Os servidores do Banco Central do Brasil (Bacen) anunciaram que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir de 1º/04. De acordo com a Agência Brasil, os funcionários do órgão pedem a extensão dos aumentos aprovados para os policiais federais.
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Entretanto, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirma que as demandas são recomposição salarial e reestruturação de carreira.
Os servidores informaram ainda que farão assembleias não deliberativas nos dias 29, 30 e 31 de março.
Greve além da operação-padrão
Desde o início do ano, os servidores do Bacen já vinham trabalhando em esquema de operação-padrão. Ou seja, com as equipes realizando as atividades em ritmo mais lento, e com atraso na divulgação de indicadores.
No entanto, a partir do último dia 17, os funcionários decidiram fazer paralisações diárias entre as 14h e as 18h. Como resultado, nas últimas semanas, diversas publicações do Bacen saíram com atraso, como o Boletim Focus, na segunda-feira.
O Banco Central anunciou ontem que as notas econômico-financeiras, que estavam previstas para esta semana, não serão divulgadas.
Ainda conforme a Agência Brasil, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, reuniu-se com servidores para discutir as demandas. As conversas, no entanto, não avançaram e por isso a decisão da greve por tempo indeterminado.
Nota de esclarecimento do Banco Central
Logo após o anúncio da greve dos servidores, o Banco Central divulgou uma nota de esclarecimento, com três pontos:
- O Banco Central reconhece o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas;
- O órgão confia na histórica dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e no compromisso com a Instituição e com a sociedade;
Por fim, o Bacen afirma ter planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para sociedade e mercados. Além disso, cita entre os exemplos desses sistemas o Pix, Selic e STR, entre outros.