Segue para análise da Câmara dos Deputados um projeto de lei que obriga as empresas de transporte de passageiros por aplicativos a identificarem os usuários dos serviços.
O texto, da ex-senadora Rose de Freitas, foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) nesta terça-feira (7), com parecer favorável do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP).
O PL 4.239/2019 altera a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587, de 2012) para obrigar os serviços de aplicativos como Uber, Cabify e 99, entre outros, a cadastrarem previamente os usuários, com nome completo, número do CPF e cópia de documento com foto.
O texto já havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que retirou do projeto original a exigência também de comprovante de endereço e do original do documento de identidade. A CCJ entendeu que essa exigência seria uma invasão indevida de privacidade dos usuários.
Para justificar a iniciativa, a autora argumenta que muitos motoristas são vítimas de roubo e até latrocínio cometidos por pessoas que se passam por passageiros. Para ela, a medida vai reduzir a vulnerabilidade desses condutores.
“Muitos criminosos usam essa lacuna no cadastro dos passageiros para cometerem crimes contra os motoristas, uma vez que não há possibilidade de sua identificação imediata”, afirma.
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Já Pontes afirmou em seu voto que, embora não haja estatísticas oficiais sobre o tema, “há múltiplos relatos” na imprensa mostrando que esses profissionais têm sido vítimas das mais variadas formas de violência.
Trata-se de um problema preocupante que demanda uma resposta concreta e, de fato, o fornecimento de informações oficiais comprováveis reduz a fragilidade do cadastro de passageiros.