2 Mercados Ações Dividendos Carteira Recomendada ac39feac48764a20add801915a86deca

O time de análise do Safra revelou a composição da sua carteira recomendada semanal Top 5 com duas recomendações de compra e duas de venda de ações, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (23).

Os estrategistas Luana Nunes e Cauê Pinheiro indicam a compra dos papeis da Marfrig (MRFG3) e Hypera (HYPE3) e a venda de Equatorial (EQTL3), MRV (MRVE3) e Iguatemi (IGTI11).

Ibovespa terá um rali de Natal?

Veja as recomendações do Safra

As ações da Marfrig estão testando suas médias curtas. Os estrategistas afirmam que, caso consigam superar este patamar, poderiam ganhar força no curto prazo. A recomendação é de compra, com alvo em R$ 17,42.

Entrada: 16,73 – 16,81
Objetivo: 17,42 (+4,12%)
Stop: 16,17 (-3,35%)
Risco/Retorno: 1,23
Peso: 20%

A Hypera está testando a sua resistência e suas médias curtas. Para o Safra, caso consiga superar essa região, poderia ganhar força no curto prazo. A sugestão é de compra, com alvo em R$ 20,45.

Entrada: 19,33 – 19,37
Objetivo: 20,45 (+5,79%)
Stop: 18,08 (-6,47%)
Risco/Retorno: 0,90
Peso: 20%

A Equatorial apresenta bons indicativos que poderá se desvalorizar nos próximos dias. De acordo com a análise, o papel sofre perda de suporte anterior. Dessa forma, a venda é sugerida com o alvo em R$ 27,30.

Entrada: 28,43 – 28,36
Objetivo: 27,30 (+3,97%)
Stop: 29,38 (-3,34%)
Risco/Retorno: 1,19
Peso: 20%

O papel da MRV está testando suas médias curtas. Segundo os estrategistas, se perder a mínima em R$ 5,32, pode acelerar o movimento na baixa. Dessa forma, o banco sugere a venda com alvo em R$ 4,90.

Entrada: 5,30 – 5,26
Objetivo: 4,90 (+7,55%)
Stop: 5,66 (-6,79%)
Risco/Retorno: 1,11
Peso: 20%

As units do Iguatemi perderam força após testar sua média de 7 dias e indicam baixa. “Dessa forma, recomendamos venda com alvo em R$ 17,16”, aponta o Safra.

Entrada: 17,76 – 17,70
Objetivo: 17,16 (+3,38%)
Stop: 18,36 (-3,38%)
Risco/Retorno: 1,00
Peso:
20%

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Papai Noel Natal Mercados

A análise semanal do BB Investimentos indicou que o Ibovespa (IBOV) permanece em um canal secundário de baixa, agravado pela perda do suporte de 124 mil pontos. O índice encerrou a última semana aos 122 mil pontos, mas voltou ao patamar de 120 mil pontos nesta segunda-feira (23), refletindo as expectativas econômicas negativas do relatório Focus e uma perspectiva limitada de alta no curto prazo.

Quais as projeções para o Ibovespa?

Suportes próximos indicam mais quedas. O Ibovespa, operando abaixo das médias de 5 e 10 períodos, encontrou suporte imediato em 120 mil pontos. Caso a tendência de baixa continue, os próximos níveis críticos estão em 118 mil e 112 mil pontos.

Reação breve ao pacote fiscal e BC independente. Na semana passada, a aprovação do pacote fiscal e o reforço à independência do Banco Central geraram leve recuperação, mas não foram suficientes para sustentar o otimismo no mercado, diante do aumento das projeções de inflação e câmbio para 2025/26.

Semana marcada por IPCA-15 e Caged. Com uma agenda mais curta devido ao feriado, o mercado volta suas atenções aos indicadores econômicos, como o IPCA-15 e os dados do Caged, que devem trazer mais sinais sobre a trajetória do índice nas próximas semanas.

Redução de ativos em tendência de alta. O número de ações com tendência de alta caiu de 21% para 16% na semana passada. Apenas 31 dos 196 ativos monitorados apresentaram alta consolidada, reforçando a predominância do movimento negativo.

Aumento dos ativos em baixa. O percentual de ações em tendência de baixa subiu para 80% (156 ativos), contra 76% (149) na semana anterior, indicando que o mercado segue pressionado por fatores macroeconômicos adversos.

Perspectiva limitada de recuperação. O BB Investimentos conclui que as condições macroeconômicas e a ausência de alavancas locais significativas dificultam uma alta consistente do Ibovespa no curto prazo, mantendo o mercado em clima de aversão a risco.

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Sabesp

A Sabesp (SBSP3) anunciou nesta segunda-feira (23) que foi publicado no Diário Oficial a Deliberação do Conselho Deliberativo URAE 1 Sudeste Nº 07 referente à aprovação da celebração do Primeiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, firmado entre a URAE1-Sudeste e a companhia, com a interveniência e anuência da Arsesp.

O que isso representa para a Sabesp?

Movimento positivo. “Em nossa visão, já era esperado um movimento positivo entre a Arsesp e a Sabesp no cenário atual, porém, atrelado aos sólidos fundamentos da companhia, suas ações estão reagindo bem ao anúncio”, avalia a Ativa Investimentos em um relatório enviado a clientes. A corretora tem recomendação de compra às ações, com preço-alvo de R$ 130.

Redução no atraso do reconhecimento do Capex é essencial. Atualmente, segundo o BTG Pactual, há um atraso de 18 meses para que investimentos sejam reconhecidos no Ebitda regulatório. A Arsesp determinou que esse atraso será monetizado com base no WACC regulatório, o que pode gerar ganhos expressivos para a Sabesp.

Impacto no valor das ações varia entre R$ 6 e R$ 23. A melhoria no valor justo das ações depende da redução do atraso. Se for reduzido para 12 meses, o impacto é de R$ 6 por ação (R$ 4,1 bilhões em VPL). No cenário mais otimista, com eliminação completa do atraso, o impacto sobe para R$ 23 por ação (R$ 15,7 bilhões em VPL).

Cenário otimista para 2027. No melhor cenário, o Ebit de 2027 consideraria o RAB final de 2025 com a monetização do Capex de 18 meses, trazendo investimentos de 2025 para valores econômicos de 2026, o que maximiza os resultados financeiros da companhia.

Sabesp como destaque no setor de compounding. O BTG classifica a Sabesp como uma das duas principais escolhas, apesar das condições macroeconômicas desafiadoras. A análise destaca a força da história fundamental da companhia no longo prazo.

Oportunidade de compra em 2025. Se 2025 apresentar dificuldades macroeconômicas, o BTG sugere aproveitar o momento para aumentar a exposição à Sabesp. A empresa é vista como um nome de alta qualidade no setor, com potencial de valorização mesmo em cenários adversos. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 133.

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Eletrobras Dividendos

Em análise divulgada nesta segunda-feira (23), o Bradesco BBI destacou o potencial da Eletrobras (ELET3; ELET6) para ampliar seus dividendos no curto prazo, incluindo ao final de 2024. A exclusão do pagamento antecipado do imposto setorial CDE e a robusta geração de caixa da companhia criam espaço para um dividendo anual sustentável de pelo menos R$ 6 bilhões, mesmo após o fim do RBSE (Rede Básica do Sistema Existente) em 2028.

O que diz a análise sobre a Eletrobras?

Anúncio de dividendos intermediários sinaliza novos debates. A Eletrobras anunciou recentemente dividendos intermediários de R$ 2,2 bilhões para os nove primeiros meses de 2024, representando 24% de payout. A companhia também estuda implementar uma política de pagamentos trimestrais, aquecendo o debate sobre maiores distribuições aos acionistas.

Impacto positivo da exclusão do CDE. A negociação com o Governo para abandonar o litígio do limite de votos removeu o pagamento antecipado do CDE, fortalecendo a geração de caixa e reduzindo riscos financeiros. Isso sustenta um possível aumento nos dividendos já no curto prazo.

Estimativa de dividendos anuais e teto de endividamento. O Bradesco BBI projeta dividendos anuais de pelo menos R$ 6 bilhões, com base em um teto de 3,5 vezes para a relação dívida líquida/Ebitda ajustado. A análise considera um preço conservador de R$ 115/MWh.

Diferença de dividendos entre ações PN e ON. O spread atual de 13,6% entre as ações preferenciais e ordinárias reflete a expectativa do mercado de que os dividendos da ação preferencial de classe B (ELET6) sejam 10% superiores aos da ON (ELET3) no curto/médio prazo. Essa diferença pode ser reduzida com a nova política de dividendos.

Cenário macroeconômico e fusões e aquisições. A incerteza sobre as condições econômicas e possíveis fusões e aquisições são fatores que podem influenciar as decisões de payout da administração. No entanto, o Bradesco BBI acredita que a companhia pode sustentar maiores dividendos sem comprometer sua liquidez.

Recomendações e ajustes de preço-alvo. O Bradesco BBI reiterou a recomendação de compra para ELET6, mas reduziu os preços-alvo para R$ 55 (ELET6) e R$ 60 (ELET3), refletindo o aumento no custo de capital e ajustes na taxa de desconto para 10%.

Expectativa para Ebitda e lucro futuro. As estimativas de Ebitda permanecem inalteradas, enquanto as projeções de lucro foram ajustadas para baixo em 9% para 2025 e 5% para 2026. O payout de dividendos deve alcançar 95% em 2026, reforçando a atratividade das ações da Eletrobras.

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Torcida do Corinthians, Gaviões da Fiel

A campanha “Doe Arena Corinthians“, criada pela Gaviões da Fiel para quitar a dívida do clube com a Neo Química Arena, foi alvo de cibercriminosos que criaram mais de 379 sites falsos para enganar torcedores, revela a Dfense, responsável por ações de cibersegurança.

Cerca de 278 URLs fraudulentas já foram derrubadas, enquanto as doações já ultrapassaram R$ 32 milhões até o momento.

O que aconteceu?

Cibersegurança. A ZenoX, startup do Grupo Dfense, que lidera o monitoramento e a análise de ameaças digitais à campanha, destaca a importância emocional e financeira da proteção: “Proteger pessoas apaixonadas vai além de evitar prejuízos; é garantir a tranquilidade de torcedores que acreditam na causa.”

Arrecadação já passa de R$ 32 milhões. Lançada em 27 de novembro, a campanha arrecadou R$ 10 milhões nas primeiras 36 horas e já soma R$ 32 milhões. O objetivo final é atingir R$ 700 milhões, com doações realizadas exclusivamente via PIX no site oficial, sob autorização da Caixa Econômica Federal.

Dicas de cibersegurança para torcedores. Gabriel Paiva, CEO da Dfense, recomendou verificar URLs e acessar o site oficial da campanha diretamente no navegador. Ele ressaltou que ataques de phishing são as maiores ameaças, exigindo cautela ao clicar em links suspeitos.

Ferramentas para aumentar a proteção digital. Antivírus, autenticação em duas etapas (2FA) e atualizações regulares de dispositivos são algumas medidas que podem barrar acessos não autorizados e bloquear links maliciosos, complementa Paiva.

Medidas em caso de golpes. O executivo orientou vítimas a entrarem em contato com o banco, reunirem evidências, registrarem boletim de ocorrência e monitorarem movimentações financeiras para minimizar os danos e evitar novos prejuízos.

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CEOs da Nissan, Honda e Mitsubishi, durante o acordo de estudos para fusão das empresas

Nissan e Honda (HMC; HOND34) confirmaram nesta segunda-feira, 23, a abertura formal de negociações por uma fusão que pode criar a terceira maior montadora de automóveis do mundo, atrás da Toyota e da Volkswagen. O movimento é visto como estratégico para competir com o mercado da China.

As discussões, que já haviam sido adiantadas pela imprensa internacional na semana passada, devem se estender até junho do próximo ano, quando as duas empresas planejam finalizar um acordo. Em seguida, o plano é terminar o processo de integração com a listagem da nova companhia na Bolsa de Tóquio em agosto de 2026.

Separadamente, as montadoras japonesas concordaram em avaliar também a possível inclusão da Mitsubishi Motors Corporation nas negociações por meio do estabelecimento de uma holding conjunta “em meio às mudanças drásticas no ambiente que cerca ambas as empresas e a indústria automotiva”.

A Mitsubishi pretende chegar à sua conclusão até o final de janeiro de 2025 sobre a participação ou envolvimento na integração de negócios.

Além disso, a Nissan e a Honda podem buscar o desenvolvimento da base industrial do Japão como uma “empresa líder global em mobilidade” ao integrar os negócios de veículos de quatro rodas e os negócios de motocicletas e produtos de energia da Honda, permitindo que as marcas de ambas as empresas se tornem mais atraentes e ofereçam produtos e serviços mais atraentes e inovadores aos clientes em todo o mundo.

Ações decolam

Nos mercados de Tóquio, o Nikkei avançou 1,19%, a 39.161,34 pontos. As ações da Honda saltaram 3,82% e da Nissan ganharam 1,58%, antes do anúncio da fusão. Os papeis da Mitsubishi avançaram 0,62%. Nos mercados americanos, contudo, as ações da Honda saltam 16%. O mesmo acontece com as BDRs na B3.

Nissan
(Imagem: Divulgação/ Nissan)

Veja os principais destaques da operação entre a Nissan e Honda

Sinergias projetadas e impacto financeiro. A integração entre Nissan e Honda prevê sinergias significativas, com receita anual esperada acima de 30 trilhões de ienes e lucro operacional superior a 3 trilhões de ienes. A padronização de plataformas de veículos e processos produtivos promete reduzir custos e maximizar lucros.

Integração de P&D e tecnologias de veículos. As empresas irão combinar funções de pesquisa e desenvolvimento (P&D), focando em tecnologias para veículos definidos por software. A colaboração visa melhorar a eficiência, reduzir custos e acelerar avanços tecnológicos.

Otimização da produção e eficiência fabril. A integração dos sistemas de fabricação e instalações promete reduzir custos fixos. O uso compartilhado de linhas de produção aumentará a capacidade operacional e a eficiência.

Competitividade na cadeia de suprimentos. A integração das funções de compras permitirá otimizar operações e utilizar fornecedores comuns, fortalecendo a competitividade em toda a cadeia de produção.

Eficiência nas operações administrativas. A padronização de processos e integração de sistemas deve gerar reduções de custo significativas nas operações administrativas e back-office de ambas as empresas.

Sinergia nas funções de financiamento de vendas. A integração permitirá oferecer novos serviços financeiros durante o ciclo de vida dos veículos, aumentando a escala das operações financeiras e atendendo melhor os clientes.

Talentos em eletrificação e inteligência. A fusão aproveitará os talentos de ambas as empresas, promovendo colaborações técnicas e acesso a novos mercados de trabalho, fortalecendo a base de inovação e eletrificação.

Estrutura e cronograma de integração. Um comitê preparatório discutirá a estrutura organizacional. A holding conjunta será listada na Bolsa de Tóquio em agosto de 2026, com ambas as empresas tornando-se subsidiárias integrais. A deliberação sobre os detalhes da fusão seguirá até a execução final do plano.

(Com Estadão Conteúdo)

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Mercados e Riscos para 2025

É final de ano e as bolas de cristal ao redor do mundo estão consumindo mais energia do que o Bitcoin.

Chegou o momento de cada economista fazer as suas previsões e, abaixo, você pode encontrar uma lista de riscos para os mercados globais em 2025, com as suas probabilidades, em um exercício feito pelo economista-chefe da gestora Apollo, Torsten Sløk.

Vale a pena, aliás, acompanhar as suas ideias diárias em seu relatório The Daily Spark, que é grátis, e o Dinheirama acompanha.

Confira os riscos para o próximo ano

Tarifas chegando nos EUA: 90%

Resultados da Nvidia (NVDA; NVDC34) desapontam expectativas infladas: 90%

Economia dos EUA reacelera e o otimismo volta: 85%

Atividade de fusões e aquisições/IPO se recupera: 75%

Sede do Federal Reserve, Treasuries
Sede do Federal Reserve (Imagem: Flickr/ Federal Reserve)

Federal Reserve para de falar sobre a taxa r-star: 70%

Inflação nos EUA acelera no primeiro trimestre, impulsionada por uma economia forte, tarifas, restrições à imigração e fatores sazonais: 40%

Fed aumenta as taxas de juros em 2025: 40%

Taxas de juros dos títulos de 10 anos dos EUA ultrapassam 5% antes de meados do ano: 40%

Probabilidade de recessão na Alemanha: 40%

Recessão total na China em 2025: 33%

Crise fiscal nos EUA: 10%

Probabilidade de uma recessão nos EUA: 0%

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    2 - Mercados Financeiros Ações Balanços Carteiras Leonardo_Kino_XL_Create_an_image_that_visually_represents_the_0

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 passou de 14,00% para 14,75%, ainda na esteira do anúncio de aperto no ciclo monetário da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), mostra o documento revelado pelo Banco Central nesta segunda-feira (23). O colegiado elevou a taxa básica para 12,25% ao ano e sinalizou mais dois aumentos de um ponto porcentual, que levariam a taxa a 14,25% em março do próximo ano, o maior nível desde 2016.

    Considerando apenas as 96 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 passou de 14,50% para 15,00%.

    A mediana para os juros no fim de 2026 passou de 11,25% para 11,75%, contra 10,00% um mês antes. A projeção para o fim de 2027 se manteve em 10,0%, ante 9,50% de quatro semanas atrás.

    O movimento de elevação das expectativas já havia sido detectado pelo Projeções Broadcast. Após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central, na última semana, a pesquisa mostrou que houve avanço da estimativa intermediária para a taxa Selic no fim de 2025, de 14,75% para 15%.

    O RTI, por sua vez, reforçou o cenário de deterioração da inflação, já sinalizado na ata da última reunião do Copom, e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros rodando acima de 13,75% – estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI – para a convergência da inflação à meta de 3%.

    PIB

    A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 passou de 3,42% para 3,49%, a quinta alta consecutiva. Um mês antes, a estimativa era de 3,17%. Considerando apenas as 68 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção passou de 3,49% para 3,50%.

    A estimativa intermediária para 2025 passou de 2,01% para 2,02%, contra 1,95% um mês antes. Levando em conta apenas as 67 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana oscilou de 2,10% para 2,00%.

    Os economistas do mercado revisaram a projeção de crescimento da economia para 2026, passando de 2,00% para 1,90%, após 71 semanas de estabilidade. Para 2027, a estimativa permaneceu em 2,0%, como já está há 74 semanas.

    O Banco Central revisou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 de 3,2% para 3,5%. A projeção para 2025 passou de 2,0% para 2,1%. Os números constam no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, divulgado na última quinta-feira, 19.

    Carne moída, supermercados, inflação
    Carne moída (Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

    IPCA

    As medianas do relatório Focus para o IPCA mensal de dezembro a fevereiro indicam uma inflação acumulada de 1,90% no período, contra 1,86% de uma semana atrás e 1,61% de quatro semanas antes.

    A mediana para o IPCA de dezembro passou de 0,58% para 0,60%, contra 0,51% um mês antes. A estimativa intermediária para janeiro de 2025 passou de 0,02% para zero, contra 0,49% há quatro semanas. A projeção para fevereiro de 2025 passou de 1,26% para 1,30%, de 0,68% um mês atrás.

    Projeção suavizada

    A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses passou de 4,68% para 4,89%. Um mês antes, era de 4,36%. Essa medida ganhou importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.

    O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido o alvo.

    A meta continua tendo como centro 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O ministro da Fazenda pode propor uma alteração ao Conselho Monetário Nacional (CMN), mas é necessário esperar 36 meses para que qualquer mudança tenha efeito.

    Veja o relatório Focus

    (Com Estadão Conteúdo)

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    2 - XP Carteira Ações ba69d405678145119131d59a493534d6

    A XP Investimentos revelou as suas cinco sugestões de ações para a semana de Natal, mostra um relatório enviado a clientes neste domingo (22).

    Segundo o analista Gilberto Coelho, o Ibovespa (IBOV), teve uma semana predominante de baixa, mas com leve recuperação nos últimos dois pregões, deixando um sinal de maior chance de repiques altistas.

    “Acima dos 122.200 favorecerá teste dos 125.900 ou 128.000. O sinal de baixa retomaria força com a perda dos 120.450 projetando de 127.200 a 113.900”, opina.

    Para ele, o padrão de IFR (Índice de Força Relativa) e de volume favorecem recuperações de curto prazo.

    Veja a carteira para esta semana

    Segundo Coelho, a carteira vem se mostrando equilibrada e vem superando o Ibovespa nas últimas semanas. Por isso, a decisão foi a de manter as escolhas.

    EmpresaCódigoPreço-alvo (R$)Objetivo
    Caixa SeguridadeCXSE316,307,73%
    KlabinKLBN1126,5013,39%
    ValeVALE365,0019%
    CyrelaCYRE321,0016,80%
    ItaúITUB436,0014,29%

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    Serasa

    A Clear Sale (CLSA3) anunciou neste domingo (22) a aprovação de sua incorporação pela Serasa Experian, que converterá a companhia em uma subsidiária integral. Como parte da transação, a Serasa emitirá ações preferenciais resgatáveis de três classes, com valores e condições ajustados conforme o contrato firmado.

    Veja os destaques da fusão Serasa e Clear Sale

    Detalhes da operação e condições da incorporação. A incorporação envolverá todas as ações ordinárias da Clear Sale, substituídas por ações preferenciais da Serasa. As opções incluem valores resgatáveis em dinheiro ou por Brazilian Depositary Receipts (BDRs), vinculados à controladora Experian.

    Benefícios esperados para ambas as empresas. A integração deve gerar sinergias operacionais, corporativas e financeiras, além de acesso da Clear Sale a tecnologias globais e ganhos de escala que fortalecerão sua posição competitiva.

    Custos da transação chegam a R$ 82,5 milhões. Os custos estimados somam R$ 40 milhões para a Serasa Experian e R$ 42,5 milhões para a Clear Sale, incluindo despesas com assessorias, publicações e ajustes de caixa.

    Condições para a conclusão da operação. A transação foi aprovada pelo CADE em novembro e depende da finalização de ajustes contratuais e do registro do programa de BDRs na CVM.

    Opções de ações preferenciais e valores de resgate. Os acionistas poderão escolher entre três classes de ações preferenciais, com resgates que variam de R$ 10,03 a R$ 10,56 por ação, ajustados por condições contratuais.

    Direto de recesso para acionistas dissidentes. Os acionistas que não aprovarem a operação poderão exercer o direito de retirada em até 30 dias, com base no patrimônio líquido de 2023. A Clear Sale continuará informando o mercado sobre os desdobramentos.

    Veja o documento

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    Tecnologia, empregos

    A Quality Software (QUSW3) conseguiu uma extensão de prazo para composição do percentual mínimo obrigatório de ações em circulação no mercado de ações brasileiro, decidiu a B3 (B3SA3), mostra um comunicado enviado ao mercado neste domingo (22);

    A definição está no item 3.6.1 do Regulamento de Listagem e de Aplicação de Sanções Pecuniárias do Bovespa Mais.

    “Desta forma, a companhia terá o seu prazo estendido para o enquadramento do percentual mínimo de ações em circulação, 25% do capital social, até, no máximo, o dia 31/12/2025 (prazo adicional de 12 meses, contados a partir de 31/12/2024)”, explica o documento.

    Financiamento para inovação

    A empresa anunciou no final de outubro a liberação da primeira parcela de R$ 10,7 milhões do financiamento junto ao BNDES, por meio do programa BNDES Mais Inovação. O montante representa 30% do valor total do contrato, de R$ 35,7 milhões, aprovado em agosto deste ano.

    Os recursos serão direcionados ao Plano de Inovação da companhia, com foco em desenvolver plataformas de transformação digital que incorporam tecnologias de inteligência artificial. A iniciativa busca consolidar a atuação da empresa no mercado de soluções tecnológicas avançadas.

    O financiamento possui condições atrativas, incluindo prazo de 10 anos, carência de 36 meses e amortização em 84 parcelas mensais. A taxa de juros aplicada será de TR + 2,2%, oferecendo suporte estratégico para os projetos de inovação da empresa.

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    Ainda Estou Aqui

    Ainda Estou Aqui, filme de Walter Salles que está na pré-lista dos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro, ganhou espaço na imprensa norte-americana neste domingo, 22, com uma reportagem no portal Deadline, um dos mais prestigiados na cobertura de Hollywood.

    Na reportagem “Walter Salles’ ‘I’m Still Here’ Nears $ 11M In Brazil; 7th Biggest Local Title This Century” (algo como “Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, próximo a US$ 11 milhões no Brasil; 7.º maior título local neste século”, em tradução livre, o filme é retratado como o “retorno de Salles” e “um fenômeno de bilheteria no Brasil”.

    “Até este domingo, 22, havia arrecadado US$ 10,7 milhões no mercado interno. Originalmente estreou como número 1 no Brasil no fim de semana de 7 de novembro e continuou a ganhar força”, diz trecho.

    A matéria cita que Ainda Estou Aqui ultrapassou a bilheteria de Central do Brasil e já seria o maior faturamento local da Sony, se tornando a 7.ª maior bilheteria entre filmes brasileiros neste século, em sua 7.ª semana em exibição.

    A reportagem do Deadline ainda destaca momentos importantes da campanha, com as conexões entre Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, indicada ao Oscar em 1999, memes que aproximariam o longa do público mais jovem, e a parceria com a TV Globo que divulgou Ainda Estou Aqui, uma obra original Globoplay, em seus programas e telejornais.

    O que o Deadline diz sobre Fernanda Torres

    Selton Mello é citado brevemente apenas durante a sinopse, quando seu nome aparece entre parênteses ao lado do nome do personagem Rubens, mas sua colega recebe mais atenção: “Fernanda Torres tem particularmente gerado muito burburinho com a expectativa de que esteja na fila por uma indicação ao Oscar; uma foto da atriz no Instagram no Governors Award resultou em mais de 2,9 milhões de curtidas na página da Academia”.

    Por fim, o Deadline indica que outros países já programaram as datas de lançamento de Ainda Estou Aqui. Em Nova York e Los Angeles, cidades dos Estados Unidos, se dará em 17 de janeiro. Em Portugal, no dia 16 de janeiro. A estreia na Nova Zelândia será em 20 de fevereiro e na Austrália em 27 de março de 2025.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    CEO da Galeazzi & Associados, Luiz Claudio Galeazzi, morto em acidente aéreo aos 61 anos

    A TMA Brasil, representação brasileira de uma associação internacional focada no ramo de reestruturação de empresas, lamentou a morte do empresário Luiz Claudio Galeazzi, 61 anos, ocorrida neste domingo. De acordo com a associação, o executivo foi uma figura ímpar no cenário de reestruturação de negócios no País e teve atuação incansável.

    “À frente da Galeazzi & Associados, empresa fundada por seu pai e cujo nome se confunde com o desenvolvimento das práticas de transformação empresarial no Brasil, deixa um legado sólido a ser transmitido às futuras gerações”, disse a entidade através de nota.

    Luiz Claudio, além de esposa, três filhas, outros membros da família e de um diretor da empresa, Bruno Cardoso Munhoz Guimarães, estavam em um avião que caiu em Gramado (RS) na manhã deste domingo. De acordo com as autoridades, todos os dez ocupantes da aeronave morreram. As causas do acidente ainda serão investigadas.

    O empresário foi um dos fundadores da TMA no Brasil e era membro do conselho da entidade. Ele era CEO da Galeazzi & Associados, uma das maiores consultorias de reestruturação de empresas do País, posto em que sucedeu o pai, Claudio Galeazzi, morto no começo do ano passado.

    “Como associado da TMA, manteve participação destacada desde que a fundou junto com outros seis profissionais, sendo um de seus maiores embaixadores, sempre com enorme generosidade em propagar seus profundos conhecimentos em nossa atividade de reestruturação de empresas”, afirmou a TMA.

    “Luiz Galeazzi será eternamente lembrado por sua dedicação à família e por sua notável trajetória como líder da Galeazzi & Associados”, afirmou a Galeazzi & Associados por nota. A consultoria também agradeceu às manifestações de pesar, e se solidarizou com outras pessoas afetadas pelo acidente na região.

    A Galeazzi disse ainda que reafirma o compromisso em acompanhar as investigações sobre o acidente, e que todos os registros e autorizações da aeronave estavam “devidamente em ordem”. “Pedimos respeitosamente que o direito à privacidade da família seja respeitado neste momento tão delicado.”

    Luiz Claudio comandava consultoria há dois anos

    O empresário Luiz Claudio Galeazzi comandava há cerca de dois anos a empresa de consultoria que leva o nome da família, a Galeazzi & Associados. Ele era filho do consultor Claudio Galeazzi, que criou a consultoria no final dos anos 1980, e era considerado um dos maiores especialistas em reestruturações de empresas do País.

    A mãe do empresário, Maria Leonor, morreu também em um acidente de avião, ocorrido em 2010 na região de Sorocaba (SP).

    Luiz Claudio era formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em mais de duas décadas e meia de experiência em gestão de empresas, participou de projetos em diferentes setores da economia, além de recuperações judiciais no Brasil e no exterior.

    O empresário assumiu o posto de CEO da Galeazzi após o afastamento do pai, que morreu em março do ano passado. Ele havia sido diagnosticado com câncer cerca de um ano e meio antes.

    Marisa
    (Imagem: Divulgação/ Marisa)

    Processos de recuperação

    A Galeazzi é reconhecida no mercado por participar de uma série de processos de reestruturação de empresas. Alguns dos casos mais conhecidos são os do GPA (ex-grupo Pão de Açúcar) (PCAR3) em 2007, o da Lojas Americanas (AMER3), nos anos 1990, e o da BRF (BRFS3), em 2013.

    Um caso recente foi o da varejista de moda Marisa (AMAR3), que contratou a Galeazzi no ano passado para contornar uma grave crise. Ao todo, foram fechadas 88 lojas, a um custo de R$ 44,5 milhões.

    Nos processos de reestruturação, a consultoria costuma aplicar preceitos como o chamado Orçamento Base Zero, em que as despesas de uma empresa são completamente revisadas a cada ano. É comum que os processos levem a revisões operacionais com a ocorrência de demissões, com foco em preservar o caixa e, no médio prazo, dar maior fôlego financeiro às companhias.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Praias São Paulo Cetesb

    O mapa de qualidade da água da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostra que, neste domingo (22), segundo dia do Verão, 18 praias do litoral paulista estão impróprias para banho

    O litoral norte tem o maior número de praias impróprias, 13: Rio Itamambuca, Itaguá 1, Itaguá 2 e Lázaro, no município de Ubatuba; Centro e Indaiá, em Caraguatatuba; Prainha, Cigarras, Arrastão, Pontal da Cruz, Porto Grande e Preta do Norte, em São Sebastião; e Itaquanduba, em Ilhabela.

    A Baixada Santista tem cinco praias impróprias para banho: Perequê, em Guarujá; Aviação, Vila Mirim e Maracanã, em Praia Grande, e Vera Cruz, em Mongaguá. Nenhuma praia do litoral sul está classificada como imprópria. 

    A próxima medição do mapa de qualidade da Cetesb está prevista para o próximo dia 26.

    A classificação é baseada nas quantidades de bactérias presentes na água do mar como coliformes termotolerantes (anteriormente conhecidos como coliformes fecais), Escherichia coli e enterococos.

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    Lojas Shopping heidi-fin-2TLREZi7BUg-unsplash

    Se um dólar (USDBRL) ao redor de R$ 6 por si só já é motivo de preocupação com a inflação, o momento atual exige ainda mais cuidado, porque o repasse da desvalorização da moeda brasileira para os preços ao consumidor está ainda mais forte.

    O chamado pass through maior decorre da atual dinâmica da economia brasileira, que opera acima da capacidade. Incertezas com os rumos da política fiscal e a própria trajetória prospectiva da inflação adicionam mais cautela ao cenário, turbinando o efeito da moeda nos itens vendidos ao consumidor.

    O repasse do câmbio, aliás, foi mencionado pelo Banco Central na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, que elevou a Selic para 12,25% ao ano e indicou mais dois aumentos de 1 ponto porcentual. No texto, o colegiado citou que o repasse “aumenta quando a demanda está mais forte, as expectativas estão desancoradas ou o movimento cambial é considerado mais persistente”.

    “A economia parece ter vários desequilíbrios atualmente, com destaque para uma demanda que está esticada em relação à oferta”, reforça o economista da consultoria Quantitas João Fernandes.

    “Começa-se a antecipar que haverá efeitos inflacionários, mas ninguém sabe ao certo o tamanho deles. Com um ambiente de dólar alto, as pessoas [formadores de preço] pensam: ‘eu não sei quanto mais esse dólar vai subir, mas isso vai virar custo para mim, então é melhor eu repassar essa desvalorização cambial logo'”, detalha.

    Ele trabalha hoje, em seus modelos de projeção de inflação, com um pass through do câmbio entre 8% e 10%, isto é, uma desvalorização do câmbio de 10% pode levar, no limite, a um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de quatro trimestres à frente 1,0 ponto porcentual mais alto. “Até mais ou menos 2021, esse repasse era mais baixo, entre 6% e 7%”, aponta

    Fernandes ressalta, contudo, que há gradações diferentes desse repasse, a depender do tipo de item, já que nos alimentos (14%) e bens industriais (8%) a tendência do repasse é muito mais forte do que nos serviços (2%).

    O economista da Terra Investimentos Homero Guizzo tem uma análise semelhante, já que, segundo ele, em momentos em que a economia opera muito próxima ou acima de sua capacidade, como o atual, é natural que a desvalorização do câmbio seja repassada com mais rapidez e força aos preços ao consumidor.

    “Se o hiato do produto efetivo estivesse um pouco acima, e não expressivamente acima, a depreciação seria absorvida nas cadeias de distribuição mais facilmente”, afirma Guizzo.

    Ele calcula que o pass through da desvalorização cambial costumava ficar em torno de 4%, mas, no ambiente atual está em 8%. Ou seja, a cada 10% de desvalorização da moeda, o headline do IPCA aumenta 0,8 ponto porcentual, estimativa próxima a da Quantitas.

    Dólar
    (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

    Repasse maior e mais rápido do dólar

    Já a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Ângelo, atenta não só para a intensidade desse repasse, mas para sua velocidade, que também está maior.

    Ela conta que um estudo feito pela Warren apontou que a defasagem de movimentos de desvalorização cambial para os preços ao consumidor, que no período pré-pandemia durava até quatro trimestres, hoje tem ocorrido praticamente dentro de apenas um trimestre, ao menos numa cesta específica de itens, que tem correlação mais forte com a cotação do dólar. A cesta inclui principalmente bens como móveis, eletroeletrônicos e itens de higiene pessoal e limpeza.

    “Entendemos que esse momento de repasse maior e mais rápido pode ter a ver com essas variáveis, como economia sobreaquecida e as expectativas de inflação mais elevadas”, comenta Ângelo.

    Ela destaca ainda que os preços têm atualmente refletido o movimento do dólar entre julho e outubro, de cerca de R$ 5,55 para a casa de R$ 5,80. A desvalorização mais recente do câmbio, de R$ 5,80 para R$ 6, portanto, só deve ser sentida a partir dos meses iniciais de 2025, afirma. A Warren projeta IPCA de 4,9% em 2024 e 5,15% ao final do próximo ano.

    A análise é corroborada por Fernandes, da Quantitas: “o grosso do efeito da última desvalorização vai pegar na inflação ao longo de 2025, com bens e alimentos sendo os vilões. Os serviços já estavam altos e vão continuar altos”, diz o economista.

    Ele trabalha com um cenário em que o IPCA sai de 4,8% no fim de 2024 e vai a 5,5% no encerramento de 2025. “Esse 0,7 pp a mais majoritariamente reflete alimentos e bens, que é aquilo que está sendo muito influenciado pelo câmbio”, emenda.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessões de Rodovias

    O governo federal realizou na última quinta-feira, 19, o último leilão rodoviário de 2024. Com sete projetos de concessões em 12 meses, o País alcançou o mesmo volume de certames bem-sucedidos de 2007, até então o ano com o maior número de leilões.

    Para atingir a meta de realizar outros 15 em 2025, o governo terá como principal desafio manter o otimismo do mercado diante da piora do cenário econômico.

    Apesar do ritmo elevado, o número de certames realizados neste ano ficou abaixo da marca estipulada inicialmente pelo ministério, que era de 12 leilões.

    “Ainda assim, o que fizemos apenas em 2024 foi mais do que o governo passado realizou em quatro anos de mandato”, afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho, após o último leilão do ano.

    Entre 2016 e 2022 foram leiloadas sete concessões. Os projetos arrematados neste ano somam investimentos na ordem de R$ 82 bilhões.

    BR-381MG, Concessões
    BR-381/MG (Imagem: Divulgação)

    Concessões realizadas pelo governo federal em 2024

    ProjetoExtensãoInvestimento (capex + opex)Vencedor 
    Rodovia da morte BR-381, MG303,4 kmR$ 9,2 biConsórcio – 4UM 
    BR-040/MG (BH-JF)232,1 km R$ 8,7 biEPR 
    Rota dos Cristais, BR-040 GO/MG594 kmR$ 13 biVinci Highways 
    Rota Sertaneja, BR-153/262/GO/MG530 kmR$ 9,4 bideserto – adiado 
    Rota do Zebu, BR-262/MG438,9 kmR$ 8,5 bi Rotas do Brasil 
    Rodovias do Paraná, Lote – 3569 kmR$ 15,8 bi CCR 
    Rodovias do Paraná , Lote 6 662,1 kmR$ 20 biEPR 
    Rota Verde, BR-060/452/GO426,2 kmR$ 6,86 biConsórcio/Aviva
    *Capex refere-se aos investimentos iniciais em construção, ampliação ou manutenção estrutural, enquanto opex abrange os custos operacionais, como salários e energia. Fonte: ANTT

    O advogado Fernando Vernalha, especialista em Infraestrutura do Vernalha Pereira Advogados, avalia que o grande volume de leilões exitosos está relacionado a melhorias de gestão – parte feita pelo Ministério dos Transporte e parte pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “É perceptível uma melhora da competitividade em algumas licitações”, diz. Entre os fatores positivos estão as adaptações nas matrizes de riscos dos projetos.

    O governo conseguiu, por exemplo, tirar do papel a concessão da Rodovia da Morte após três tentativas frustradas. Em agosto, o projeto, que vinha se arrastando desde 2021, foi arrematado pela estreante 4UM, que competiu com a também novata no setor, Opportunity.

    Outro fator que contribuiu para o sucesso das concessões foi a aprovação da Lei de Debêntures de Infraestrutura. É o que afirma o advogado Guilherme Malta, especialista em direito público e sócio do Mota Kalume Advogados. “Essa legislação incentiva a emissão de debêntures com benefícios tributários, o que atrai investidores institucionais, como fundos de pensão e seguradoras, para o setor de infraestrutura”, diz.

    Ainda assim, entre os projetos ofertados – aqueles que tiveram editais publicados – houve a suspensão de um leilão por falta de interessados, o da Rota da Celulose, conjunto de rodovias em Mato Grosso do Sul. Ao Broadcast, o secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, diz que o certame deserto foi um problema pontual relacionado à modelagem, o qual está sendo corrigido.

    Para o advogado Caio Loureiro, sócio da área de Infraestrutura de TozziniFreire Advogados, embora tenha havido um leilão deserto, a expectativa geral foi atendida. “Com um volume tão grande de ativos, é natural que os grandes grupos tenham focado naqueles projetos com maior atratividade ou que se alinhavam melhor aos seus planos de negócios.”

    Diversificação de players

    O ministro Renan Filho apontou a diversificação de players como um fator positivo dos leilões de 2024. “Dos sete leilões em 2024, tivemos seis vencedores diferentes, isto é um ótimo sinal”, avaliou. A EPR, vencedora do leilão desta quinta-feira, foi a única a arrematar mais de uma rodovia, já que conquistou também a concessão da BR-040, em abril.

    Além do retorno de grupos tradicionais, como CCR (CCRO3) e EcoRodovias (ECOR3), que voltaram a participar dos leilões, também chamou atenção o fortalecimento de novos players, como a EPR. O protagonismo de novos entrantes do setor financeiro, como a 4UM, é mais um ponto destacado por especialistas.

    Agenda de 2025

    Para 2025, o Ministério dos Transportes projeta dobrar a marca de 2024 e promover 15 leilões. O primeiro da agenda, previsto para 7 de janeiro, é o da concessão da Ponte Internacional de São Borja, que liga as cidades de São Borja (RS), no Brasil, e Santo Tomé, na Argentina.

    A meta da gestão federal é realizar 35 leilões até o fim do atual mandato, em 2026. Para isso, além dos 15 certames em 2025, precisará de mais 11 no ano seguinte. Isso porque, com os dois realizados em 2023, o saldo atual é de nove projetos absorvidos pelo mercado.

    No entanto, a carteira de projetos para 2025 enfrentará o cenário de juros elevados, a perspectiva de alta inflacionária e instabilidade cambial. Para Vernalha, esta conjuntura pode afetar o programa de concessões. Ainda assim, o advogado prevê um “número importante” de leilões rodoviários no próximo ano.

    O apetite por estes projetos dependerá das condições de mercado, destaca o advogado Caio Loureiro. “É fundamental garantir taxas internas de retorno competitivas para que o setor continue atraindo novos investidores”, afirma.

    Após o leilão da quinta-feira, Renan Filho afirmou que a pasta está preparada para rever as taxas internas de retorno (TIR) para manter o interesse do mercado. “Se os juros se estabilizarem em um patamar mais alto do que 11% ou 12%, obviamente teremos que fazer essa avaliação”, disse.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    CNJ

    O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender o pagamento de auxílio-alimentação natalino de R$ 10.055,00 aprovado para juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT).

    A decisão foi proferida ontem (20) pelo corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, e suspende a deliberação do Conselho da Magistratura do TJMT que foi aprovada no dia 17 de dezembro para garantir o repasse do benefício no mês de dezembro. A norma também reajustou o auxílio mensal dos meses seguintes para R$ 2.055,00.

    Na decisão, o corregedor entendeu que o aumento do auxílio-alimentação representa uma “desconfiguração” do benefício e achou necessário suspender o pagamento para analisar profundamente o caso.

    Agência Brasil entrou em contato com o TJMT e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.

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    Federal Reserve Trovoadas

    A gestora Franklin Templeton analisou, nesta sexta-feira (20), a política monetária do Federal Reserve (Fed) e destacou que o banco central dos EUA deve realizar apenas mais um corte na taxa de juros em 2025. A gestora também apontou que o Fed está disposto a tolerar uma inflação acima da meta de 2% por mais tempo, priorizando o crescimento econômico.

    Por que “ninguém” quer mais os Treasuries?

    Economia dos EUA entra em 2025 com força, mas incertezas permanecem. O crescimento econômico surpreendeu positivamente nos últimos trimestres, com mercado de trabalho estabilizado e confiança em alta. No entanto, a incerteza é alimentada pela volatilidade geopolítica e pelos desafios econômicos de regiões como Europa e China.

    Fed prevê apenas dois cortes de juros para 2025. A taxa de juros deve encerrar o ano em 3,9%, próximo do nível “neutro” de 4%, enquanto a inflação central (PCE) deve atingir 2,5%. “A taxa básica de juros está atualmente em 4,25%-4,5%, e poderemos ver apenas mais um corte de 25 pontos-base na taxa no ano que vem”, explica Sonal Desai, diretora de investimentos e renda fixa da Franklin Templeton.

    Inflação acima da meta é uma escolha consciente. Com condições financeiras frouxas e crescimento forte, o Fed parece disposto a priorizar o ambiente econômico positivo em vez de acelerar a redução da inflação para o nível-alvo.

    Donald Trump, presidente eleito dos EUA
    Donald Trump, presidente eleito dos EUA (Imagem: Divulgação/ Donald Trump)

    Pressões fiscais podem elevar juros longos. Se o plano fiscal do presidente eleito Donald Trump for implementado, o déficit pode pressionar os rendimentos dos títulos de 10 anos para até 5%, acima do atual intervalo de 4,5%-5%.

    Comércio e imigração continuam no radar de riscos. Políticas tarifárias agressivas podem elevar a inflação temporariamente em 0,5%, enquanto a redução da força de trabalho por deportações poderia prejudicar setores como construção e hospitalidade.

    Investidores devem focar em renda fixa com proteção. A Franklin Templeton recomenda títulos de menor qualidade e produtos securitizados, que se beneficiam de um ambiente de crescimento robusto, minimizando impactos de mudanças na política.

    Dólar deve permanecer forte em 2025. Apesar da intenção de enfraquecer a moeda, as políticas de Trump e a fraqueza econômica em outras regiões sugerem que o dólar continuará bem sustentado em relação às principais moedas globais.

    Fed segue equilibrando crescimento e inflação. A abordagem da autoridade monetária reflete o desafio de manter um crescimento robusto enquanto gerencia os riscos de inflação, em um cenário de incertezas políticas e econômicas.

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    Sede do Federal Reserve, Treasuries

    Os investidores em títulos do Tesouro abandonaram os papéis de longo prazo quando o Federal Reserve baixou as taxas de juro este ano. Mas agora o Fed reverteu as suas expectativas de cortes nas taxas em 2025 e os investidores continuam a fugir da dívida de 10 anos, os Treasuries. O que acontece?

    O rendimento da T-Note de 10 anos – uma referência que define as taxas de juros sobre hipotecas e cartões de crédito – subiu para perto de 4,6% durante as negociações intradiárias de quinta-feira.

    O aumento dos rendimentos é má notícia para detentores de títulos existentes porque sinaliza que os investidores no mercado estão vendendo papéis, o que faz com que o valor dos títulos recue. Os rendimentos e os preços dos Treasuries movem-se em direções opostas.

    Os Treasuries tiveram um dia feio depois que o Fed cortou as taxas de juros na quarta-feira, mas sinalizou que é provável que reduza as taxas menos do que o previsto no próximo ano. A estimativa mediana das autoridades do Fed para a taxa dos Fed funds no final de 2025 apontou para dois cortes de 25 pontos no próximo ano, em comparação com quatro projetados anteriormente.

    Por que menos cortes foi uma notícia ruim?

    Isso deveria ter sido uma boa notícia porque os cortes anteriores das taxas do Fed aumentavam a preocupação com a inflação. Os rendimentos dos títulos subiram desde o ponto mais baixo de 3,6% em setembro porque a Fed cortou as taxas apesar de a economia estar forte.

    Tendo em conta tudo isto, menos cortes deveriam ter sido uma boa notícia para o mercado de títulos, reduzindo os rendimentos. Mas, em vez disso, os investidores exigem rendimentos mais elevados porque o problema subjacente da inflação só se tornou mais preocupante.

    A maioria dos dirigentes que contribuíram para as projeções econômicas divulgadas pelo Fed consideraram um risco de agravamento da inflação. Uma inflação mais elevada reduz o poder de compra dos pagamentos fixos de juros que os títulos oferecem aos investidores.

    “É difícil ver como a projeção para a inflação e o equilíbrio de riscos poderiam ter mudado tão dramaticamente como mudaram apenas devido aos recentes dados de inflação, mesmo que esses dados tenham revelado uma desaceleração na tendência de desinflação”, escreveram estrategistas do Macquarie.

    Dito de outra forma, o Fed parece ter perdido a convicção de que a inflação está retornando à meta de 2%, após apenas dois meses de dados desanimadores. “Estamos céticos… e suspeitamos que a varredura do Partido Republicano, se não for reconhecida abertamente, está sendo indiretamente incorporada às expectativas”, avaliou a BMO.

    As potenciais políticas de Donald Trump poderiam manter a inflação elevada, o que aumenta ainda mais a procura de rendimento dos Treasuries. Os últimos desenvolvimentos no esforço para manter o governo em funcionamento acrescentaram combustível à venda de títulos.

    “A liquidação de títulos do Tesouro longos está acontecendo enquanto as negociações sobre o teto da dívida são um desastre”, de acordo com a NatAlliance.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Prédio da Suprema Corte dos EUA em Washington

    O projeto de lei, H.R. 10545, é quase idêntico ao rejeitado na noite de quinta-feira nos EUA, exceto que não aborda o teto da dívida.

    Além de financiar o governo até 14 de março, fornece US$ 100 bilhões em financiamento de emergência para catástrofes e US$ 10 bilhões em assistência econômica aos agricultores.

    O texto ainda precisa da aprovação do Senado e da assinatura do presidente Biden.

    No início desta tarde, o presidente da Câmara, Mike Johnson, parecia otimista em evitar uma paralisação do governo. “Temos uma conferência republicana unificada”, disse na tarde de sexta-feira, acrescentando:

    “Não teremos uma paralisação do governo”.

    Alguns democratas expressaram reservas antes da votação. A democrata Rosa DeLauro, de Connecticut, disse: “Elon Musk intimidou os republicanos a voltar atrás em sua palavra” quando eles recuaram de um acordo anterior que incluía muitas disposições adicionais.

    Se um novo projeto de lei de gastos não for aprovado no Senado e não for assinado pelo presidente Joe Biden até a meia-noite desta noite, o governo ficará sem recursos para suas atividades.

    Isso significa que apenas os serviços essenciais, como a aplicação da lei, o controle do tráfego aéreo e a manutenção da rede elétrica continuarão.

    Os serviços de saúde prestados pelo Departamento de Assuntos de Veteranos também continuarão.

    Os pagamentos da Segurança Social, Medicare e Medicaid também continuarão, assim como o Serviço Postal.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Natal, Supermercados

    Diferença de até 188% nos preços dos produtos mais comuns da ceia de Natal foi constatada por pesquisa do Procon de São Paulo.

    O levantamento levou em conta 122 itens alimentícios pesquisados em estabelecimentos comerciais de 11 municípios paulistas, incluindo São Paulo, entre 9 e 13 de dezembro. 

    Na capital paulista, a maior diferença de preço encontrada foi de 126,2% no valor de um quilo de azeitonas verdes com caroço a granel em um local o produto estava sendo vendido por R$ 69,90 e, em outro, por R$ 30,90.

    No interior e litoral, a maior diferença de preços foi registrada na Baixada Santista, onde a farofa pronta tradicional da Yoki (400g), custava R$ 9,49 em um local e R$ 3,29 em outro, uma diferença de 188,4%.

    Entre os panetones e chocotones, um dos itens mais consumidos nesta época, a maior diferença de preço na capital paulista foi 109,1%: o Panettone Frutas da Seven Boys (400g) custava R$ 22,99 em um estabelecimento e R$ 10,99 em outro.

    Em Bauru, no interior do estado, houve grande variação, de 142,7%, em relação ao panetone gotas de chocolate da Panco (400g), era vendido a R$ 28,89 em um estabelecimento e R$ 11,90 em outro.

    “Como não há tabelamento e as oscilações refletem tanto as cotações de mercado quanto a demanda, os valores podem sofrer alterações em função da data da compra, em função de descontos, ofertas e promoções. Além disso, até lojas de uma mesma rede podem praticar preços diferentes em regiões diferentes. Por isso a, recomendação é pesquisar, porque é a melhor ferramenta para economizar”, destacou o diretor executivo do Procon-SP, Luiz Orsatti Filho.

    Além da capital paulista, a coleta de preços foi realizada em Sorocaba, Presidente Prudente, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí e São José dos Campos. Já no litoral, os dados foram coletados em Santos e São Vicente.

    Veja o documento:

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    Etanol, Combustível

    Os preços médios do etanol hidratado subiram em 9 Estados, caíram em 11 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em 6 nesta semana.

    Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas.

    Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol ficou estável comparação com a semana anterior, em R$ 4,12 o litro.

    Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,25%, para R$ 3,94 o litro.

    A maior queda porcentual na semana, de 3,40%, foi registrada no Amapá, onde o litro passou de R$ 5,29 para R$ 5,11 A maior alta semanal, de 1,56%, foi registrada no Piauí, de R$ 4,49 para R$ 4,56.

    O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,29 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,16, foi observado em Santa Catarina.

    Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,90, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Acre, de R$ 5,16 o litro.

    Etanol X gasolina

    O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em 9 Estados e no Distrito Federal (DF) nesta semana.

    Na média dos postos pesquisados no País, o etanol tinha paridade de 66,99% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

    Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

    O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (68,89%); Goiás (69,9%); Mato Grosso (63,64%); Mato Grosso do Sul (65,55%); Minas Gerais (68,8%); Paraíba (67,69%); Paraná (69,54%); São Paulo (66,11%) e Sergipe (68,46%), além do Distrito Federal (66,89%).

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    Plenário da Câmara dos Deputados

    Após uma rodada de votações na Câmara dos Deputados, o Senado concluiu nesta sexta-feira, 20, na última sessão legislativa do ano, a votação do pacote de ajuste fiscal apresentado pelo governo federal com medidas para contenção de gastos.

    Inicialmente, o governo estimava um impacto econômico de R$ 71,9 bilhões em dois anos com as medidas enviadas ao Legislativo. Após as modificações feitas pelo Congresso, o potencial foi reduzido para R$ 70 bilhões.

    O Executivo enviou ao Congresso um pacote contendo três propostas: um projeto de lei, que muda a regra do salário mínimo e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC); um projeto de lei complementar, que cria “reforços” ao arcabouço fiscal e traz regras para emendas parlamentares; e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que traz alterações no abono salarial e no Fundeb, disciplina os chamados “supersalários”, prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e autoriza ajuste orçamentário em subsídios e subvenções.

    A PEC foi promulgada nesta sexta pelo Congresso durante sessão solene. Já os projetos precisam ainda ser sancionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Veja o que foi mantido ou alterado pelo Congresso:

    Na Proposta de Emenda à Constituição (PEC)

    Fundeb

    Foi retirado autorização para que a União, a partir de 2026, abata do Fundeb a despesa com educação em tempo integral. O texto estabelece que em 2025, até 10% e não 20% como proposto pelo governo – de complementação da União ao Fundeb poderá ser empregado em manutenção de matrículas em escolas públicas de tempo integral.

    Já a partir de 2026, de acordo com o texto, no mínimo 4% da complementação dos Estados e municípios ao Fundeb deverá ir para esse mesmo tipo de despesa.

    A expectativa é de que, a partir de 2026, o governo federal deixará de gastar com manutenção das matrículas em educação básica em tempo integral, que é uma despesa discricionária (não obrigatória).

    Esta responsabilidade passará a ser dos Estados e municípios, com recursos da transferência que a União já faz obrigatoriamente ao Fundeb.

    Os senadores fizeram apenas uma modificação em relação ao texto da Câmara e decidiram suprimir um trecho que determinava que Estados e municípios poderiam destinar recursos do Fundeb para financiamento de programas de alimentação escolar para a educação básica.

    Supersalários

    A PEC aprovada pelo Congresso prevê que o tema envolvendo os chamados “supersalários”, ou seja, as exceções ao teto remuneratório do funcionalismo público, será disciplinado em lei ordinária, e não em lei complementar, como proposto pelo governo.

    A lei ordinária exige um número menor de votos para ser aprovada. Foi retirado também o trecho que citava que “somente” as parcelas previstas em lei poderiam ser excetuadas dos limites remuneratórios.

    Foi incluído ainda um dispositivo para deixar claro que as indenizações continuarão sendo pagas até a edição da lei.

    De acordo com o trecho, enquanto não for editada a lei ordinária, as parcelas de caráter indenizatório não serão computadas para efeito dos limites remuneratórios.

    DRU

    O Congresso manteve a proposta de prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU). O texto determina que são desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2032, 30% da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral de Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico, às taxas e às receitas patrimoniais.

    Execução orçamentária

    O Congresso retirou o dispositivo incluído pelo governo que previa a revogação dos parágrafos 10 e 11 do artigo 165 da Constituição.

    Um deles cita que a “administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade”. Já o segundo dispositivo está relacionado à forma de execução das emendas.

    Abono salarial

    O Congresso manteve as alterações nas regras de concessão do abono salarial, benefício no valor de um salário mínimo hoje pago a trabalhadores que recebem no máximo dois mínimos mensais. O texto define que serão elegíveis à política quem ganha até duas vezes o salário mínimo do ano base (2023) para pagamento em 2025, corrigida, a partir de 2026, pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

    A ideia é que a porta de entrada para o abono seja limitada, ao fim do período de transição, a quem ganha até um salário mínimo e meio, o que ocorreria em 2035, segundo a projeção da Fazenda.

    Concessão de subsídios

    O Congresso manteve o trecho que prevê que o Poder Executivo poderá reduzir ou limitar, na elaboração e na execução das leis orçamentárias, as despesas com a concessão de subsídios, subvenções e benefícios de natureza financeira, inclusive os relativos a indenizações e restituições por perdas econômicas, “observado o ato jurídico perfeito”.

    Câmara, Arthur Lira
    (Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

    Foi mantido também o trecho que define que uma lei complementar vai dispor sobre condições e limites para concessão, ampliação ou prorrogação de incentivo ou benefício de natureza tributária

    No Projeto de Lei Complementar (PLP)

    Emendas

    Foi alterado o trecho enviado pelo governo que autorizava o contingenciamento e bloqueio nas emendas parlamentares na mesma proporção das demais discricionárias, com uma trava limitando a contenção a 15% do total das emendas. Agora, a regra de bloqueio valerá apenas para emendas não impositivas (não obrigatórias).

    Limite no uso de créditos

    Foi retirado o trecho que previa como um dos gatilhos do arcabouço a limitação à utilização de créditos para compensação de débitos de tributos ou contribuições no caso de resultado fiscal negativo nas contas públicas. Este trecho enfrentou grande resistência por parte do setor produtivo.

    Superávit de fundos

    Em acordo com o Executivo, foi estabelecido que, entre 2025 e 2030, o superávit financeiro de fundos públicos só poderá ser usado para amortizar a dívida. O projeto do governo previa que o uso dos recursos seria de livre aplicação.

    Foi reduzido, no entanto, o número de fundos abarcados pela medida. Pela proposta do governo, seriam oito fundos listados, mas o relator, em negociação com o Ministério da Fazenda, manteve apenas cinco: os fundos de Defesa de Direitos Difusos (FDD), Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset), do Exército, Aeronáutico e Naval. Foram excluídos o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).

    Gatilhos no arcabouço fiscal

    Foram mantidos os trechos que determinam que, se for constatado déficit nas contas públicas a partir de 2025, ficam vedadas a concessão, ampliação ou prorrogação de incentivos ou benefícios tributários e proibido até 2030 um aumento real nas despesas com pessoal e encargos de cada Poder e órgãos autônomos acima de 0,6%, exceto em caso de concessão judicial.

    Os dois gatilhos também serão acionados se, a partir de 2027, for verificado uma redução nas despesas discricionárias em comparação ao ano anterior.

    Prorrogação de benefícios.

    Foi mantido o dispositivo que prevê que as despesas anualizadas decorrentes de qualquer criação ou prorrogação de novos benefícios da seguridade social pela União terão sua variação limitada à regra de crescimento real do arcabouço fiscal.

    DPVAT

    Os deputados incluíram no projeto a proposta de revogação da lei que instituiu o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. Não havia essa medida no pacote enviado pelo governo.

    No Projeto de Lei

    Benefício de Prestação Continuada (BPC)

    O projeto excluiu a possibilidade de que, no caso de familiares contribuírem com a subsistência do requerente, a regra de coabitação seja afastada; excluiu possibilidade de que a posse de patrimônio superior a limite de isenção do Imposto de Renda seja prova de que a pessoa pode se sustentar; retomou conceito original de pessoa com deficiência; e retomou a regra que desconsidera renda de benefícios previdenciários ou assistenciais de familiares.

    Salário mínimo

    Foi mantido o trecho que determina que o reajuste real do salário mínimo nunca crescerá acima da regra de cálculo das despesas totais do orçamento.

    Pela proposta, o salário mínimo continuará sendo corrigido pelo valor acumulado do INPC até novembro mais a variação do PIB de dois anos antes, mas limitado à regra do arcabouço fiscal a cada ano que estabelece o crescimento da despesa a 70%, ou 50%, da variação da receita nos 12 meses anteriores, com variação entre 0,6% e 2,5% ao ano acima da inflação.

    FCDF.

    O Congresso retirou o trecho que estabelecia que a despesa federal alocada no Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) crescerá limitada ao IPCA. Hoje, o fundo é corrigido pela Receita Corrente Líquida (RCL).

    Proagro

    O texto aprovado pelo Congresso prevê que o planejamento anual das contratações do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ficará sujeito à disponibilidade orçamentária para o seu custeio.

    A proposta do governo dizia apenas que o custeio do Proagro ficaria sujeito à disponibilidade orçamentária e financeira.

    Cadastro biométrico

    Foi mantido o trecho que prevê a obrigatoriedade de cadastro biométrico para concessão, manutenção e renovação de benefícios de seguridade social.

    No entanto, a Câmara acrescentou um dispositivo garantindo que, em locais de difícil acesso ou quando o requerente tiver dificuldades de deslocamento devido à idade, saúde ou situações previstas em ato do Executivo, será concedido o prazo de seis meses, prorrogável uma vez por igual período, para apresentação do documento com cadastro biométrico

    Bolsa Família

    Foi mantido o trecho que muda os parâmetros relativos à permanência no Bolsa Família, incluindo o estabelecimento de índices máximos de famílias unipessoais.

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    Dólar

    O dólar (USDBRL) à vista emendou o segundo pregão consecutivo de baixa nesta sexta-feira, em mais um dia de intervenção pesada do Banco Central no mercado de câmbio, com injeção de US$ 7 bilhões.

    A aprovação das medidas de contenção de gastos do governo no Senado, mesmo com algum grau de desidratação, e a perda de força da moeda americana lá fora também contribuíram para a recuperação do real.

    Em terreno negativo desde a abertura dos negócios, o dólar terminou a sessão em baixa de 0,84%, a R$ 6,0721.

    Trata-se de um alívio considerável em relação ao pico visto no fechamento da última quarta-feira, 18 (R$ 6,2657), fruto da combinação de crise de confiança local com alta global do dólar, após o Federal Reserve sinalizar que há menos espaço para reduzir os juros em 2025.

    Mesmo assim, a moeda termina a semana com ganhos de 0,68%, o que leva a valorização acumulada em dezembro a 1,18%, após alta de 3,81% em novembro e de 6,31% em outubro.

    Como ontem, o real apresentou hoje o melhor desempenho entre pares emergentes, seguido de perto pelo peso mexicano. No ano, a moeda brasileira ainda amarga as piores perdas entre as principais moedas globais

    O dólar chegou a operar pontualmente abaixo de R$ 6,05, com mínima a R$ 6,0458, no meio da tarde, em momento marcado por máximas do Ibovespa e aprofundamento das perdas do juros futuros Operadores atribuíram esse movimento conjunto de melhora dos ativos domésticos a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Em vídeo de almoço ministerial publicado na rede social X, Lula afirma, ao lado de Galípolo, que ele será o presidente com mais autonomia que o País já teve. “Jamais haverá qualquer interferência no trabalho que você tem no BC”, disse Lula ao futuro presidente e hoje diretor de política monetária da autarquia.

    Parte do estresse que tomou conta do mercado local nesta semana foi atribuída a fala de Lula em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, suscitando temores de interferência do governo na gestão da política monetária no mandato de Galípolo, indicado pelo presidente.

    Na ocasião, Lula disse que não havia explicação para a taxa Selic no nível atual. “A irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros todo dia, não é do governo federal. Mas nós vamos cuidar disso também”, disse Lula ao Fantástico.

    O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, afirma que a semana termina com um alívio no mercado local.

    Além da intervenção histórica do BC no mercado de câmbio, ele ressalta declarações firmes de Galípolo ontem, reiterando o foward guidance do Comitê de Política Monetária (Copom) de mais duas altas seguidas de 1 ponto porcentual da taxa Selic, em janeiro e março.

    “Essas duas altas são necessárias para pôr a trajetória da inflação a caminho da meta. Isso foi passado de maneira clara”, diz Gala, ressaltando que o Congresso também aprovou o pacote fiscal, embora um “pouco desidratado” em relação à proposta original. “Houve alguma coisa no BPC (Benefício de Prestação Continuada), mas a regra que coloca o crescimento do salário mínimo alinhado ao arcabouço, que é muito importante, passou.”

    Após injetar US$ 8 bilhões no mercado cambial ontem – dos quais US$ 5 bilhões em moeda à vista -, o BC voltou a atuar hoje. Foram vendidos US$ 3 bilhões em moeda à vista e mais US$ 4 bilhões em linha com compromisso de recompra.

    Notas de dólar
    Notas de dólares (Imagem: Reuters/Kim Hong-Ji)

    Somando os dois instrumentos venda à vista e linhas o BC colocou US$ 27,7 bilhões no mercado em dezembro – a maior intervenção da história do regime de câmbio flutuante.

    O recorde anterior era de US$ 23,354 bilhões, em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.

    Apenas as vendas em leilões à vista, iniciadas em 12 de dezembro, atingiram US$ 16,76 bilhões, o equivalente a 4,62% das reservas internacionais do País.

    Foi a quarta maior venda proporcional em um único mês, atrás de abril de 1999 (9,66%), março de 1999 (5,62%) e setembro de 2002 (5,20%).

    “O BC fez o papel de dar ao mercado a liquidez necessária em um momento de muita demanda por moeda, com remessas enormes de multinacionais. Não tem como objetivo defender nenhuma taxa explicitamente, o câmbio é flutuante. Mas foram intervenções importantes para suprir a liquidez necessário no fim do ano”, afirma Gala, do Master, acrescentando que, além da atuação do BC, os leilões de compra de títulos do Tesouro contribuíram para acalmar o mercado nos últimos dias.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Indústria

    O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) diminuiu em dezembro em 27 do total de 29 setores e em todas as regiões do Brasil, de acordo com balanço da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta sexta-feira, 20.

    A entidade fala “queda generalizada” no mês em diferentes segmentos da indústria extrativa, extração de minerais não metálicos e outros da indústria de transformação.

    A medida utilizada pela CNI, na pesquisa, varia de zero a 100 pontos, sendo 50 a linha divisória entre expectativas positivas e negativas.

    A quantidade de segmentos com falta de confiança (abaixo de 50 pontos) era apenas 2 em novembro. Agora em dezembro, são 17 setores. A entidade cita “maior disseminação de pessimismo” desde maio de 2023.

    Do total de 29, apenas 11 segmentos seguem confiantes (acima de 50). “Isso é explicado muito por conta das incertezas quanto ao andamento do ajuste fiscal no país e seus impactos, tanto em juros quanto em câmbio, que afetam bastante as empresas”, avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

    Na classificação de setores menos confiantes, destaque para produtos de borracha, madeira, produtos de minerais não-metálicos e têxteis.

    Todos abaixo de 48 pontos. Em contrapartida, os mais otimistas são: farmoquímicos e farmacêuticos, bebidas, impressão e reprodução, máquinas e materiais elétricos. Todos acima de 52 pontos.

    Ainda segundo a pesquisa, o Índice de Confiança teve queda mais acentuada nas empresas da região Sul, com baixa de 4 pontos.

    Em seguida, o Sudeste teve redução de 2,5 e o Nordeste de 2,3 pontos. O Centro-Oeste 1,6 ponto e o Norte 1,2 em queda.

    A pesquisa da CNI consultou 1.868 empresas, sendo 738 de pequeno porte, 679 de médio porte e 451 de grande porte. O período de estudo é de 2 e 11 de dezembro de 2024.

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    Bancos

    O Senado aprovou nesta sexta-feira (20) o projeto de lei que adia o prazo para compensação dos bancos por perdas com empréstimos que não são pagos pelos clientes (PL 3.802/2024).

    Atualmente, os bancos podem usar o montante da inadimplência de um ano para reduzir os impostos que têm de pagar ao governo pelos três anos seguintes. Agora, esse prazo será de sete a dez anos.

    O texto veio da Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial. 

    A previsão da equipe econômica é que o adiamento e o alongamento de deduções previstos no texto evitem perda de arrecadação de cerca de R$ 16 bilhões em 2025.

    O relator do projeto foi o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que manteve o texto enviado pelos deputados. 

    — O projeto vai garantir não apenas um parcelamento maior, mas vai garantir que a Receita Federal brasileira assuma recursos da ordem de R$ 15 a R$ 30 bilhões por ano de recolhimento tributários e os bancos terão ganhos juntos à Basiléia. 

    As regras de Basiléia, também conhecidas como Acordo de Capital de Basiléia, são um conjunto de normas que estabelecem padrões para as instituições financeiras.

    O objetivo é aumentar a qualidade e quantidade do capital das instituições, tornando o sistema financeiro mais resiliente.

    A matéria  foi apresentada pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e possui o mesmo conteúdo da medida provisória (MP) 1.261/2024, publicada em outubro. Os congressistas solicitaram ao governo que as alterações fossem promovidas via projeto de lei e não por MP.

    Regras 

    A MP muda essas regras na Lei 14.467, de 2022, que permite que as instituições financeiras deduzam do lucro líquido as perdas com as operações de crédito de clientes inadimplentes.

    As deduções podem ser feitas no pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

    Os créditos tributários poderão ser amortizados (ou compensados) ao longo de sete a dez anos, em vez de apenas 3 anos, como prevê a legislação atual.

    Essa compensação foi instituída em 2022, mas só vai entrar em vigor no ano que vem. No formato atual, as instituições financeiras podem, a partir de abril de 2025, deduzir da base de cálculo desses tributos os créditos em inadimplência apurados até 31 de dezembro de 2024, na proporção de 1/36 por mês ou seja, diluídos durante 36 meses seguidos.

    Além de adiar o início dessa dedução para janeiro de 2026, o projeto dilata a diluição para um total de 84 meses.

    Assim, a cada mês a partir de janeiro de 2026, as instituições poderão descontar da base de cálculo os créditos não pagos na proporção de 1/84 mensalmente.

    As perdas cobertas por esse sistema podem ser a partir de dívidas não pagas por clientes e também a partir de operações com empresas em processo falimentar ou de recuperação judicial.

    Extratos, bancos
    Caixa eletrônico de rede bancária (Imagem: Freepik/ @fanjianhua)

    Durante a leitura do parecer, Eduardo Braga explicou que a iniciativa faz modificações na regra de transição entre o tratamento tributário que está em vigor e o novo tratamento tributário de que trata a lei de 2022, para evitar resultados tributários negativos e o consequente impacto sobre a base de capital.

    Trata-se de um projeto que vai gerar arrecadação adicional vultosa, essencial para o equilíbrio do orçamento federal resumiu.

    A proposta permite ainda às instituições optarem, até 31 de dezembro de 2025, de forma irrevogável e irretratável, por fazer as deduções à razão de 1/120 ao mês, ou seja, em 120 meses a partir de janeiro de 2026.

    Quando houver perdas acima do lucro real do exercício, o que exceder ficará para os anos seguintes, sempre limitado a 84 ou a 120 meses.

    A exceção é o ano de 2025 as perdas acima do lucro líquido referentes a esse exercício não poderão ser deduzidas.

    Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Cleitinho (Republicanos-MG), Damares Alves (Republicanos-DF), Izalci Lucas (PL-DF) e Magno Malta (PL-ES) declararam voto contra o projeto. 

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    Câmara dos Deputados, Senado

    O Senado Federal aprovou no início da tarde desta sexta-feira, 20, o projeto de lei do pacote fiscal, que limita o crescimento real do salário mínimo ao máximo permitido pelo arcabouço fiscal, de 2,5% ao ano, e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

    O placar foi de 42 a favor e 31 contrários. A matéria segue para sanção presidencial.

    Durante a discussão do projeto, senadores pediram a retirada do trecho que estabelecia que a concessão administrativa ou judicial do BPC ficaria sujeita a avaliação de do grau de deficiência, moderado ou grave.

    Para evitar que o projeto voltasse para análise da Câmara, o relator do PL no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), sugeriu dividir os parágrafos do texto para permitir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete o trecho que trata especificamente sobre o grau da deficiência.

    O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), assegurou que o Executivo se comprometerá com o veto. Dessa forma, o texto que permanecerá no projeto determinará apenas que a concessão administrativa ou judicial do BPC ficará “sujeita a avaliação nos termos do regulamento”.

    Veja como ficou o projeto:

    BPC

    O projeto excluiu a possibilidade de que, no caso de familiares contribuírem com a subsistência do requerente, a regra de coabitação seja afastada; excluiu possibilidade de que a posse de patrimônio superior a limite de isenção do Imposto de Renda seja prova de que a pessoa pode se sustentar; retomou conceito original de pessoa com deficiência; e retomou a regra que desconsidera renda de benefícios previdenciários ou assistenciais de familiares.

    Cadastro biométrico

    O texto inclui a obrigatoriedade de cadastro biométrico para concessão, manutenção e renovação de benefícios de seguridade social.

    No entanto, em locais de difícil acesso ou quando o requerente tiver dificuldades de deslocamento devido à idade, saúde ou situações previstas em ato do Executivo, será concedido o prazo de seis meses, prorrogável uma vez, por igual período, para apresentação do documento com cadastro biométrico.

    FCDF

    O projeto retira o trecho que estabelece que a despesa federal alocada em fundo crescerá limitada ao IPCA. Hoje, o fundo é corrigido pela Receita Corrente Líquida (RCL).

    Salário mínimo

    O texto determina que o reajuste real do salário mínimo nunca crescerá acima da regra de cálculo das despesas totais do orçamento.

    Pela proposta, o salário mínimo continuará sendo corrigido pelo valor acumulado do INPC até novembro mais a variação do PIB de dois anos antes, mas limitado à regra do arcabouço fiscal a cada ano que estabelece o crescimento da despesa a 70%, ou 50%, da variação da receita nos 12 meses anteriores, com variação entre 0,6% e 2,5% ao ano acima da inflação.

    Proagro

    O projeto prevê que o planejamento anual das contratações do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ficará sujeito à disponibilidade orçamentária para o seu custeio.

    Bolsa Família

    O projeto muda os parâmetros relativos à permanência no Bolsa Família, incluindo o estabelecimento de índices máximos de famílias unipessoais.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Fernando Haddad

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta sexta-feira, 20, que o resultado das votações da Câmara dos Deputados sobre o pacote fiscal vão ao encontro das pretensões da equipe econômica, não havendo desidratação das medidas.

    “Não houve desidratação, mas esses ajustes de redação não alteram a escala final, mantém na mesma ordem de grandeza o que foi encaminhado pelo Executivo. Estamos em uma democracia e temos de entender isso. O Congresso existe e ele opina e delibera. Achamos num prazo muito curto um resultado muito interessante”, classificou.

    Haddad argumentou que não poderia aguardar um pacote fiscal “robusto o suficiente” e deixar a apresentação das medidas, em razão disso, somente para o próximo ano. A espera seria um “banho de água fria”, em sua avaliação.

    A declaração foi dada em café da manhã com jornalistas, em resposta às críticas de que o pacote enviado pelo governo não é suficiente para arrumar o cenário fiscal.

    “Ou eu mandava agora ou deixava para o ano que vem porque não estava o robusto o suficiente. Seria um banho de água fria”, disse Haddad, para quem era melhor enviar o que já estava pacificado entre ministérios e Congresso do que esperar até março para apresentar algo. Ele contou que evidentemente “lutou por mais”, como “todo mundo sabe”, mas lembrou que existe uma mediação que passa por outros ministérios e pelo Congresso.

    Ele reiterou que o governo enviou aquilo que achava que era possível aprovar. Uma mudança que o governo pretendia fazer, no Benefício de Prestação Continuada (BPC), também foi alvo de reflexão do ministro, que disse que houve uma desorganização na gestão do programa. “Foi um trabalho conversar com todos os ministérios para fechar essas medidas”, concluiu.

    Ao ser questionado sobre a apresentação de medidas adicionais, ele repetiu que o trabalho sobre os gastos deve ser rotina.

    O ministro foi lembrado que chegou a citar iniciativas sobre a Previdência um dia após a divulgação do pacote, em almoço na Febraban. “Tomamos medidas em relação a isso, estamos tomando medidas”, respondeu.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Inflação, Federal Reserve, Fed

    A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Beth Hammack, divulgou nesta sexta-feira, 20, um comunicado para explicar a sua divergência na decisão de juros do BC dos EUA.

    Ela disse que preferia manter os juros até ter a evidência de que a inflação caminha para 2%, que é a meta.

    “Na minha opinião, manter o juro na reunião de dezembro de 2024 era a melhor escolha, dada a força dos dados econômicos recentes e condições financeiras acomodatícias”, afirmou a dirigente.

    No documento, ela detalha que a política monetária terá que seguir “modestamente restritiva” por algum tempo.

    “A economia está em uma boa posição, mas há mais trabalho a ser feito por inflação”, informou ao projetar que a inflação ficará acima de 2% no próximo ano com emprego saudável. “Estagnação da inflação acima de 2% arrisca desancorar expectativas”, pontuou.

    Segundo Hammack, expressou dúvidas sobre qual posição defender manutenção ou corte de 0,25 ponto porcentual nos juros e disse a decisão foi “apertada”.

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    Brava Energia, Ibovespa

    A Brava Energia (BRAV3) informou nesta sexta-feira, 20, que assinou contrato de fornecimento de gás natural junto à Cerâmica Serra Azul, indústria localizada no Estado de Sergipe.

    O contrato de três anos terá início em janeiro de 2025 e prevê o fornecimento de volumes de 77 mil m3/dia de gás natural.

    O valor do acordo não foi informado em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

    Trata-se do primeiro contrato de gás da companhia com um cliente livre e “reforça o objetivo da Brava em maximizar a rentabilidade da molécula de gás produzida, bem como em diversificar clientes”.

    O gás será suprido pelas operações da companhia no Recôncavo Baiano, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, que estão integradas em diferentes malhas de transporte.

    A Cerâmica Serra Azul integra o portfólio de empresas da Carmelo Fior, empresa do setor cerâmico fundada em 1989. Instalada em Sergipe desde 2010, a empresa conta com jazidas próprias e equipamentos de alta tecnologia e precisão.

    Veja o documento:

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