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Ibovespa fecha com alta discreta em meio a alívio nos Treasuries e Petrobras tomba

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,17%, a 113.607,45 pontos, um dia após renovar mínima em quatro meses

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Facebook/Petrobras)

O Ibovespa (IBOV) fechou com um acréscimo discreto nesta quarta-feira, uma vez que o efeito positivo da trégua no avanço dos rendimentos dos Treasuries foi atenuado pela queda acentuada das ações da Petrobras, diante do tombo dos preços do petróleo no mercado externo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,17%, a 113.607,45 pontos, um dia após renovar mínima em quatro meses. Na máxima do dia, chegou a 114.075,29 pontos. Na mínima, recuou a 113.036,3 pontos. O volume financeiro somou 20 bilhões de reais

Nos Estados Unidos, números da ADP mostrando uma forte desaceleração na criação de empregos no setor privado endossou um alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, após os yields terem renovado máximas em 16 anos no começo do dia, com o retorno do papel de 30 anos atingindo 5%.

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Ainda assim, permanece a cautela com novos dados do mercado de trabalho dos EUA previstos na semana, com destaque para o relatório do governo agendado para sexta-feira, que podem ajudar a definir os próximos passos do Federal Reserve em relação ao juros da maior economia do mundo.

Desde o mês passado, após sinalizações do Fed, cresceram as preocupações com a possibilidade de juros mais altos por mais tempo do que se esperava nos EUA.

O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, encerrou com alta de 0,81%. Nos Treasuries, o yield do título de 10 anos mostrava 4,7329% no final do dia, enquanto o papel de 30 anos marcava 4,8671%, de 4,802% e 4,937%, respectivamente, na véspera.

A acomodação no mercado de títulos dos EUA trouxe alívio às taxas dos contratos de DI no Brasil, o que apoiou a recuperação de papéis de empresas sensíveis a juros. O índice do setor de consumo fechou em alta de 1,36%, enquanto o índice do setor imobiliário avançou 1,87%.

“Com o alívio dos juros futuros, os ativos cíclicos apresentaram um desempenho melhor”, observou o analista da Terra Investimentos Luis Novaes, atribuindo o movimento ao comportamento dos Treasuries após os dados da ADP, que alimentaram perspectivas de que o Fed pode não elevar o juro.

Ainda assim, ele ressaltou que o mercado ainda espera por juros maiores por um período maior do que as projeções de algumas semanas atrás. “Nesse sentido, o mercado também espera um impacto maior na atividade econômica, o que é negativo para os ativos de risco e commodities”, acrescentou.

Destaques

Petrobras (PETR4) recuou 3,97%, a 32,62 reais, acompanhando o forte declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou negociado em baixa de 5,62%.

Petrobras (PETR3) caiu 3,02%, a 35,62 reais. No setor, Prio (PRIO3) perdeu 2,81%, a 43,90 reais, tendo ainda no radar dados operacionais referentes a setembro.

3R Petroleum (RRRP3) encerrou em baixa de 2,93%, a 29,46 reais.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,29%, a 27,21 reais, Bradesco (BBDC4) avançou 3,38%, a 14,38 reais, em dia de desempenho robusto do setor, uma vez que o parecer protocolado sobre o projeto dos fundos exclusivos e offshore não incluiu mudanças nas regras do mecanismo de JCP, medida que afetaria os resultados dos bancos.

Na terça-feira, o relator da projeto havia afirmado que seu parecer deveria incluir uma mudança no mecanismo. Além disso, fontes do governo afirmaram à Reuters que o Ministério da Fazenda avalia um modelo alternativo que daria incentivo fiscal a empresas que investem em seus negócios, em substituição ao mecanismo de JCP.

Vale (VALE3) caiu 1,07%, a 65,87 reais, também pesando no Ibovespa e ampliando a queda na semana, marcada pela ausência do referencial de preços do minério de ferro na China em razão de feriado no país asiático.

A subsidiária de metais básicos da mineradora, a Vale Base Metals, assinou nesta quarta-feira um memorando de entendimento não-vinculante com a BluestOne para a reutilização de rejeitos de suas operações de mineração de Onça Puma, no Pará.

Yduqs (YDUQ3) saltou 7,61%, a 20,93 real, favorecida pelo clima mais comprador de papéis sensíveis à economia doméstica, além de edital dos ministérios da Educação e da Saúde para a obtenção de autorização de funcionamento de cursos de medicina.

Trata-se de medida relacionada à Lei do Mais Médicos, permitindo que mantenedoras de instituições educacionais privadas apresentem projetos para a instalação de novos cursos em municípios pré-selecionados. Cogna (CGNA3) subiu 2,36%, a 2,60 real

Locaweb (LWSA3) avançou 7,19%, a 6,26 real, embalada pela recuperação na bolsa paulista, tendo como pano de fundo o alívio nas taxas dos DI e após acumular queda de 8,6% nos dois primeiros pregões da semana.

No mesmo contexto, Magazine Luiza (MGLU3) valorizou-se 2,72%, a 1,89 real, e Cyrela (CYRE3) fechou em alta de 2,82%, a 19,69 real.

Arezzo (ARZZ3) subiu 6,17%, a 65,52 reais, tendo também como pano de fundo relatório do JPMorgan, que elevou a recomendação das ações para “overweight”. Os analistas do banco norte-americano também deram “upgrade” para Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3), em relatório com ajustes também nas estimativas e preços-alvo das companhias e de outras empresas do setor. Renner avançou 3,19%, a 12,93 reais, e Vivara, que não faz parte do Ibovespa, ganhou 4,96%, a 27,31 reais.

B3 (B3SA3) encerrou com elevação de 3,22%, a 11,86 reais em dia de ajustes, após perder 6,5% nas duas sessões anteriores. Os primeiros pregões de outubro mostraram volumes bem abaixo da média do ano, assim como setembro, que também viu o volume médio diário recuar em relação a agosto.

Americanas (AMER3), que não está no Ibovespa, recuou 2,60%, a 0,75 real, após divulgar que suspendeu o processo de venda da Uni.co, que opera franquias como Puket e Imaginarium, depois de considerar que as ofertas recebidas “não refletem o real valor do ativo”. Também afirmou que vai realizar a segunda tranche do financiamento de 2 bilhões de reais bancado pelos acionistas de referência da companhia.

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