnológica não são apenas desejos, mas realidade”.

O CEO da Tesla Motors também escreveu que seu investimento na Alemanha lhe deu o direito de comentar sobre a condição do país

O AfD está com forte presença nas pesquisas, mas sua candidata ao cargo mais alto, Alice Weidel, não tem chance realista de se tornar chanceler porque outros partidos se recusam a trabalhar com o partido de extrema direita.

Aliado do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, o bilionário questionou em seu artigo de opinião a imagem do partido. “A representação da AfD como extremista de direita é claramente falsa, considerando que Alice Weidel, a líder do partido, tem um parceiro do mesmo sexo do Sri Lanka! Isso soa como Hitler para você? Por favor!”

O comentário de Musk levou a um debate na mídia alemã sobre os limites da liberdade de expressão, com a própria editora de opinião do jornal anunciando sua demissão, na plataforma de mídia social de Musk, X. “Sempre gostei de liderar a seção de opinião do WELT e do WAMS. Hoje, um artigo de Elon Musk apareceu no Welt am Sonntag. Entreguei minha demissão ontem depois que foi impresso”, escreveu Eva Marie Kogel.

Um artigo crítico do futuro editor-chefe do grupo Welt, Jan Philipp Burgard, acompanhou o artigo de opinião de Musk. “O diagnóstico de Musk está correto, mas sua abordagem terapêutica, de que somente a AfD pode salvar a Alemanha, está fatalmente errada”, escreveu Burgard.

Respondendo a um pedido de comentário da agência de imprensa alemã, dpa, o atual editor-chefe do grupo Welt, Ulf Poschardt, e Burgard – que deve assumir em 1º de janeiro – disseram em uma declaração conjunta que a discussão sobre o artigo de Musk foi “muito perspicaz. A democracia e o jornalismo prosperam na liberdade de expressão”.

“Isso continuará a determinar a bússola do ‘mundo’ no futuro. Desenvolveremos o ‘Die Welt’ ainda mais decisivamente como um fórum para tais debates”, escreveram à dpa

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Flávio Dino, ministro do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino voltou a criticar a Câmara dos Deputados em relação à indicação de emendas parlamentares e reafirmou a importância de investigações da Polícia Federal sobre os recursos. Em decisão neste domingo, 29, porém, o magistrado abriu exceções de execução de emendas impositivas para a Saúde e de comissão empenhadas até 23 de dezembro.

Na justificativa, o magistrado alega que a liberação dos recursos de comissão são “a fim de evitar insegurança jurídica para terceiros”. Como entes da Federação, empresas e trabalhadores.

Na decisão, Dino autoriza, até o dia 10 de janeiro de 2025, a movimentação dos recursos de emendas parlamentares já depositados nos Fundos de Saúde, “independentemente das contas específicas”. A partir do dia 11 de janeiro de 2025, no entanto, ele determina que não poderá haver qualquer movimentação a não ser a partir das contas específicas para cada emenda parlamentar

Além disso, o magistrado também autorizou o “imediato empenho”, até o dia 31 de dezembro de 2024, das emendas impositivas para a Saúde, “independentemente da existência das contas específicas”. “Estas, contudo, serão exigidas para os pagamentos a serem efetuados em face dos empenhos”, afirma.

Apesar da liberação parcial dos recursos, Dino criticou a resposta dada pela Câmara na última sexta-feira, 27, e falou em “inconsistência” e “contradição”.

“Ao examinar as Petições apresentada pela Câmara dos Deputados no dia 27 de dezembro, às 19h50, verifico o ápice de uma balbúrdia quanto ao processo orçamentário – certamente inédita. Com efeito, as citadas Petições contêm incoerências internas, contradições com outras peças constantes dos autos e – o mais grave – confronto com a ordem jurídica pátria”, afirmou o magistrado.

A Câmara afirmou que as emendas foram devidamente aprovadas e manifesta preocupação com a interrupção de serviços públicos essenciais, principalmente na área da saúde.

“Não procedem os argumentos de que a deliberação das emendas de comissão é oculta ou fantasiosa, já que está detalhadamente documentada nos autos, com publicação ampla na internet. Tampouco há “verba nova”, não deliberada pelos colegiados competentes”, disse o advogado da Câmara Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva na manifestação enviada ao Supremo.

Ele também diz ver uma “nulidade insanável” no ofício encaminhado pelo Congresso que pediu a liberação dos R$ 4,2 bilhões de emendas. “É inviável a sua acolhida e seguimento, de modo que ao Poder Executivo fica definitivamente vedado empenhar o que ali consta”, prosseguiu.

Na decisão, Dino destaca a importância da Polícia Federal no processo. Em sua avaliação, a necessidade de investigação torna-se “cada vez mais nítida”.

“Sublinho que o devido processo legal orçamentário, de matriz constitucional, não comporta a ‘invenção’ de tipos de emendas sem suporte normativo. A legítima celebração de pactos políticos entre as forças partidárias tem como fronteira aquilo que as leis autorizam, sob pena de o uso degenerar em abuso”, afirma.

“Obviamente não se trata de interferência judicial na sagrada autonomia do Poder Legislativo, e sim de sua adequação à Constituição e às leis nacionais. Este é um dever irrenunciável do STF: assegurar que não haja o império de vontades individuais ou a imposição de práticas concernentes ao constitucionalismo abusivo, de índole autoritária e apartada do interesse público”, acrescenta.

Veja a íntegra da decisão de Flávio Dino

(Com Estadão Conteúdo e Agência Câmara)

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Brava Energia

Na última sexta-feira (27), a Brava (BRAV3) anunciou negociações para vender seus ativos onshore no Brasil, com prazo de propostas até 9 de janeiro de 2025. Segundo a Genial Investimentos, a transação, estimada em US$ 2,2 bilhões (R$ 13 bilhões), pode elevar o valor das ações de R$ 22,57 para até R$ 44, representando um ganho potencial de 94%.

O que foi anunciado pela Brava?

Detalhes das negociações. A empresa contratou dois bancos para estruturar a venda e enviou teaser a interessados. O prazo para recebimento das propostas foi estendido para 9 de janeiro de 2025.

Ativos no Rio Grande do Norte. Os ativos incluem 11 concessões de óleo e gás com produção média de 250 barris/dia entre janeiro e novembro de 2024, além de infraestrutura de gás midstream.

Interesse no mercado. Cinco empresas, incluindo Eneva (ENEV3), PetroReconcavo (RECV3) e uma estrangeira, demonstraram interesse nos ativos, que podem superar a atual capitalização de mercado da Brava, de R$ 8 bilhões.

Projeções da Genial Investimentos. Os cenários projetados pela Genial indicam valorização das ações para R$ 44 (+94%) ou R$ 27 (+19%), dependendo dos termos da oferta e avaliação dos ativos.

Impacto estratégico. A venda pode destravar valor significativo para a empresa, reforçando sua posição no mercado de óleo e gás no Brasil e melhorando a eficiência de sua operação.

Próximos passos. A Brava avalia as propostas recebidas e destaca que ainda não há acordo formalizado. A conclusão da negociação será crucial para seu futuro financeiro e estratégico.

Produção da Brava em Papa-Terra

Além do anúncio das negociações dos ativos on-shore, a Brava Energia revelou ter recebido da ANP a autorização para retomar a produção no campo de Papa-Terra. A empresa informou que iniciará os preparativos para essa retomada, que deve começar no início da próxima semana.

Para a XP Investimentos, a notícia positiva para a Brava.

“Como já discutimos, os dois principais campos da empresa, Papa-Terra e Atlanta, foram interrompidos enquanto aguardavam a aprovação da ANP. Acreditamos que a aprovação para a retomada da produção em Papa-Terra é um fator importante para a empresa. Também esperamos que a aprovação para o início do FPSO Atlanta ocorra em breve”, explicam os analistas.

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China Railway

A China State Railway Group revelou neste domingo (29), em Pequim, o protótipo do CR450, trem de alta velocidade capaz de atingir até 450 km/h em testes e operar comercialmente a 400 km/h. O modelo é mais rápido que o CR400 Fuxing, marcando avanços tecnológicos no setor ferroviário global, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

O que foi anunciado na China?

Velocidade inédita. O CR450 supera o CR400 Fuxing, que opera a 350 km/h, destacando o compromisso da China com inovação ferroviária de ponta.

Eficiência aprimorada. O CR450 reduz a resistência operacional em 22% e pesa 10% menos que os modelos anteriores, segundo a CRRC Corporation.

Design aerodinâmico. Com um nariz afilado, materiais leves e tecnologias de redução de ruído, o CR450 melhora eficiência e conforto, reduzindo o ruído interno em 2 decibéis.

Tecnologia avançada. Equipado com 4.000 sensores e um sistema de frenagem de emergência de múltiplos níveis, o CR450 garante segurança e monitoramento em tempo real.

Espaço para passageiros. O novo modelo aumenta o espaço interno para passageiros em 4%, oferecendo uma experiência de viagem mais confortável.

Contribuição global. A rede ferroviária de alta velocidade da China, com 47.000 km de extensão, lidera o setor mundial, fortalecendo a conectividade e o desenvolvimento econômico.

Projetos internacionais. Trem como o Jakarta-Bandung, na Indonésia, refletem o impacto global da tecnologia chinesa, com operações a 350 km/h.

Marco no setor ferroviário. A China, pioneira em 13 padrões internacionais de alta velocidade, sediará o Congresso Mundial de Trens de Alta Velocidade em 2025, reafirmando seu papel na liderança global.

Potencial comercial. O CR450 passará por testes e ajustes antes de entrar em operação, consolidando a posição da China na vanguarda da inovação ferroviária.

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Tesouro Direto: lançamento do TD Garantia na B3

A partir desta terça-feira (31), o investidor com recursos no Tesouro Direto deixará de pagar a cada semestre a taxa para manter o dinheiro aplicado na bolsa de valores. A cobrança passará a ser feita nas movimentações dos títulos, quando o papel vencer, o aplicador resgatar antecipadamente o dinheiro ou o Tesouro pagar juros e amortizações.

Equivalente a 0,2% do saldo, a taxa de custódia incidia duas vezes por ano, no primeiro dia útil de janeiro e no primeiro dia útil de julho sobre a conta de investimento na corretora ou no banco. A cobrança prevista para 2 de janeiro de 2025, informou o Tesouro Nacional, não será mais feita.

Agora, quando o investidor resgatar o investimento ou o Tesouro repassar os juros a quem detém títulos que pagam “cupons semestrais”, o investidor pagará 0,2% sobre o saldo total aplicado no Tesouro Direto, proporcional ao período da aplicação. O pagamento será feito no evento que ocorrer primeiro.

“A cobrança será feita de forma proporcional ao período em que você investiu, facilitando a experiência como investidor e eliminando a necessidade de gerenciar depósitos periódicos”, informou o Tesouro em comunicado enviado aos investidores. A taxa de custódia remunera a B3, a bolsa de valores brasileira, que mantém os títulos do Tesouro Direto sob sua guarda e opera o sistema de negociações.

Casos especiais

No caso dos títulos Tesouro Educa+ (que financia investimentos em educação) e Renda+ (que financia a aposentadoria), a cobrança será feita em momentos diferentes. O pagamento da taxa de custódia desses dois papéis, informou o Tesouro, será feito apenas em resgastes ou no recebimento de fluxos mensais após o vencimento.

Nesses dois títulos, quem levar o investimento até o vencimento continua isento das taxas. Alguns papéis preveem a isenção para títulos com recebimentos de quatro a seis salários mínimos para alguns papéis.

Os investimentos de até R$ 10 mil por Cadastro de Pessoa Física (CPF) no Tesouro Selic (título que segue a taxa básica de juros) permanecem isentos. Nesse caso, a taxa de 0,2% incide apenas sobre o que ultrapassar os R$ 10 mil. Se o investidor tiver R$ 10.100, pagará R$ 0,20, o equivalente a 0,2% dos R$ 100 excedentes.

Histórico

No início do Programa Tesouro Direto, em 2002, os bancos e as corretoras cobravam taxa de administração, e a B3 tinha taxa de custódia de 0,5%. Ao longo dos anos, as taxas de administração deixaram de existir e a taxa de custódia caiu progressivamente, até chegar a 0,3% em 2019. Naquele ano, a taxa de custódia caiu para 0,25%.

Além disso, em agosto de 2020, os investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic, título corrigido pelos juros básicos da economia, passaram a ser isentos da taxa de custódia. Somente saldos acima desse valor aplicados no Tesouro Selic são cobrados. Em janeiro de 2022, a taxa de custódia caiu para 0,2% e permanecia sendo cobrada a cada semestre, com uma parcela em janeiro e outra em julho.

Captação de recursos

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.

(Com Agência Brasil)

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Federal Reserve e Bancos

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) informou que avalia grandes mudanças em seus “testes de estresse” bancários anuais à luz dos recentes desdobramentos legais, incluindo permitir que os credores forneçam comentários sobre os modelos usados.

EUA podem atingir limite da dívida em janeiro, diz Yellen

Em comunicado divulgado na última semana, o Fed comunicou que, em breve, buscará comentários públicos sobre mudanças significativas para melhorar a transparência dos testes e reduzir a volatilidade dos requisitos de capital resultantes.

O teste de estresse avalia a resiliência de grandes bancos estimando suas perdas, receitas e níveis de capital sob um cenário hipotético de recessão que muda a cada ano. O capital atua como uma almofada para absorver perdas e permite que os bancos continuem emprestando para famílias e empresas mesmo durante uma recessão. Desde seu início, há mais de 15 anos, os grandes bancos no teste de estresse mais que dobraram seus níveis de capital, um aumento de mais de US$ 1 trilhão, conforme o BC americano.

O Fed buscará manifestações públicas sobre todos os modelos que determinam as perdas e receitas hipotéticas de bancos sob estresse. O BC também pretende obter a média dos resultados ao longo de dois anos para reduzir as mudanças ano a ano nos requisitos de capital que resultam do teste de estresse.

O que os bancos dizem?

Um grupo de associações bancárias e empresariais, incluindo o Bank Policy Institute e a American Bankers Association, anunciou na semana passada uma ação legal contra o Federal Reserve, questionando a falta de transparência no framework dos testes de estresse. A medida busca alinhar o processo às exigências legais e garantir previsibilidade para o setor.

Críticas à opacidade do modelo. As associações alegam que o Fed não publica os modelos e cenários utilizados, violando o Administrative Procedure Act que exige transparência e participação pública em mudanças regulatórias.

Impacto na economia. Segundo os grupos, o framework atual restringe o acesso ao crédito, eleva custos de financiamento e prejudica o crescimento econômico e a geração de empregos nos EUA.

Capital arbitrário. Os testes frequentemente resultam em exigências de capital excessivas, descritas como inconsistentes e voláteis, dificultando o planejamento financeiro das instituições.

Reforço da capacidade bancária. As associações defendem que maior clareza e previsibilidade fortalecem o papel dos bancos na intermediação de mercado e financiamento de empresas.

Litígio como última opção. O processo foi iniciado devido à proximidade do prazo de prescrição das ações, que expira em fevereiro de 2025, garantindo que os grupos mantenham seus direitos legais.

Posição dos bancos. As associações reiteram que não desejam eliminar os testes, mas ajustá-los para atender às normas legais e promover um ambiente regulatório mais justo.

Necessidade de revisão urgente. A volatilidade e os erros nos resultados, argumentam, prejudicam a confiança e a eficiência do sistema bancário sem melhorar a segurança.

Contribuição para a economia. O financiamento intermediado por bancos é essencial para 75% das empresas e governos locais nos EUA, reforçando a necessidade de um sistema mais claro e eficiente.

(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

Um agregador de análises técnicas já aponta o dólar (USDBRL) sendo negociado acima de R$ 9 em 2025, mostra a ferramenta “Coincodex”.

O valor é considerado como o máximo e seria alcançado em dezembro, enquanto o valor médio ficaria em R$ 8,51, São as maiores projeções para o ano.

Dominância fiscal entra no radar dos investidores

Segundo as análises, o dólar ultrapassaria o patamar dos R$ 7 em março e R$ 8 em junho.

“Em 2025, a taxa de câmbio entre o dólar americano e o real brasileiro deverá variar entre R$ 6,09 e R$ 9,25, levando a um preço médio anualizado de R$ 7,41. Isso pode resultar em um retorno potencial sobre o investimento de 49,25% em comparação com as taxas atuais”, ressalta a Coincodex.

O dólar terminou a última sessão negociado a R$ 6,19.

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2025 Bitcoin

Embora a empolgação com a trajetória ascendente do bitcoin (BTCUSD) reine quase absolutamente, uma correção nos preços após o salto de 2024 é esperada. Historicamente, os recordes são seguidos por quedas e estabilização do ativo – são períodos em que a liquidez do mercado cripto vai para moedas de menor capitalização. O fôlego renovado agora em dezembro pode retardar a chamada temporada das alt coins, mas, ainda assim, a história mostra que uma realização do rei dos criptoativos deve ocorrer.

Para Beto Fernandes, analista da Foxbit, o movimento de correção é necessário para o bitcoin e o mercado cripto. “No estágio em que estamos, praticamente qualquer investidor que entrou em bitcoin, seja qual foi o momento, está com lucro. É natural desse processo que uma parte queira colocar o dinheiro no bolso”, avalia. O especialista considera que é importante para a evolução da tecnologia que a escalada dos preços tenham altas e correções, “para criar suportes”.

João Marco Braga da Cunha, líder de gestão de portfólio da gestora de fundos cripto Hashdex, diz que 2025 tem tudo para ser “formidável”. Ele aponta, porém, que o otimismo é maior para os ativos alternativos. Segundo ele, as moedas menores tendem a se beneficiar da maior liquidez nos ativos de risco que é esperada se o afrouxamento monetário nos Estados Unidos prosseguir. Ainda assim, ele pondera que há fatores de risco – eventos adversos nos mercados tradicionais podem ter impacto forte nos criptoativos. Em agosto, por exemplo, o aumento de juros no Japão derrubou as bolsas mundo afora e arrastou junto os criptoativos, aponta Cunha.

Donald Trump, presidente eleito dos EUA
Donald Trump, presidente eleito dos EUA (Imagem: Divulgação/ Donald Trump)

O ano do bitcoin

Após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos no início de novembro, o bitcoin viveu uma escalada de mais de 50% em um mês. A empolgação do mercado ocorreu por causa das promessas pró-cripto do republicano, como a criação de uma reserva americana em bitcoin. Segundo a Tagus Bites, se a proposta do Bitcoin Act for totalmente implementada, o valor de capitalização de mercado do ativo vai rivalizar com o ouro, em US$ 17,9 trilhões, em cinco anos.

Mas efeito Trump foi apenas o mais recente dos vários gatilhos para alta do principal criptoativo ao longo do ano. Em todo o ano de 2024, até 16 de dezembro, o bitcoin acumulou alta de cerca de 146%.

Os primeiros meses foram embalados pela aprovação, ainda no fim de 2023, da criação de fundos de índice (ETFs) de bitcoin à vista nos EUA. No lançamento dos produtos, houve até uma certa correção, com dúvidas se os investidores seriam de fato atraídos. Mas foram: atualmente, os fundos listados totalizam mais de US$ 117,8 bilhões em bitcoin, de acordo com a Coinglass. As gestoras dos ETFs somadas já são as maiores detentoras da moeda digital.

Outro fator determinante para o avanço do ativo foi o corte na oferta chamado halving – que é quando a emissão de bitcoins é reduzida pela metade. O processo ocorre a cada quatro anos, conforme os algoritmos com os quais a moeda foi criada em 2008. Este código é imutável, então com as sucessivas reduções na emissão o bitcoin vai parar de ser ‘cunhado’ em 2140. É esta finitude que o torna teoricamente deflacionário – ao contrário de divisas fiduciárias, não pode-se decidir pela criação de mais moedas, que é um fator que causa inflação.

Novo recorde à vista

O halving de abril de 2024 foi o quarto da história. Sempre nos meses seguintes à data, o bitcoin passa por uma escalada nos preços. Neste mais recente, um fato novo ocorreu: a moeda atingiu sua máxima pouco antes do halving em si – o contexto era o dos recém-lançados ETFs nos EUA.

Apesar da exceção, o histórico mostra que o topo de um novo ciclo ocorre de 371 a 546 dias após o halving, aponta a CCData. Com isso em vista, é de se esperar uma nova máxima histórica em 2025. O cenário base da casa de análise de dados blockchain é que o pico ocorra no segundo trimestre, apesar da expectativa de uma correção no ano que vem.

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China Carnes

A China abriu investigação sobre a importação de carne bovina pelo país no período de 2019 ao primeiro semestre de 2024. A apuração para fins de aplicação de salvaguardas, termo técnico que envolve a proteção de setores estratégicos, foi anunciada nessa sexta-feira (28) e abrange todos os países exportadores para o país asiático, incluindo o Brasil.

A investigação deverá durar oito meses e será feita a pedido de produtores chineses, sob a alegação de que o aumento das importações teria causado danos à produção local.

Em nota, o governo brasileiro informou que, em princípio, os chineses não adotaram qualquer medida preliminar, permanecendo a tarifa vigente de 12% que a China aplica sobre as importações de carne bovina.

Principal destino da carne do Brasil

A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Em 2024, foram exportados mais de 1 milhão de toneladas para o país asiático, um aumento de 12,7% em relação a 2023.

O governo brasileiro diz que, em conjunto com os exportadores nacionais, buscará demonstrar que a carne brasileira exportada não causa “qualquer prejuízo” à indústria chinesa, sendo um fator de complementariedade da produção local.

“O governo brasileiro reafirma seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro, respeitando as decisões soberanas do nosso principal parceiro comercial, sempre buscando o diálogo construtivo em busca de soluções mutuamente benéficas”, diz a nota conjunta dos ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores do Brasil.

Em comunicado, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou que segue comprometida em cooperar com as autoridades chinesas e brasileiras, fornecendo esclarecimentos e participando ativamente do processo de investigação, por “soluções que atendam aos interesses de ambas as nações”. Reafirmou ainda que a carne bovina brasileira exportada para a China é de alta qualidade e segue rigorosos padrões de sanidade e segurança.

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Vladimir Putin, presidente da Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu desculpas neste sábado, 28, ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, pela queda do avião Embraer 190 (EMBR3) da Azerbaijan Airlines, que matou 38 pessoas.

O avião caiu na quarta-feira com 67 pessoas a bordo de Baku, Azerbaijão, a caminho de Grozny, Rússia, e provocou bola de fumaça preta e chamas laranja nas margens do Mar Cáspio, no Cazaquistão.

Queda de avião põe Embraer em meio a conspiração da Rússia

“O presidente Vladimir Putin pediu desculpas pelo incidente trágico ocorrido no espaço aéreo russo e mais uma vez expressou suas profundas e sinceras condolências às famílias das vítimas, além de desejar uma rápida recuperação aos feridos”, disse o Kremlin em um comunicado.

Segundo a agência de notícias russa Interfax, Putin se desculpou com o presidente azerbaijano porque o incidente ocorreu em espaço aéreo russo. Na conversa entre os líderes de Estado, Putin sustentou a versão dada pela autoridade civil de aviação russa na sexta, de que o avião tentava pousar em Grozny, mas um ataque de drones ucranianos causou a queda da aeronave no Cazaquistão.

O voo J2-8243 havia saído de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grózni, capital da Chechênia. A aeronave foi forçada a realizar um pouso de emergência perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão. Ao todo, 38 pessoas morreram e 29 ficaram feridas.

Investigações preliminares sobre o incidente apontam um sistema de defesa aéreo russo como causa do incidente, que teria abatido o avião ao confundi-lo com um drone. Putin admitiu a Aliyev que o sistema de defesa aéreo estava ativo no momento do incidente, porém teria entrado em ação para tentar abater os drones ucranianos que atacavam a aeronave.

Imagens divulgadas nesta sexta-feira mostram buracos na fuselagem do avião. Durante a ligação, o presidente Aliyev citou a Putin a investigação da Azerbaijan Airlines, companhia aérea estatal do país, de que o avião foi sujeito a “interferência externa e técnica” durante o voo. Passageiros do voo relataram à Reuters terem ouvido altos estrondos na aeronave antes da queda

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse que conversou com o presidente do Azerbaijão sobre a queda do avião e afirmou que a Rússia deve fornecer uma explicação sobre o ocorrido.

Versões conflitantes

A queda do avião da Azerbaijan Airlines na última quarta-feira (25) tem gerado versões conflitantes entre os países envolvidos. Pelo menos quatro nações fazem parte do caso: Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão e Ucrânia.

Do total de pessoas a bordo, 62 eram passageiros e cinco eram membros da tripulação; 38 pessoas morreram e 29 ficaram feridas. No voo havia cidadãos do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Quirguistão, segundo a Interfax.

Um oficial do governo dos Estados Unidos afirmou à Reuters que “indicações preliminares” apontam para um sistema de defesa russo como causa do incidente.

Segundo resultados preliminares da investigação, o avião foi atingido por um Pantsir-S, um sistema de defesa aéreo russo, disseram ainda as fontes à Reuters. Além do choque, o GPS do avião também foi paralisado por sistemas de guerra eletrônica na aproximação de Grozny, também conforme a agência.

Pantsir-S, equipamento militar da Rússia
Pantsir-S, equipamento militar da Rússia (Imagem: Divulgação/ Ministério da Defesa da Rússia)

As fontes afirmaram ainda que o ataque ao avião não foi intencional, e que militares russos achavam se tratar de drones ucranianos.

Autoridades da Rússia, do Cazaquistão e do Azerbaijão confirmaram que investigam o acidente. Veja a seguir o que diz cada envolvido:

Azerbaijão

Segundo a Reuters, quatro integrantes da investigação que está sendo feita pelo Azerbaijão, de onde o voo saiu, afirmaram à agência que um sistema de defesa russo fez disparos que atingiram o avião – havia relatos de que drones militares ucranianos sobrevoavam a região onde houve a queda, perto do sul da Rússia.

A Azerbaijan Airlines afirmou nesta sexta-feira (27) que uma “interferência externa e técnica” causou a queda do avião da Embraer no Cazaquistão, segundo investigação preliminar da empresa sobre o incidente que matou 38 pessoas.

A companhia aérea disse também que suspendeu voos do Azerbaijão para oito cidades russas “por potenciais riscos de segurança”, em decisão tomada em conjunto com a Autoridade estatal de Aviação Civil do país.

Estados Unidos

Os Estados Unidos detectaram indícios preliminares que sugerem que o avião da Azerbaijan Airlines pode ter sido derrubado por sistemas de defesa antiaérea russos, afirmou a Casa Branca nesta sexta-feira. Os EUA ofereceram ajuda para a investigação do acidente, segundo o porta-voz da presidência norte-americana, John Kirby.

“Vimos alguns indícios iniciais que certamente apontam para a possibilidade de que este avião tenha sido derrubado por sistemas de defesa antiaérea russos”, disse Kirby a repórteres durante uma coletiva.

“Há uma investigação em andamento agora”, conduzida pelo Cazaquistão e pelo Azerbaijão, afirmou Kirby. “Oferecemos nossa assistência para essa investigação, caso seja necessária.”

Cazaquistão

O chefe do Parlamento do Cazaquistão, Ashimbayev Maulen, também afirmou nesta quinta-feira (26) que as causas da queda seguiam desconhecidas, mas prometeu que nenhum dos três países (Rússia, Cazaquistão e Azerbaijão) ocultará informações.

“Nenhum desses países está interessado em esconder informações. Todas as informações serão disponibilizadas ao público,” afirmou Maulen.

Questionado sobre a hipótese de um ataque russo, o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão disse que seu governo “não confirma nem nega” que o míssil russo tenha sido a causa da queda.

Rússia

No dia do acidente, a Rússia inicialmente afirmou que o avião havia se chocado contra pássaros e, posteriormente, que enfrentou forte neblina.

Nesta sexta-feira (27), o responsável pela aviação civil russa afirmou que a aeronave tentou pousar em Grozny, capital da Chechênia, durante um ataque de drones ucranianos.

O porta-voz russo, Dmitri Peskov, também declarou que a Rússia não tem nada a dizer agora. “A investigação está em andamento. E até que as conclusões desta investigação (sejam divulgadas), não nos consideramos livres para fazer qualquer avaliação e não o faremos”, disse Peskov.

Ucrânia

A Ucrânia ainda não se posicionou oficialmente sobre o acidente. No entanto, em uma publicação na rede social X, Andriy Kovalenko, oficial da Ucrânia, culpou a Rússia pela queda do avião.

“Esta manhã, uma aeronave Embraer 190 de uma companhia aérea do Azerbaijão, voando de Baku para Grozny, foi abatida por um sistema de defesa aérea russo”, disse Kovalenko, que é chefe do Centro de Combate à Desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.

“A Rússia deveria ter fechado o espaço aéreo sobre Grozny, mas não o fez. O avião foi danificado pelos russos e foi enviado para o Cazaquistão em vez de pousar com urgência em Grozny para salvar vidas”, completou.

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Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que a instituição precisará começar a tomar “medidas extraordinárias” ou manobras contábeis especiais destinadas a evitar que o país atinja o teto da dívida já em 14 de janeiro, em carta enviada aos líderes do Congresso na sexta-feira, 27.

“O Tesouro espera atingir o teto legal da dívida entre 14 e 23 de janeiro”, escreveu Yellen. A partir daí, medidas extraordinárias seriam usadas para evitar que o governo violasse o teto da dívida, suspenso até 1º de janeiro de 2025.

“Peço respeitosamente ao Congresso que aja para proteger a plena fé e o crédito dos Estados Unidos”, disse.

O comunicado veio depois que o presidente Joe Biden assinou um projeto de lei na semana passada que evitou a paralisação do governo, mas não incluiu a principal demanda do presidente eleito, Donald Trump, para aumentar ou suspender o limite de dívida do país.

O projeto de lei foi aprovado pelo Congresso somente após um acirrado debate interno entre os republicanos sobre como lidar com a demanda de Trump.

O que foi anunciado por Yellen?

Segundo Yellen, há necessidade de ação para proteger a credibilidade financeira do país e evitar riscos de inadimplência.

Novo limite começa em janeiro. A dívida será limitada ao valor do montante em aberto em 1º de janeiro, com previsão inicial de queda de US$54 bilhões devido a resgates programados de títulos associados ao Medicare.

Prazo para medidas extraordinárias. O Tesouro prevê que o novo limite será atingido entre 14 e 23 de janeiro, exigindo medidas extraordinárias para evitar o descumprimento de obrigações.

Impacto em compromissos financeiros. O limite afeta pagamentos como benefícios do Medicare e da Seguridade Social, salários militares e juros da dívida pública.

Risco de inadimplência. Yellen reforçou a importância de evitar atrasos no aumento ou suspensão do teto, alertando para danos à confiança no crédito dos EUA.

Histórico de suspensão. O limite foi suspenso em junho de 2023 pela Lei de Responsabilidade Fiscal e será reativado no início de 2025, destacando um problema recorrente.

Apelo ao Congresso. A secretária pediu ação urgente para preservar a estabilidade econômica e financeira, destacando o papel do Congresso na manutenção da credibilidade fiscal.

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Mercados

O Ibovespa (IBOV) encerrou a última semana do ano em queda, colocando a perda acumulada no mês a mais de 4% e a do ano, na casa de 10%. Faltando apenas o pregão da segunda-feira, 30, para o término de 2024, acentuou hoje perdas em direção ao fechamento, em baixa de 0,67%, aos 120.269,31 pontos, bem mais perto da mínima (120.252,07) do que da máxima (121.609,40) da sessão, em que saiu de abertura aos 121.077,60 pontos. O giro ficou em R$ 17,2 bilhões nesta sexta-feira, em que o Ibovespa emendou a terceira perda semanal – nas últimas 10 semanas, avançou em apenas duas, no intervalo que retrocede a 21 de outubro.

Dominância fiscal entra no radar dos investidores

Após baixas de 2,01% e de 1,06% nas semanas anteriores, o índice acrescentou 1,50% de retração no período que chega ao fim, colocando a perda de dezembro até aqui a 4,30% e a do ano a 10,37%. As ações de maior peso e liquidez, que ontem haviam avançado, hoje devolveram o movimento, entre as quais as de commodities e as de bancos. Na ponta perdedora do Ibovespa, Vamos (-7,17%) (VAMO3), Carrefour (-4,62%) (CRFB3) e LWSA (-3,30%) (LWSA3). No lado oposto, Brava (+10,64%) (BRAV3), Petz (+3,75%) (PETZ3) e Automob (+2,94%) (AMOB3).

Na contramão do petróleo, em alta superior a 1% na sessão para o Brent e o WTI, Petrobras cedeu na ON (-1,12%) (PETR3) e na PN (-0,31%) (PETR4), subindo ainda 19,51% e 16,23%, respectivamente, no ano, mas cedendo 2,56% e 1,44%, pela ordem, no mês – na semana, tiveram ganhos de 0,86% e 0,08%. Vale ON (VALE3) chegou a tentar virada no meio da tarde, mas fechou ainda em baixa, de 0,49%. Na semana, a ação da mineradora subiu 0,22%, ainda cedendo 6,17% no mês e 23,05% no ano.

O nível de fechamento do Ibovespa nesta penúltima sessão do ano foi o mais baixo desde 19 de junho, então aos 120.261,34 pontos. Apesar do ingresso líquido de R$ 2,131 bilhões em recursos estrangeiros na B3 em dezembro, o capital externo acumula saída de R$ 31,681 bilhões em 2024, conforme dados atualizados até dia 23.

Em Nova York, as perdas nos principais índices foram hoje a 1,49% (Nasdaq), com moderada variação na semana, entre +0,35% (Dow Jones) e +0,76% (Nasdaq).

População Empregos Desemprego Pnad IBGE
(Imagem: © Paulo Pinto/ Agência Brasil)

Dados econômicos

Destaque da agenda doméstica nesta sexta-feira, o IPCA-15 de dezembro, considerado a prévia da inflação oficial do mês, encerrou 2024 com variação de 4,71%, acima do teto da meta, de 4,5%. Em dezembro, subiu 0,34%. “Embora com uma variação em dezembro abaixo das expectativas, o último IPCA-15 do ano confirmou que 2024 foi marcado por pressões inflacionárias consideráveis do ponto de vista de demanda”, diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.

“A divulgação de hoje não muda em nada as perspectivas de uma política monetária apertada ao longo do primeiro semestre de 2025”, acrescenta a economista. Ela menciona que, a despeito da leitura mais baixa e de uma composição benigna no IPCA-15, há “pressões relevantes contratadas para a inflação de curto prazo”, com nível de ocupação no mercado de trabalho em máximas históricas e crescimento do rendimento médio real.

No noticiário de Brasília, conforme antecipado ontem à noite pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a Câmara dos Deputados enviou hoje documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta à determinação do ministro Flávio Dino de bloquear R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares na última segunda-feira, 23, alegando falta de transparência.

O documento de hoje cita que o procedimento adotado pelos líderes da Câmara foi considerado legal, mencionando pareceres da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Casa Civil, além da análise de quatro ministérios – Fazenda, Planejamento, Gestão e Relações Institucionais. Ao determinar a suspensão, Dino avalia que houve “apadrinhamento” das emendas por líderes partidários, o que, na prática, impede a identificação dos parlamentares que fizeram os pedidos de distribuição.

Por sua vez, o ministro Flávio Dino afirmou hoje que a Câmara dos Deputados deixou de fornecer “informações imprescindíveis” sobre as emendas bloqueadas, e pediu novos esclarecimentos para viabilizar o pagamento dos recursos. Dino deu prazo até as 20h desta sexta-feira, 27, para que as respostas sejam dadas pela Câmara. Os recursos estavam previstos para pagamento até o fim do ano.

(Com Estadão Conteúdo)

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