Home Empresas Petrobras está “mais Lula” após fritura de Prates

Petrobras está “mais Lula” após fritura de Prates

A Petrobras apurou a possibilidade de pagar até 43,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários, após registrar em 2023 seu segundo maior lucro líquido da história

por Reuters
0 comentário
(Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta segunda-feira ver uma “correção de rumo” na Petrobras (PETR3PETR4) após polêmicas envolvendo o presidente-executivo da empresa, Jean Paul Prates, que chegou a ter o cargo ameaçado em um embate com a autoridade.

Após participar de evento em São Paulo, Silveira não respondeu uma pergunta de um jornalista sobre como está sua relação com o presidente da Petrobras.

As afirmações aconteceram após a situação de Prates na Petrobras ter se estabilizado, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidindo que ele deveria continuar na petroleira. Neste processo, o governo acabou por reconsiderar uma posição da diretoria da Petrobras, liderada pelo CEO, em uma disputa relacionada a dividendos extraordinários da companhia, pivô da “fritura” do executivo.

Questionado sobre as notícias a respeito da recente ameaça de demissão de Prates, Silveira afirmou que “todo o cargo de confiança do presidente da República, inclusive o meu, deve estar sempre à disposição do presidente da República”.

APRENDA COMO MULTIPLICAR E PROTEGER SEU CAPITAL INVESTIDO POR MEIO DAS CRIPTOMOEDAS E ACELERE A SUA JORNADA RUMO À LIBERDADE FINANCEIRA

“Ele decide quem sai, quem entra. Então, portanto, sobre a permanência ou não de qualquer membro do governo, é de alçada única e exclusivamente do presidente Lula.”

Desde o início do governo, Silveira vem fazendo críticas públicas contra Prates, incluindo com pressões para que a Petrobras invista mais em gás e acelere investimentos de interesse do governo, como o setor de fertilizantes.

Questionado ainda se a condução de Prates à frente da Petrobras é 100% convergente com o que Lula espera, o ministro afirmou ver uma “correção de rumo fundamental para o desenvolvimento nacional”.

Como exemplo, o ministro afirmou que na semana passada o presidente da Petrobras anunciou vários investimentos — que já estavam no Plano Estratégico da empresa –, incluindo o retorno de uma fábrica de fertilizantes e o desenvolvimento da política do gás.

“Ou seja, são questões que naturalmente eu vinha já dizendo que o Brasil não abrirá mão dessas políticas”, destacou Silveira.

O ministro inicialmente participaria de um painel em evento em São Paulo que teria Prates logo em seguida. Mas a participação de Silveira foi antecipada para a manhã a pedido da organização do evento, segundo o ministério.

Dividendos

A distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras passou por discussão no conselho de administração, considerando questões econômicas e necessidades da Fazenda, e uma decisão final deverá ocorrer nesta semana na assembleia de acionistas, afirmou Silveira.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado)
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado)

A afirmação do ministro vem após a Petrobras ter publicado na noite de sexta-feira que o conselho entendeu como satisfatórios esclarecimentos da diretoria financeira da empresa de que a distribuição de dividendos extraordinários de até 50% do lucro líquido de 2023 não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

Segundo o ministro, “há elementos novos, a diretoria apresentou a melhoria da oxigenação financeira da empresa, a partir naturalmente do aumento do preço do Brent e também do aumento do preço do dólar”.

“Vamos guardar a ansiedade para poder ver a resposta final… que deve ser nesta semana”, acrescentou, após evento em São Paulo.

As decisões do conselho sobre o tema deverão ser avaliadas pela Assembleia Geral Ordinária de acionistas da Petrobras na próxima quinta-feira.

A Petrobras apurou a possibilidade de pagar até 43,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários, após registrar em 2023 seu segundo maior lucro líquido da história.

A distribuição de 50% do montante era a proposta inicial da diretoria da companhia, liderada pelo CEO Jean Paul Prates. No entanto, o colegiado, de maioria de membros indicados pelo governo, havia decidido em março reter 100% do total em uma reserva estatutária.

A discordância gerou uma série de desdobramentos e rugas entre o ministro e Prates, que chegou a ficar ameaçado de demissão.

Sobre Nós

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.  Saiba Mais

Mail Dinheirama

Faça parte da nossa rede “O Melhor do Dinheirama”

Redes Sociais

© 2023 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.