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Investimento em Renda Fixa: O que é e Como Funciona?

por Conrado Navarro
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Investimento em renda fixa - Dinheirama

Com toda a certeza, você conhece alguém que guarda (ou já guardou) dinheiro na caderneta de poupança, certo? Então você já sabe o que é um investimento de renda fixa.

De fato, a poupança é apenas um entre vários tipos de investimentos que se enquadram na renda fixa. Uma vez que ela passou a render muito pouco, deixou de ser vantajosa, mas é previsível e relativamente segura.

Não por acaso, os investimentos de renda fixa são os mais populares. Até porque, devemos sempre começar a investir de forma mais segura antes de arriscar.

Assim, quando você começa a guardar dinheiro, o faz de forma cautelosa, se expondo pouco ao risco. Nesse sentido, conta com investimentos de renda fixa.

Por que deve ser assim? Porque a renda fixa oferece retorno conhecido, com baixa segurança e muita liquidez.

Início: Investimento em Renda fixa

Conforme dito acima, os primeiros passos sempre devem acontecer nos investimentos de renda fixa. Principalmente porque o investidor já conhece o risco e o retorno de antemão.

Embora muitos jovens queiram começar na bolsa de valores, é fundamental ter uma reserva de emergência formada na renda fixa.

Dessa forma, você constrói uma base mais sólida. E ainda mantém o dinheiro e a alta liquidez para possíveis imprevistos (eles sempre aparecem).

Além disso, diversificar é fundamental quando se trata de investir de forma inteligente. Uma vez que ao começar com a renda fixa, você dá os primeiros passos da maneira certa.

Investimento em renda fixa - Dinheirama
Crédito: Pexels

Renda fixa: você já sabe quanto vai ganhar

Quando você investe seu dinheiro em um produto de renda fixa, você coloca seu recurso à disposição da instituição financeira. Assim, ela pode emprestá-lo.

Neste processo, você é então remunerado por ter disponibilizado este recurso. Além disso, você também já sabe, no momento do aporte, qual será a rentabilidade que vai receber.

A instituição usa seu dinheiro para financiar projetos, imóveis e setores da economia, lucrando com os juros. Naturalmente, remunera você por ter permitido que isso acontecesse.

Logo, investir em renda fixa significa que você também contribui para o desenvolvimento econômico do nosso país. Ao mesmo tempo em que é remunerado por isso. 

Rendimento de renda fixa

O próprio nome deste tipo de investimento mostra o que é mais relevante na rentabilidade: ela é fixa. E o investidor já a conhece na contratação.

Mas isso causa um pouco de confusão, pois não se trata necessariamente de saber o percentual exato de retorno. Vou explicar melhor.

A principal referência para a rentabilidade dos produtos de renda fixa é o CDI (Certificado de Depósito Bancário).

É muito comum ver investimentos de renda fixa com rentabilidade de 100% do CDI, 95% do CDI e por aí vai.

O CDI em si varia, pois ele anda sempre perto da Taxa Selic. No entanto, a rentabilidade entregue será a combinada – de 100% do CDI, por exemplo. Por isso, renda fixa.

Renda fixa pré-fixada

Nos exemplos associados ao CDI, a rentabilidade final varia de acordo com a variação do indicador.

Mas existe uma outra forma de apresentação do investimento em renda fixa. Estamos falando do produto pré-fixado, ou seja, com rentabilidade fixa.

Por exemplo: no dia 24 de abril de 2021, havia uma oferta de título público Tesouro Prefixado, com vencimento em 2026, que oferecia 8,3% a.a. de rentabilidade fixa.

Em outras palavras, não importa o que ocorra com o mercado, inflação e Selic, 8,3% ao ano será a rentabilidade entregue. Caso você mantenha o título até o vencimento, é claro.

Aqui o lance é: você sabe exatamente quanto vai receber ao ano quando faz seu investimento.

Se a taxa oferecida é maior do que a sua previsão para a taxa básica de juros da economia (Selic) mais inflação, pode fazer sentido investir em um pré-fixado.

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Crédito: Pexels

Investimento em Renda fixa é seguro?

Sim, os investimentos em renda fixa são seguros. Nos casos de títulos públicos, a garantia é o Tesouro Nacional (o menor risco possível nos investimentos).

No caso de títulos privados (LCI, LCA, CDB, LC), há garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Ele vale para valores de até R$ 250 mil por CPF, por instituição.

Nestes casos, se o banco quebrar, você recebe o valor investido depois de alguns meses diretamente do FGC.

Vantagens e desvantagens da renda fixa

Dentre as vantagens, cabe destacar:

  • Rentabilidade conhecida, o que facilita a vida do investidor iniciante que quer simular e criar uma reserva;
  • Segurança, afinal existem garantias reais como o FGC;
  • Comodidade, pois praticamente todas as instituições financeiras e fintechs oferecem este tipo de investimento;
  • Isenção de Imposto de Renda, disponível para algumas opções de investimentos em renda fixa. É o caso da poupança, Letras de Crédito Imobiliária (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
  • Liquidez, o que significa que transformar a aplicação em dinheiro pode ser feito de maneira rápida (em até um dia útil);
  • Simplicidade, uma vez que não é necessário ter conhecimentos específicos e/ou avançados para conseguir investir em renda fixa;
  • Acesso a partir de aportes menores. O que significa que todo pequeno investidor pode começar a guardar valores tão baixos quanto R$ 1.

Dentre as desvantagens, destaco:

  • Taxas e tributos, que podem inviabilizar o investimento em renda fixa ou torná-lo menos atraente em períodos mais curtos;
  • Carência, o que significa muitas vezes pouca liquidez no curto e médio prazo, sem resgate antecipado.

Tipos de renda fixa

Hoje no Brasil temos várias opções de investimentos em renda fixa. Alguns exemplos mais conhecidos são:

  • Caderneta de poupança;
  • Tesouro Direto;
  • CDB;
  • Letra de Crédito Imobiliária (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);
  • Letra de Câmbio.

Vamos aprender um pouco mais sobre elas?

Caderneta de poupança

A poupança é a opção de investimento mais acessível a todos os perfis. Ela tem suas regras de funcionamento definidas pelo Banco Central.

A remuneração é regulamentada por lei e corresponde a até 0,5% de juros ao mês. A depender da variação da SELIC, vale ressaltar.

A rentabilidade é calculada sobre os valores depositados, acrescida da variação da TR – Taxa Referencial.

Valores mantidos em conta por período inferior a um mês não serão remunerados. O depósito precisa “fazer aniversário” para render.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3. Ele serve para vender títulos públicos federais para pessoas físicas de forma 100% online.

Lançado em 2002, o Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos. Por isso, permite aplicações a partir de R$ 30,00.

O Tesouro Direto é uma excelente alternativa de investimento. Afinal, oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade.

Existem também diferentes prazos de vencimento e diferentes fluxos de remuneração. O que facilita na hora de escolher um investimento que atenda às suas necessidades.

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, o Tesouro Direto oferece boa rentabilidade e liquidez diária.

CDB

Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título privado de renda fixa.

No CDB, você aplica seu dinheiro em uma instituição financeira. Em troca, recebe o valor que investiu acrescido da rentabilidade prevista no CDB.

Você tem opções prefixadas, na qual sua rentabilidade é determinada por uma taxa de juros. E também pós-fixadas, na qual seu rendimento é atrelado a um indicador, como o CDI.

Via de regra, os CDBs emitidos por bancos menores e médios oferecem retornos maiores se comparados aos de bancos grandes.

Neste caso, existe a proteção do FGC para até R$ 250 mil por CPF, por instituição. O limite é de R$ 1 milhão por pessoa.

LCI/LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Eles são lastreados em operações de crédito com garantia imobiliária.

Ao investir em LCI, você empresta dinheiro para a instituição financeira emissora e ajuda a fomentar o setor imobiliário.

Em troca, você receberá, em uma data predefinida, seu dinheiro corrigido por juros.

Já as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, lastreados em empréstimos relacionados ao agronegócio.

Ao investir em LCA, você empresta dinheiro para a instituição financeira emissora e ajuda a fomentar o agronegócio brasileiro.

Em troca, você recebe, em uma data predefinida, seu dinheiro acrescido por juros.

A grande vantagem de investir em LCI e LCA, vale ressaltar, é a isenção do Imposto de Renda.

Investimento em renda fixa - Dinheirama
Crédito: Pexels

Letras de Câmbio (LC)

A Letra de Câmbio é um título de renda fixa que funciona de forma semelhante ao CDB, mas emitido por financeiras.

A LC surgiu como instrumento de câmbio de moedas entre comerciantes. Hoje, é oferecida pelas financeiras com opções prefixadas, pós-fixadas e híbridas. 

Como destaque, a rentabilidade tende a ser maior que a dos bancos, uma vez que o risco também é mais elevado.

Ainda assim, a LC conta com a mesma garantia e proteção do FGC existente no CDB. Também de até R$ 250 mil por CPF, por instituição, até o limite total de R$ 1 milhão.

Conclusão

Em conclusão, as aplicações de renda fixa devem ser a porta de entrada do investidor no mundo dos investimentos. Isso porque são seguras e previsíveis.

Com o tempo, o investidor deve formar sua reserva de emergência. Só então se deve passar a diversificar sua carteira, tomando mais risco.

Portanto, comece devagar, do jeito certo e através da renda fixa. Com paciência, determinação e disciplina, logo você vai se orgulhar de seus investimentos.

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