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OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que o Brasil é o segundo país que mais recebeu fluxos de investimento estrangeiro direto (IED), atrás apenas dos Estados Unidos nos primeiros seis meses do ano, segundo relatório publicado nesta quinta-feira, 31.

Na perspectiva global, o fluxo de IED se recuperou para US$ 802 bilhões no primeiro semestre de 2024.

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“Os fluxos de IED no Brasil permaneceram estáveis, pois os movimentos em empréstimos intraempresariais e maiores lucros reinvestidos compensaram uma diminuição nos fluxos de capital”, explica a OCDE.

No documento, a OCDE menciona que os fluxos de IED para a China continuaram diminuindo, isso por conta do contexto de risco geopolítico e pela incerteza econômica do país.

Na visão da organização, esses fatores impactam a confiança dos investidores estrangeiros.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Emprego, desocupação

A taxa de desocupação caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024, recuando 0,5 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de abril a junho de 2024 (6,9%) e caindo 1,3 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,7%). Essa foi a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

O número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação, isto é, a população desocupada, caiu para 7,0 milhões.

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Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “a trajetória de queda da desocupação resultada da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas”.

Indústria e Comércio puxam novo recorde da ocupação

O número de trabalhadores do país subiu para 103,0 milhões, novo recorde da PNAD Contínua. Essa população ocupada cresceu 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, o equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.

A Indústria e o Comércio foram os grupamentos de atividade que puxaram o aumento da ocupação no trimestre, com altas, respectivamente, de 3,2% e de 1,5% em seus contingentes.

Juntos, esses dois grupamentos absorveram 709 mil trabalhadores, na comparação trimestral (416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio). Além disso, a população ocupada no Comércio foi recorde, chegando a 19,6 milhões de pessoas. Os outros grupamentos mantiveram estabilidade na comparação trimestral.

“O terceiro trimestre aponta para retenção ou crescimento de ocupados na maioria dos grupamentos de atividades. Em particular, a indústria registrou aumento do emprego com carteira assinada. Já no comércio, embora a carteira assinada também tenha sido incrementada, o crescimento predominante foi por meio do emprego sem carteira”, explica Adriana.

Na comparação anual, sete grupamentos (Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços) aumentaram seu número de ocupados, enquanto dois (Alojamento e Alimentação e Serviços domésticos) mantiveram estabilidade. Somente a Agropecuária mostrou queda (-4,7%) na sua população ocupada.

Setores privado e público têm recordes de trabalhadores

O número de empregados do setor privado chegou a 53,3 milhões, novo recorde da série, com alta de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. O setor teve novos recordes no número de empregados com carteira de trabalho assinada (39,0 milhões) e sem carteira de trabalho (14,3 milhões).

O trabalho com carteira neste setor cresceu 1,5% (mais 582 mil pessoas) no trimestre e 4,3% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano, enquanto o contingente de empregados sem carteira cresceu, respectivamente, 3,9% (mais 540 mil pessoas) e 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) nas mesmas comparações.

Fachada da Previdência Social
(Imagem: Agência Brasil/ Marcelo Casal Jr)

Os empregados do setor público chegaram ao recorde de 12,8 milhões, mantendo o seu contingente estável no trimestre e crescendo 4,6% (mais 568 mil pessoas) no ano.

Essa alta continua sendo puxada pelo grupo dos servidores sem carteira assinada, que cresceu 4,2% no trimestre e 9,1% no ano. O grupo dos militares e servidores estatutários ficou estável nas duas comparações.

Rendimento fica estável no trimestre e cresce 3,7% no ano

O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.227 no trimestre encerrado em agosto, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 3,7% quando comparado ao mesmo trimestre móvel de 2023.

Já a soma das remunerações de todos os trabalhadores, que é a massa de rendimentos, chegou a R$ 327,7 bilhões, mantendo estabilidade no trimestre e subindo 7,2% na comparação anual.

Mais sobre a pesquisa

A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do país. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020.

Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

Consulte os dados da PNAD no Sidra. A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em outubro, será no dia 29 de novembro.

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BRF

O Santander elevou a recomendação das ações da BRF (BRFS3) de “manutenção” para “compra”, ajustando o preço-alvo para 2025 de R$ 28 para R$ 32, mostra um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (31).

Essa mudança reflete uma expectativa de retorno total de 32%, impulsionado por fortes exportações e uma estimativa de dividendos de aproximadamente R$ 3,1 bilhões para 2024. Os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata, responsáveis pelo relatório, apontam que a BRF deve encerrar o ano com uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,2 vez, mostrando uma melhora na estrutura financeira da empresa.

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As projeções de Ebitda ajustado da BRF para 2024 e 2025 foram revisadas para cima em 3% e 17%, respectivamente, alcançando aproximadamente R$ 11,2 bilhões para cada ano, valores 9% e 30% superiores ao consenso de mercado. No terceiro trimestre de 2024, a empresa já registrou um Ebitda ajustado de R$ 2,9 bilhões, impulsionado pelas exportações robustas, e a perspectiva para 2025 permanece favorável, sem previsão de grandes ofertas de frango no mercado que possam impactar os resultados.

Além dos números operacionais, o relatório destaca a expectativa de uma distribuição robusta de dividendos para 2024. O Santander estima que a BRF deve destinar R$ 3 bilhões em dividendos, correspondendo a 60% do fluxo de caixa, beneficiando seus acionistas e reforçando o atrativo das ações.

Com a Marfrig (MRFG3) detendo 51% da BRF, a combinação entre o ajuste a mercado dos ativos vendidos para a Minerva (BEEF3) e o desempenho financeiro forte pode resultar em cerca de R$ 1,6 bilhão em dividendos para os acionistas minoritários da Marfrig e da National Beef.

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Aquisição na Arábia Saudita

Em uma movimentação estratégica para consolidar sua presença no mercado do Oriente Médio, a BRF anunciou nesta quinta-feira (31) a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, uma empresa saudita que atua no abate de frangos. As ações sobem aproximadamente 4% em reação à notícia.

A transação, realizada por meio da BRF Arabia – joint venture da BRF com 70% de participação, enquanto os 30% restantes são da Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) –, marca um investimento de aproximadamente US$ 84,3 milhões. Desse valor, US$ 57,6 milhões serão aplicados diretamente na Addoha​.

A operação, segundo o comunicado, representa um passo significativo na estratégia da empresa para fortalecer seu portfólio e expandir sua capacidade de produção local no mercado saudita, onde a BRF já possui um forte posicionamento por marcas reconhecidas.

Para formalizar essa parceria, um acordo de acionistas será estabelecido, garantindo a participação da BRF na gestão da Addoha e a integração do know-how da companhia e da HPDC. Esse investimento não apenas amplia o portfólio da BRF no Oriente Médio, mas também reforça seu compromisso com a segurança alimentar da Arábia Saudita, um tema central para o governo do país​.

O BTG Pactual, em análise sobre o negócio, destacou que a aquisição reforça a competitividade da BRF no mercado saudita, uma vez que o governo vem promovendo políticas de incentivo à produção local de alimentos, em detrimento das importações.

Os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla veem a expansão da capacidade de produção local como essencial para a manutenção da relevância e liderança de mercado da BRF em uma região onde o espaço nas prateleiras é determinante para o crescimento e a valorização de uma marca.

Estratégia de crescimento

Além disso, o banco vê o movimento como um sinal positivo de que a BRF está retomando sua estratégia de crescimento após um período de baixa nos investimentos. Esse é um avanço importante para a empresa, que recentemente conseguiu recuperar suas margens e agora planeja expandir sua capacidade produtiva, especialmente no setor avícola, um dos mais competitivos​.

O mercado de frango na Arábia Saudita, onde a BRF já é líder, é caracterizado por uma demanda crescente e pela busca por autossuficiência alimentar. A Addoha, que atualmente possui uma capacidade anual de produção de 45 milhões de aves, planeja expandir para 65 milhões até o primeiro trimestre de 2025 e para 120 milhões até 2030.

Segundo estimativas do BTG Pactual, essa aquisição adicionará cerca de 4% à capacidade total de produção, uma vez que a empresa produz mais de 1,7 bilhão de aves por ano. Essa expansão possibilita a empresa acompanhar o crescimento do mercado saudita e reforçar sua posição diante de uma concorrência que deve se intensificar nos próximos anos​.

O BTG Pactual aponta que, agora, com margens em níveis históricos, o futuro da BRF depende de sua habilidade em retomar o crescimento. A decisão de adquirir uma fatia significativa da Addoha é vista como um reflexo desse compromisso em maximizar o valor da empresa no longo prazo. Além disso, o banco acredita que essa estratégia deverá se refletir em um aumento dos planos de capital da BRF para 2025, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores de frango no Oriente Médio, uma região estratégica para a companhia.

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Banco da China

O Banco do Povo da China (PBoC) injetou cerca de US$ 70 bilhões em liquidez no sistema financeiro do país através de uma nova ferramenta política este mês, parte dos esforços de Pequim para reforçar a economia.

O PBoC conduziu 500 bilhões de yuans em operações de recompra reversa definitivas durante o mês, informou em comunicado nesta quinta-feira, 31. Foi a primeira vez que o banco usou a ferramenta para gerenciar a liquidez desde seu lançamento no início desta semana.

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O BC do país também disse que comprou 200 bilhões de yuans líquidos em títulos do Tesouro em outubro, marcando o terceiro mês consecutivo de compras líquidas.

O banco central liberou este mês 700 bilhões de yuans em dinheiro para o sistema bancário da China através dos dois instrumentos, aproveitando os seus esforços anteriores de flexibilização monetária em setembro para estimular a economia.

Nesta quinta-feira, a principal revista do Partido Comunista, Qiushi, publicou um discurso feito em maio pelo presidente chinês, Xi Jinping, sobre o emprego que, segundo os analistas, sugere que o mercado de trabalho será uma área-chave de foco para o governo.

“Este artigo indica que o problema do desemprego chamou a atenção do governo como uma questão de alta prioridade a ser abordada”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Gastos

A MCM Consultores divulgou, nesta quinta-feira (31), uma análise aprofundada da situação fiscal brasileira e do governo Luiz Inácio Lula da Silva, destacando a trajetória recente e as perspectivas para os próximos anos. O levantamento aponta que, embora o ajuste fiscal previsto para 2024 seja um passo na direção da contenção de gastos, ele ainda se mostra tímido frente ao recente expansionismo.

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Para ilustrar, a MCM compara o cenário fiscal com uma subida de escadas: em 2023, o país avançou “22 degraus” em expansão fiscal, mas deve recuar apenas “7 degraus” em 2024. Essa metáfora ressalta o caráter modesto do ajuste, uma vez que o recuo não é suficiente para neutralizar o forte impulso expansionista observado anteriormente.

O estudo divide a análise fiscal em dois parâmetros principais, chamados de “impulso fiscal estrutural” e “impulso fiscal agregado”. Ambos servem para medir o impacto da política fiscal sobre a sustentabilidade das contas públicas e sobre a demanda econômica.

Em 2023, o impulso fiscal estrutural foi extremamente expansionista, visto como “colossal”, alcançando 2,2% do PIB potencial, influenciado por medidas como a PEC da transição, que expandiu permanentemente o regime fiscal. Em contraste, para 2024, a MCM projeta um impulso fiscal estrutural ligeiramente contracionista, de -0,7% do PIB potencial.

Esse pequeno ajuste – comandado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – é impulsionado principalmente por eventos extraordinários de arrecadação que não se repetirão nos próximos anos. Assim, segundo a MCM, embora o ajuste ocorra, ele é insuficiente para compensar os aumentos permanentes de despesas implementados recentemente.

Impulsos fiscais do governo Lula

Gráfico 4555
(Imagem: MCM Consultores)

Ajuste temporário

No curto prazo, o cenário para 2024 é de um leve alívio na pressão sobre as contas públicas. Contudo, a MCM destaca que grande parte do ajuste deste ano se deve a fatores temporários e não a uma reestruturação sólida das despesas do governo.

A análise sugere que a receita temporária, como arrecadações extraordinárias, contribui para reduzir o déficit, mas não representa um ajuste estrutural que possa sustentar o equilíbrio fiscal a longo prazo. Isso se torna particularmente relevante à medida que se aproxima o período eleitoral de 2026, que traz consigo a possibilidade de novas pressões para aumento de despesas.

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A consultoria aponta que as perspectivas para o período pós-2025 são marcadas por incertezas, em especial pela proximidade das eleições de 2026, que tradicionalmente geram impulsos fiscais expansionistas. Esse fenômeno é comum em ciclos eleitorais, nos quais o governo tende a adotar medidas que possam ser interpretadas como benefícios sociais, mas que pressionam a dívida pública.

Além disso, a necessidade de incluir o pagamento integral dos precatórios dentro do teto de gastos até 2027 representa mais um desafio fiscal. A MCM sugere que essa obrigação pode resultar em uma flexibilização do arcabouço fiscal ou em novas adaptações legislativas para acomodar esses pagamentos, o que pode gerar uma janela de expansão fiscal semelhante ao que foi feito com a PEC de transição​.

Juros mais altos

Outro ponto destacado é o risco de que o orçamento pós-2025 possa incluir medidas adicionais que aumentem os gastos, comprometendo ainda mais a trajetória fiscal. Esse cenário não só pressiona as contas públicas, mas também afeta a confiança dos investidores, o que pode levar a ajustes nas projeções de crescimento e de inflação.

MCM alerta que esses impulsos fiscais, se confirmados, poderão impactar variáveis como o juro neutro e as expectativas de inflação, uma vez que medidas de expansão fiscal tendem a estimular a demanda agregada, o que, em um cenário de crescimento aquém do esperado, pode resultar em pressões inflacionárias adicionais.

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BRF Sadia

Em uma movimentação estratégica para consolidar sua presença no mercado do Oriente Médio, a BRF (BRFS3), uma das principais empresas de alimentos do Brasil, anunciou nesta quinta-feira (31) a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, uma empresa saudita que atua no abate de frangos. As ações sobem aproximadamente 4% em reação à notícia.

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A transação, realizada por meio da BRF Arabia – joint venture da BRF com 70% de participação, enquanto os 30% restantes são da Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) –, marca um investimento de aproximadamente US$ 84,3 milhões. Desse valor, US$ 57,6 milhões serão aplicados diretamente na Addoha​.

A operação, segundo o comunicado, representa um passo significativo na estratégia da empresa para fortalecer seu portfólio e expandir sua capacidade de produção local no mercado saudita, onde a BRF já possui um forte posicionamento por marcas reconhecidas.

Para formalizar essa parceria, um acordo de acionistas será estabelecido, garantindo a participação da BRF na gestão da Addoha e a integração do know-how da companhia e da HPDC. Esse investimento não apenas amplia o portfólio da BRF no Oriente Médio, mas também reforça seu compromisso com a segurança alimentar da Arábia Saudita, um tema central para o governo do país​.

O BTG Pactual, em análise sobre o negócio, destacou que a aquisição reforça a competitividade da BRF no mercado saudita, uma vez que o governo vem promovendo políticas de incentivo à produção local de alimentos, em detrimento das importações.

Os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla veem a expansão da capacidade de produção local como essencial para a manutenção da relevância e liderança de mercado da BRF em uma região onde o espaço nas prateleiras é determinante para o crescimento e a valorização de uma marca.

Estratégia de crescimento

Além disso, o banco vê o movimento como um sinal positivo de que a BRF está retomando sua estratégia de crescimento após um período de baixa nos investimentos. Esse é um avanço importante para a empresa, que recentemente conseguiu recuperar suas margens e agora planeja expandir sua capacidade produtiva, especialmente no setor avícola, um dos mais competitivos​.

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O mercado de frango na Arábia Saudita, onde a BRF já é líder, é caracterizado por uma demanda crescente e pela busca por autossuficiência alimentar. A Addoha, que atualmente possui uma capacidade anual de produção de 45 milhões de aves, planeja expandir para 65 milhões até o primeiro trimestre de 2025 e para 120 milhões até 2030.

Segundo estimativas do BTG Pactual, essa aquisição adicionará cerca de 4% à capacidade total de produção, uma vez que a empresa produz mais de 1,7 bilhão de aves por ano. Essa expansão possibilita a empresa acompanhar o crescimento do mercado saudita e reforçar sua posição diante de uma concorrência que deve se intensificar nos próximos anos​.

O BTG Pactual aponta que, agora, com margens em níveis históricos, o futuro da BRF depende de sua habilidade em retomar o crescimento. A decisão de adquirir uma fatia significativa da Addoha é vista como um reflexo desse compromisso em maximizar o valor da empresa no longo prazo. Além disso, o banco acredita que essa estratégia deverá se refletir em um aumento dos planos de capital da BRF para 2025, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores de frango no Oriente Médio, uma região estratégica para a companhia.

Veja o comunicado da BRF

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Kepler Weber

A Kepler Weber (KEPL3), líder no mercado de equipamentos para armazenagem de grãos, registrou queda de 10,4% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2024, totalizando R$ 59,6 milhões, em comparação com R$ 66,6 milhões em igual período do ano anterior.

A receita líquida cresceu 8,2%, alcançando R$ 439,1 milhões, ante R$ 405,6 milhões um ano antes, relatou a empresa na quarta-feira, 30, depois do fechamento do mercado financeiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do trimestre atingiu R$ 97,6 milhões, com margem de 22,2%, representando um crescimento de 21% frente aos R$ 80,7 milhões e margem de 19,9% registrados no terceiro trimestre de 2023.

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“Ambos os indicadores permaneceram em patamares saudáveis, evidenciando a eficácia da nossa estratégia operacional e a robustez do nosso modelo de negócio”, disse a mensagem da administração.

“Ao longo dos últimos anos, a diversificação de segmentos tem se mostrado cada vez mais assertiva, com resultados expressivos, como ocorreu com Negócios Internacionais. Julho foi o melhor mês da história da companhia em vendas para outros países, totalizando R$ 43 milhões”, comentou o CEO da Kepler Weber, Bernardo Nogueira, em nota.

O segmento de Fazendas registrou seu melhor resultado do ano, com receita líquida de R$ 141,8 milhões no trimestre, leve queda de 2,7% na comparação anual.

“Esse resultado destaca a resiliência da companhia e sua capacidade de manter uma performance positiva, mesmo diante dos desafios enfrentados pelos agricultores”, pontuou a mensagem.

A Agroindústrias alcançou R$ 156,6 milhões em receita líquida no trimestre, avanço de 1,6%.

Segmento Kepler

A Kepler Weber reforça que “o impulso das agroindústrias da região Sul do país que após anos de desafios causados pela escassez hídrica e condições produtivas adversas, voltaram a investir fortemente”.

Em Negócios Internacionais, a receita líquida aumentou 63,6%, para R$ 51,2 milhões.

Kepler Weber
(Imagem: Divulgação/ Kepler Weber)

No segmento de Portos e Terminais, a receita líquida foi de R$ 17,4 milhões no terceiro trimestre de 2024, número cinco vezes maior em comparação ao mesmo período de 2023.

Segundo a Kepler Weber, o resultado “reflete a solidez de três projetos em fase de implantação na região do Matopiba, Bioma do Cerrado que compreende 4 Estados, sendo dois destinados a grãos e um a fertilizantes”.

No segmento de Reposição e Serviços, houve aumento de 1,1% na receita, para R$ 72,1 milhões.

A empresa encerrou o trimestre com caixa de R$ 457,9 milhões e distribuiu R$ 30 milhões em dividendos intermediários em julho de 2024 e R$ 15,4 milhões em juros sobre capital próprio em agosto. No mercado acionário, as ações apresentaram desvalorização de 8,9% em relação a dezembro de 2023, com liquidez média diária de R$ 10,3 milhões em setembro.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Banco do Brasil BB Seguridade BBSE3

O Safra elevou sua recomendação para as ações da BB Seguridade (BBSE3) para “outperform”, destacando a oportunidade de valorização das ações e o perfil defensivo da empresa em meio ao ambiente de alta de juros.

A análise, assinada por Daniel Vaz, Silvio Dória e Maria Luisa Guedes, ressalta uma série de fatores positivos que sustentam essa mudança, incluindo a melhora nas perspectivas do segmento rural e uma expectativa de crescimento de lucros para 2025.

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Com um novo preço-alvo de R$ 43, a corretora aponta um potencial de alta de 25% sobre o preço atual da ação, que estava em R$ 34,50 no fechamento.

Impacto positivo dos juros

O Safra destacou que a normalização das chuvas nas regiões produtoras do Brasil deve beneficiar a BB Seguridade ao longo do último trimestre de 2024, especialmente no segmento de seguros rurais. Esse setor vinha enfrentando desafios devido às condições climáticas irregulares, que afetaram o ritmo de concessão de crédito agrícola e a captação de prêmios de seguros. Com a retomada da normalidade climática, a expectativa é de que o volume de prêmios captados aumente, impulsionando os resultados da companhia.

Além disso, o cenário de juros altos no Brasil tem favorecido a BB Seguridade, pois cada aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic gera um impacto positivo estimado de R$ 100 milhões no lucro líquido da empresa, segundo o relatório do Safra.

Dividendos

O Safra revisou para cima suas estimativas de lucro para 2024 e 2025, com previsões de R$ 7,86 bilhões e R$ 8,52 bilhões, respectivamente, um crescimento anual de cerca de 8%. Esse desempenho deve superar as projeções do Banco do Brasil (BBAS3), que é o controlador da BB Seguridade e possui estimativas de crescimento de 6% no mesmo período.

O banco acredita que esse crescimento de lucros oferece uma margem confortável para a geração de valor aos acionistas, mesmo com previsões conservadoras de crescimento de prêmios, limitadas a 5% ao ano no total e 3% no segmento rural.

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Com uma expectativa de dividend yield de cerca de 11% para 2025, a BB Seguridade continua a se destacar como uma opção atrativa para investidores que buscam retornos consistentes. Segundo o relatório, a empresa deve manter uma política de distribuição de dividendos robusta, o que, aliado à potencial valorização das ações, fortalece sua posição como uma ação atraente no setor financeiro.

O Safra utilizou um modelo de Desconto de Dividendos (DDM) para calcular o preço-alvo de R$ 43 por ação, considerando uma taxa de retorno exigida (Ke) de 14,8%, que leva em conta uma taxa livre de risco de 10,5%, um prêmio de risco de 5% e um beta de 0,85.

Esse preço-alvo implica um potencial de valorização de 25% em relação ao valor de mercado atual. A corretora destacou que a BB Seguridade está sendo negociada a um múltiplo de 8,1 vezes o preço sobre o lucro (P/E) para 2025, alinhado à sua média histórica de 10 anos, reforçando o valor atrativo da ação para o longo prazo.

A análise também menciona que, embora o custo de serviços no canal de bancassurance (corretagem de seguros bancários) possa aumentar devido a renovações contratuais, o Safra assumiu uma redução conservadora no Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de longo prazo para 45%, enquanto o retorno atual gira em torno de 80%. Mesmo com essa redução, o retorno ainda se compara favoravelmente a concorrentes como a Caixa Seguridade, que opera com um ROE consolidado de aproximadamente 60%.

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Bradesco Prime

O Bradesco (BBDC3;BBDC4) lançará nesta quinta-feira, 31, o novo segmento dedicado ao público de alta renda, que vem sendo estruturado desde o começo deste ano.

O objetivo do banco é atender a clientes que hoje ficam na “ponta alta” do Prime, marca que atende à parcela mais afluente do varejo pessoa física.

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De acordo com o banco, o novo segmento foi estruturado a partir de pesquisas e entrevistas com clientes, além de exemplos internacionais.

Ele terá escritos de relacionamento localizados em regiões escolhidas pelo perfil econômico e pelo potencial de negócios.

A marca do novo segmento ainda não foi informada pelo banco. “Nossa proposta é estar ao lado dos clientes em todas as etapas dessa escalada.

Não é uma corrida de impacto imediato, mas uma caminhada com avanços graduais e duradouros”, disse em nota o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha.

De acordo com ele, o novo atendimento incorporará três “desafios” da vida financeira dos clientes: conquistar patrimônio, obter rentabilidade com segurança e usufruir dos recursos.

A criação do novo segmento é parte do plano estratégico anunciado por Noronha em fevereiro, e que pretende modernizar o Bradesco para tornar o banco mais competitivo em todas as frentes de atuação.

Além disso, o novo posicionamento acontece em um contexto de fortalecimento das franquias de alta renda de concorrentes como o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Santander Brasil (SANB11), e de esforços das fintechs para conquistar a fidelidade desse público, que se concentra nos grandes bancos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante a Apresentação do Plano Operacional para o G20

A população do Rio de Janeiro enfrentará um cenário diferente durante o “superferiado” de 15 a 20 de novembro, período que abrange o G20 Social e a Cúpula de Líderes do G20. A partir do dia 14 de novembro, as ruas da cidade começarão a sentir os efeitos das restrições e do esquema especial de segurança montado para o evento, como anunciou o prefeito Eduardo Paes em coletiva nesta quinta-feira (31).

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Ao longo da semana do G20, o Rio não terá apenas os tradicionais feriados da Proclamação da República (15) e da Consciência Negra (20). Haverá também feriados adicionais nos dias 18 e 19 de novembro, período de maior movimentação das delegações, com líderes de mais de 50 países e organismos internacionais se reunindo na cidade.

“Os cariocas estão acostumados com a realização de grandes eventos internacionais, mas é importante alertar que a partir do dia 14 de novembro já teremos coisas acontecendo na nossa cidade”, comentou Paes, enfatizando que as atividades preparatórias e a movimentação nas ruas exigirão planejamento dos moradores.

A principal mudança na rotina do Rio será observada na região da orla e no Aterro do Flamengo, onde não haverá o fechamento das pistas para lazer entre os dias 15 e 20 de novembro. Os feriados adicionais não afetam certos setores essenciais, como comércio de rua, bares e restaurantes, padarias, hotéis, shoppings, pontos turísticos, saúde e segurança, que continuarão operando normalmente.

G20 Social

A programação do “superferiado” inicia-se com o G20 Social, um encontro de líderes da sociedade civil, além do Festival da Aliança Global e do U20, encontro mundial de prefeitos. Esses eventos, realizados na região entre a Praça Mauá e o Boulevard Olímpico, estarão abertos ao público, mas o acesso será controlado e limitado a três entradas específicas, com segurança reforçada. Não será exigido credenciamento, porém a Prefeitura recomenda o uso do VLT, devido ao fechamento de algumas estações próximas, para que o público evite congestionamentos e tenha acesso facilitado.

A previsão é que o G20 Social atraia cerca de 40 mil pessoas por dia para a zona portuária, com o auge dos debates, concentrados no Espaço Kobra, reunindo representantes de organizações civis até o dia 16. O Festival da Aliança Global também movimentará a área com shows gratuitos de grandes artistas brasileiros, incluindo Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho e Maria Rita, das 18h às 0h.

Cúpula de líderes

O ponto alto do evento será a Cúpula de Líderes, que ocorrerá no Museu de Arte Moderna (MAM). De acordo com a Prefeitura, cada uma das 55 delegações internacionais se deslocará em média com seis veículos e batedores, o que deve impactar significativamente o tráfego nas principais vias de acesso, como a Linha Vermelha, Avenida Brasil e Linha Amarela. “A gente pede que as pessoas evitem essas rotas a partir do domingo, dia 17 de novembro, quando boa parte das delegações chega ao Aeroporto Internacional do Galeão”, alertou o prefeito.

Nos dias 18 e 19 de novembro, o fluxo de delegações entre hotéis e o MAM afetará a mobilidade em bairros da zona sul e Barra da Tijuca, principalmente na orla de São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo. O Aterro do Flamengo estará bloqueado ao trânsito comum, e apenas as passagens subterrâneas serão acessíveis para pedestres, enquanto as passarelas permanecerão fechadas.

Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, no Rio de Janeiro
Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, no Rio de Janeiro (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Mudanças no aeroporto

Dada a proximidade do Aeroporto Santos Dumont com o MAM, o prefeito também sugeriu a transferência dos voos do aeroporto para o Galeão nos dias 18 e 19, medida ainda em fase de confirmação pelas autoridades federais. Paes destacou que essa mudança reduziria o impacto no tráfego e garantiria maior segurança para as autoridades estrangeiras.

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Além disso, o prefeito demonstrou confiança na decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), medida que permitirá a atuação das Forças Armadas na cidade durante o período de eventos, reforçando o esquema de segurança já montado em cooperação com o governo do estado.

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Legado

Como parte dos preparativos, a Prefeitura do Rio realizou uma extensa revitalização no MAM e seus arredores, entregando oficialmente o espaço ao governo federal nesta quarta-feira (30). O projeto, com investimento de R$ 32 milhões, incluiu reformas internas no museu e na área externa do Parque do Flamengo, além de melhorias no paisagismo, supervisionadas pelo escritório de Roberto Burle Marx. A revitalização representa a maior intervenção na região nos últimos 25 anos, e o prefeito ressaltou que esse legado “reforça a imagem do Rio como uma cidade inspiradora para as tomadas de decisão”.

Entre as principais reformas, destaca-se a modernização do Bloco de Exposições, do sistema elétrico e hidráulico, além da instalação de nova iluminação externa. O Bloco Escola, histórico centro de educação e pesquisa em arte, também foi reformado e deve retomar atividades em 2025, integrando um programa educativo. A Cinemateca do MAM, com novo projetor e sistema de som, reforçará o papel cultural do museu, que abrigará mais de 16 mil obras em exibição permanente.

A área ao redor do MAM também passou por mudanças estruturais, incluindo a instalação de luminárias de LED, recuperação do mobiliário urbano e das calçadas de pedras portuguesas originais. As intervenções visam a segurança e a valorização do espaço público, e a criação de um boulevard exclusivo para pedestres e ciclistas próximo ao museu promete ser um ponto de destaque na integração entre o Aeroporto Santos Dumont e o Parque do Flamengo.

Outro legado do G20 é a recomposição dos jardins projetados por Burle Marx, que passaram por um mapeamento técnico para a restauração das plantas originais. No Jardim de Ondas e nos jardins aquáticos, foram implementadas melhorias, como a impermeabilização do lago e a recuperação dos chafarizes, valorizando a estética do projeto paisagístico. A revitalização do entorno do MAM será, assim, uma herança para os cariocas e visitantes, com reabertura do espaço prevista para janeiro de 2025, quando o museu e seus jardins oferecerão uma programação cultural gratuita e acessível.

(Com Agência Brasil e Prefeitura do Rio de Janeiro)

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Magazine Luiza

O Grupo Magazine Luiza (MGLU3) anunciou nesta quinta-feira, 31, o lançamento da Magalog, uma empresa de logística.

Formada pela consolidação dos ativos logísticos do grupo e suas aquisições, a Magalog, que conta com um faturamento inicial acima de R$ 3 bilhões e uma carteira de 70 clientes, incluindo o próprio Magazine Luiza.

A estrutura da Magalog inclui 21 centros de distribuição, dois hubs nacionais, 20 hubs regionais, 153 bases operacionais parceiras, e um total de 6 mil veículos utilizados diariamente.

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A empresa conta com 9 mil colaboradores em regime CLT e mais de 3,5 mil colaboradores parceiros.

Segundo a companhia, a Magalog tem capacidade para realizar entregas em 3.800 municípios brasileiros, o que representa 95% do PIB nacional.

A empresa também oferece entregas ultrarrápidas, em até duas horas, em 139 municípios. Nos últimos seis anos, o Grupo investiu aproximadamente R$ 1 bilhão em logística.

Em nota, Márcio Chammas, diretor-executivo da Magalog, destacou a missão da empresa de aumentar a capacidade logística do Magalu, reduzindo prazos de entrega e melhorando o nível de serviço.

A empresa visa transformar um centro de custo em uma operação geradora de receita para o Grupo, reunindo ativos de empresas adquiridas e investimentos feitos ao longo de 60 anos.

Magazine Luiza
(Imagem: Reprodução/ Youtube do Magazine Luiza)

Além de Magazine Luiza, hoje a Magalog atende clientes como Netshoes, Época Cosméticos, KaBuM!, Centauro, entre outros, e se destaca em segmentos como pet, artigos esportivos, eletrônicos, linha branca e móveis.

Os serviços oferecidos pela Magalog abrangem armazenagem e fulfillment, entrega ultrarrápida, entrega rápida leve e entrega rápida pesada.

Estes serviços cobrem desde a gestão de estoques até a entrega de produtos, utilizando uma rede de centros de distribuição, parceiros e veículos, além de uma plataforma proprietária para entregas ultrarrápidas.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Bradesco

O Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentou os resultados do terceiro trimestre de 2024 com um desempenho geral positivo, especialmente no que se refere à gestão de crédito e ao aumento das receitas com serviços e seguros.

O banco registrou um lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, representando um aumento de 11% em relação ao trimestre anterior e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 12,4%. As ações operam queda de aproximadamente 3% após a apresentação do resultado.

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Embora as receitas tenham superado as expectativas de alguns analistas, o impacto de um aumento na alíquota de imposto sobre o lucro acabou limitando ligeiramente o resultado, conforme destacaram os relatórios do Itaú BBA, Ativa e Safra, divulgados a clientes nesta quinta-feira (31).

Carteira de crédito

A carteira de crédito do Bradesco alcançou R$ 944 bilhões, com um crescimento de 4% em relação ao segundo trimestre e de 8% ano a ano. A expansão foi impulsionada pelos empréstimos pessoais (+6%) e imobiliários (+3%), além do segmento de veículos (+4%) e crédito rural (+17%).

No setor corporativo, as pequenas e médias empresas (PMEs) lideraram o crescimento, com um aumento de 5% no trimestre, o que destaca o foco em clientes de maior renda e menor risco. Essa abordagem foi refletida na melhoria da qualidade dos ativos, com a taxa de inadimplência acima de 90 dias recuando para 4,2%, uma queda de 10 pontos-base (bps) em relação ao trimestre anterior​.

A Ativa ressaltou que a gestão de provisões do Bradesco também foi eficiente, com uma redução de 2% no custo do crédito em relação ao trimestre anterior e 22% ano a ano, atingindo R$ 7,1 bilhões. A cobertura de provisões se manteve em 169%, o que proporcionou maior segurança para o banco diante de um cenário macroeconômico incerto​.

Margem financeira

A margem financeira do banco registrou uma leve alta de 3% em relação ao trimestre anterior, impulsionada principalmente pelo aumento da carteira de crédito e pela recuperação de crédito. No entanto, o spread médio das operações caiu, influenciado pela concentração em clientes de menor risco, o que impactou a expansão das margens.

Essa estratégia de originação focada em clientes de renda mais alta e em PMEs de médio porte ajudou a Bradesco a expandir sua margem de intermediação financeira ajustada pelo risco em 10 bps. A NII (margem de intermediação financeira) cresceu 7% após deduzido o custo de crédito, refletindo uma recuperação gradual em relação aos trimestres anteriores.

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As receitas com serviços, por sua vez, apresentaram um crescimento sólido de 6% no trimestre, destacando-se as rendas provenientes de cartões, administração de fundos e consórcios. A receita com cartões foi um dos pontos fortes do trimestre, com aumento de 9% em relação ao segundo trimestre, impulsionado pela ampliação da participação na Cielo e pelo crescimento nas transações com cartão de crédito​.

Seguros e custos

A área de seguros do Bradesco também registrou desempenho positivo, com receita total de R$ 5 bilhões, um aumento de 9% em relação ao trimestre anterior. O segmento de seguros de saúde apresentou lucro 10% superior ao trimestre anterior, enquanto a área de seguros de vida e previdência recuou ligeiramente devido a ajustes realizados no trimestre anterior. Os segmentos de automóveis e outros também registraram uma alta expressiva de 76% no trimestre, reforçando a contribuição da área de seguros para os resultados consolidados do banco​.

Em relação às despesas operacionais, o Bradesco conseguiu controlar os gastos, com um aumento de 2% em comparação ao trimestre anterior. A incorporação da Cielo teve impacto nos custos, especialmente nas despesas de marketing e com pessoal, mas a eficiência operacional melhorou 40 bps no trimestre, atingindo um índice de 48,6%. A Ativa observou que, mesmo com o crescimento das despesas, o banco manteve-se dentro da faixa projetada para o ano, demonstrando disciplina no controle de custos​.

Perspectivas

Os analistas mantêm uma visão otimista em relação ao banco, destacando o bom desempenho operacional e o potencial de expansão da rentabilidade nos próximos trimestres. O Safra classificou o banco como neutro, mas destacou o compromisso do Bradesco em equilibrar crescimento com uma postura conservadora em relação ao risco, especialmente em um contexto de incertezas regulatórias em 2025.

A Ativa e o Itaú BBA, por sua vez, mantiveram a recomendação de compra para a ação, com um preço-alvo em torno de R$ 17, destacando que o banco deve continuar apresentando melhora gradual em suas métricas de rentabilidade e eficiência​.

Veja o comunicado do Bradesco

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Ambev

A Ambev (ABEV3) registrou resultados mistos no terceiro trimestre de 2024, com crescimento moderado nas receitas, mas enfrentando desafios significativos no mercado brasileiro de cervejas devido à intensa concorrência da Cervejaria Petrópolis. As análises de BTG Pactual e XP Investimentos destacam que a Ambev teve um aumento de 5% na receita líquida, alcançando R$ 22,1 bilhões, e um crescimento de 7% no Ebitda, que totalizou R$ 7 bilhões. No entanto, a margem Ebitda caiu ligeiramente para 31,7%, enquanto o lucro por ação foi de R$ 0,22, abaixo das expectativas.

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O segmento de cervejas no Brasil, que representa quase metade do Ebitda da Ambev, registrou crescimento de volume de apenas 0,6% em relação ao mesmo período de 2023. A Ambev sofreu pressões de preços e perdas de participação de mercado em marcas tradicionais, como Skol, em meio à “guerra” de preços com a Petrópolis.

O BTG Pactual observou que a participação de mercado da Ambev caiu para o menor nível em três anos, atribuída à postura agressiva da concorrente, que ampliou descontos e ocupou espaço de mercado, especialmente em produtos mais acessíveis. Embora as marcas premium da Ambev tenham crescido mais de 20%, isso não foi suficiente para compensar as perdas de participação de marcas principais.

A Petrópolis, que vem se recuperando após enfrentar dificuldades nos últimos anos, intensificou a competição com a Ambev no segmento de cervejas populares, aumentando o investimento em promoções e descontos. O BTG Pactual relatou que a Ambev aumentou o nível de descontos no Brasil para o mais alto desde a pandemia, como resposta à concorrência direta da Petrópolis, o que pressionou suas margens e impediu uma expansão significativa do faturamento médio por hectolitro, que cresceu apenas 2,6%.

A XP Investimentos destacou que, apesar dos desafios no mercado doméstico, a Ambev continua apostando em sua plataforma digital BEES para fortalecer o relacionamento com clientes. Essa plataforma teve um crescimento relevante, permitindo à Ambev melhorar o acompanhamento das preferências dos consumidores e otimizar a gestão de pedidos. No entanto, os analistas da XP apontam que, embora a BEES seja promissora, ainda há um longo caminho para recuperar a competitividade das marcas tradicionais.

O BTG também comentou sobre o impacto da concorrência com a Petrópolis na estratégia de precificação da Ambev. A empresa precisou adotar uma postura defensiva, reduzindo os preços em alguns segmentos para evitar a perda de consumidores, mas isso gerou pressões adicionais nas margens de lucro. O banco ressaltou que a Petrópolis, com uma estratégia de “agressividade de preços”, ainda pode enfrentar desafios para manter sua posição a longo prazo, mas no curto prazo, essa abordagem afetou diretamente a Ambev, levando-a a adotar estratégias de descontos para manter sua base de consumidores.

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Nos demais mercados, a Ambev teve resultados variados. Na América Latina Sul, especialmente na Argentina, a alta inflação e as flutuações cambiais prejudicaram o consumo, resultando em uma queda de 15% nos volumes. Já na América Central e Caribe, a empresa conseguiu compensar a queda nos volumes com aumentos de preços, garantindo margens melhores. No Canadá, a Ambev registrou crescimento moderado, mantendo a margem de lucro estável.

Para conter os efeitos de um cenário de baixa expectativa de crescimento no Brasil, a Ambev anunciou um novo programa de recompra de ações, no valor de R$ 2 bilhões. Segundo a XP Investimentos, essa ação pode ser uma tentativa de aumentar o retorno aos acionistas e aliviar as preocupações sobre a estrutura de capital da empresa. No entanto, tanto o BTG quanto a XP mantêm uma posição cautelosa em relação às ações da Ambev, argumentando que, sem uma narrativa de crescimento clara, é difícil justificar uma valorização significativa.

O BTG Pactual concluiu que, embora a Ambev tenha demonstrado resiliência, sua capacidade de recuperar o crescimento nas marcas tradicionais é limitada, principalmente diante da pressão da Petrópolis no segmento de preços mais baixos. A XP destacou que o mercado de cervejas está cada vez mais competitivo e que a Ambev precisa fortalecer suas marcas populares para não perder mais espaço. Ambos os bancos de investimento mantêm uma perspectiva neutra para as ações da Ambev, destacando que a guerra de preços com a Petrópolis será um fator determinante para o desempenho futuro da empresa no mercado de cervejas no Brasil.

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Banco do Japão BoJ

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, após o Banco do Japão (BoJ) deixar seu juro básico inalterado e em meio a incertezas da eleição presidencial dos EUA da próxima semana.

Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,50%, a 39.081,25 pontos, após o BoJ manter sua principal taxa de juro em 0,25%, como previsto, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,45% em Seul, a 2.556,15 pontos, e o Hang Seng cedeu 0,31% em Hong Kong, a 20.317,33 pontos.

Riscos ligados à eleição presidencial nos EUA, onde os candidatos Kamala Harris e Donald Trump aparecem virtualmente empatados, pesaram nos negócios asiáticos. O Japão também enfrenta incertezas políticas, após o partido governista perder a maioria na câmara baixa do Parlamento, em eleição do último fim de semana.

Na China continental, por outro lado, os mercados apresentaram desempenho positivo após pesquisa oficial mostrar que o PMI industrial chinês avançou para 50,1 em outubro, sugerindo que a manufatura voltou a se expandir pela primeira vez em sete meses. O Xangai Composto subiu 0,42%, a 3.279,82 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,92%, a 1.991,76 pontos.

Em Taiwan, a bolsa não operou hoje devido a um feriado.

Na Oceania, a bolsa australiana teve perdas pelo segundo pregão seguido, com queda de 0,25% do S&P/ASX 200, a 8.160,00 pontos.

(Com Estadão Conteúdo)

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Operador de telemarketing

A regulamentação da profissão de operador de telemarketing ou de teleatendimento será debatida na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

A audiência pública deverá debater o PLS 447/2016, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão e institui um piso salarial nacional para esses trabalhadores.

O requerimento foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e aprovado nesta quarta-feira (30). A data do debate ainda será definida.

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Paim observou que o PLS 447/2016, é oriundo de uma sugestão legislativa do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing, já aprovada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH).

De acordo com o senador, o debate é necessário porque os trabalhadores desse segmento “ainda clamam por trabalhos em condições adequadas, dentro dos normativos de saúde e segurança do trabalhador, piso salarial, regulamentação da jornada de trabalho, dentre outras reivindicações”.

Reforma tributária e saúde

Também foi aprovada nesta quarta-feira (30), a realização de uma audiência pública sobre a reforma tributária e seus impactos para a saúde.

A autora do pedido, senadora Teresa Leitão (PT-PE), argumentou que é possível que os recursos arrecadados com o Imposto Seletivo, se vinculados ao sistema de saúde, fortaleçam o Sistema Único de Saúde (SUS), hoje subfinanciado, além de beneficiar outros entes da Federação.

A parlamentar frisou que é possível também desestimular o consumo do tabaco, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados por meio do Imposto Seletivo, visando melhorar os indicadores de saúde, especialmente dos grupos mais vulneráveis da população.

Médico checando a saúde de seu paciente, saúde
(Imagem: Freepik/@freepik)

Precisamos pensar em uma reforma que visa reduzir desigualdades, observando os produtos que serão desonerados, bem como ter o Imposto Seletivo como iniciativa que onera produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, visto que são as populações mais vulneráveis que sofrem com os impactos do racismo ambiental, acesso insuficiente à rede saúde e saneamento básico — justificou Teresa Leitão.

A data do debate ainda será agendada.

Radiologia

Nesta quarta-feira, a CAS também aprovou o Requerimento 97, de 2024, do senador Dr. Hiran (PP-RR), para que a comissão promova audiência pública sobre “questões essenciais à Radiologia e à saúde”. 

Para o parlamentar, o debate ajudará a destacar a importância da radiologia e do diagnóstico por imagem para o sistema de saúde brasileiro.

Também permitirá a discussão de temas fundamentais para o avanço da área, especialmente no contexto da medicina moderna — justificou o senador.

Entre os temas a serem discutidos estão a valorização profissional, com formas de garantir condições de trabalho adequadas e remuneração justa para os radiologistas, bem como o acesso se toda a população aos especialistas; investimentos em constante atualização tecnológica e infraestrutura adequada para assegurar diagnósticos cada vez mais precisos e acessíveis à população, sobretudo junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e formação e capacitação continuadas.

A data dessa audiência pública ainda será definida.

CAS

Com 21 titulares e igual número de suplentes, a Comissão de Assuntos Sociais tem como presidente o senador Humberto Costa (PT-PE).

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Varejo, saúde financeira

A saúde financeira média do brasileiro subiu para 56,7 pontos em 2024, a maior pontuação dos últimos três anos (+0,5 ponto em relação a 2023).

É o que mostra a quarta rodada da pesquisa que calcula o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) , desenvolvido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com apoio técnico do Banco Central (BC).

O índice pode ser calculado gratuitamente por qualquer cidadão em indice.febraban.org.br .

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“Os resultados da quarta medição do Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), além de mostrarem uma menor pressão sobre o orçamento familiar, indicam melhora nas questões relacionadas à habilidade financeira e ao comportamento financeiro do brasileiro, revelando a importância dos esforços em educação financeira promovidos por toda a sociedade”, destacou Marcelo Junqueira Angulo, Chefe de Subunidade do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira (Depef) do BC.

Pesquisa mais abrangente já realizada no país sobre o tema, o I-SFB entrevistou 4.911 mil brasileiros, o que permitiu cobrir diversos estratos socioeconômicos e fazer leituras segmentadas.

A partir das respostas a questões relacionadas à saúde financeira, o índice é calculado em uma escala de 0 a 100 pontos. De acordo com a pontuação, a ferramenta indica o nível de saúde financeira do brasileiro em sete faixas (ruim, muito ruim, baixa, ok, boa, muito boa e ótima).

De acordo com a pesquisa de 2024, no conjunto, as três piores faixas de saúde financeira (“baixa”, “muito baixa” e “ruim”) caíram 1 ponto percentual (p.p.).

Economia, saúde financeira
Economia, saúde financeira (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

As demais faixas, fora da zona de risco, por sua vez, subiram 1 p.p., indicando uma melhora geral na saúde financeira dos brasileiros.

Veja abaixo sete destaques da pesquisa:


•aperto diminuiu – 48,5% dizem vivenciar algum nível de aperto financeiro (-1.4 p.p. em relação a 2023);
•menos dificuldade no pagamento de contas – 40,9% revelam que têm alguma dificuldade para pagar contas (-2.2 p.p. em relação a 2023);
•menos pressão sobre o orçamento – 32,8% afirmam que os gastos foram maiores que a renda (-0.5 p.p. em relação a 2023);
•sobra mais no fim do mês – 58,6% admitem que sobra dinheiro com alguma frequência (+1.3 p.p. em relação a 2023);
•maior controle financeiro – 48,7% declaram saber como se controlar para não gastar muito (+2.3 p.p. em relação a 2023);-
•mais informação – 47,3% sabem se informar para tomar boas decisões financeiras (+2,3 p.p. em relação a 2023);
•mais conhecimento – 35,7% se sentem capazes de reconhecer um bom investimento (+2,7 p.p. em relação a 2023).

O I-SFB melhorou, mas alguns resultados mostram que a educação financeira pode potencializar o momento favorável. Quando perguntados sobre gastos inesperados, por exemplo, 32,4% afirmam dar conta de uma despesa inesperada grande, mesmo resultado de 2023.

Ainda segundo a pesquisa, 67,2% não têm segurança têm algum grau de insegurança sobre o futuro financeiro e 35,4% dizem que a forma como cuidam do dinheiro lhes permitem aproveitar melhor a vida.

Plataforma Meu Bolso em Dia

A plataforma de educação financeira Meu Bolso em Dia , outra parceria entre BC e Febraban, utiliza o I-SFB dos usuários para personalizar a trilha de aprendizagem que oferece a cada um deles.

Dessa forma, o cidadão tem a oportunidade de aprender sobre finanças pessoais conforme as suas necessidades individuais. Índice Realizado periodicamente desde 2021, o I-SFB tem diversos objetivos.

Um deles é servir como ferramenta diagnóstica que permite ao brasileiro mensurar sua saúde financeira ao longo do tempo, compará-la com a média nacional e identificar as vulnerabilidades a serem sanadas com iniciativas de educação financeira.

O objetivo geral do I-SFB é municiar tomadores de decisão com informações que auxiliam na criação e na execução de políticas públicas e de ações privadas em prol da educação e do bem-estar financeiros.

Veja o documento:

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Prédio da Caixa Econômica Federal

A partir da sexta-feira (1º), os mutuários que financiarem imóveis pela Caixa Econômica Federal terão de pagar entrada maior e financiar um percentual mais baixo do imóvel.

O banco aumentou as restrições para a concessão de crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia imóveis com recursos da caderneta de poupança.

Para quem financiar imóvel pelo sistema de amortização constante (SAC), em que a prestação cai ao longo do tempo, a entrada subirá de 20% para 30% do valor do imóvel.

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Pelo sistema Price, com parcelas fixas, o valor aumentará de 30% para 50%. A Caixa só liberará o crédito a quem não tiver outro financiamento habitacional ativo com o banco.

O valor máximo de avaliação dos imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades do sistema.

Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restrito a imóveis de R$ 1,5 milhão, mas as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm teto de valor do imóvel.

Segundo a Caixa, as mudanças se aplicam a futuros financiamentos e não afetarão as unidades habitacionais de empreendimentos financiados pelo banco.

Nesse caso, em que o banco financia diretamente a construção, as condições atuais serão mantidas. A instituição financeira concentra 70% do financiamento imobiliário brasileiro e 48,3% das contratações do SBPE.

Em nota emitida há duas semanas, o banco justificou as restrições porque a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para 2024.

Até setembro, a Caixa concedeu R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ao todo, foram 627 mil financiamentos de imóveis. No SBPE, o banco concedeu R$ 63,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano.

Caixa Econômica Federal
(Imagem: Rafa Neddemeymer/Agência Brasil)

“A Caixa estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, explicou o banco em nota oficial.

Falta de recursos

O aperto na concessão de crédito habitacional decorre do maior volume de saques na caderneta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), aprovado no início do ano. Caso não limitasse o crédito, a Caixa teria de aumentar os juros.

Segundo o Banco Central (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, com os correntistas retirando R$ 7,1 bilhões a mais do que depositaram. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas.

Outro fator que contribuiu para a limitação do crédito foi o aumento da demanda pelas linhas da Caixa, em meio à elevação das taxas nos bancos privados.

Ainda não está claro se as mudanças serão revertidas em 2025, quando o banco tiver novo orçamento para crédito habitacional, ou se parte das medidas se tornarão definitivas no próximo ano.

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Carteira de habilitação, CNH online

Carteira de habilitação de pessoa de baixa renda poderá passar a ser custeada por multas de trânsito. É o que determina o  projeto de lei (PL) 3.965/2021, aprovado nesta quarta-feira (30) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH).

O relator, senador Dr. Hiran, apresentou voto favorável, mas acolheu emenda para tornar obrigatório o exame toxicológico periódico para motoristas profissionais de moto e de carro categorias A e B. O projeto segue para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Pelo projeto, do deputado José Guimarães (PT-CE), valores arrecadados com multas de trânsito deverão cobrir os custos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de pessoas pobres. 

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Dr. Hiran concordou que o poder público deve pagar pela habilitação de pessoas incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Segundo o relator, ter a carteira de motorista hoje é um “privilégio”.

As pessoas de baixa renda enfrentam grandes desafios apenas para conseguir equilibrar as despesas essenciais, como saúde, alimentação e moradia, com a renda que possuem — disse.

Atualmente, as multas podem bancar exclusivamente ações referentes a sinalização, engenharia, policiamento, fiscalização, renovação de frota e educação de trânsito.

Exame toxicológico

Dr. Hiran acatou emenda do senador Eduardo Girão (Novo-CE) pela qual a obtenção e/ou renovação da CNH de motoristas profissionais serão condicionadas a testes toxicológicos.

Para o relator, a exigência desses testes para verificar consumo de drogas por motoristas profissionais, sejam autônomos ou empregados, aumentará a segurança no trânsito.

Pela emenda, as clínicas médicas onde forem realizados os exames de aptidão física e mental poderão incluir ambiente específico para a coleta laboratorial do material do teste toxicológico.

Carteira de habilitação
(Imagem: detran.sp.gov.br)

Ainda de acordo com o texto aprovado, novos exames toxicológicos deverão ser realizados a cada dois anos e meio, a partir da obtenção ou renovação da CNH.

CDH

Com 19 titulares e igual número de suplentes, a Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH) é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

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Cana-de-Açúcar, seca

Levantamento da empresa Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) indicou queda de produtividade por hectare na cana-de-açúcar colhida na região centro-sul do país, com média de 69,7 toneladas por hectare (t/ha) em setembro de 2024, em relação ao mesmo mês de 2023, quando houve média de 83,4 t/ha.

Nesta semana, a entidade patronal União da Indústria de Cana-de-açúcar e Biotecnologia (UNICA) apontou adiantamento da colheita no estado, com 12 unidades finalizando a moagem até a segunda quinzena de outubro.

No mesmo período da safra anterior, quatro usinas haviam concluído a moagem.

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A empresa, que faz monitoramento para o desenvolvimento de tecnologias no setor, observou ganho discreto na qualidade da matéria-prima por meio da medição de Açúcar Total Recuperável (ATR) na safra, ligeiramente acima em 2024, com 136,71 kg por tonelada de cana colhida.

A UNICA observou melhoria mais acelerada entre seus associados, com 160,30 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar este ano contra 149,84 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 6,98%.

No acumulado da safra, o indicador foi de 142,23 kg de ATR por tonelada, alta de 1,03% em relação ao mesmo período no ano passado.

A UNICA informou que operaram na primeira quinzena de outubro 255 unidades produtoras na região centro-sul, sendo 236 unidades com processamento de cana, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex. No mesmo período, na safra 23/24, operaram 259 unidades produtoras.

A associação mostrou ainda que, na primeira quinzena de outubro, as unidades produtoras da região centro-sul processaram 33,83 milhões de toneladas, enquanto na safra anterior haviam processado 32,93 milhões.

Cana-de-açúcar, perdas, queimadas, São Martinho
(Imagem: Flickr/USDA)

O aumento foi de 2,75%. No acumulado da safra 2024/2025 até 16 de outubro, a moagem atingiu 538,85 milhões de toneladas, 2,36% a mais do que os 526,43 milhões de toneladas registrados no mesmo período do ciclo anterior. 

Especialistas consultados pela Agência Brasil atribuíram o aumento a um adiantamento na colheita, medida usada para evitar perdas maiores na produtividade.

Diminuição esperada 

Segundo Maximiliano Salles Scarpari, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o monitoramento realizado pelo projeto PrevClimaCana, do qual participa, indicava resultado abaixo de 2023 já no primeiro trimestre.

Ele destacou que o déficit já era anormal desde dezembro de 2023 e se acentuou no período entre março e outubro de 2024, sendo o mais longo medido pelo IAC desde 1934, quando começou a série do instituto.

Como o ano de 2023 teve boa oferta hídrica e uma relação alta de tonelada de cana por hectare, a quebra de safra ficou mais evidente ainda com a seca extrema deste ano.

Maximiliano explicou que o aumento da moagem é uma estratégia comum do setor, que adequa a colheita para aproveitar o momento mais favorável, alterando o planejamento dentro da safra.

“As usinas vão antecipando áreas, e o rendimento da colheita dentro da safra foi bom. Para o futuro, a tendência é que terão mais tempo para se preparar para a próxima safra, com manutenção de equipamentos de colheita e moagem”, afirmou o pesquisador, destacando que a manutenção de um cenário de seca deve levar a uma segunda safra afetada, pois a brotação, que já começa agora, teve impacto.

A extensão desse dano, porém, só será mensurável a partir de meados de dezembro próximo e, de forma mais clara, no final do primeiro trimestre de 2025.

“A cana este ano foi praticamente colhida, por ter sido um ano de déficit hídrico alto. Poucas áreas ainda não foram colhidas, e a tendência é de fechamento com t/ha baixo, o que, a depender do estoque, pode impactar os preço de açúcar e álcool. Isso não tem como reverter, mas pode ser amenizado com técnicas de irrigação”, completou Scarpari.

Tal estratégia, porém, dependerá de concessão de novas outorgas de uso de água que, ao menos em São Paulo, têm sido autorizadas de maneira criteriosa e dando preferência ao uso no abastecimento das cidades.

Cana de Açúcar
(Imagem: Reprodução/Freepik/@wirestock)

Para os produtores, acrescenta, uma alternativa que tem sido discutida e mesmo aconselhada é o uso de seguros paramétricos pelos produtores, baseados em critérios de produtividade, seja na quantidade (para t/ha) ou qualidade (para ATR).

Essa medida amenizou o impacto, principalmente frente às queimadas, às quais o setor atribuiu impacto da ordem de R$ 1 bilhão em prejuízos neste ano.

Preparação da cana

As variedades de cana brasileiras são selecionadas para tolerar cenário de seca, segundo o pesquisador Vinicius Bufon, da Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio Ambiente).

Como mais da metade da produção da matéria-prima ocorrem em áreas de cerrado ou de transição para cerrado, com chuvas e estiagens concentradas e oscilando em período de cinco a sete meses, a planta é bastante rústica e sobrevive à intempérie, mas “sempre haverá redução do potencial produtivo como consequência. Isso agrava à medida que a produção de cana migra para o cerrado mais interior, mas também nas regiões produtoras tradicionais, à medida que as mudanças climáticas trazem eventos de seca mais frequentes e mais intensos”, alerta Bufon.

Ele lembrou que uma seca como a deste ano pode gerar perdas ainda maiores, o que ocorreu em algumas usinas acompanhadas, onde se perdeu mais de 15 t/ha entre 2023 e 2024.

Há tecnologias, com aplicação recomendada para as lavouras, que podem amenizar o cenário, em especial a adoção de irrigação em parte da produção.

“O sistema irrigado de produção pode ser adotado, principalmente, em duas modalidades. A primeira é a irrigação de salvamento, que entrega uma única aplicação de água, imediatamente após a colheita, de cerca de 30 a 60 milímetros (mm). Isso corresponde a aproximadamente 4% da demanda hídrica da cultura durante uma safra, mas tem grande efeito em garantir a brotação. A segunda alternativa, chamada de irrigação deficitária, ou irrigação por déficit controlado, entrega de 20% a 25% da demanda hídrica da cultura durante a safra”, defende.

A diferença, segundo o pesquisador, é que o método de irrigação de salvamento pode ser adotado em 30% a 50% da lavoura, especialmente nos canaviais colhidos de maio a setembro, período mais seco, enquanto a técnica de irrigação deficitária poderia ser adotada em 5% a 15% da lavoura, sobretudo nos canaviais com solo mais limitante, mais arenoso, no período de 15 de julho a 15 de setembro, historicamente o mais crítico em regiões de cerrado.

“O restante do canavial, de 40% a 70%, poderia ficar estritamente dependentes da chuva, mas colhido nas pontas mais úmidas da safra, de março a maio e de setembro a novembro”, completa.

Cana de Açúcar
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Embrapa não recomenda o uso de irrigação plena em nenhuma hipótese e sempre após análise dos órgãos de controle, o que tem favorecido o reconhecimento das técnicas de produção irrigada como ferramenta sustentável mundialmente.

“A pressão inflacionária vivida em cada um desses eventos de seca tende a acelerar o processo. E essa expectativa não é só brasileira. O mundo espera muito do Brasil para suprir a crescente demanda mundial por segurança alimentar e biocombustíveis, por exemplo. Felizmente, temos tecnologia sustentável para ofertar, temos agricultores inovadores e competentes, e esperamos que o arcabouço de políticas públicas e linhas de financiamento possam criar estímulos e segurança jurídica necessários para o produtor tomar o risco do investimento que, apensar de muito viável, demanda muito investimento”, recomendou Bufon.

As outorgas de exploração foram suspensas em alguns períodos críticos, principalmente em São Paulo, e a recuperação do nível dos poços nos principais aquíferos não tem ocorrido todos os anos, como destacou a reportagem da Agência Brasil.

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D1000 Drogasmil

Lucro da d1000 sobe 59,3% no 3º trimestre

por Gustavo Kahil

A rede d1000 (DMVF3) apresentou um lucro líquido de R$ 11,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 59,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostra um comunicado enviado ao mercado na quarta-feira (30). A margem líquida subiu 0,5 ponto percentual, alcançando 2,0%, consolidando-se como um dos melhores resultados trimestrais da companhia. No acumulado do ano, o lucro líquido atingiu R$ 27,6 milhões, registrando um crescimento de 63,4%.

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A receita bruta da d1000 no terceiro trimestre chegou a R$ 574,9 milhões, um recorde histórico, com avanço de 22,6% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Esse crescimento é atribuído à expansão de lojas, com a rede encerrando o trimestre com 259 unidades em operação, o que representa um aumento de 14,1% na comparação anual. Foram inauguradas oito novas lojas, sendo cinco no Rio de Janeiro e três em Brasília, além de três reformas. A empresa planeja encerrar o ano com aproximadamente 270 lojas.

O EBITDA da empresa também registrou forte crescimento, alcançando R$ 24,7 milhões, uma alta de 45,1% em relação ao ano anterior, com a margem EBITDA subindo 0,7 ponto percentual para 4,3%. A expansão da rede e o aumento nas vendas de medicamentos de marca contribuíram para esse desempenho. A margem de contribuição cresceu 30,3%, totalizando R$ 53,1 milhões, com uma margem de 9,2%.

No setor digital, as vendas omnichannel cresceram 88,7%, totalizando R$ 40,3 milhões. As vendas online, em particular, tiveram destaque, com um crescimento de 272%. O desempenho reforça a estratégia digital da companhia, que busca integrar cada vez mais as operações físicas e digitais.

Com a estratégia de expansão e modernização, a d1000 conseguiu ganhos de market share e aumento na venda média por loja, que alcançou R$ 742,7 mil, um crescimento de 7% na comparação anual. A participação de mercado da empresa ao final do trimestre foi de 12,7% em suas áreas de atuação, segundo dados da IQVIA Brasil.

Veja o comunicado da D1000

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EMS

EMS retira oferta de aquisição da Hypera

por Gustavo Kahil

A Hypera (HYPE3) informou nesta quarta-feira (30) a retirada formal da proposta de oferta pública de aquisição de ações e combinação de negócios feita pela EMS.

O comunicado foi divulgado após a Hypera receber uma correspondência da NC Farma Participações S.A. e da Novamed Fabricação de Produtos Farmacêuticos Ltda., empresas do grupo EMS, oficializando a desistência da proposta.

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A decisão da EMS ocorre em resposta à deliberação unânime do Conselho de Administração da Hypera, realizada no dia 23 de outubro, que havia rejeitado a proposta inicial apresentada em 21 de outubro. Esse processo havia gerado interesse no mercado, uma vez que a combinação entre as empresas poderia criar um dos maiores grupos farmacêuticos do país.

Com a desistência, a Hypera mantém sua estratégia independente de negócios, enquanto o setor observa os desdobramentos dessa decisão no mercado farmacêutico.

Na semana passada, a companhia informou que o portfólio de produtos da EMS, focado em medicamentos genéricos, “não se alinha com os segmentos estratégicos da Hypera”.

“A companhia lamenta que a proposta lhe tenha sido enviada ao mesmo tempo em que divulgada pela imprensa e ainda com o pregão em curso”, afirma a Hypera, destacando que a administração da Hypera continua focada na estratégia de otimização de capital de giro anunciada em 18 de outubro de 2024, visando a criação de valor para os acionistas de longo prazo.

Veja o comunicado da Casas Bahia

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Casas Bahia

A Casas Bahia (BHIA3) anunciou a unificação de suas operações logísticas sob a nova marca CB full, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (30).

A iniciativa busca consolidar a liderança da empresa no mercado e impulsionar os resultados, reunindo as operações de fulfillment, transporte e logística em uma única estrutura. Nos últimos três anos, a companhia investiu no aprimoramento de sistemas e processos para oferecer serviços logísticos de alta qualidade.

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A operação unificada da CB full atualmente atende a mais de 25 clientes na etapa de transporte de última milha e cerca de 40 clientes com serviços de armazenagem, com projeção de gerar um volume bruto de mercadorias (GMV) superior a R$ 1 bilhão em 2024.

Esses serviços, desenvolvidos ao longo dos últimos anos, formam a base para expandir a atuação da Casas Bahia como fornecedora de soluções logísticas inovadoras, agregando valor ao seu negócio principal.

Entre as novidades, a CB full incorpora o serviço Full Cross, que permite que o estoque dos fornecedores seja armazenado na malha logística da Casas Bahia antes da realização do pedido de compra. O serviço visa reduzir o capital empregado em estoques, diminuir a ruptura de produtos, expandir o sortimento e garantir o abastecimento “just in time” com visibilidade em tempo real do estoque.

Veja o comunicado da Casas Bahia

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A bancada do PT,PCdoB,PV e do PSOL na Alesp sobre o PCC

A bancada do PT/PCdoB/PV e do PSOL/Rede na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolaram nesta quarta-feira, 30, um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O pedido foi apresentado após o governador insinuar, durante as eleições do último domingo, 27, que a facção criminosa PCC pediu votos para o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).

Segundo o pedido, a gravidade da situação não pode ser “minimizada” e que o governador, sabendo dessa informação, deveria encaminhar as provas para a Justiça Eleitoral.

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“Não serão aceitas desculpas relacionadas à possibilidade de não ter havido impacto na eleição, ou à ausência de atividade no cargo, uma vez que foi justamente por exercer a função que tudo aconteceu: a descoberta da correspondência, a credibilidade como fonte de informação e a responsabilidade de supervisionar os subordinados que não cumpriram suas obrigações”, diz o pedido.

Os partidos acusam o governador de cometer crime de responsabilidade, já que ele impediu o livre exercício do voto, faltou com decoro para seu cargo e que ele se ausentou da tomada de responsabilidades, afirma o documento.

“A informação que deveria ter sido tratada com diligência, com remessa aos órgãos competentes para cabal apuração e adoção das medidas cabíveis, terminou por ser apropriada como peça de campanha do candidato do Sr. Governador, com explícita aptidão para interferir no resultado”.

Tarcísio Gomes de Freitas
(Imagem: Facebook/ Tarcísio Gomes de Freitas)

As siglas pedem, então, que um processo de impeachment seja aberto contra o governador.

“Tendo em vista os elementos de fato que são notórios, divulgados pela imprensa e que não foram objeto de qualquer contradição por parte do Sr. Governador, é caso de ser a presente representação recebida, determinando-se as medidas necessárias à instrução, elaboração de ampla defesa, e, finalmente, com a aplicação das penalidades preconizadas pela legislação em vigor, notadamente pelo impeachment do Governador”, finaliza o pedido.

Entenda o caso

Uma carta com supostas orientações de dois integrantes do PCC foi interceptada por autoridades em 10 de outubro, dias depois do primeiro turno.

De acordo com o texto, havia determinação para não votar em Rosana Valle (PL), que disputa o segundo turno contra Rogério Santos (Republicanos).

O “salve” afirma que Rosana é “inimiga número 1” da cúpula na Baixada Santista por se alinhar com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, responsável por comandar operações nos municípios da região contra a facção criminosa.

Procurada, via assessoria, Rosana disse que as mensagens e orientações do PCC demonstram que ela segue do lado certo da história e que está ao lado da Justiça e da Segurança Pública.

TRE

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) disse não ter recebido relatórios de inteligência com uma suposta interceptação de mensagens de facções criminosas com orientações para o voto no candidato à prefeitura da capital Guilherme Boulos (PSOL), adversário do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) neste segundo turno.

“Não chegou ao conhecimento do TRE-SP nenhum relatório de inteligência nem nenhuma informação oficial sobre esse caso específico. O Tribunal soube do caso pela imprensa”, afirmou o TRE-SP, em nota.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse neste domingo, 27, que os serviços de inteligência interceptaram mensagens do crime organizado com orientações para o voto em determinados candidatos.

Conforme o governador, a recomendação das facções seria para o voto em Guilherme Boulos. Ele não apresentou provas da afirmação.

O TRE-SP ainda informou que Boulos entrou com uma ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 1ª Zona Eleitoral por abuso de poder político e abuso no uso dos meios de comunicação.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Maratona de Leilões: Sessão Pública de Leilão da Concessão da Rota Sorocabana, vencido pela CCR

A CCR (CCRO3) venceu o leilão para a concessão da Rota Sorocabana, realizado nesta quarta-feira (30) na B3, em São Paulo. O leilão contou com a participação de quatro grupos – CCR, Pátria, EPR e Ecorodovias (ECOR3) –, e a proposta de R$ 1,6 bilhão da empresa superou as demais ofertas, representando um ágio de mais de 267.800% sobre o valor mínimo inicial de R$ 597,5 mil. Esse foi o segundo leilão da Maratona de Leilões, iniciativa do Governo de São Paulo para promover novas concessões e parcerias público-privadas no estado, conforme informou o governo.

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A concessão abrange um investimento de R$ 8,8 bilhões, destinados a melhorias em 460 quilômetros de 12 rodovias no sudoeste do estado. O projeto inclui trechos atualmente sob concessão da ViaOeste, que se encerrará em março de 2025, e outras vias administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O governador Tarcísio de Freitas destacou a importância da iniciativa como parte de uma política de concessões, parcerias e fortalecimento da regulação no estado, visando atrair investimentos privados para impulsionar o desenvolvimento.

As obras planejadas na Rota Sorocabana envolvem duplicações de pistas, construção de faixas adicionais, marginais, ciclovias e acessos, além de outras intervenções em infraestrutura viária. Estima-se que o projeto gerará mais de 10,2 mil empregos diretos e indiretos na região, beneficiando 17 municípios, incluindo Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Cotia, Ibiúna, Itu, Juquiá, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sorocaba, Tapiraí, Vargem Grande Paulista e Votorantim.

Tarifas de pedágio

Entre os destaques da nova concessão está a redução média de 22% nas tarifas de pedágio nas cinco praças do trecho concedido, a partir de abril de 2025, para quem trafega pelos trechos antes administrados pela ViaOeste. A mudança é resultado de ajustes no arcabouço regulatório do estado, que, segundo o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, tem mostrado resultados financeiros significativos. Ele comparou o leilão do dia anterior, que teve cinco participantes e economizou R$ 1 bilhão para o estado, com o leilão da Rota Sorocabana, que trouxe um retorno de R$ 1,6 bilhão com quatro participantes.

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O CEO da CCR, Eduardo Siqueira, ressaltou a relevância do ativo para o grupo e o compromisso com o desenvolvimento da infraestrutura de transporte em São Paulo. Ele apontou que o grupo está entusiasmado com as oportunidades de investimento e melhorias no trecho, enfatizando os benefícios que serão proporcionados à população.

Rota Sorocabana, da CCR
Rota Sorocabana, da CCR (Imagem: Divulgação/Governo de SP)

Pedágio “free-flow”

Outro ponto relevante da concessão é a introdução de um sistema de pedágio automático de livre passagem, conhecido como “free-flow”. Esse sistema permitirá a cobrança por trecho percorrido, eliminando a necessidade de cabines ou barreiras físicas, o que dispensa a parada dos veículos. Serão instalados 23 pórticos ao longo do trecho, onde a tarifa variará entre R$ 0,83 e R$ 12,20, dependendo do trecho percorrido. A tecnologia visa promover uma cobrança mais justa para os usuários da rodovia.

O modelo de pedágio automático contará ainda com o Desconto de Usuário Frequente (DUF), que concederá reduções progressivas nas tarifas para motoristas que percorrem o mesmo trecho com frequência. Motoristas que ultrapassarem dez passagens em um mesmo trecho terão uma redução de 10% na tarifa, enquanto a partir da 21ª passagem, a redução chegará a 20%. Além disso, haverá um desconto adicional de 5% para motoristas com tags instaladas em seus veículos, promovendo uma tarifa diferenciada e incentivando o uso da tecnologia de identificação automática.

A previsão é de que as obras comecem em 2025, com as intervenções abrangendo tanto os trechos concedidos anteriormente quanto as novas vias incorporadas ao projeto. A CCR, como nova concessionária, assumirá a responsabilidade pela manutenção e gestão do sistema viário das rodovias SP-280, SP-075, SPI-091/270, SPI-087/270, SPI-060/270, SP-270, SP-079, SPA-053/280, SPA-103/079, SPA-104/079, SP-264 e SPA-160/250.

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AES Brasil

A AES Brasil (AESB3) registrou prejuízo líquido de R$ 73,6 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o lucro líquido de R$ 124,4 milhões obtido no mesmo período do ano passado.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) somou R$ 375,5 milhões, queda anual de 12,6%.

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Com ajustes, o Ebitda da empresa totalizou R$ 377,8 milhões, que equivale a uma diminuição de 10,5% ante o verificado em igual etapa de 2023.

A receita líquida entre o sétimo e nono mês deste ano totalizou R$ 1,1 bilhão, que equivale a alta de 21,3% ante o registrado em igual etapa de 2023.

Já a dívida líquida consolidada totalizou R$ 9,59 bilhões ao fim de setembro, montante 9,9% superior ao observado um ano antes.

A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 6,04 vezes maior que as 5,7 registradas no segundo trimestre deste ano.

Operacional

No terceiro trimestre, a geração hídrica bruta das usinas da AES somou 1.871,5 gigawatt-hora (GWh), montante 31,9% inferior ao observado um ano antes.

Aes Brasil
(Imagem: Reprodução/Facebook/AES Brasil)

Na eólica, a geração totalizou 1.774,1 GWh, alta de 25,6% frente igual período de 2023 por conta, principalmente, da entrada em operação faseada dos Complexos Eólicos Tucano e Cajuína.

Já as usinas solares operadas pela empresa geraram 126,6 GWh, redução anual de 11,1%.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Auren energia

A Auren Energia (AURE3) reportou lucro líquido de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 838,1 milhões de igual intervalo de 2023.

A diferença entre os resultados se deve principalmente à contabilização, no terceiro trimestre do ano passado, de impostos relativos à indenização por ativos não amortizados da hidrelétrica Três Irmãos.

De julho a setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 484,3 milhões, aumento de 6,9%, na mesma base de comparação.

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No período, a receita líquida alcançou R$ 2,046 bilhões, alta de 25,8% em base anual de comparação, beneficiada pelo aumento de 37,3% no volume de energia comercializada, e à entrada em operação de projetos fotovoltaicos Sol do Piauí e Sol de Jaíba, compensados pela redução de preços médios no segmento hidrelétrico devido ao encerramento de contratos de longo prazo.

“Em termos de resultado, os números foram bastante expressivos para gente, bastante fortes em comercialização. E com a recessão hídrica, pudemos fazer um bom resultado”, comentou o diretor-presidente da companhia, Fábio Zanfelice.

Ao final de setembro, a dívida líquida da Auren totalizou R$ 2,898 bilhões, crescimento de 156,2%.

Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 1,60 vez, o que corresponde a um aumento de 0,98 vez ante a 0,62 vez registrada um ano antes.

Segundo vice-presidente de Finanças da Auren, Matheus Gomes Ferreira, a empresa fez duas emissões em outubro, após o fechamento do trimestre, para financiar a aquisição da AES Brasil.

Auren
(Imagem: Divulgação/ Auren Energia)

Com isso, é esperado que a alavancagem da empresa aumente nos próximos trimestres.

O executivo explicou, ainda, que a companhia tinha R$ 5,2 bilhões em caixa ao final do terceiro trimestre do ano e, com o ingresso dos recursos captados no mercado, esse montante aumenta para aproximadamente R$ 13 bilhões.

E, caso os acionistas da AES Brasil optem por receber em dinheiro, o desembolso na operação seria de R$ 7 bilhões. “É uma dívida que pode ser pré-pagável a qualquer momento, sem custos adicionais”, explicou.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Dívida dos EUA Mercados Ouro

A dívida dos EUA tem sido foco de preocupações no mercado financeiro, com grandes players apontando para possíveis riscos e consequências, o que tem ganhado novas nuances em meio ao período eleitoral e a disputa entre Donald Trump e Kamala Harris.

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Em análises recentes, Morgan Stanley, Richard Bernstein Advisors e Goldman Sachs apresentaram diferentes perspectivas sobre o impacto da crescente dívida norte-americana e o papel do ouro como ativo de proteção. Os comentários apontam para um cenário onde a incerteza fiscal e o aumento das taxas de juros moldam o comportamento dos investidores.

Sinais de alerta

Lisa Shalett, Chief Investment Officer do Morgan Stanley, destacou que, enquanto o mercado de ações bate recordes e se beneficia da perspectiva de uma vitória republicana nas próximas eleições, o mercado de títulos apresenta sinais de alerta. Shalett apontou a recente elevação de mais de 50 pontos-base nos rendimentos dos Treasuries de 10 anos, atribuída ao aumento das expectativas de inflação e crescimento econômico. “As taxas reais estão próximas dos níveis que normalmente pesam sobre as avaliações de ações, aumentando o custo do capital”, explicou.

Ela também comentou sobre a elevação da chamada “term premium” – o prêmio exigido pelos investidores para manter títulos de longo prazo devido à incerteza sobre futuras mudanças nas taxas de juros. Com o crescimento da dívida e do déficit fiscal, Shalett acredita que essa incerteza afeta diretamente a trajetória de juros futuros.

Em um ambiente onde os preços de ouro têm batido recordes, o Morgan Stanley alerta que o comportamento do mercado de títulos pode ser um prenúncio de riscos não considerados nas avaliações de ações. “Os investidores deveriam considerar diversificar seus portfólios e buscar proteção em ativos reais e fundos de hedge”, recomenda a análise do banco.

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Previsões apocalípticas

Por outro lado, Richard Bernstein Advisors (RBA) adota um tom menos alarmante, sugerindo que o quadro de dívida, embora preocupante, não é tão catastrófico quanto alguns indicam. Em sua análise, a RBA argumenta que previsões de um “abismo financeiro apocalíptico” são exageradas.

A empresa relembra que, durante as décadas de 1980 e 1990, o percentual de pagamento de juros da dívida em relação ao PIB foi significativamente alto por 17 anos, sem resultar em uma crise econômica. A análise sugere que essa situação se repetiu em administrações de diferentes partidos, o que torna improvável que a situação da dívida seja resolvida por mudanças políticas no curto prazo.

A RBA conclui que, apesar de uma possível deterioração nas finanças públicas, os investidores não devem se concentrar demais nas eleições como fator para mudar suas estratégias. Para Richard Bernstein Advisors, o problema da dívida está longe de ser terminal, e o histórico mostra que projeções catastróficas nem sempre se confirmam.

Segundo a consultoria, muitos investidores se preocupam com um iminente “dia do acerto de contas” para a dívida. “Eles temem que a imprudência fiscal dos EUA eventualmente force uma reprecificação repentina e dramática da dívida dos EUA. A realidade é que o dia do acerto de contas ocorreu há 13 anos!”, ressalta a RBA.

Os títulos do Tesouro dos EUA foram rebaixados em 2011, perdendo a nota AAA.

“A teoria do mercado de títulos sugeriria que os títulos deveriam ter fornecido um rendimento de prêmio de risco em relação a outras dívidas soberanas classificadas como AAA após esse rebaixamento, e foi exatamente isso que aconteceu”, pontua a RBA.

O gráfico abaixo mostra o spread de rendimento entre os títulos dos EUA e os Bunds alemães, classificados como AAA. Os papeis foram negociados com rendimentos comparáveis ​​por muitos anos, mas têm sido vendidos consistentemente com um rendimento de prêmio de risco desde o rebaixamento em 2011.

No pico, os títulos do Tesouro renderam mais de 275 pontos-base a mais do que os Bunds alemães, enquanto atualmente está em 286 pontos-base.

Spread entre os títulos do Tesouro dos EUA e da Alemanha

Gráfico 455
(Imagem: Richard Bernstein Advisors)

Ouro como proteção

A análise do Goldman Sachs destaca o aumento na procura por ouro, especialmente por bancos centrais de mercados emergentes, que têm aumentado suas reservas no metal precioso desde o congelamento dos ativos do banco central russo em 2022, após a invasão da Ucrânia. A instituição aponta que o ouro se tornou uma proteção contra possíveis sanções financeiras e riscos fiscais, em um contexto onde os EUA acumulam uma dívida de aproximadamente US$ 35 trilhões, o que corresponde a 124% do PIB do país.

Demanda trimestral de BCs e outras instituições (ton)

Demanda por ouro
(Fonte: WGC, HMRC, Swiss Customs, Goldman Sachs Research)

O Goldman Sachs também destaca que, enquanto bancos centrais de economias desenvolvidas, como os dos EUA e da Europa, já possuem reservas elevadas de ouro, alguns países emergentes, como a China, continuam aumentando suas reservas. Para esses países, a demanda por ouro funciona como uma tentativa de mitigar o risco de exposição excessiva ao dólar e à dívida americana. Além disso, a aproximação das eleições presidenciais reacendeu o interesse dos investidores ocidentais no mercado de ouro, visto como um hedge contra potenciais choques geopolíticos e fiscais.

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A transmissora de energia ISA Cteep

A transmissora de energia Isa Cteep (TRPL4) reportou lucro líquido IFRS de R$ 1,107 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 35,6% em relação a igual intervalo de 2023.

Na base regulatória, o lucro líquido da empresa somou R$ 431,6 milhões, queda de 9,0% ante o reportado um ano antes.

O resultado é explicado pelo aumento de 27,2% na posição de dívida bruta, elevação das despesas com juros e encargos devido ao maior volume da dívida indexada ao CDI, após emissão de debêntures realizadas pela companhia no primeiro semestre, e maior despesa de variação monetária devido ao maior volume de endividamento indexado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), após a 14ª emissão de debêntures, em outubro de 2023.

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O resultado reflete a revisão tarifária periódica do contrato 059/2001, reajustes inflacionários de todas as concessões, e a entrada em operação de novos projetos de transmissão, além de reforços e melhorias aprovados.

“Em contrapartida, a empresa observou uma redução no componente econômico na Receita Básica do Sistema Existente (RBSE), em função da movimentação da base de ativos”, destacou a diretora Financeira da companhia, Silvia Wada.

De julho a setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) IFRS totalizou R$ 1,979 bilhão, alta de 146,6%. O Ebitda regulatório foi de R$ 958,7 milhões, crescimento de 9,4%.

A receita líquida IFRS totalizou R$ 1,806 bilhão, elevação de 21,8%, na comparação com o terceiro trimestre de 2023. Já a receita regulatória alcançou R$ 1,180 bilhão, crescimento de 8,0%.

A dívida líquida da empresa ao final de setembro era de R$ 9,534 bilhões, crescimento de 20,6% ante a posição de 30 de dezembro de 2023, enquanto os investimentos alcançaram R$ 867,9 milhões, elevação de 64,3% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Microsoft

A Microsoft (MSFT MSFT34) registrou lucro líquido de US$ 24,7 bilhões no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento de 11% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O lucro diluído por ação também apresentou alta (10%), para US$ 3,30 no mesmo período ficando acima da previsão da FactSet, de US$ 3,10.

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A receita da gigante de tecnologia foi de US$ 65,6 bilhões, aumentando 16% na comparação anual.

Os analistas consultados pela FactSet esperavam um pouco menos: US$ 64,6 bilhões.

O segmento de computação na nuvem apresentou avanço de 20%, ficando em US$ 24 bilhões de vendas.

Às 17h27 (de Brasília), as ações da Microsoft tinha alta de 1,05% no after hours.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Meta

A Meta Platforms (META; M1TA34) registrou receita de US$ 40,6 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 19% ante igual período de 2023.

O resultado ficou acima das projeções dos analistas, que era de US$ 40,3 bilhões, de acordo com a FactSet.

O lucro líquido totalizou US$ 15,6 bilhões, um crescimento de 35% nas mesmas bases comparativas.

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Mas a controladora do Facebook projetou aumento nas despesas de infraestrutura no próximo ano. O resultado equivale a um ganho de US$ 6,03 por ação, também acima da previsão do mercado, que era de US$ 5,22.

A companhia projetou receitas entre US$ 45 bilhões e US$ 48 bilhões neste atual quarto trimestre, ante a estimativa dos analistas de US$ 46,2 bilhões, de acordo com a FactSet.

Em relação às perspectivas, a empresa também declarou uma “aceleração significativa no crescimento das despesas com infraestrutura no próximo ano”.

No terceiro trimestre, os custos totais e despesas foram de US$ 23,24 bilhões, um aumento de 14% no comparativo anual.

Perto das 17h33, as ações da Meta cediam 1,02% após o fechamento da sessão de Nova York.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Câmara dos Deputados

A pouco mais de três meses da eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que irá comandar a Casa no biênio 2025/2026, três nomes já surgiram na disputa à Presidência da Câmara.

Nesta terça-feira (29) o presidente Arthur Lira (PP-AL) anunciou o seu apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que será candidato pelos partidos que compõem o bloco MDB-PSD-Republicanos-Podemos, do qual é vice-líder.

Ao todo, 147 deputados integram o grupo.

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Hugo Motta

Poucas horas depois, dois outros deputados: Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), também confirmaram suas candidaturas à Presidência da Câmara.

Brito disse que busca o consenso na Casa. “Vocês me conhecem: eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é buscado entre os desiguais, mas buscar pautas comuns a todos que a gente possa defender e colocar em votação na Casa, com previsibilidade, e isso eu vou fazer”, disse.

Antonio Brito

Já Elmar afirmou que sua candidatura “se firma na renovação e no fortalecimento da democracia, valorizando a diversidade de pensamentos”. Segundo ele, seu objetivo é “permitir que surjam as melhores decisões para o País, assegurando a participação efetiva dos 513 deputados desta Casa”, afirmou.

Elmar Nascimento

A eleição da nova Mesa será no início de fevereiro, em data a ser confirmada. Estarão em disputa sete cargos: presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presidente, 1º secretário, 2º secretário, 3º secretário e 4º secretário (veja as funções de cada um no quadro abaixo).

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Weg Transformadores, Ibovespa

Na B3, o Ibovespa (IBOV) operou nesta quarta-feira em variação estreita, entre mínima de 130.472,60 e máxima de 131.026,92 pontos, saindo de abertura aos 130.729,93.

A confiança manifestada nesta quarta-feira, 30, pelo ministro Fernando Haddad na sustentabilidade do arcabouço fiscal e na ancoragem das expectativas teve o efeito oposto a declarações do titular da Fazenda na terça, quando ele tinha indicado não haver data definida para o anúncio de cortes de gastos pacote que o mercado esperava, anteriormente, que pudesse ser entregue tão logo encerrado o segundo turno das eleições municipais, no domingo.

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Assim, o dia ainda foi de avanço do dólar e da curva de juros doméstica em parte da sessão, mas em padrão mais discreto.

O giro financeiro se manteve acomodado na sessão, a R$ 17,0 bilhões, e o índice de referência fechou bem perto da estabilidade (-0,07%), aos 130.639,33 pontos.

Na semana, o Ibovespa mostra ganho de 0,69%, mas segue no negativo no mês (-0,89%), faltando a sessão de quinta-feira para o encerramento de outubro. No ano, cede 2,64%.

“Há conforto ainda do investidor com relação à renda fixa, considerando o nível atual da Selic – que deve voltar a subir na decisão do Copom na semana que vem. Um primeiro momento de retomada do interesse pela renda variável pode emergir quando vier a concretização de iniciativas favoráveis, como a redução de gastos públicos prometida pelo governo, com efeito na ponta longa da curva de juros, que tem se mantido pressionada”, observa Isabel Lemos, gestora de renda variável do Fator.

A mediana do mercado indica que haverá corte de R$ 25,50 bilhões nas despesas do governo, no âmbito das medidas de ajuste fiscal atualmente em discussão pelo Ministério da Fazenda, conforme levantamento dos jornalistas Daniel Tozzi Mendes, Gabriela Jucá e Anna Scabello, do Projeções Broadcast.

O volume de cortes previsto pelo mercado, porém, ainda deverá ficar aquém do necessário para o cumprimento das regras fiscais do ano que vem.

A mediana do mercado indica necessidade de cortes de R$ 49,50 bilhões em 2025 para cumprimento dos limites de gastos definidos no novo arcabouço fiscal.

Para Lucas Moreira, especialista em investimentos do Grupo Fractal, “incertezas fiscais e inflação resiliente continuam pressionando o real”, e “a confiança na política monetária e na estabilidade fiscal será crucial para conter uma desvalorização mais acentuada da moeda”.

Afora as questões domésticas, “a proximidade das eleições nos EUA e possíveis mudanças na política econômica americana podem aumentar a volatilidade cambial até o final do ano”, acrescenta.

Nesta quarta-feira, o dólar à vista subiu 0,03%, a R$ 5,7634, com máxima na sessão perto dos R$ 5,80, a R$ 5,7927.

“Após divulgação do PIB dos EUA, que veio abaixo do esperado, investidores refazem projeções, com a possibilidade de um resultado menor para a atividade econômica estimular um corte de juros mais acentuado na próxima reunião do Federal Reserve”, na próxima semana, diz Robert Machado, analista da CM Capital.

Além dos desdobramentos em torno do cenário macroeconômico o que envolve também a definição eleitoral nos Estados Unidos, também aguardada para a próxima semana, Isabel, do Fator, destaca a temporada doméstica de resultados corporativos do terceiro trimestre, com foco em segmentos como os de bancos, construção civil e consumo discricionário, para os quais mantém perspectiva positiva.

“O Ibovespa tem peso grande de bancos e commodities, e é importante olhar fora desses setores.”

Nesta quarta-feira, com a relativa estabilização da curva doméstica, parte do setor de consumo e construção, sensível a juros, mostrou recuperação.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para nomes como CVC (CVCB3) (+4,35%), Magazine Luiza (MGLU3) (+4,01%), Carrefour (CRFB3) (+3,32%), MRV (MRVE3) (+3,02%) e Cyrela (CYRE3) (+3,01%). No lado oposto do índice, WEG (WEGE3) (-5,16%), Embraer (EMBR3) (-2,08%), IRB (IRBR3) (-1,73%) e Rede D’Or (RDOR3) (-1,69%).

Entre as blue chips, tanto Petrobras como Vale mostraram perdas no fechamento, em sessão mista para os grandes bancos – ao final, majoritariamente positiva , com destaque para a recuperação parcial de Santander Brasil, que na terça havia cedido pouco mais de 5% e nesta quarta subiu 2,04%, em ajustes posteriores ao balanço do terceiro trimestre, na abertura da temporada de resultados das maiores instituições financeiras.

Petrobras (PETR3;PETR4) ON e PN recuaram respectivamente 0,87% e 0,44% (mínima do dia no fechamento), na sessão desta quarta, enquanto Vale (VALE3) ON cedeu 0,30%.

“Somente em julho e agosto registramos um leve fluxo positivo na Bolsa: o ano, no geral, tem sido de saída de capital, o que preocupa, considerando a necessidade de um fluxo estrangeiro consistente para expansão de negócios. Esse cenário é agravado por uma taxa de juros elevada, com os juros futuros em torno de 12,70% ao ano, em níveis vistos apenas em 2022 no contexto pós-pandemia”, aponta Anilson Moretti, head de câmbio da HCI Invest.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Foz do Amazonas, Ibama vs Petrobras

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitou novamente à Petrobras (PETR3;PETR4) novos esclarecimentos em relação ao processo de licenciamento ambiental para a concessão de autorização para perfuração de poços em busca de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas.

O pedido foi encaminhado nesta terça-feira (29), após o último detalhamento do Plano de Proteção à Fauna apresentado pela estatal petrolífera no início de agosto.

Nessa etapa, o órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima reconheceu avanços na entrega da documentação no que diz respeito à redução de tempo de resposta no atendimento à fauna em caso de vazamento de petróleo na região, mas considerou necessários mais detalhamentos sobre “adequação integral do plano ao Manual de Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo, como a presença de veterinários nas embarcações e quantitativo de helicópteros para atendimento de emergências”.

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Localização

A Bacia da Foz do Amazonas ocupa uma faixa no território marítimo que se estende entre a fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até onde a Baía do Marajó divide o arquipélago da costa paraense.

Na região está o bloco exploratório de petróleo e gás natural FZA-M-59, centro da polêmica entre a Petrobras e o Ibama.

O bloco é parte da chamada Margem Equatorial, que comporta cinco bacias sedimentares: Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, além da Foz do Amazonas.

Por meio de avaliações com métodos indiretos como levantamento sísmico, sem que haja perfuração, foram identificados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de 41 blocos com potencial de exploração, sendo que atualmente 34 estão sob concessão, e nove para exploração na Foz do Amazonas, sem descobertas em avaliação.

Contratos 

No Brasil, os contratos de concessão para petróleo e gás natural são divididos em duas fases: a exploratória, para identificação e avaliação da comercialidade, e a de produção, para desenvolvimento e consolidação de um campo produtivo.

Em janeiro, o primeiro poço para pesquisa exploratória na Margem Equatorial foi perfurado na Bacia Potiguar, e logo foi anunciado a presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste.

Petrobras
(Imagem: Taís Peyneau / Agência Petrobras)

Uma segunda perfuração teve início em fevereiro para estudo complementar e, em abril, o poço exploratório Anhangá, na mesma bacia, identificou acumulação de petróleo em uma profundidade de 2.196 metros.

Do total de concessões, atualmente 11 já operam na fase de produção, todos na Bacia Potiguar, sendo que cinco com uma pequena produção e os outros seis estão em processo de devolução, que ocorre quando não há descobertas significativas.

Histórico

Desde a década de 80, toda a Margem Equatorial brasileira passou por pesquisas para descobertas de novas reservas, com o objetivo de aumentar a produção nacional de fontes energéticas fósseis. 

De acordo com a Petrobras, em toda a extensão que se prolonga até a Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, já foram perfurados 700 poços em águas rasas, a maior parte antes da existência da ANP.

Muitos desses poços exploratórios foram abandonados por acidente mecânico. A última perfuração de poço exploratório ocorreu em 2015.

Foi nesse mesmo ano, que a descoberta de grandes volumes de petróleo na Bacia Guiana Suriname despertou o interesse de investidores em avançar nas investigações das bacias sedimentares análogas às que renderam 11 bilhões de barris de petróleo à reserva do país vizinho de língua inglesa. Mas segundo a ANP, “estas oportunidades ainda não foram testadas por poços”.

Em maio de 2023, um pedido da Petrobras para Atividade de Perfuração Marítima no bloco FZA-M-59 já havia tido a licença negada, por meio de um parecer técnico da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama.

Mas o debate sobre a viabilidade da proposta foi intensificado com a nomeação da nova presidente da estatal, Magda Chambriard e posterior declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa da exploração na Bacia da Foz do Amazonas do bloco FZA-M-59.

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard (Imagem: Armando Paiva / Agência Petrobras)

O Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2024 a 2028 prevê investimentos de US$ 3,1 bilhões e a perfuração de 16 poços em toda a extensão da Margem Equatorial.

Entre os focos está o bloco FZA-M-59, que além de ter características similares é o mais próximo, em território brasileiro, da Bacia Guiana Suriname.

Riscos

Assim como os acidentes ocorridos na década de 80, que inviabilizaram os poços na região, o histórico de problemas ambientais causados pela Petrobras também chama a atenção.

Um exemplo foi o que aconteceu na Baía de Guanabara em 2000, quando o rompimento de um duto da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) provocou o vazamento de mais de 1 milhão de litros de óleo, atingindo fauna e flora da região e afetando diretamente o modo de subsistência das comunidades da região. 

De acordo com o Ibama, em caso de acidente no bloco FZA-M-59, o tempo mínimo de deslocamento da embarcação rápida entre a locação do poço e o porto de Belém, a 830 quilômetros de distância, onde a Petrobras mantém estrutura de remediação, é estimado entre 22 horas e 31 horas. 

Os cálculos são de relatório apresentado em 2023 pelo Ibama, que aponta que a média para embarcações tradicionais transitarem entre os dois pontos é de 43 horas de deslocamento, tempo que extrapola bastante as 10 horas necessárias para que o petróleo fosse além das águas jurisdicionais brasileiras.

O documento também relata as diferenças das correntes na comparação entre as zonas de exploração.

“Outro fator importante relacionado à hidrodinâmica da margem equatorial se refere às correntes de subsuperfície, que, a partir de 201 metros de profundidade, começam a apresentar fluxo contrário às correntes de superfície, com maior ocorrência variando na faixa de velocidade entre 0,39 nós e 0,77 nós. As correntes de subsuperfície, normalmente, apresentam velocidades inferiores às de superfície, porém, no caso da margem equatorial, tais velocidades são comparáveis àquelas da superfície da região sudeste”.

Mudança climática

Uma pesquisa publicada na revista Science, uma das mais importantes publicações científicas, reúne uma base de dados que justifica porque não é mais necessária a busca por novas fontes de combustível fóssil. 

O artigo No new fossil fuel projects: The norm we need defende que os argumentos para novos projetos petrolíferos pressupõem que os governos não cumprirão os seus objetivos climáticos comuns, inviabilizando cenários representativos de limitar o aquecimento global em 1,5°C.

O estudo partiu da conclusão apresentada pela Agência Internacional de Energia (AIE) de que para um cenário de Emissões Líquidas Zero até 2050, não são necessários novos projetos de extração de combustíveis fósseis.

Ibama
Ibama (Imagem: Facebook/Ibama)

Os pesquisadores analisaram as possíveis combinações de dados da capacidade de extração de petróleo e gás existente com a dos novos projetos propostos, e foi além, complementando com a análise de segmentos consumidores e os dados sobre geração de energia a carvão e gás.

No Brasil, a rede de organizações da sociedade civil Observatório do Clima, também realizou um estudo que mostra que não há necessidade de expansão de fontes fósseis para que o país atinja uma transição energética de acordo com os compromissos internacionais assumidos para o enfrentamento da crise climática.

Somados aos riscos, a Petrobras tem atualmente reservas comprovadas a serem exploradas, como na região do Pré-Sal, que garantem a exploração até que a transição energética aconteça.

De acordo com o Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR) de 2023, o país tem 15,894 bilhões de barris de petróleo de reservas provadas.

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Construção Civil, Caged, emprego

A criação de emprego formal subiu em setembro. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 247.818 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

A criação de empregos subiu 21,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em setembro de 2023, tinham sido criados 204.670 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.

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Em relação aos meses de setembro, o volume foi o maior desde 2022.

Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas 1.981.557 vagas. Esse resultado é 24% mais alto que no mesmo período do ano passado.

A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.

O resultado acumulado é o maior desde 2022, quando tinham sido criados 2.181.100 postos de trabalho de janeiro a setembro. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.

Setores

Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em setembro.

A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 128.354 postos, seguidos pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 59.827 postos a mais.

Em terceiro lugar, vem o comércio, com a criação de 44.622 postos de trabalho.

O nível de emprego aumentou na construção civil, com a abertura de 17.024 postos. Com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária foi o único setor com saldo negativo, eliminando 2.004 vagas no mês passado.

Destaques

Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 55.860 postos formais.

A categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 31.046 vagas.

Consultório Médico, saúde, emprego
(Imagem: Pixabay/@orzalaga)

Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 45.803 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou o segmento de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, que abriu 2.285 vagas.

As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.

Regiões

Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 98.282 postos a mais, seguido pelo Nordeste, com 77.175 postos.

Em seguida, vem o Sul, com 38.140 postos. O Norte abriu 15.609 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 15.362 vagas formais no mês passado, tendo o menor desempenho por causa do fim da safra.

Na divisão por unidades da Federação, todas registraram saldo positivo. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+57.067 postos), Rio de Janeiro (+19.740) e Pernambuco (+17.851).

Os números mais baixos de abertura de vagas foram registrados em Rondônia (+599), em Roraima (+729) e no Acre (+955).

Veja o documento:

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Ministro da Casa Civil, Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira, 30, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fará ajustes para cumprir o arcabouço fiscal.

A declaração vem em no momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prepara um pacote de corte de gastos do governo federal.

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“Quem apostar contra o Brasil vai perder, o presidente Lula vai fazer os ajustes necessários para manter o crescimento do País, assegurar investimentos e cumprir o arcabouço fiscal, enquadrando as despesas dentro das regras da meta fiscal“, disse Costa em seu perfil no X, antigo Twitter.

A fala de Rui Costa é importante porque a Casa Civil é responsável por manter os programas do governo funcionando, o que demanda dinheiro. É comum essa atribuição se chocar com a função do Ministério da Fazenda, de manter as contas públicas em ordem.

Na terça-feira, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que Haddad tem feito movimentos para blindar o pacote de cortes, e que Rui Costa demonstrava estar aberto a discutir a redução de despesas.

O governo receia que o aumento dos juros futuros, impulsionado por dúvidas sobre a política fiscal, neutralize os efeitos dos programas sociais e fomento ao crédito do Executivo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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ParkShoppingBarigüi, shopping da Multiplan em Curitiba

A Multiplan (MULT3) anunciou o fechamento da primeira etapa da aquisição de 36 milhões de ações próprias, anteriormente detidas pela Ontario (OTPP), mostra um comunicado enviado à CVM nesta quarta-feira (30).

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Essa operação faz parte de um acordo firmado em setembro de 2024, para fortalecer o controle acionário da Multiplan e aprimorar sua estrutura de capital. A conclusão dessa primeira parcela foi acompanhada pelo cancelamento das ações adquiridas, resultando em uma redução do capital social da empresa, que passa a ser representado por 542.163.701 ações ordinárias.

Além disso, o distrato do Acordo de Acionistas entre a OTPP e a Multiplan Participações S.A. foi oficializado, e Cintia Vannucci Vaz Guimarães, conselheira indicada pela OTPP, renunciou ao cargo, sendo agradecida pela empresa por seus serviços.

A Multiplan informou que os fechamentos das segunda e terceira parcelas da aquisição ocorrerão nos próximos dias e que novos comunicados serão emitidos para atualizar o mercado sobre esses desdobramentos.

Veja o comunicado da Multiplan

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Cartão de Crédito, milhas

O juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 11,5 pontos porcentuais entre agosto e setembro, de 426,9% para 438,4% ao ano, informou o Banco Central nesta quarta-feira, 30.

A taxa do parcelado passou de 182% para 185,8% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 82,8% para 84,8%.

O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderiam ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto, chancelado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Como não houve consenso, o teto para os juros e encargos da modalidade passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024.

As taxas apresentadas pelo BC podem sugerir, portanto, que os bancos estejam descumprindo a lei, mas o que acontece é apenas um registro estatístico.

Para chegar às taxas anuais, a autoridade monetária extrapola o juro cobrado ao mês pela instituição financeira para o ano.

Essa taxa nem sempre é efetivada, já que os consumidores normalmente ficam “pendurados” no cartão por apenas dias ou semanas.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, explicou que a instituição não pretende descontinuar essa série histórica porque ela ainda serve como referência para mostrar a velocidade de aumento ou redução dos juros e também porque é um dos componentes para se chegar à taxa cobrada pelo sistema como um todo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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DogeCoin

Após chegar próximo ao recorde de US$ 73.800 na terça-feira (29), o bitcoin (BTCUSD) agora recua para o nível de US$ 71 mil e mostra alguns sinais de uma possível correção, avalia Israel Buzaym, diretor de comunicação do Bitybank, em uma nota enviada ao mercado nesta quarta-feira (30).

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Segundo Buzaym, isso se dá especialmente pelo índice de força relativa (RSI), que está em 70 no gráfico diário e 80 no de 4 horas, o que indica sobrecompra e sugere correção para níveis entre US$ 67 mil e US$ 60 mil no médio prazo. “Isso seria saudável para aliviar indicadores e construir uma base mais sólida para novas altas”, comentou ele.

Ele observa que, apesar da valorização, o volume de negociações continua distante dos níveis observados em momentos de queda ou nos patamares do início de 2023, quando o BTC estava em US$ 15 mil.

No entanto, ele destaca o interesse institucional, com ETFs de Bitcoin absorvendo cerca de US$ 3 bilhões recentemente e níveis historicamente baixos de BTC nas exchanges, o que sugere confiança dos investidores e suporte para novas altas.

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Memecoins

Ao ultrapassar a alta histórica, o Bitcoin pode entrar em fase de descoberta de preço, onde o mercado busca novos patamares.

Para Buzaym, essa fase é especialmente relevante para as altcoins, com Solana (SOL) ganhando 20% e Ethereum (ETH) 9% nos últimos 30 dias. A possível liderança do ETH sugere uma “alt season” em formação, impulsionada também pelo desempenho de memecoins como Dogecoin (DOGE) (52%), POPCAT (POPCAT) (84%) e MEW (MEW) (75%).

“Esse cenário reforça o apetite por ativos especulativos e pode estimular uma nova onda de capital fluindo para altcoins de maior volatilidade, em um movimento de busca por retornos rápidos e alavancados”, conclui.

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Porto Seguro. Porto Saúde

Seguindo uma tendência de regionalização vista nos planos de saúde nos últimos meses, a Porto Saúde, divisão de saúde da Porto (PSSA3), anunciou nesta semana ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) a expansão da Linha Pro para Brasília, lançando planos de saúde projetados para pequenas e médias empresas (PMEs), cobrindo grupos de 3 a 99 pessoas.

A regionalização de planos, com produtos focados em cada estado ou região da cidade, é uma tendência que está se desenhando no setor, diante dos custos da saúde que sobem três vezes acima da inflação e se tornaram ainda maiores durante a pandemia.

Atualmente, as maiores despesas médicas vêm, em geral, das internações e outros procedimentos hospitalares. Com isso, as operadoras estão lançando planos com cobertura hospitalar restrita a fim de evitar que os pacientes usem esse estabelecimento de saúde para atendimentos simples.

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“Hoje os planos têm de lidar com fraudes, mudanças nas regulações e tantos outros fatores. Um plano como o Pro Brasília traz uma possibilidade maior de equilíbrio financeiro”, avalia o CEO da Porto Saúde, Sami Foguel, citando o acompanhamento do local onde o paciente faz os exames desde a consulta, por exemplo, ajuda a enxugar os custos, barateando este plano também para o usuário final.

Em Brasília, a nova operação teve seu lançamento oficial na última quinta-feira, 24, com preços até 40% menores que os da linha tradicional da empresa. Já consolidada em São Paulo, no Litoral Paulista, em Campinas e no Rio de Janeiro, a linha chega ao Distrito Federal, que agora contará não apenas a rede credenciada, mas também um time médico próprio para atendimentos. Ao todo, são três opções de planos, que contemplam hospitais e laboratórios.

A expansão segue os planos de negócio do Porto, que em julho lançou a linha Porto Bairro, selecionando dez bairros da capital paulista, cada um com um hospital e um laboratório credenciados, enquanto as consultas podem ser realizadas em qualquer localidade.

Porto Seguro, Porto Saúde
(Imagem: Facebook/ Porto)

Segundo Foguel, a ideia da Porto é criar um ecossistema com tudo incluso, desde um time médico próprio e hospitais considerados de excelência, concentrando assim os dados, histórico do paciente e diminuindo as fraudes, que tem se tornado um problema financeiro para as operadoras nos últimos anos.

“Os preços destes planos ficam mais competitivos porque a gente tira os abusos, as fraudes. Uma porta de entrada muito grande para fraude é o reembolso. Então, na hora que você faz um plano que tem tudo incluso, a gente tira essa permeabilidade do plano à fraudes, reembolsos multimilionários, litígio e medicamentos desnecessários”, avalia Foguel.

Atualmente, a Linha Pro conta com cerca 50 mil vidas, representando cerca de 8.25% dos 606 mil beneficiários totais da companhia.

Além da criação de produtos que não deem espaço para o surgimento de fraudes, a companhia tem trabalhado também para evitar que o problema se prolifere em planos antigos.

Neste mês, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu uma mulher suspeita de fraude de R$11 milhões contra a Porto Saúde, em um esquema que simulou mais de 800 vínculos falsos empregatícios em dez empresas de fachada criadas exclusivamente para a contratação de planos de saúde coletivos empresariais.

Tendência no setor

Na mesma linha, a operadora de planos de saúde Sami criou em agosto deste ano um convênio médico com cobertura restrita à Zona Leste de São Paulo, região que abriga 4 milhões de habitantes e concentra a maioria dos usuários da startup.

Antes disso, a Unimed Nacional já havia idealizado um plano de saúde específico para a zona leste de São Paulo, mas o projeto está paralisado atualmente.

O analista de saúde e educação da XP Investimentos, Rafael Barros, avalia que a criação de planos regionais soluciona um dos principais desafios do setor, que é a fragmentação da informação e a complexidade de acompanhar e coordenar a jornada do paciente.

Ou seja, ter acesso a todas as suas consultas, exames e uso de remédios, por exemplo.

“Ao limitar o alcance de um plano de saúde, o acesso do paciente a uma variedade de prestadores, hospitais e clínicas é reduzido. Isso pode levar a uma jornada mais pré-estabelecida e planejada para o paciente, proporcionando um controle maior sobre o processo e os custos”, aponta Barros, complementando que com controle, é possível evitar redundâncias, como consultas e exames repetidos sem necessidade, o que gera uma economia para os planos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Mercados, Ações, Fed

A Oaktree Capital Management, em uma análise assinada por Armen Panossian e Danielle Poli, destacou a incerteza que persiste na trajetória dos juros nos Estados Unidos, apesar do corte realizado pelo Federal Reserve (Fed) em setembro de 2024.

O corte de 50 pontos-base, que reduziu a taxa de juros para a faixa de 4,75%-5,00%, encerrou o ciclo de alta que teve início em março de 2022 e elevou as taxas em 525 pontos-base durante o período. Ainda que o movimento fosse amplamente esperado pelos mercados, o impacto nos rendimentos dos Treasuries foi contido, o que indica a cautela dos investidores quanto ao cenário futuro.

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Panossian e Poli ressaltaram que o corte de setembro foi o primeiro passo de alívio monetário após uma série de “falsos começos”, onde expectativas de cortes mais agressivos acabaram frustradas. Investidores focados em ativos sensíveis à duração, como os títulos de longo prazo, tiveram dificuldades em capturar retornos significativos devido às mudanças inesperadas na política monetária.

Fed: taxa real divergiu da previsão do início do ano

Gráfico FED
(Imagem: Oaktree)

Em contraste, os melhores resultados foram observados em ativos de alta renda, com menor sensibilidade às taxas de juros, como os empréstimos sêniores e o crédito estruturado, que mantiveram seu valor mesmo com a oscilação nas expectativas de corte.

A incerteza se intensificou no início de outubro, após a divulgação de dados robustos de emprego, com a criação de mais de 250 mil postos de trabalho em setembro, superando as projeções de 140 mil. Esse desempenho inesperado do mercado de trabalho trouxe dúvidas adicionais sobre o ritmo de futuros cortes de juros pelo Fed, o que levou a uma elevação nos rendimentos dos Treasuries. A resiliência do setor de trabalho foi interpretada como um sinal de que a economia americana ainda possui forças significativas, tornando o cenário de juros mais complexo e imprevisível.

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Para onde vai o Fed

Para muitos investidores que apostaram em cortes mais agressivos, a alta nos rendimentos foi mais um revés. A análise cita a abordagem prudente de Howard Marks, fundador da Oaktree, que aconselha os investidores a considerarem o estágio do ciclo de mercado em que se encontram, mas a evitarem decisões baseadas exclusivamente em previsões macroeconômicas.

Segundo Marks, a estratégia de investimento deve ser orientada por princípios sólidos e conscientes da volatilidade natural do mercado, sem depender de apostas em tendências macroeconômicas incertas.

A próxima reunião do Fed será no dia 7 de novembro. Segundo as estimativas do CME Watch, há 96,7% de chances de um corte de 25 pontos-base nos juros, para um intervalo entre 4,5% e 4,75%.

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