Home Economia e Política Lira diz que não há apoio na Câmara para votar PL das Fake News

Lira diz que não há apoio na Câmara para votar PL das Fake News

Os deputados devem criar um grupo de trabalho para discutir o tema por mais 30 ou 40 dias

por Reuters
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Presidente da Câmara, Arthur Lira (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira que não há apoio necessário para votação do chamado projeto das Fake News no plenário da Casa e avaliou que a atual polêmica entre o dono do X, Elon Musk, com o Supremo Tribunal Federal (STF) não alterou as posições em torno do texto.

Em entrevista coletiva após reunião de líderes de bancadas, Lira creditou parte da dificuldade por um acordo a “versões” das big techs sobre o projeto, segundo as quais a regulamentação das atividades das plataformas poderia implicar em falta de liberdade de expressão.

“Quando um texto ganha uma narrativa como essa, ele simplesmente não tem apoio. E não é uma questão de governo e oposição, é posição individual de cada parlamentar”, disse Lira.

“Nós temos diversas questões que simplesmente permeiam esse assunto e não é por causa da polêmica atual que ele vai mudar ou não de posicionamento para os deputados que já se posicionaram com relação a esses assuntos na Casa”, acrescentou.

Segundo Lira, a forma mais “hábil” de chegar a acordo passa pela criação de um grupo de trabalho sobre a proposta editada na intenção de impedir a disseminação de desinformação, que trabalharia por mais 30 ou 40 dias na construção de um texto.

O deputado descartou ainda que a mobilização para agilizar julgamento de tema conexo no STF  recursos relativos ao Marco Civil da Internet e a responsabilização dos provedores  tenha qualquer impacto sobre a posição dos líderes com quem conversou.

“Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, disse.

Mais cedo nesta terça-feira, o ministro Dias Toffoli, relator no Supremo de recurso que discute a constitucionalidade do Marco Civil da Internet, afirmou que o caso deve retornar à pauta de julgamentos da corte até o final de junho. O tema seguia em compasso de espera na corte desde maio de 2023.

A Câmara chegou, no ano passado, a debater a medida, mas diante da pressão de big techs e da falta de consenso, deputados não conseguiram avançar na votação, que segue estacionada.

No fim de semana, o dono do X desafiou decisões judiciais que determinavam o bloqueio de contas da plataforma no Brasil, levando a corte a se posicionar institucionalmente para reforçar que toda empresa em operação no país está sujeita às leis brasileiras.

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