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Via: S&P corta rating e pede pressa em plano de transformação

A Via poderá sofrer mais um novo corte nos próximos 6 a 12 meses caso não seja bem-sucedida na implementação de seu plano de transformação

por Gustavo Kahil
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A Standard & Poor’s cortou a nota de crédito da Via (VIIA3), dona da Casas Bahia e Ponto Frio, de brAA- para brA- em escala nacional. A perspectiva é negativa.

O novo rating veio após a Via divulgar os resultados do primeiro semestre de 2023 e um plano de transformação ousado.

A agência de classificação reconhece que o plano já começou a ser implementado e que ele pode trazer significativa melhora no desempenho operacional e estrutura de capital nos próximos anos.

O presidente da Via, Renato Horta Franklin, disse em agosto que espera capturar, a partir de dezembro, quase a totalidade dos benefícios de seu novo plano de negócios.

Ainda assim, até o momento, os números indicam que a Via não atingirá as métricas esperadas na avaliação mais recente.

A empresa apresentou margem Ebitda de 4,2% e dívida ajustada sobre Ebitda em torno de 10,5 vezes nos últimos 12 meses. A S&P projetava 9% e 4,5 vezes para 2023, respectivamente.

“A desalavancagem deve ser postergada em pelo menos mais um ano em razão do ambiente macroeconômico”, escreveu o analista Henrique Koch em um documento publicado no último dia 8 (veja abaixo).

A rede de varejo também contratou bancos para uma “potencial” oferta subsequente de ações que aspira levantar pelo menos R$ 1 bilhão.

Casas Bahia
A Via afirmou que o valor pretendido com uma nova oferta de ações é de aproximadamente R$ 981 milhões (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

Perspectiva

A Via poderá, entretanto, sofrer mais um novo rebaixamento nos próximos 6 a 12 meses caso não seja bem-sucedida na implementação de seu plano de transformação.

Isso pode acontecer com o acirramento da concorrência no varejo, ou, ainda, se a melhora esperada nas condições macroeconômicas demorar mais para se materializar, impactando os gastos discricionários do consumidor.

“Com isso, sua geração de caixa e consequentemente em posição de liquidez poderiam se deteriorar”, ressalta Koch.

Este cenário, contudo, levaria a métrica de dívida ajustada sobre o Ebitda a um nível consistentemente acima de 7x e cobertura de juros pelo Ebitda abaixo de 1,5 vez.

Veja o documento:

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