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Taxas futuras de juros sobem no Brasil em sintonia com rendimentos dos Treasuries

Em um dia de agenda fraca no Brasil, o exterior ditou os negócios com DIs (Depósitos Interfinanceiros) mais uma vez

por Reuters
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O gigante asiático surpreendeu os investidores globais com corte de juros menor que o esperado (Imagem: Reprodução/Freepik/@user3802032)

As taxas dos contratos futuros de juros fecharam a segunda-feira em alta no Brasil, em especial na ponta longa da curva a termo, refletindo o avanço dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em continuidade ao movimento mais recente, e preocupações com a China.

Em um dia de agenda fraca no Brasil, o exterior ditou os negócios com DIs (Depósitos Interfinanceiros) mais uma vez. Os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir, em meio a receios de que os EUA possam manter seus juros em níveis elevados por mais tempo, refletindo também o atual contexto de financiamento da dívida norte-americana.

“Lá fora tem dado a dinâmica dos negócios nas últimas semanas. Desde que o Tesouro dos EUA começou a emitir mais dívida e não houve tanta demanda, a abertura dos yields (rendimentos) é o que tem ditado os mercados”, comentou Rafael Pacheco, da Guide Investimentos.

“Os mercados também estão internalizando a tese do soft landing (pouso suave) da economia norte-americana. Então, é natural que haja algum ajuste (nos Treasuries)”, acrescentou Pacheco.

Pela manhã, os mercados repercutiam ainda notícias vindas da China. O gigante asiático surpreendeu os investidores globais com corte de juros menor que o esperado. A taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) foi reduzida em 10 pontos base, para 3,45%, enquanto a LPR de cinco anos ficou em 4,20%.

Em uma pesquisa da Reuters com 35 observadores do mercado, todos os participantes previam cortes em ambas as taxas. O corte de 10 pontos na taxa de um ano foi menor que os 15 pontos esperados pela maioria dos profissionais ouvidos.

Nesta semana, as atenções também estarão voltadas para o simpósio do Federal Reserve em Jackson Hole, no Estado de Wyoming. Na sexta-feira, o chair do Fed, Jerome Powell, falará no evento.

No Brasil, os investidores observam a retomada das discussões envolvendo a nova regra fiscal na Câmara. Nas últimas semanas, profissionais ouvidos pela Reuters têm citado um desconforto com a demora na aprovação do novo arcabouço fiscal como um dos fatores para a abertura da curva a termo. As taxas futuras subiram em cinco das últimas seis sessões.

Perto do fechamento desta segunda-feira, a curva a termo precificava apenas 10% de chances de o corte da Selic em setembro ser de 0,75 ponto percentual. Na sexta-feira, esta precificação era de 9%. Já as chances de corte de 0,50 ponto percentual seguem majoritárias, precificadas em 90%, contra 91% na sessão anterior. Atualmente, a taxa básica Selic está em 13,25% ao ano.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,44%, ante 12,438% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,59%, ante 10,526% do ajuste anterior. Na ponta longa, a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,25%, ante 10,124% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,465%, ante 10,326%.

Pela manhã, o relatório Focus do Banco Central indicou que a projeção mediana do mercado para a inflação em 2023 passou de 4,84% para 4,90%. No caso de 2024, seguiu em 3,86%. A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seguiu em alta de 2,29%. Em 2024, foi de 1,30% para 1,33%.

No exterior, os rendimentos dos Treasuries seguiam em alta no fim da tarde.

Às 16:35 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– subia 8,70 pontos-base, a 4,3379%.

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