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Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo

Pablo Marçal (PRTB) confirmou que aceitará o convite para assumir a Secretaria de Empreendedorismo em Barueri (SP) caso ele se concretize após a eleição. O convite foi feito pelo candidato Gil Arantes (União), que disputa o segundo turno de com Beto Piteri (Republicanos).

Em uma publicação no Instagram, o coach diz que pretende dedicar por 12 anos à política e entende que precisa amadurecer para concorrer ao cargo de Executivo em 2026.

“Aceitei o convite para servir na prefeitura e humildemente aprender o traquejo num cargo de secretariado. Estou muito animado para começar a trabalhar trazendo empresas, empregos, renda e aumentando a arrecadação através de novas empresas para fazer o povo prosperar”, escreveu.

Marçal terminou em terceiro no primeiro turno das eleições municipais de São Paulo, com 1.719.274 votos. Desde então, ele tem declarado sua intenção de concorrer ao cargo de governador ou presidente no ano de 2026.

A sua derrota ficou marcada após ter movimentado a disputa na noite de sexta-feira (4) anterior às eleições com a publicação de um laudo médico falso que insinuava o uso de drogas pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

Marçal na Presidência?

Se as eleições gerais de 2026 fossem realizadas na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 32% dos votos, seguido pelo empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 18%, e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%, em um cenário que não considera o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.

Os indecisos somam 18% e outros 18% dizem que pretendem votar branco ou nulo no próximo pleito presidencial. É o que aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo, 13. Marçal e Tarcísio estão em empate técnico dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais.

O melhor desempenho de Lula é no Nordeste, onde o petista soma 44% das intenções de voto. Tarcísio performa melhor no Sudeste, com 25% de preferência, enquanto Pablo Marçal apresenta seus melhores resultados no Sul, com 23% dos votos, e no centro-oeste, região da qual é natural, com 24% de menções. O Instituto ouviu 2 mil eleitores entre os dias 25 a 29 de setembro, por meio de entrevistas face-a-face em todas as regiões do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

(Com Estadão Conteúdo)

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Ações da China

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as da China e de Hong Kong amargando fortes perdas em meio a dúvidas sobre novas medidas de estímulo fiscal e outras favorecidas pelo bom desempenho de Wall Street ontem.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto teve queda de 2,53%, a 3.201,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 2,10%, a 1.850,50 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng sofreu um tombo de 3,67%, a 20.318,79 pontos.

Pacote da China

Nos últimos pregões, os mercados chineses vêm mostrando bastante volatilidade diante de incertezas sobre detalhes e o alcance de um pacote fiscal de Pequim para ajudar a China a cumprir a meta de crescer 5% este ano. No fim de semana, o Ministério de Finanças chinês sinalizou que pretende agir, mas não fez anúncios concretos.

Dados fracos da balança comercial chinesa também contribuíram para o mau humor em Xangai e Shenzhen hoje. Em setembro, tanto as exportações quanto as importações da China avançaram bem menos do que o esperado.

Outros mercados da Ásia ficaram no azul após as bolsas de Nova York subirem ontem, com novas máximas históricas dos índices Dow Jones e S&P 500. Na volta de um feriado, o japonês Nikkei avançou 0,77% em Tóquio hoje, a 39.910,55 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve modesto ganho de 0,39% em Seul, a 2.633,45 pontos, e o Taiex subiu 1,38% em Taiwan, a 23.292,04 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana estabeleceu novo recorde, impulsionada por ações de bancos e mineradoras. O S&P/ASX 200 avançou 0,79% em Sydney, ao patamar inédito de 8.318,40 pontos.

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Setor Automotivo, IPVA

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 72/23 isenta do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) os veículos terrestres de passageiros, caminhonetes e mistos com 20 anos ou mais de fabricação.

Apresentada pelo senador Cleitinho (Republicanos-MG), a PEC já foi aprovada pelo Senado e agora está em análise na Câmara dos Deputados.

A regra não valerá para micro-ônibus, ônibus, reboques e semirreboques e vai atingir principalmente os estados onde ainda não existe a isenção, que são Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins, Alagoas e Santa Catarina.

A PEC amplia a isenção pela via da imunidade tributária, que é matéria de índole constitucional.

Ao apresentar a proposta, o senador Cleitinho disse que a medida assegura justiça social. “Para a população de baixa renda proprietária de automóveis mais antigos, a despesa com o IPVA consome parcela relevante de suas receitas”, justificou.

A reforma tributária, aprovada pelo Congresso Nacional, estabeleceu a incidência de IPVA sobre veículos aéreos, terrestres e aquáticos, mas concedeu imunidade para aviões agrícolas, barcos de pesca, plataformas de petróleo, tratores e máquinas agrícolas.

Próximos passos da PEC

Se for admitida pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a proposta será analisada por uma comissão especial a ser criada e, em seguida, votada em dois turnos pelo Plenário da Câmara.

Se aprovada, será promulgada pelo presidente do Congresso Nacional.

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Imóveis, FGTS, Nexpe, tenda

A Nexpe (NEXP3), em recuperação judicial, anunciou nesta segunda-feira (14) que realizou a venda de suas três UPIs (Unidades Produtivas Isoladas) Bamberg, MF e Abyara após a abertura das propostas fechadas nos processos competitivos.

Em cada um dos processos competitivos, houve apenas um habilitado que apresentou proposta fechada vencedora.

A The Best Consultoria Imobiliária apresentou proposta no valor total de R$ 5,730 milhões para a aquisição da UPI MF e para a licença de uso das marcas “Brasil Brokers” e “Unique”, com exclusividade, pelo prazo de 10 anos.

Já Ana Flávia Eichenberger Guimarães apresentou proposta no valor total de R$ 5,447 milhões para a aquisição da UPI Bamberg e para a licença de uso da marca “Bamberg”, com exclusividade, pelo prazo de 10 anos.

Por fim, a Quantum Partners Intermediação Imobiliária apresentou proposta no valor total de R$ 970 mil para a aquisição da UPI Abyara.

“As propostas vencedoras serão submetidas à homologação do juízo recuperacional. Após a homologação, serão celebrados os contratos definitivos e os preços serão pagos, conforme previsto nos respectivos editais”, informou a companhia.

Veja o comunicado da Nexpe

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Tixanews

Lula é um agente infiltrado da CIA. Quem disse isso?

por tixanews

A notícia mais importante do dia é o apagão em São Paulo, darling, mas eu preciso começar por essa história. Alô você que gosta de teorias da conspiração da CIA, preste atenção nesta notícia. O procurador-geral da Venezuela, um homem aliado do ditador Nicolás Maduro, que atende pelo nome de Tarek William Saab, disse hoje que Lula, sim, o Lula, Luiz Inácio, é um “agente da CIA”.

😦 SOCORRO, BRASEW!!!! Sim, darling, você leu certo. Lula é um agente infiltrado da CIA, assim como o presidente do Chile, o Boric. (Para os perdidos, CIA é a agência de investigação dos Estados Unidos.)

E disse mais. Disse que Lula foi cooptado na prisão e que ele não é mais o mesmo em nada, nem fisicamente, nem como se expressa. Sim, darling, só faltou dizer já dizendo que o Lula é um clone. E ainda mandou essa: “Lula vai preso por corrupção e de repente aparece habilitado como se ele não tivesse feito nada.” 🆘😨😦

Não sei se eu tenho emojis para todas essas declarações.

😦 Mas a pergunta mesmo que não quer calar é: O que acontece agora para quem acredita nas histórias conspiratórias da CIA? Eu diria que vai ter que aceitar que Lula virou coleguinha do Moro. Sim, o Sérgio Moro.

😦 Corram para as montanhas!!!! SOCORRO, BRASEW!!!!!

Agora, as notícias

💡 E São Paulo teve mais uma ventania de 100 km por hora e milhares de casas estão sem luz há 3 dias. Três dias. Aí, o ministro das minas e energia, Alexandre Silveira, o Xandinho, vem a São Paulo e diz que a Enel, a companhia de energia, tem mais três dias para regularizar o grosso da situação. Mais três dias?

💡 Obviamente a treta já virou caso de política. O ministro culpa a Enel e a Aneel (a agência reguladora), a agência culpa a Enel, a Enel culpa a prefeitura do Nunes por não ter cortado as árvores e a prefeitura do Nunes culpa a Aneel. E ainda tem a agência reguladora estadual, da área do Tarcísio, que também tem culpa.

💡 O Xandinho está aproveitando para fritar a Aneel porque já faz tempo que ele anda queimando a agência. Eu diria que o seu grupo político deve almejar uns carguinhos na diretoria da agência. E como bem lembrou o Leonardo Sakamoto, Xandinho, que é do governo federal, está no mesmo lado do Nunes, o prefeito desconhecido. Xandinho é do PSD do Kassab. Nunes é do MDB e apoiado por quem? Kassab. E Kassab ainda é homem forte do governo Tarcísio. (Xandinho acusou Nunes de espalhar fakenews dizendo que ele tinha ido à Itália para tratar da renovação da concessão da Enel).

Tem eleição

🗳 Quem deve estar na expectativa sobre o efeito disso tudo no eleitorado é o Boulos, que partiu muito atrás nas pesquisas na largada do segundo turno. São milhões de eleitores por dias sem luz, imagina a alegria desses eleitores.

🗳 Certamente vai rolar o discursinho da privatização, apesar de a privatização já ter acontecido há décadas. Está faltando mesmo é fiscalização e lei, BRASEW.

🗳 Como muito bem lembra o ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, o problema ainda é que vai ter um monte de renovação de concessão em um futuro próximo e pergunta se as novas regras contemplam os casos de extremos climáticos (que agora já são o novo normal)?

🗳 E alguém ainda vai querer voltar com a brilhante ideia de obrigar a enterrar os fios. Seria ótimo, mas…. Se for mal feito, vai ser pior, darling. Como, Tixa? Se faltar luz, com os fios enterrados, é mais difícil de restaurar. Se for bem feito, para que não falte luz, todo o investimento vai parar na sua conta de luz. Sim, darling, a gente que vai pagar a conta.

Santinhos

⛵ Se Lula é agente da CIA, por que Guilherme Boulos não pode pagar pessoal para distribuir santinhos?

⛵ Mas a galera não perdoou com a notícia de que a campanha de Boulos gastou R$ 6,2 milhões para contratar pessoas para distribuir material de campanha. Até outro dia, parecia que tinha militantes suficientes para fazer o serviço. Mas ainda tem o fato de que Boulos outro dia em uma sabatina chorou que sua campanha gastava mais porque não usava caixa dois como a campanha dos outros. Detalhe, sem apresentar provas.

Agora vai!
⛵ O Datena declarou voto em Boulos. Vai levar seus menos de 2% de votos para o PSOL.

Curtinhas das eleições.

👉Em Fortaleza, o PDT está uma verdadeira bagunça. O partido declarou neutralidade no segundo turno e aí está indo cada um para um lado. Ou melhor, a maioria para o lado direito. Dos oito vereadores da sigla, seis declararam apoio a André Fernandes, do PL, e apenas um a Evandro Leitão, do PT. Ciro Gomes descartou apoiar o petista (ah, vá!).

👉Em Natal, o PT está atrás nas pesquisas. O deputado federal Paulinho Freire (União), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está com 45% segundo a Quaest e a deputada Natália Bonavides (PT) tem 39% das intenções de voto. Bem no limite da margem de erro, estão empatados.

Então é isso, agora vou ali ver como estão os colegas da CIA com todas as essas notícias, BRASEW.

Sabe como é, amanhã logo cedo tem eleição americana. Corre e se inscreve para receber nossa cartinha matinal em parceria com o UOL.

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Raspadinha, Loterias, Caixa, Bets

A Caixa Econômica Federal relançou nesta segunda-feira (14) a sua modalidade de apostas conhecida como “raspadinha”, agora renomeada para “Instantânea”, com um design inspirado nas “bets” online.

É o primeiro passo para o lançamento da bet oficial do governo Lula, conforme anunciado pelo banco em agosto, a despeito dos alertas sobre o uso de benefícios sociais, como o Bolsa Família, para as apostas online.

As apostas custam de R$ 2,50 a R$ 20. As estampas dos bilhetes terão temáticas variadas e para o lançamento serão utilizados os temas Trevo da Sorte, Só o Ouro, Roda da Sorte, Caça ao Tesouro e VIP. É inegável a comparação com os jogos online, do tipo cassino, encontrados nas bets já em funcionamento.

A premiação é imediata e os valores de até R$ 2.259,00, por bilhete, podem ser resgatados nas unidades lotéricas. Já os prêmios acima desse montante devem ser retirados em agências.

Segundo a Caixa, em média, em cada emissão de apostas, um em cada três bilhetes será premiado. Os prêmios variam desde R$ 2,50 até R$ 2 milhões. Cada emissão detalha essas informações no verso dos bilhetes.

“A raspadinha foi um sucesso no Brasil até o ano de 2015 e hoje reassumimos a comercialização deste produto acessível a todos, com a responsabilidade de condução pelas Loterias, que, desde a década de 60, até hoje, tem a grande vocação de distribuir, não apenas o prêmio bruto, mas também valores relativos às políticas públicas” explicou Carlos Vieira, presidente da do banco

Bet da Caixa

O banco voltou a falar sobre o lançamento da casa de apostas online (bet) oficial do governo Lula, que deve ser lançado em 2025, e aguarda a autorização do Ministério da Fazenda.

“Nós já temos preocupação com jogos, e se formos fazer algo com a bet não vai ser menos, vai ser a mais”, disse a presidente da Caixa Loterias, Luciola Aor, a jornalistas após o lançamento da raspadinha.

Em agosto, Vieira chegou a dizer que “a entrada da Caixa no mundo das bets tem um efeito social importante”.

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda

O Ibovespa (IBOV) retomou a linha dos 131 mil pontos à tarde e a manteve no fechamento desta segunda-feira (14), voltando ao nível próximo ao do encerramento da terça-feira passada (8), então aos 131,5 mil pontos. No fechamento, mostrava alta de 0,78%, aos 131.005,25 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 19,3 bilhões.

Já o real teve a melhor performance entre divisas emergentes após notícias sobre medidas do governo para elevar a austeridade fiscal, que começaram a circular no início da tarde e chegaram a levar o câmbio para mínima de R$ 5,56, porque o futuro presidente do Banco Central a partir de 2025, Gabriel Galípolo, reiterou pela manhã o compromisso de buscar o centro da meta de inflação de 3%. O dólar à vista fechou em baixa de 0,58%, a R$ 5,5827.

“Desde o início, o ministro Fernando Haddad vem reforçando essa visão de que a política fiscal e monetária devem trabalhar em harmonia, dois braços do mesmo corpo, como ele sempre cita. E acho que existe bastante clareza, na visão dele, sobre o diagnóstico e o que precisa ser feito, isso está bastante claro na agenda da Fazenda”, afirmou o diretor, em um evento do Itaú BBA, em São Paulo.

E o Lula, Haddad?

Durante o mesmo evento, Haddad reiterou que sua equipe está levantando todas as alternativas técnicas possíveis para a reforma do imposto de renda para apresentar ao presidente da República, Luiz Inácio Lula, mas ressaltou que não há prazo para envio das medidas para o Congresso, o que pode não ocorrer neste ano.

Ele disse que, em conjunto com a equipe do Ministério do Planejamento, estão levantando as deduções do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) por rubrica para determinar quem é favorecido pelas medidas.

Em relação ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Haddad disse que há avaliação sobre dividendos, seguindo os parâmetros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para não haver comprometimento de investimentos ou promoção de injustiça tributária.

“Estamos em uma fase que, se às vezes vaza um documento, a pessoa acha que aquele documento que vazou é a proposta da Fazenda, e isso será um equívoco, porque essa proposta não está configurada. O que nós estamos nesse momento é uma espécie de ida ao Palácio do Planalto para apresentar para o presidente as variáveis que podem ser alteradas para melhor”, disse Haddad.

“Eu não vejo outro caminho para o Brasil que não seja o de calibrar uma trajetória consistente em que a receita cresça acima do PIB e a despesa cresça abaixo do PIB, para reequilibrar as contas públicas num patamar que já foi considerado aceitável por toda a sociedade”, afirmou o ministro.

“A piora da percepção de risco fiscal doméstico vinha mantendo o Ibovespa em modo de correção, e hoje veio uma melhora com a notícia de que o governo deve lançar medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destacando o desempenho das ações cíclicas, com exposição à economia doméstica, favorecidas na sessão pela retração observada na curva de juros.

Assaí e Locaweb sobem

Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque nesta segunda-feira para Assai (ASAI3) (+6,25%), Lwsa (LWSA3) (+5,17%) e Magazine Luiza (MGLU3) (+3,70%). No lado oposto, Prio (PRIO3) (-1,88%), PetroReconcavo (RECV3) (-1,59%) e Brava (BRAV3) (-0,92%). A performance foi favorável em segmentos como o de utilities, com destaque para Eletrobras (ELET3; ELET6) (ON +2,07%, PNB +1,59%)

“A semana passada terminou ruim, com a questão fiscal em pauta. Tivemos mais saída de capital estrangeiro da Bolsa, e a declaração de Lula em isentar o IR para salários até a faixa de R$ 5 mil, aumentar a faixa de isenção para o futuro e aumentar a cobrança para grandes fortunas. Isso fez com que sentíssemos efeitos na curva de juros futuros, que subiu. Mas hoje tivemos falas do Haddad que foram bem recebidas, com queda nos juros futuros fazendo com que o dólar também desse uma acalmada”, diz Hemelin Mendonça, sócia da AVG Capital.

Resta saber se as promessas de Haddad e Galípolo, diante da plateia do mercado financeiro, terão alguma sustentação diante do presidente Lula.

(Com Estadão Conteúdo)

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Embraer e-freighter

As ações da Embraer (ERJ; EMBR3) subiram um degrau no mundo financeiro e agora atingiram um status global, ressalta o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes neste domingo (13).

Os analistas estiveram reunidos por duas semanas nos EUA para um encontro com investidores e CEOs. A impressão é de que, agora, a fabricante de aeronaves brasileira está “jogando nas grandes ligas”.

“A empresa parece ter quebrado a barreira dos investidores dedicados a mercados emergentes/Brasil/Latam, e agora atingiu um nível totalmente novo de investidores: os globais! Claro, com privilégio vem a responsabilidade, e achamos que a empresa precisa colocar em prática o que prega agora”, apontam Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.

Segundo eles, as expectativas são altas, e a avaliação subiu um degrau, mas os lucros de curto prazo e o fluxo de notícias continuam superfortes.

“Há muito tempo argumentamos que, como todas as quatro unidades estão apresentando um desempenho forte (o que é sem precedentes), as ações teriam que ser reavaliadas em algum momento”, pontuam.

Eles destacam que o ritmo de entrega ainda pode incomodar alguns investidores, pois a indústria global de aviação continua sofrendo com a capacidade de produção restrita, levando a cronogramas de entrega atrasados.

“Pelo menos nessa frente, achamos que a Embraer está olhando à frente da concorrência e sustentando as entregas em um setor restrito”, opinam. A recomendação é de compra das ações.

Cargueiro da Embraer

A Embraer informou na semana passada que o E-Freighter E190F, jato de passageiros convertido para cargueiro, foi certificado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).

A aeronave e o Sistema de Carregamento de Carga, desenvolvidos pela U.S. Cargo Systems, receberam a certificação da FAA em setembro de 2024. Em julho, o E-Freighter foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e a certificação da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) está prevista até o fim do ano.

O jato foi desenvolvido para preencher uma lacuna no mercado de transporte aéreo de cargas, se tornando uma alternativa de substituição de aeronaves mais antigas e menos eficientes. 

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Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, durante visita ao Brasil em 2019

O Procurador-Geral da Ucrânia, Andriy Kostin, pediu nesta segunda-feira (14) que o Brasil prenda o presidente da Rússia, Vladimir Putin, caso ele decida comparecer à reunião do G20 que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

“Se Putin ousar viajar ao Brasil para a cúpula do #G20, é obrigação das autoridades brasileiras, como um estado parte do Estatuto de Roma, prendê-lo”, afirmou Kostin em uma postagem no X.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia emitiu um mandado de prisão contra Putin em março de 2023, cerca de um ano após a invasão da Ucrânia, acusando-o do crime de guerra de deportação de crianças.

“Espero sinceramente que, caso tal visita ocorra, o Brasil execute o mandado de prisão do TPI, reafirmando seu status como uma democracia e um estado governado pelo império da lei”, destacou Kostin.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou hoje a sua participação da 16ª Cúpula do Brics, que acontecerá em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro.

Acompanhado de uma delegação ministerial, o presidente será recepcionado com uma cerimônia de boas-vindas no dia 22, seguida de um jantar oferecido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.

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Fernando Melgarejo Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras (PETR3; PETR4), Fernando Melgarejo, informou que a empresa está revendo o caixa mínimo de US$ 8 bilhões no seu próximo Plano Estratégico 2025-29, que será divulgado no final de novembro, mas não deu detalhes. De acordo com o executivo, a política de dividendos não será alterada.

“O caixa mínimo de US$ 8 bilhões está sendo discutido, pode ser que varie”, disse Melgarejo a jornalistas nesta segunda-feira, 14.

“Gosto de trabalhar com caixa mínimo, o que a gente entender que é excesso vira dividendo extra”, disse o executivo, confirmando a divulgação do resultado da empresa referente ao terceiro trimestre no dia 7 de novembro e a reunião com analistas no dia 8.

Dividendos ou produção

Segundo ele, o pagamento de dividendos extraordinários está sendo avaliado em linha com o Plano Estratégico, que apesar de não estar fechado deve trazer as ambições da estatal para aumentar a produção de petróleo e gás.

“O que a gente espera daqui para frente, e com uma frase que eu gosto muito da presidente, é que cada gota de óleo é importante para a gente – obviamente, se tiver criação de valor para o nosso acionista”, afirmou o executivo.

Ele destacou ainda, que a Petrobras tem atualmente 16 analistas que acompanham a companhia, sendo 13 com indicação de compra das ações.

“É a melhor posição desde janeiro de 2021, ou seja, há quase quatro anos. Associado a isso, a gente fez uma emissão de bonds, fazia um ano e meio que a gente estava sem emissão, fizemos uma emissão de cerca de US$ 1 bilhão e tivemos uma oferta de quase US$ 3 bilhões”, destacou.

(Com Estadão Conteúdo)

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Cartões Estresse Finanças, compra

Imagine a seguinte história: Marta foi à loja de roupas mais concorrida do shopping de sua cidade e comprou uma peça de roupa por R$ 50. Eduarda, dez minutos depois, entrou na mesma loja e fez a compra de uma peça de roupa idêntica à comprada por Marta, também por R$ 50.

Uma não conhece a outra e ambas fizeram a mesma compra, da mesma peça, pelo mesmo valor, na mesma loja e quase que, ao mesmo tempo. Pergunta-se: qual dessas duas compras valeu mais a pena? Onde os R$ 50 foram mais bem gastos? É impossível saber, somente com esses dados.

Vamos então acrescentar algumas informações para responder a essa pergunta. Horas antes, Marta havia acabado de brigar com uma amiga. Foi uma discussão hostil, no ambiente de trabalho, que deixou Marta desgastada psicologicamente. Então, ela resolveu ir ao shopping – já que passa em frente dele todo dia, no percurso casa-trabalho-casa – a fim de comprar alguma coisa para “espairecer” e tentar amenizar o excessivo consumo de energia emocional existente em decorrência da briga.

Já Eduarda não. Horas antes, Eduarda havia recebido a ótima notícia de que havia sido promovida no emprego em que trabalha. Curiosamente, Eduarda trabalha numa empresa cuja sede fica do outro lado da rua onde Marta trabalha. Feliz com a notícia, resultado de meses de esforços e dedicação, ela resolveu celebrar essa conquista e, tendo em vista que também está disciplinada financeiramente, resolveu se dar esse pequeno luxo, essa pequena recompensa.

Onde essa peça de roupa tende a durar mais e trazer mais satisfação: no guarda-roupa de Marta, a triste, ou no guarda-roupa de Eduarda, a alegre? Qual compra tem mais chances de ser duradoura? Para bom entendedor, meia palavra basta.

Consumo consciente, vida plena

No dia-a-dia, são diversas as situações em que nos comportamos ora como Marta, ora como Eduarda. Nossas decisões de consumo, muitas vezes, têm comportamentos muito mais parecidos com o de Marta do que com o de Eduarda. Traduzindo: quem tem uma vida financeira enrolada e cheia de dívidas para quitar é porque, dentre outros motivos, gasta mais do que ganha. E, geralmente, faz isso porque faz compras para compensar necessidades emocionais, espirituais e psicológicas.

Engraçado como tentamos compensar necessidades espirituais com bens físicos, materiais. E, com isso, não só comprometemos nossa vida financeira, como também acabamos não valorizando aquilo que trazemos para casa em sacolas recheadas de compras no shopping. Uma compra como prêmio, como recompensa, evidentemente, tem muito mais chances de “durar mais”, não só porque ela é feita num momento emocional positivo, isto é, de conquista, como também porque é resultado de um prévio esforço anterior, seja ele uma conquista profissional ou pessoal.

Esse deve ser o prêmio por boas escolhas financeiras: dinheiro é útil enquanto é gasto. Nada mais justo do que gastá-lo como forma de recompensar algum desafio do qual nos saímos vencedores. Permitir-se a prática de “pequenos luxos” não tem nada a ver com levar uma vida de ostentação ou da incorporação do slogan “eu mereço”, mas sim com a ideia de aproveitar aquilo para o qual você tanto se esforçou e lutou para conseguir. Uma compra como recompensa deve ser a consequência do merecimento e não a sua causa.

Compra da razão versus emoção

As compras que compensam frustrações emocionais não duram muito tempo. São más compras, principalmente porque são realizadas no momento em que a pessoa não é levada a agir com razão, mas sim com emoção – e emoções negativas, diga-se de passagem, como raiva, stress, sentimento de derrota etc.

Já as compras que recompensam vitórias e conquistas duram muito mais tempo. São ótimas compras porque são realizadas no momento em que a pessoa é levada a agir não com emoção, mas sim com razão. Há uma escolha racional decorrente de uma emoção positiva, e isso faz toda a diferença na hora de valorizar as boas compras.

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Muito se diz que vivemos numa constante tensão entre compras de “necessidades” e compras de “desejos”, devendo-se priorizar a compra de bens que representam “necessidades”. Concordo com essa proposição, já que os fundamentos da bancarrota financeira passam necessariamente pela compra desequilibrada de supérfluos. No entanto, creio existir uma exceção a essa regra – e que, na verdade, acaba confirmando a regra: são os momentos em que as compras representam “recompensas”.

Ter tirado nota 10 em uma prova é ou não é motivo suficiente para abdicar – temporariamente, claro – daquela dieta rigorosa e se dar ao luxo de comer um pedaço suculento de torta “floresta alemã” daquela padaria da esquina? Eu acho que é motivo, sim! Não se trata de uma necessidade, mas de um desejo. Ora, quando se percebe a conquista de um objetivo na vida, seja ele qual for, nada mais justo do que abrir uma exceção e se dar essa recompensa de presente.

Você fez economia durante 4 meses, quitou suas dívidas, saiu dos financiamentos e zerou os problemas com os credores. Também já está seguindo um plano de independência financeira e fazendo investimentos com consciência. Que tal fazer uma “loucurinha” e jantar sábado à noite naquele restaurante ultra-super-hiper badalado e escolher um prato bem bacana? Se for para celebrar as conquistas do reequilíbrio financeiro, vá em frente.

Afinal, as recompensas funcionam como lembretes de que você é capaz de superar desafios e enfrentar etapas ainda mais elevadas. Elas também são meios bastante eficazes de elevar sua autoestima, renovar sua energia para as próximas missões e preencher sua vida com memórias que valerão a pena serem curtidas. Porque se tem alguma coisa na vida cujo significado não se transforma com o decorrer do tempo, essa coisa se chama prêmio. Abandone o hábito das compras para compensar algo e transforme-as em compras para recompensar algo. E viva uma vida muito melhor!

É isso aí! Um grande abraço e que Deus os abençoe!

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Marcopolo

O time de análise da XP Investimentos encontrou um novo preço-alvo de R$ 11,50 para o final de 2025 para as ações da Marcopolo (POMO4), com a recomendação de compra, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (14).

O analista Lucas Laghi, que assina o relatório, reiterou a ação como a “top-pick” do setor de bens de capital.

“Acreditamos que a POMO4 é uma tese de investimento rara que preenche todos os requisitos”, opina.

4 pontos para comprar a Marcopolo

1 – níveis de valuation atrativos (P/L 2025 de 6,4 vezes vs. um múltiplo justo de 9-10 vezes e níveis históricos de aproximadamente 13 vezes); 

2 – forte momento de resultados, apoiado pela demanda reprimida de ônibus rodoviários e sólido desempenho de volumes em todas as divisões;

3 – melhores dividend yields, que mitigam o risco de uma não-reavaliação dos múltiplos (yields 2025-26E de 9 a 10%); e 

4 – fatores técnicos, com o aumento da liquidez permitindo que novos investidores se aprofundem na história. Segundo a XP, o volume médio negociado por dia de cerca de R$ 77 milhões é um nível acima de um “limite mínimo de liquidez. “Por fim, se a ação for eventualmente incluída no Ibovespa (IBOV), o fluxo adicional poderá aumentar o interesse pelo nome”, pontua o relatório.

“Por fim, enquanto muitos nos questionam se a Marcopolo está em seu “pico de ciclo”, acreditamos que há uma margem de segurança de valuation, com os preços atuais das ações precificando um cenário que não vemos como justo”, ressalta Laghi.

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Natura

A Natura (NTCO3) é a empresa que mais tem sofrido revisões para baixo nos lucros estimados para 2025 por parte dos analistas do mercado, mostra um levantamento do banco Safra com dados da Bloomberg.

Segundo o documento, considerando as ações listadas no IBRX-100 (IBXX), a empresa está na pior posição, com uma projeção 55,7% menor. Por outro lado, a que mais tem recebido revisões para cima é a Vibra (VBBR3), com 13,9%.

Em uma avaliação publicada nesta segunda-feira (14), o BTG Pactual pontuou que os investidores estrangeiros estão em um modo de “esperar para ver” com a Natura, devido ao processo de Chapter 11 da Avon.

“As estimativas do consenso para 2024 indicam revisões para cima no lucro, em especial nos setores de Alimentos e Bebidas (por conta de custos controlados e demanda crescente), Shoppings (com revisões positivas de resultados para Allos (ALOS3) e Multiplan (MULT3)) e Saúde (melhora nos índices de sinistralidade, menores perdas de beneficiários para as operadoras de saúde e aumento na taxa de ocupação dos hospitais)”, opinam os analistas do Safra.

Expectativas para a Natura

Em um relatório do dia 7 de outubro, a XP Investimentos ressaltou que a Natura poderá apresentar resultados “sólidos” no terceiro trimestre de 2024, “com dinâmicas de receita acelerando, enquanto a América Latina Hispânica deve apresentar impactos do início da Onda 2 no México”.

Vale ressaltar, contudo, que dado o processo de Chapter 11 da API, a Avon Internacional deverá ser descontinuada, e, portanto, as estimativas consideram apenas os resultados operacionais.

“Incorporamos os resultados da Avon International na receita de participação acionária durante todo o trimestre e não estimamos quaisquer potenciais itens não recorrentes resultantes do processo da API devido à visibilidade limitada, embora acreditamos que esses possam surgir durante o trimestre”, destaca o relatório assinado por Danniela Eiger.

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Faria Lima, BC

A sensibilidade do Banco Central do Brasil (BCB) às expectativas do mercado financeiro, capturadas pelo relatório semanal Focus, tem sido um fator determinante e “bastante sensível” nas suas decisões sobre a taxa de juros, a Selic, avalia o Banco Safra em um relatório enviado a clientes. Conforme a análise, a incerteza criada sobre as ‘regras’ da política monetária pode reduzir a sua efetividade.

“Regras de política monetária são instrumento crítico para que a autoridade monetária guie as expectativas do setor privado, mesmo que elas não sejam anunciadas explicitamente ou seguidas de forma rígida”, aponta o time de economistas que produziu o relatório Política Monetária – Regras e Choques”.

O Focus, produzido com base nas previsões de economistas e analistas do setor financeiro, principalmente da Faria Lima, oferece uma visão de consenso sobre as expectativas futuras para a inflação, o crescimento do PIB e outras variáveis macroeconômicas. O BC, então, utiliza essas previsões como um insumo importante em sua política monetária, influenciando o timing e a magnitude de ajustes na Selic.

O uso dessas expectativas nas decisões do BC é evidenciado ao comparar a trajetória da Selic com a aplicação de regras monetárias como a regra de Taylor. Ela considera dois fatores principais: a diferença entre a inflação real e a meta de inflação, e a diferença entre o PIB real e o PIB potencial. A regra sugere que os juros devem subir quando a inflação está acima da meta ou quando a economia cresce acima do potencial, e cair em situações opostas, ajudando a equilibrar inflação e crescimento econômico.

Focus ou Taylor?

Durante o período pós-2019, a Selic se manteve abaixo da regra de Taylor por vários meses, apesar da recuperação econômica e do aumento da inflação global. Isso pode ser explicado pelas expectativas capturadas pelo Focus, que refletiam incertezas em relação à força da retomada econômica, particularmente antes da ampla distribuição de vacinas e do fim das restrições sociais.

Um gráfico do relatório do Safra demonstra como a Selic divergiu da regra de Taylor, que indicava taxas de juros mais altas durante a pandemia e no início da recuperação econômica.

A manutenção de uma Selic abaixo dos valores sugeridos por essa regra pode ter sido uma resposta à percepção do mercado de que o choque inflacionário global seria temporário e de que a economia brasileira ainda estava fragilizada. Nesse cenário, o BCB ajustou sua política monetária não apenas com base nas condições presentes, mas também com uma visão prospectiva informada pelas expectativas de mercado.

Trajetórias da Selic e de Possíveis Regras de Política Monetária Aplicadas ao Brasil

Selic Taylor
(Fonte: ANBIMA, IBGE e Banco Safra)

A partir de 2022, no entanto, a Selic passou a ficar consistentemente acima do valor prescrito pela regra de Taylor. Esse movimento pode ser interpretado como uma tentativa de compensar a postura anterior, que manteve os juros baixos por um período prolongado, ou como resultado de uma piora nas expectativas econômicas, particularmente no campo fiscal. A deterioração das contas públicas e a percepção de maior risco fiscal capturada pelo Focus teriam levado o Banco Central a adotar uma postura mais conservadora, elevando a Selic para níveis superiores aos recomendados pelas regras monetárias tradicionais.

Um pouco aqui, um pouco ali

Os choques monetários decorrentes dessas decisões podem ter contribuído significativamente para a queda da inflação observada a partir de 2022. Segundo estimativas baseadas em um modelo de autorregressão vetorial (VAR), até um quarto da queda da inflação, que passou de 12,1% em abril de 2022 para 4,2% em agosto de 2024, pode ser atribuída a choques monetários implementados pelo BCB. Esses choques foram impulsionados pela aderência parcial a regras de política monetária e pelas expectativas capturadas no relatório Focus.

O modelo VAR utilizado na análise sugere que, quando a Selic se desvia da trajetória prescrita pela regra de Taylor ou por regras baseadas apenas na inflação, há um impacto direto sobre a inflação e o PIB nos trimestres seguintes. O estudo indica que choques estruturais de política monetária elevam a taxa de inflação nos dois primeiros trimestres, antes de começar a reduzi-la a partir do quarto trimestre. Esse padrão é consistente com o comportamento da Selic nos últimos anos, quando o Banco Central enfrentou pressões inflacionárias globais e domésticas, ajustando a política monetária de forma reativa.

Resposta ao Impulso do Choque Monetário (%, horizonte em trimestres)

Selic Taylor 2
(Fonte: Banco Safra)

Sensível ao mercado

A sensibilidade do BCB às expectativas capturadas pelo Focus também fica evidente na forma como a instituição comunica suas decisões. O Banco Central frequentemente reafirma seu compromisso com a convergência da inflação para a meta estabelecida e utiliza as projeções do mercado como uma referência importante para a calibração da política monetária.

“O BCB, por exemplo, dá grande destaque às projeções de inflação do Focus como elemento de suas decisões, não se limitando a observar a inflação corrente, como no caso das duas regras discutidas aqui. Verifica-se, de fato, que o “modelo do BC” obtido da divulgação que a instituição faz do modelo usado em suas decisões é bastante sensível a variações nas expectativas capturadas pelo Focus”, analisa o Safra.

De acordo com o Safra, o desvio da Selic observada em relação àquela determinada com preponderância do Focus pode ser menor do que aquele estimado usando, por exemplo, a regra de Taylor.

“Por outro lado, uma eventual mudança na regra do BCB, maior ou menor rigor em avaliar certos riscos, ou uma sinalização de disposição de se desviar mais ou menos dessa regra também poderia ser interpretada como um choque, tornando a discussão mais ambígua”, explicam os economistas.

Regras desconhecidas

Segundo o banco, apesar da popularidade de se associar a potência da política monetária à intensidade do impacto sobre o PIB ou a inflação, é provável que o maior sucesso da política monetária se deva ao entendimento pelos agentes econômicos da regra de política monetária adotada pela autoridade monetária e não de surpresa ao longo do caminho.

“Na ausência de uma regra conhecida, é comum o BCB anunciar seus objetivos e afirmar seu comprometimento em alcançá-los, indicando algumas variáveis que entram na sua eventual função de reação. No caso do BCB, essa afirmativa tem sido constante no que tange à convergência da inflação para a meta sobre um horizonte relevante, assim como a incorporação na sua função de reação das expectativas de mercado capturadas na pesquisa Focus, conforme os modelos de projeção de inflação disponibilizados pela instituição”, conclui o time de economistas do Safra.

Manipulação?

Talvez sabendo dessa “Focus dependência” do BC, há um debate sobre um “suposto movimento coordenado” de alguns gestores para manipular as expectativas e, por conseguinte, a autoridade monetária.

“O mercado financeiro forma grupos que se organizam para “ajustar” o Relatório Focus e influenciar as decisões do Banco Central. É tudo combinado. Eles já sabem o que fazer. Essa é a grande farsa que ninguém expõe”, disse um gestor recentemente durante um evento em São Paulo.

“Aqui, quem controla os juros de curto prazo é o Relatório Focus e esses grupos que fazem as combinações”, pontua.

As afirmações, trazidas pelo Dinheirama, ecoaram no mundo político. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ressaltou que a denúncia é “gravíssima”.

“Gravíssima a nova denúncia de que o relatório Focus, do BC, é manipulado pelos agentes do mercado financeiro”, disse a deputada em uma rede social.

O texto do PT lembra que, anteriormente, uma denúncia feita pelo economista Eduardo Moreira, do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), motivou o Ministério Público (MP) a entrar com uma representação interna, junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), para a “adoção das medidas necessárias a identificar eventuais desvios de finalidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na definição da taxa Selic”.

O TCU, contudo, afirmou que não compete ao Tribunal apreciar o mérito das decisões proferidas pelo Copom, mas que a avaliação da 255ª Ata “permitiu concluir que o processo de definição da taxa de juros Selic é colegiado, motivado, transparente, fundamentado em argumentos técnicos e sem qualquer evidência de ocorrência de desvio de finalidade por parte dos membros do Comitê”.

Além disso, destacou que as projeções de mercado contidas no Boletim Focus são apenas um dos subsídios utilizados para a decisão do Copom, entre diversas outras análises técnicas realizadas.

O que diz o Banco Central?

Questionado sobre o assunto pelo Dinheirama, o Banco Central não forneceu qualquer resposta.

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Polícia Federal (PF)

O Banco Central informou nesta segunda-feira (14) que, em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), irá “intensificar suas ações de permanente vigilância para prevenir e reprimir qualquer utilização ilícita de saque, notadamente no segundo turno das eleições, no próximo dia 27 de outubro”.

Segundo a autoridade monetária, o anúncio veio como consequência das apreensões de montantes vultosos de numerários em espécie, por suspeita de compra de votos em período que antecedeu o primeiro turno das eleições deste ano,

O BC lembra que, conforme normativos vigentes, saques de pessoas físicas e jurídicas em agências bancárias acima de R$ 50 mil necessitam de comunicação prévia e formal do cliente, com 72 horas de antecedência, bem como identificação de todas as características da transação do saque, como, por exemplo, a finalidade a que se destina.

“Todas essas movimentações continuarão a ser obrigatoriamente objeto de comunicação prévia dos bancos às autoridades competentes”, mostra a nota conjunta.

Segundo a PF, as apreensões chegaram a R$ 1.881.618,28 (sendo R$ 597.975,50 em espécie) e o total de bens e valores apreendidos em 2024: R$ 50,4 milhões (R$ 21,8 milhões em espécie).

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Cemig

A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o rating da Cemig (CMIG4) na escala nacional para “AAA”, a nota máxima da classificação. A decisão reflete a forte posição de liquidez da empresa, a melhora em sua estrutura de capital e a gestão eficiente de suas operações.  Os IDRs de Longo Prazo em moedas estrangeira e local foram reafirmados em “BB”. A perspectiva é estável.

A Fitch destacou a capacidade da Cemig em reduzir sua alavancagem e manter fluxos de caixa sólidos, mesmo em um ambiente de pressão inflacionária e aumento de custos energéticos.

Com esse upgrade, a Cemig reafirma sua capacidade de pagamento no longo prazo, além de reforçar sua posição entre as principais companhias do setor energético brasileiro. A elevação do rating também se baseia em um histórico de melhorias na governança corporativa da empresa, com medidas que buscam aumentar a transparência e a eficiência operacional.

Entre os fatores que contribuíram para essa melhora está a capacidade da Cemig de renegociar dívidas e otimizar seus investimentos, garantindo maior previsibilidade nos retornos e na manutenção da qualidade dos serviços prestados. A Fitch elogiou ainda o fato de a empresa ter diversificado suas fontes de receita, tanto no setor de geração quanto de distribuição de energia, reduzindo a exposição a riscos setoriais.

“O grupo se beneficiou do incremento do Ebitda no segmento de distribuição de energia e de vendas de ativos para melhorar a liquidez, em face do esperado pagamento dos eurobônus com vencimento em dezembro de 2024, bem como para preparar sua estrutura de capital para suportar um forte programa de investimentos”, escreveu o diretor Wellington Senter, que assina a análise.

Outro ponto importante que influenciou a decisão foi o ambiente regulatório no Brasil, que, segundo a Fitch, oferece certa estabilidade às concessionárias de energia, permitindo um planejamento mais assertivo das operações e investimentos. A Cemig tem conseguido se beneficiar desse cenário, aproveitando a previsibilidade das tarifas reguladas para assegurar uma performance financeira mais robusta.

A agência também pontuou que a empresa tem apresentado melhorias significativas em termos de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental. Essas ações são vistas como essenciais para o fortalecimento de sua reputação e para garantir a continuidade de seu crescimento a longo prazo.

Mesmo com a melhoria no rating nacional, o rating global da Cemig foi mantido em “BB”, refletindo os desafios macroeconômicos do Brasil, como o ambiente inflacionário e o risco político. No entanto, a Fitch indicou que a companhia está bem posicionada para enfrentar esses desafios, devido à sua capacidade de adaptação e gestão eficiente.

Os resultados operacionais da Cemig, com geração de fluxo de caixa operacional consistente, também foram um fator-chave para a revisão do rating. A empresa tem se mantido resiliente frente à volatilidade do mercado energético, demonstrando uma capacidade sólida de enfrentar pressões financeiras.

Veja a análise da Fitch sobre a Cemig

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A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75% pela segunda semana consecutiva, indicando uma consolidação na expectativa do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5 ponto porcentual nas suas duas próximas reuniões, em novembro e dezembro.

Um mês atrás, a estimativa intermediária estava em 11,25%. Considerando apenas as 50 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa também se manteve em 11,75% na última semana.

A mediana para os juros no fim de 2025 subiu de 10,75% para 11%, contra 10,50% um mês atrás, sinalizando que o mercado vê menos espaço para cortes na Selic ao longo do próximo ano. Levando em conta apenas as 49 projeções atualizadas entre as últimas segunda e sexta-feira, a estimativa ficou em 10,75%.

A mediana para os juros no fim de 2026 continuou em 9,50%, como está há sete semanas. A projeção para o fim de 2027 seguiu em 9%, estável há 21 semanas.

Inflação

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2024 oscilou de 4,38% para 4,39%, em alta pela segunda semana seguida e aproximando-se ainda mais do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, ela estava em 4,35%. Considerando apenas as 58 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária passou de 4,40% para 4,45%.

Na última quarta-feira, 9, o IBGE informou que o IPCA avançou 0,44% em setembro – pouco abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,45% – e atingiu 4,42% em 12 meses. Economistas mencionaram uma preocupação com a dinâmica dos preços de alimentos, devido ao impacto de eventos climáticos.

A mediana para a inflação de 2025 oscilou de 3,97% para 3,96%, mais próxima do limite superior do alvo, de 4,50%, do que do centro, de 3%. A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido a meta.

Considerando as 58 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2025 passou de 3,92% para 3,94%.

As medianas para os horizontes mais longos permaneceram descoladas da meta, em 3,60% para 2026 e 3,50% para 2027. O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária, no cenário com a taxa Selic do relatório Focus e dólar começando em R$ 5,60 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).

Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,30% e desacelere a 3,70% em 2025.

Projeção suavizada

A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses passou de 3,92% para 3,96%. Um mês atrás, era de 4,05%. Essa medida ganhou importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.

O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, será considerado que o Banco Central descumpriu o alvo.

A meta continua tendo como centro 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Ela pode ser alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por iniciativa do ministro da Fazenda, mas é necessário aguardar um prazo de 36 meses para que uma mudança tenha efeito.

As medianas de inflação de curto prazo no relatório Focus mostram que o mercado espera um IPCA total de 1,07% no quarto trimestre deste ano. A estimativa intermediária para outubro passou de 0,35% para 0,40%, contra 0,31% um mês atrás; enquanto a mediana para novembro se manteve em 0,20%, ante 0,22% quatro semanas antes. Nesta segunda, o Banco Central também passou a divulgar a mediana para dezembro, que está em 0,47%. Um mês antes, ela era de 0,45%.

PIB

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 cresceu de 3,0% para 3,01%, contra 2,96% um mês atrás. Considerando penas as 36 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 3,03% para 3,07%.

A estimativa intermediária para 2025 se manteve em 1,93%. Um mês antes, era de 1,90%. Levando em conta apenas as 36 projeções atualizadas entre as últimas segunda e sexta-feira, passou de 1,91% para 1,97%.

Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 62 e 64 semanas, respectivamente.

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro ampliou a projeção do Banco Central para o crescimento do PIB deste ano, de 2,3% para 3,2%.

Veja o relatório Focus

(Com Estadão Conteúdo)

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Enel

Ao menos 537 mil moradores da Grande São Paulo continuam sem luz, de acordo com boletim atualizado pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta segunda-feira, 14, no quarto dia após o temporal que deixou vários pontos da região sem luz elétrica. A companhia afirma que na capital paulista ainda são cerca de 354 mil clientes impactados.

A empresa não deu previsão para restabelecimento total do fornecimento. Apenas informou que equipes de outras regiões do País estão colaborando com a situação. “As equipes em campo receberam reforço do Rio de Janeiro e do Ceará e de outras distribuidoras”, sem detalhar quais são as distribuidoras e a quantidade do efetivo.

Barraco no X e apagão: Nunes, Boulos e Silveira trocam farpas

Até as 5h40 desta segunda-feira, segundo a Enel, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após o temporal com ventania registrado na noite de sexta-feira, 11, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

Entre os municípios mais afetados pela falta de luz estão:

– Capital paulista: 354 mil

– Cotia: 36,9mil

– Taboão da Serra: 32,7 mil

– São Bernardo do Campo: 28,1 mil

Em São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a distribuidora de energia elétrica Enel. A falta de luz tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio.

No domingo, 13, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, disse que considera a reação da Enel ao apagão aquém das expectativas. Na avaliação da agência, os trabalhos de atendimento à população foram, inclusive, mais lentos do que no blecaute de novembro do ano passado, quando mais de 2 milhões de clientes também ficaram no escuro.

Enel e os furacões

Além de aumentar o efetivo, a Enel anunciou que irá elevar os investimentos na rede de distribuição para R$ 2 bilhões por ano nos próximos dois anos.

“O investimento está indo para a tecnologia da rede, que evita termos que ir a campo restabelecer um cliente. Por ter tecnologia na rede, conseguimos isolar a região para impactar menos clientes. Também é importante para detectar as falhas na rede”, afirmou o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, durante a reunião com a agência reguladora no domingo. Ele citou ainda “gastos relevantes” em relação a podas de árvores.

“A gente está caminhando para ter furacões no Brasil e a gente precisa ter políticas. A forma de estar mais bem preparado é poder contar com a infraestrutura que já existe de outras empresas”, declarou o líder da Enel.

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Energisa

As ações da Energisa (ENGI11) foram incluídas na carteira recomendada mensal do Banrisul, mostra um relatório enviado a clientes. Os ativos do Alibaba (BABA34) abriram espaço para a entrada da empresa do setor elétrico.

Segundo o analista Guilherme Volcato, a empresa distribui energia elétrica por todas as regiões do Brasil e integra um setor tradicional, com demanda inelástica e reposição pela inflação.

“Possui como fator de risco a seca que assola grande parte do país, mas que não chega a inviabilizar o seu negócio. Fazia tempo que não tínhamos uma empresa deste segmento”, pontua.

Volcato lembra que, diferentemente da Light (LIGT3), última do setor em seu portfólio, a Energisa não possui graves problemas operacionais que coloquem suas concessões em risco.

“Assim, pode ser uma boa opção para investidores que focam em dividendos. Em condições normais, os melhores segmentos para este público alvo investir são: energia elétrica, bancos e saneamento”, destaca.

Análise gráfica mensal da Energisa

Energisa
(Imagem: Banrisul)

Para Volcato, o ativo está em tendência de alta no longo-prazo.

“O candle de janeiro/24 foi interessante: ele ao mesmo tempo renovou a máxima-histórica e sinalizou um movimento de reversão, que pode levar a um teste da LTA (atualmente nos R$ 40)”, destaca.

Ele explica que as ações da Energisa possuem um gap aberto (gráfico diário) próximo dos R$ 30 (logo no início da pandemia).

“No entanto, seu eventual fechamento só ocorreria num improvável cenário caótico. Embora as Small Caps estejam sofrendo muito, os Índices setoriais que esta empresa integra (IDIV, UTIL e IEEX) têm performado melhor que o Ibovespa, uma vez que possuem baixa sensibilidade às taxas de juros”, ressalta.

Por fim, Volcato explica que, diferentemente das demais indicações, o objetivo não é buscar ganhos exponenciais, mas proteger o portfólio num momento de tanta incerteza no Brasil.

“Ao mesmo tempo, colocamos uma alternativa que pode ser atrativa para investidores com perfil ‘menos’ arrojado e ter uma opção de troca caso no futuro outras alternativas mais voláteis apresentem desvalorização (muito) superior”, diz.

Veja a carteira recomendada

Carteira 68186
(Imagem: Banrisul)
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Weg Transformadores, Ibovespa

O time de análise do BTG Pactual, após uma reunião com investidores em Nova York, declarou que os “Weg-lovers” estão em todos os lugares que você olha, mostra um relatório enviado a clientes neste domingo (13).

“É surpreendente como ela continua sendo uma ação muito possuída e muito amada entre investidores estrangeiros”, explicam Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.

Segundo eles, a maioria dos acionistas parece surpresa com o desempenho de longa data da Weg (WEGE3) e impressionada com sua capacidade de navegar na tempestuosa economia global para continuar crescendo adequadamente.

“Sentimos que os investidores estrangeiros estão tão entusiasmados com a exposição da Weg ao mercado de infraestrutura de energia dos EUA quanto os investidores brasileiros, especialmente quando se trata de transformadores”, ressaltam.

Eles citaram o “WEG Day” da semana passada, que transmitiu a mensagem de que esse tipo de produto agora faz parte do negócio principal da empresa, juntamente com os motores elétricos de baixa tensão.

“Nesse sentido, expandir sua capacidade de fabricação nos EUA por meio da aquisição dos ativos da Regal Rexnord foi superestratégico”, pontuam Marquiori e Recchia.

Apresentação do Weg Day

Durante o Weg Day realizado no dia 4 de outubro na sede da empresa em Jaraguá do Sul/SC, os diretores Rodrigo Fumo e João Paulo Gualberto apresentaram as estratégias para motores industriais e alternadores. Além disso, a manhã também contou com a participação do André Rodrigues, CFO, e Alberto Kuba, CEO, que apresentaram atualizações financeiras e as perspectivas da companhia. 

“Nosso compromisso é seguir desenvolvendo produtos tecnológicos, buscando a excelência operacional e mantendo a confiança de nossos investidores, sempre com um olhar para o futuro, e este encontro é um momento ideal para isso”, afirma André Menegueti Salgueiro, Diretor de Finanças e Relações com Investidores.

Transformadores

Em setembro, a Weg anunciou um plano de investimentos de aproximadamente R$ 543 milhões para aumentar a capacidade de produção de transformadores no Brasil. Os investimentos serão realizados ao longo dos próximos dois anos em unidades fabris localizadas em Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Em Minas Gerais, a companhia investirá aproximadamente R$ 370 milhões, ampliando em quase 24.000 m² a sua fábrica de transformadores de potência localizada no município de Betim.  Após a finalização deste investimento, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2026, o parque fabril de Betim passará a ter 75.000 m² de área construída.

No Rio Grande do Sul, a fábrica localizada no município de Gravataí receberá investimento de aproximadamente R$ 128 milhões para aumentar a capacidade de produção de transformadores de potência para classes de tensão até 230 kV. A conclusão está prevista para o último trimestre de 2026, com aumento da capacidade fabril e acréscimo de 7.300 m² na área construída. Esta ampliação permitirá atender a demanda das concessionárias de energia elétrica do Brasil e países vizinhos.

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China

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, com as da China garantindo robustos ganhos após o ministro de Finanças local dizer no fim de semana que mais estímulos serão necessários para impulsionar a segunda maior economia do mundo.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 2,07%, a 3.284,32 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto deu um salto ainda maior, de 3,01%, a 1.890,24 pontos.

Em aguardada coletiva de imprensa, o ministro de Finanças da China, Lan Foan, disse no sábado (12) que o governo está considerando formas adicionais de alavancar a economia, mas não deu detalhes de um grande plano de estímulos. Investidores e analistas estavam na expectativa de um plano de até 2 trilhões de yuans, ou cerca de US$ 280 bilhões.

No entanto, segundo analistas, quaisquer expressões de apoio vindas de autoridades em Pequim tendem a impulsionar os preços das ações chinesas, e a “equipe nacional” de grandes empresas estatais e instituições financeiras costuma intervir, por meio de compras de ações, para estabilizar os mercados.

Inflação na China

Com a prevalência do otimismo, dados fracos de inflação da China ficaram em segundo plano. Em setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês registrou avanço anual de 0,4%, o menor em três meses, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) sofreu queda de 2,8%, a maior em seis meses.

Em outras partes da Ásia, o índice sul-coreano Kospi avançou 1,02% em Seul, a 2.623,29 pontos, e o Taiex apresentou modesto ganho de 0,32% em Taiwan, a 22.975,29 pontos. Na contramão, o Hang Seng caiu 0,75% em Hong Kong, a 21.092,87, ao voltar de um feriado. Em Tóquio, não houve negócios hoje devido a um feriado no Japão.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, favorecida pelo bom desempenho de mineradoras e bancos. O S&P/ASX 200 avançou 0,47% em Sydney, a 8.252,80 pontos.

(Com Estadão Conteúdo)

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Enel

A Enel SP atualizou para 660 mil o número de clientes sem o fornecimento de energia elétrica na Capital Paulista e na Região Metropolitana, até às 23h de hoje. É uma redução de 100 mil desde às 14h30.

O desabastecimento acontece após o forte temporal da última sexta-feira, 11, que teve ventos superiores a 100 quilômetros por hora (km/h).

Cerca de 1,4 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. “Seguimos trabalhando para restabelecer o fornecimento”, disse a Enel.

Na capital, cerca de 435 mil casas estão sem energia. Os bairros mais afetados são Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Além da capital, os municípios mais impactados neste momento são: Cotia, com 55 mil clientes sem energia; Taboão da Serra, com 44 mil; e São Bernardo do Campo, com 34 mil.

Atendimento lento

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, afirmou neste domingo (14) que a ação da Enel neste ano ficou aquém das expectativas e foi, inclusive, mais lenta do que no apagão de novembro do ano passado. À época, a empresa levou 24 horas para retomar 60% dos consumidores interrompidos. Esse mesmo patamar foi atingido no evento atual em 42 horas.

Barraco no X e apagão: Nunes, Boulos e Silveira trocam farpas

“Nos preocupa a capacidade de mobilização da empresa neste momento e a velocidade do restabelecimento do serviço”, afirmou Tiago Mesquita, diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), órgão que apoia a Aneel na fiscalização da qualidade do serviço de energia elétrica prestado pelas concessionárias.

De acordo com Mesquita, é possível fazer essa comparação, pois os episódios tiveram impactos semelhantes.

Na Grande São Paulo, área de concessão da Enel, pouco mais de dois milhões de pessoas chegaram a ser impactadas em ambos os eventos. Em 2023, porém, outras regiões do Estado também ficaram sem energia. Hoje, 100% dos clientes das demais distribuidoras estão com o serviço restabelecido, segundo a Aneel.

Guilherme Lencastre, presidente da Enel
Guilherme Lencastre, presidente da Enel: “Estamos caminhando para ter furacões no Brasil” (Imagem: Divulgação/ Enel)

Enel e os furacões

Além de aumentar o efetivo, a Enel anunciou que irá elevar os investimentos na rede de distribuição para R$ 2 bilhões por ano nos próximos dois anos.

“O investimento está indo para a tecnologia da rede, que evita termos que ir a campo restabelecer um cliente. Por ter tecnologia na rede, conseguimos isolar a região para impactar menos clientes. Também é importante para detectar as falhas na rede”, afirmou o presidente da Enel, Guilherme Lencastre. Ele citou ainda “gastos relevantes” em relação a podas de árvores.

“A gente está caminhando para ter furacões no Brasil e a gente precisa ter políticas. A forma de estar mais bem preparado é poder contar com a infraestrutura que já existe de outras empresas”, declarou o líder da Enel.

(Com Estadão Conteúdo)

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Guilherme Lencastre, presidente da Enel

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, afirmou neste domingo (14) que a ação da Enel neste ano ficou aquém das expectativas e foi, inclusive, mais lenta do que no apagão de novembro do ano passado. À época, a empresa levou 24 horas para retomar 60% dos consumidores interrompidos. Esse mesmo patamar foi atingido no evento atual em 42 horas.

Barraco no X e apagão: Nunes, Boulos e Silveira trocam farpas

“Nos preocupa a capacidade de mobilização da empresa neste momento e a velocidade do restabelecimento do serviço”, afirmou Tiago Mesquita, diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), órgão que apoia a Aneel na fiscalização da qualidade do serviço de energia elétrica prestado pelas concessionárias.

De acordo com Mesquita, é possível fazer essa comparação, pois os episódios tiveram impactos semelhantes.

Diretor-Geral da Aneel, Sandoval Feitosa, participa de Formatura Escola de Eletricista
Diretor-Geral da Aneel, Sandoval Feitosa: Enel está mais lenta em 2024 do que em 2023 (Imagem: Michel Jesus / ANEEL)

Na Grande São Paulo, área de concessão da Enel, pouco mais de dois milhões de pessoas chegaram a ser impactadas em ambos os eventos. Em 2023, porém, outras regiões do Estado também ficaram sem energia. Hoje, 100% dos clientes das demais distribuidoras estão com o serviço restabelecido, segundo a Aneel.

Enel e os furacões

Além de aumentar o efetivo, a Enel anunciou que irá elevar os investimentos na rede de distribuição para R$ 2 bilhões por ano nos próximos dois anos.

“O investimento está indo para a tecnologia da rede, que evita termos que ir a campo restabelecer um cliente. Por ter tecnologia na rede, conseguimos isolar a região para impactar menos clientes. Também é importante para detectar as falhas na rede”, afirmou o presidente da Enel, Guilherme Lencastre. Ele citou ainda “gastos relevantes” em relação a podas de árvores.

“A gente está caminhando para ter furacões no Brasil e a gente precisa ter políticas. A forma de estar mais bem preparado é poder contar com a infraestrutura que já existe de outras empresas”, declarou o líder da Enel.

(Com Estadão Conteúdo)

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FIIs Fundos Imobiliários 3 XP Investimentos

O banco Safra revelou a sua carteira recomendada de fundos imobiliários (FIIs) para o mês de outubro com duas mudanças, revela um relatório enviado a clientes.

O portfólio apresentou, em setembro (dia 6), uma variação de -3,33%, contra -5,01% do Índice Ifix (IFIX) nesse mesmo período, gerando um alfa de 1,68 ponto percentual.

Os destaques com desempenho superior ao do índice foram JS Ativos financeiros (JSAF11) (+0,39%), Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) (+0,60%) e Kinea Securities (KNSC11) (-1,09%). Nos últimos 12 meses, a carteira apresenta uma valorização de 5,26% contra uma alta de 1,06% do Ifix, um alfa 4,2 pontos percentuais sobre o índice.

Mudanças nos FIIs

Para o mês de outubro, o Safra reduziu em 2,5 pontos percentuais a exposição a Riza Terrax (RZTR11) e a Kinea
Securities (KNSC11) para elevar a exposição a Kinea Recebíveis Imobiliários (KNCR11).

Os estrategistas Cauê Pinheiro e Nayane Kava acreditam que o KNCR11 capturará melhor o ambiente de juros mais altos no curto prazo, uma vez que 90% de sua carteira é indexada ao CDI.

Além disso, o Safra incluiu o VBI Logístico (LVBI11), que negocia com desconto de 17% para o seu valor patrimonial após a queda recente, um patamar bastante atrativo considerando a qualidade técnica de seus ativos e suas localizações privilegiadas.

FundoCódigoExposição %Dividend Yield Estimado
JS Real EstateJSRE117,50%9,40%
Tivio Renda ImobiliáriaTVRI115%11,90%
TRX Real EstateTRXF1110%11,50%
Riza TerraxRZTR115%13,50%
JS Ativos FinanceirosJSAF1110%12,60%
Bresco Logística FIIBRCO117,50%10%
VBI LogísticoLVBI112,50%10,40%
XP MallsXPML1110%10,30%
Maua RecebiveisMCCI117,50%11,80%
VBI CRCVBI117,50%12,50%
Kinea SecuritiesKNSC115%11%
CSHG Recebíveis ImobiliáriosHGCR1110%11,50%
Kinea Recebíveis ImobiliáriosKNCR117,5%11,40%
Vectis Juros RealVCJR115%12,50%
Dividend Yield da Carteira  11%
Fonte: Banco Safra
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Enel

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), trocaram farpas nas redes sociais neste domingo, em meio a um apagão de energia que atinge clientes da concessionária Enel.

Ainda no sábado, 12, Ricardo Nunes lançou críticas ao governo federal, dizendo que haveria “descaso atrás de descaso com a população de São Paulo. Segundo ele, “milhares de pessoas estão sofrendo e sendo afetadas pelo desserviço da Enel, enquanto o governo federal insiste em manter o contrato com essa empresa ineficiente.”

Neste domingo, Nunes mirou diretamente no ministro Alexandre Silveira. “É lamentável! No dia do apagão, o ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira, falou em durante um evento com o diretor da Enel, em Roma, na Itália, da possibilidade de renovação dos contratos da Enel no Brasil. São Paulo não merece que a Enel continue prestando seus serviços aqui”, criticou.

Alexandre Silveira reagiu também neste domingo. “De olho na herança eleitoral de Pablo Marçal, o @ricardo_nunessp se mostra um excelente aprendiz de malfeitos, ao divulgar fake news. A verdade é que participei de um fórum de debates na Itália com a presença de vários empresários e autoridades brasileiras e italianas”, rebateu o ministro.

Alexandre Silveira afirmou que “não houve qualquer discussão sobre a renovação da concessão da Enel e que “isso não está na mesa, pois o contrato, que os aliados do prefeito assinaram, vai até 2028”.

O ministro ainda criticou Nunes em razão da gestão da poda de árvores da cidade, o que também tem sido enfatizado por Guilherme Boulos (PSOL), adversário do emedebista nas eleições.

“As árvores de SP que caíram em cima das redes de energia também são de responsabilidade do governo federal? O que anda fazendo a Aneel, agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?”, questionou o ministro, que completou: “Prefeito, ainda dá tempo de podar as árvores, antes que o período chuvoso chegue de vez “

Os efeitos da chuva de sexta-feira que deixam milhares de moradores de São Paulo sem luz ainda neste domingo viraram tema de campanha, com Boulos e Nunes trocando farpas e visitando locais afetados.

Concessão da Enel

Como mostrou o Estadão, a pressão pelo fim da concessão da Enel, empresa que opera o serviço elétrico na capital paulista e região metropolitana, uniu o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e até o Ministério de Minas e Energia, do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em meio ao apagão que atinge a capital paulista e chega ao seu terceiro dia neste domingo.

Cabe à Aneel recomendar ao MME a eventual caducidade do contrato de concessão da Enel. A agência reguladora é independente do governo federal e já manifestou que intimará a Enel para haver uma adequação do serviço ao previsto pelo contrato de concessão.

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Carteira Recomendada Ações Ação

A MyCap realizou duas mudanças em sua carteira recomendada de ações semanal para um período com uma tendência de baixa, mostra um relatório enviado a clientes.

Segundo os analistas André Ferreira e Weslley Mesquita, graficamente falando, o mercado segue testando região de suporte em 129.000 e perdendo este, libera queda maior com alvo nos 129.000 e 125.000.

“Com viés de baixa em andamento e curva de juros de longo prazo precificando a Selic em 13,25 em setembro de 2025, mercado só respira antes de voltar acima dos 132.000 com alvo em 135.000”, ressaltam.

Para esta semana, a corretora optou pela troca das ações da Engie (EGIE3) e Embraer (EMBR3) pelos papeis da Lojas Renner (LREN3) e Rede D’Or (RDOR3).

Veja as ações da carteira

Lojas Renner (LREN3) – Papel acionou compra no diário e ficando acima dos R$ 18,50 libera novo tiro de alta com alvo nos R$ 19,00 e R$ 20,65.

Brava (BRAV3) – Ações seguem tentando montar fundo no diário e sugere repique com entrada acima dos R$ 17,50 e alvos para buscar em R$ 18,40 e R$ 19,55.

Bradesco (BBDC4) – Papel tem pivot de alta (padrão altista) montado no diário e sugere repique acima dos R$ 14,80/15,00, ponto que libera uma recuperação maior até os R$ 15,45 e R$ 15,90.

BRF (BRFS3) – Papel segue tentando no semanal em R$ 22,80 e sugere repique com alvos para buscar em R$ 23,00 e R$ 24,30.

Rede D’Or (RDOR3) – Papel sugere fundo na MM21 períodos de semanal com repique acima dos R$ 30,00 e alvos para buscar em R$ 30,85 e R$ 32,35.

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de entrega de novos ônibus escolares do Ministério da Educação para municípios do Ceará no Centro de Eventos do Ceará

Se as eleições gerais de 2026 fossem realizadas hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 32% dos votos, seguido pelo empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), com 18%, e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 15%, em um cenário que não considera o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.

Os indecisos somam 18% e outros 18% dizem que pretendem votar branco ou nulo no próximo pleito presidencial. É o que aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo, 13. Marçal e Tarcísio estão em empate técnico dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais.

O melhor desempenho de Lula é no Nordeste, onde o petista soma 44% das intenções de voto. Tarcísio performa melhor no Sudeste, com 25% de preferência, enquanto Pablo Marçal apresenta seus melhores resultados no Sul, com 23% dos votos, e no centro-oeste, região da qual é natural, com 24% de menções. O Instituto ouviu 2 mil eleitores entre os dias 25 a 29 de setembro, por meio de entrevistas face-a-face em todas as regiões do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Pesquisa Genial
(Imagem: Fonte: Genial/ Quaest)

Marçal em São Paulo

Pablo Marçal, que ganhou visibilidade na disputa pela Prefeitura de São Paulo e ficou em terceiro lugar, é percebido pelo eleitorado como o candidato mais forte na oposição a Lula. Para 15% dos entrevistados, o ex-coach é o nome mais apto a concorrer contra o petista. Ele está em empate técnico com Tarcísio, avaliado por 13% dos ouvidos como o candidato de oposição mais forte, e de Michelle Bolsonaro, tida por 12% como o nome mais competitivo contra Lula.

A avaliação de Marçal como um candidato de oposição competitivo é compartilhada tanto por quem votou em Lula no pleito de 2022 quanto entre os que votaram em Bolsonaro naquela ocasião.

Entre os que votaram em Lula, o influenciador é tido como o nome mais competitivo contra o presidente por 9%; entre os bolsonaristas, a percepção do empresário como o nome de oposição mais forte para a eleição presidencial de 2026 soma 22%.

Minutos após o fim da apuração das urnas nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, Marçal afirmou que “2026 é logo ali”, referindo-se ao interesse em voltar a disputar cargos do Executivo. O ex-coach declarou que pretende seguir na política por mais 12 anos, mas não detalhou a qual cargo quer se candidatar na próxima eleição. O nome de Marçal é especulado tanto na disputa pela Presidência quanto na sucessão ao Palácio dos Bandeirantes.

É a primeira vez que o ex-coach figura na pesquisa presidencial da Genial/Quaest. Em junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Jair Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou o sistema eleitoral do País. Por isso, o levantamento não inclui o nome do ex-presidente em nenhum dos cenários avaliados.

(Com Estadão Conteúdo)

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Lavvi

A Lavvi (LAVV3) apresentou lançamentos de R$ 646 milhões, liderados pelos projetos Petra by Boca do Lobo e Edifício Brás, no terceiro trimestre de 2024, divulgou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado neste domingo (13).

As vendas líquidas totalizaram R$ 760 milhões, um aumento de 171% comparado ao período homólogo, impulsionado pela venda de todas as unidades da torre de studios de ambos os empreendimentos.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, as vendas da Lavvi atingiram R$ 2,3 bilhões, representando um crescimento de 129% em relação aos mesmos meses de 2023. Esse foi o melhor período de nove meses da história da companhia, com lançamentos e vendas próximas a três dígitos.

Além disso, a Lavvi alcançou uma taxa de vendas sobre oferta (VSO) consolidada de 27% no trimestre e 59% na visão dos últimos 12 meses.

Os resultados também mostraram que o estoque da Lavvi ao final de setembro era de R$ 2 bilhões, com 1.439 unidades disponíveis, sendo que 87% correspondem a produtos lançados a partir de 2022 e 51% estão em fase de construção. Os empreendimentos apresentam, em média, 84% das unidades vendidas.

Apesar do sucesso nas vendas e lançamentos, a empresa registrou uma queima de caixa de R$ 10 milhões no trimestre, porém com geração de caixa de R$ 39 milhões ao excluir a aquisição de terrenos.

Veja o resultado da Lavvi

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Enel

A Enel SP atualizou para 760 mil o número de clientes sem o fornecimento de energia elétrica na Capital Paulista e na Região Metropolitana, até às 14h30 de hoje. O desabastecimento acontece após o forte temporal da última sexta-feira, 11, que teve ventos superiores a 100 quilômetros por hora (km/h).

Em meio aos esforços da companhia, outros 1,3 milhão de consumidores já tiveram o serviço normalizado. A empresa informou, ainda, que deslocou técnicos do Rio de Janeiro e do Ceará para ajudar nos esforços para restabelecer o atendimento em sua área de concessão.

Segundo a empresa, na Capital Paulista, cerca de 496 mil casas estão sem energia. Os bairros mais afetados são Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Na Região Metropolitana de São Paulo, os municípios mais impactados neste momento são: Cotia, com 62 mil clientes sem energia, São Bernardo do Campo com 47 mil e Taboão da Serra com 44 mil.

Reunião de emergência com a Enel

O diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, convocou uma reunião com representantes das distribuidoras de energia e transmissoras que atuam no Estado de São Paulo, para avaliar os cenários de atendimento ao consumidor após as fortes chuvas de sexta-feira, 11.

A reunião está marcada para acontecer às 18h deste domingo no escritório da Aneel na capital paulista.

Foram convocados os representantes da Enel SP, Neoenergia (NEOE3), Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste (ENGI11), CPFL (CPFE3), Isa Cteep (TRPL4) e Eletrobras (ELET3ELET6). O encontro deve contar, ainda, com a equipe de fiscalização da agência.

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Enel SP

O diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, convocou uma reunião com representantes das distribuidoras de energia e transmissoras que atuam no Estado de São Paulo, para avaliar os cenários de atendimento ao consumidor após as fortes chuvas de sexta-feira, 11.

A reunião está marcada para acontecer às 18h deste domingo no escritório da Aneel na capital paulista.

Foram convocados os representantes da Enel SP, Neoenergia (NEOE3), Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste (ENGI11), CPFL (CPFE3), Isa Cteep (TRPL4) e Eletrobras (ELET3; ELET6). O encontro deve contar, ainda, com a equipe de fiscalização da agência.

Arsesp

Mais cedo, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) colocou uma equipe no Centro de Operações da Enel SP para fiscalizar e acompanhar as ações para restabelecer a energia elétrica aos consumidores que tiveram o serviço interrompido na última sexta-feira, 11.

Boletim da Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo divulgado hoje informa que pelo menos 885,9 mil unidades consumidoras continuam desabastecidas de energia na Grande São Paulo. “As causas e eventuais responsabilidades serão investigadas pela Arsesp para as devidas providências junto à empresa”, diz o comunicado.

Na nota informa que a Arsesp notificará o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para apontarem medidas a serem adotadas, uma vez que se trata de uma concessão federal.

Quem paga o prejuízo?

A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de SP) diz que vai processar a Enel por prejuízos causados pelo apagão que atinge a capital e a região metropolitana desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 900 mil clientes continuam sem luz neste domingo, pelo terceiro dia consecutivo.

O órgão, que representa 502 mil estabelecimentos, diz que metade deles fica nas regiões afetadas – e muitos ainda estão impossibilitados de funcionar.

A primeira medida da Fhoresp será notificar a Enel. Depois, a federação vai mediar ações individuais de seus associados na Justiça. “Quem é que paga o prejuízo?”, questionou em nota o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.

Os danos têm sido ainda mais significativos neste fim de semana, quando a movimentação em endereços gastronômicos chega a triplicar, segundo dados da Fhoresp. A Enel não deu um prazo para o religamento total do serviço, mas alguns clientes foram informados de que a luz só será restabelecida na segunda-feira, 14.

No entorno da Vila Madalena, na zona oeste, o bar Ó do Borogodó está fechado desde o temporal, na sexta-feira. A energia somente foi restabelecida na manhã deste domingo, 13, segundo uma das sócias, Stefania Gola Piacentini. “Não abrimos na sexta, não tinha como: é um lugar fechado. Não tinha como abrir sem ar condicionado, cerveja… E era um breu, porque não tinha também iluminação pública”, relata ao Estadão.

Com a falta de luz, a água escorreu dos freezers, mas os danos ainda estão sendo contabilizados. “Os impactos, a gente vai ver. Mas, certamente, perdi um freezer de comida”, diz. “O prejuízo é gigante, porque tenho que pagar toda a equipe de funcionários que veio aqui na sexta e no sábado, mas não trabalhou, os músicos… Todo o nosso faturamento vem da sexta e do sábado. Ainda não sei como vou arcar com isso”, completa.

Padaria relata dificuldade de contato com a Enel

Valmir é gerente de uma padaria na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, que desde a noite de sexta está sem energia elétrica. Ele relata as dificuldades de contato com a distribuidora. “Começamos a ligar na Enel para saber se eles tinham alguma informação de que horas [a energia] ia voltar. Eles sempre davam um horário, ‘daqui a duas horas, daqui a três horas’. Depois não conseguimos mais contato, dificilmente conseguimos falar com algum atendente deles”, afirma ao Estadão.

“Nosso prejuízo é quase incalculável, porque perdemos quase tudo que nós tínhamos na loja”.

O profissional também enfrentou problemas para alugar um gerador em cima da hora. “Hoje conseguimos alugar o gerador de uma empresa, mas que ainda não chegou. Estamos aguardando. E infelizmente vamos ter que aguardar, porque esperar pela Enel não dá mais”, diz.

(Com Estadão Conteúdo)

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Pagamentos Refeição Vale-Refeição

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou no Diário Oficial da União (DOU) da sexta-feira, 11, uma portaria que reforça a proibição à prática do rebate por fornecedoras de vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA) no âmbito do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que dá benefícios fiscais para as empresas vinculadas. A prática já era vedada pelo decreto 10.854/2021. As multas podem ser de até R$ 50 mil em caso de descumprimento.

A norma do MTE proíbe que sejam ofertados quaisquer tipos de deságio ou desconto sobre o valor do benefício contratado, bem como benefícios diretos ou indiretos de qualquer natureza que não sejam ligados “à promoção da saúde e segurança alimentar do trabalhador”.

Essas vantagens foram popularmente chamadas de “rebate” porque seu custeio costuma vir das taxas consideradas abusivas que as empresas de VA e VR cobram dos restaurantes credenciados. Quando um estabelecimento aceita passar o vale-refeição, ele é obrigado a pagar um porcentual como se estivesse operando um cartão de crédito normal.

iFood versus tradicionais

A questão é objeto de discussão entre empresas tradicionais do ramo, as chamadas ticketeiras, e nomes como iFood, Swile e Flash, que acusam as tradicionais de fazerem o rebate.

A portaria aplica “o valor máximo da multa” prevista no art. 3º-A da Lei nº 6.321/1976 – ou seja, R$ 50 mil – para fornecedoras de vale-alimentação e refeição que descumprirem a regra.

Empresas beneficiárias do programa, que são aquelas que recebem os benefícios fiscais e contratam o vale-alimentação para seus funcionários, também estão sujeitas a penalidades de R$ 5 mil a R$ 50 mil.

Em caso de reincidência, o valor das multas será aplicado em dobro e acarretará o cancelamento do registro das facilitadoras e beneficiárias.

(Com Estadão Conteúdo)

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Mercado Livre

O Mercado Livre (MELI; MELI34) já foi considerado um antagonista quando se falava de combate à pirataria. A empresa tem um programa de remoção de anúncios de produtos falsificados ou não autorizados há cerca de 24 anos. Ainda assim, em 2019, quando a empresa decidiu intensificar seus esforços na área, o promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, Richard Gantus Encinas, disse – em evento da companhia – que, na época, a empresa era considerada uma vilã.

Hoje essa visão mudou no MP. Em janeiro deste ano, por exemplo, o Mercado Livre participou de uma investigação que apreendeu 21 toneladas de bebidas adulteradas

O Programa de Proteção a Marcas (BPP na sigla em inglês) da companhia parte da lógica da legislação americana, na qual a empresa detentora das patentes deve indicar à plataforma de compras os anúncios que contém produtos irregulares. Esse fluxo, porém, pode ser demorado e gerar transtornos para as marcas, que precisam buscar ativamente os anúncios suspeitos.

Para melhorar a relação com essas companhias, que, muitas vezes, também vendem seus produtos originais na plataforma, o Mercado Livre passou a buscar anúncios suspeitos antes das denúncias chegarem, por meio de “aprendizado de máquina” e inteligência artificial. No primeiro semestre de 2024, a cada postagem removida devido a uma reclamação no BPP, a empresa retirou proativamente outras 9 publicações.

Além disso, desde 2021, a empresa passou a chamar marcas estratégias para uma contribuição mais avançada, que envolve ceder dados como o desenho industrial de seus produtos para que, por meio de inteligência artificial, os algoritmos do Mercado Livre consigam identificar fotos e descrições de produtos falsificados de forma mais precisa.

Por meio dessas parcerias, é possível enviar denúncias ao Ministério Público já com informações mais aprofundadas, o que agiliza a investigação, segundo Gantus Encinas, promotor do MP. Esse mecanismo, denominado Mercado Libre Anti-Counterfeiting (MACA), consegue, a cada reclamação feita no programa tradicional de proteção de marcas, remover proativamente outras 25 publicações.

Apreensão de bebidas

Foi nesse contexto que foi encaminhada uma denúncia ao MP que resultou na apreensão de 21 toneladas de bebidas adulteradas de patentes da Diageo (DEO; DEOP34), empresa de bebidas. O responsável pela área Jurídica do Mercado Livre, Fede Deya, diz que esse processo envolveu um início de conversa difícil com a empresa, que sofria com o fato de produtos piratas de suas patentes serem comercializados na plataforma.

Ele conta que esse tipo de colaboração gera investigações internas de cerca de seis meses. Nesse processo, os próprios agentes do Mercado Livre podem comprar mercadorias suspeitas para avaliar o material entregue. Para isso, Deya diz que a companhia investiu em profissionais qualificados e em tecnologia, com uma equipe composta por 8 áreas que trabalham juntas no tema. Os valores de investimento, porém, não foram divulgados para a reportagem

O programa começou em 2021, com 12 marcas, e, hoje, são 26 participantes.

“Temos um plano daqui a 3 ou 4 anos para chegar a um número mais próximo a 100 membros”, diz o executivo. Ele avalia, no entanto, que esse modelo não deve atingir todas as marcas que participam no BPP.

As marcas habilitadas a participarem dessa cooperação têm de atender critérios como o fato de ter abrangência internacional, comercialização via Mercado Livre nos principais países de atuação da varejista (Brasil, Argentina e México), atingir um volume de vendas mínimo não revelado, bem como ter encontrado uma porcentagem mínima de produtos falsificados na plataforma do Meli.

Mercado Livre e as marcas

Fazem parte nomes como Adidas, Puma, Levi?s, Under Armour, Microsoft, Casio, Tommy Hilfiger, Victoria’s Secret, Crocs, Sony, Directv, Diageo, Apple, Tiffany & Co, Burberry, Lego, Syngenta, Canon y HP.

Questionado sobre as vantagens para o Mercado Livre em combater a pirataria, Deya diz que a maior intensidade com a qual a empresa se dedica ao tema hoje não diz respeito a processos sofridos ou pressões externas, mas, sim, ao fato de que a empresa deseja se tornar uma ambiente mais confiável e seguro para o consumidor, mesmo que isso signifique perder usuários mais orientados por preço na hora da compra.

O Mercado Livre já foi citado em consulta pública da União Europeia que gerou uma lista de empresas que deveriam ser observadas devido aos relatos de práticas inadequadas em relação à pirataria, em dezembro de 2020. Segundo o documento, “stakeholders” (partes interessadas) de eletrônicos, alimentos, moda, luxo, instrumentos musicais, indústrias farmacêuticas e criativas e culturais relataram Mercado Libre para inclusão na lista de observação.

À época, a companhia argentina respondeu dizendo ter compromisso de lutar contra produtos falsificados e pirateados e ter aprimorado o procedimento de notificação e remoção.

(Com Estadão Conteúdo)

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Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, debates

O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que seguem no segundo turno da disputa pela capital paulistana, foram convidados para 10 debates, no período de 18 dias possíveis para que os encontros sejam realizados, segundo a legislação eleitoral.

O primeiro deles, que ocorreria nesta quinta-feira, 10, foi marcado pela ausência de Nunes. Como só Boulos participou, o que era para ser um debate se tornou uma sabatina.

O emedebista é contra a realização de tantos eventos, chegando a sugerir um pool entre veículos de comunicação para reduzir de 10 para três os encontros. O atual prefeito alega que isso permitiria uma campanha mais focada e propositiva para os eleitores de São Paulo.

Boulos rebate a proposta, afirmando que o adversário está “com medo” dos debates e qualifica a atitude como fuga, prometendo, inclusive, organizar uma manifestação em frente à Prefeitura caso algum dos encontros seja cancelado pela ausência do prefeito.

Apesar dos 10 convites, a campanha de Nunes não confirmou participação em nenhum dos debates até agora. Já a campanha de Boulos afirma que o psolista comparecerá a todos.

Os próximos oito debates, datas e horários:

– Band TV | 14/10, segunda-feira, às 22h30

– Rede TV! e UOL | 17/10, quinta-feira, às 9h30

– SBT, Terra e Nova Brasil | 18/10, sexta-feira, às 11h30

– TV Record | 19/10, sábado, às 20h40

– TV Gazeta e My News | 20/10, domingo, às 18h

– Folha de S. Paulo | 21/10, segunda-feira, às 10h

– CNN Brasil | 23/10, quarta-feira, às 12h

– TV Globo | 25/10, sexta-feira, às 22h

(Com Estadão Conteúdo)

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Eleições

Um levantamento divulgado pelo Observatório Nacional da Mulher na Política da Câmara dos Deputados mostra que a cota de 30% para candidaturas de mulheres não foi respeitada pelos partidos políticos em 700 dos 5.569 municípios, no primeiro turno das eleições municipais, realizado no dia 6 de outubro.

O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (10) e obtido com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pesquisa mostra que a cota não foi cumprida mais uma vez pelas legendas.

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Criado em 2009, o sistema de cotas prevê a destinação de 30% das candidaturas dos partidos para mulheres. No entanto, a medida nunca foi cumprida pelos partidos.

Além das cotas para disputar o pleito, as candidaturas femininas têm direito a 30% do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, além da mesma porcentagem na divisão de recursos no fundo para financiamento de campanhas.

Apesar disso, a pesquisa feita pelo observatório mostra que houve diminuição do número de municípios que descumpriram a cota em relação às eleições anteriores. A cota foi desrespeitada pelos partidos em 1.304 municípios nas eleições municipais de 2020.

Fraude

Em diversas decisões recentes, o TSE cassou políticos eleitos por partidos que não cumpriram a cota de representatividade.

A fraude é realizada por meio do registro de candidaturas fictícias, cujas mulheres candidatas obtém nenhum ou poucos votos, nem realizam gastos efetivos.

Ao inserir as falsas candidaturas, o partido simula uma situação regular e consegue registrar seus candidatos homens para o concorrerem ao pleito.

Em agosto deste ano, os próprios partidos que deveriam cumprir a regra aprovaram no Congresso a chamada PEC da Anistia, proposta de emenda constitucional para anistiar a multa aplicada contra as legendas pelo não cumprimento da cota nas eleições anteriores.

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Pequenos Negócios, PMEs

Os pequenos negócios (Pmes) tiveram, em agosto, o menor nível de inadimplência registrado desde abril de 2020. É o que aponta a 8ª edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae.

Os números mostram ainda que 30% das empresas desse porte tiveram uma melhora no faturamento em comparação com o mesmo mês do ano passado o melhor resultado verificado em pouco mais de um ano.

De acordo com o levantamento, 20% dos empreendedores ouvidos estão com dívidas/empréstimos em atraso, o que confirma uma melhora significativa do quadro de inadimplência de pequenos negócios no país.

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Em maio de 2020, essa proporção havia chegado a 40%.

Cerca de 60% dos donos de pequenos negócios ouvidos pelo Sebrae estão entusiasmados com o futuro.

Ao mesmo tempo, caiu a proporção dos empreendedores que ainda se mostram “preocupados com o que está por vir.”

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Dinheiro, renda

O Programa Acredita, lançado pelo governo federal em abril deste ano por meio de Medida Provisória, agora é lei. Após passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, a iniciativa que possibilita o acesso a crédito para pequenos negócios e a renegociação de dívidas (Desenrola Pequenos Negócios) foi sancionada nesta quinta-feira pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Por meio do Programa, o Sebrae tem atuado junto ao governo federal para ampliar o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito. 

Por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), 29 instituições bancárias estão aptas a ofertar os recursos que foram possibilitados com o aporte de R$ 2 bilhões do Sebrae e que vão viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos.

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“O mercado financeiro foi criado para os grandes. Com a sanção da Lei, o presidente Lula cria condições para que os MEIs possam acessar crédito, além de proteger estes empreendedores que sabem se virar e criar seu próprio sustento. A medida representa inclusão produtiva e a recuperação financeira de microempresários e microempresas no Brasil, promovendo o desenvolvimento sustentável. O Sebrae se junta a este movimento de democratização do crédito, por isso capitalizou um patrimônio líquido de R$ 2 bilhões para novas operações por meio do seu Fundo de Aval, que vai viabilizar R$ 30 bilhões em crédito para os próximos três anos”,afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Décio lembrou ainda que a instituição tem propiciado, por meio da página do Acredita, que os empreendedores sejam orientados e possam ter acesso a mais informações que os apoiarão na decisão antes da tomada de crédito e ao longo de toda a jornada até a liquidação do empréstimo.

Para o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, a medida é transformadora para os pequenos empreendedores e representa o reconhecimento da força que eles têm para a economia.

“A iniciativa sancionada hoje é um passo concreto rumo à formalização, ao acesso ao mercado, uma oportunidade para que cada empreendedor possa avançar, sem exceção”, disse o ministro.

Com a sanção, o Desenrola Pequenos Negócios, para renegociação de dívidas bancárias; o ProCred 360, que oferece crédito específico para MEIs e microempresas; além do microcrédito orientado para quem está no CadÚnico, serão retomados.

Uma das novidades é a inclusão dos taxistas autônomos entre os beneficiários da iniciativa Procred 360, que possibilita condições especiais de empréstimo para empreendedores (Microempreendedores individuais e microempresas) com faturamento até R$ 360 mil por ano.

Microempreendedor individual (MEI)
(Imagem: Freepik/@freepik)

A iniciativa tem o objetivo de apoiar o segmento na aquisição de veículos que promovam uma renovação da frota de táxis.

Confira outros destaques

Pequenos produtores rurais O texto também prevê a reabertura de prazo de renegociação até 31 de dezembro de 2025 para a quitação com descontos e o parcelamento de dívidas rurais de diversos tipos. Os prazos anteriores acabaram em dezembro de 2022. As negociações dependerão de disponibilidade orçamentária.

Desenrola Pequenos Negócios

O projeto também cria o programa Desenrola Pequenos Negócios, destinado a MEI, micro e pequenas empresas e sociedades cooperativas com faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano.

Haverá incentivos fiscais às instituições financeiras em troca da renegociação das dívidas desse público-alvo. Nesse tipo de negociação não são definidas taxas ou prazos de pagamento, que serão estabelecidos pelos bancos em cada caso.

Acredita Primeiro Passo

O programa Acredita no Primeiro Passo ficará a cargo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A finalidade é ajudar famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, inscritas no CadÚnico (o cadastro único para programas sociais do governo federal).

Haverá empréstimos para a montagem de pequenos negócios. A prioridade será para mulheres, jovens, negros, membros de populações tradicionais e ribeirinhas e pessoas com deficiência inscritos no CadÚnico.

Pronampe

A iniciativa tem adaptações para estimular o empréstimo a mulheres e para empresas que tenham pelo menos uma mulher como sócia majoritária ou sócia-administradora.

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Enel

A cidade de São Paulo registrou um número surpreendentemente maior de clientes sem energia elétrica do que o estado da Flórida, nos Estados Unidos, após a passagem do furacão Milton. Segundo informações da MetSul, cerca de 1,45 milhão de clientes na capital paulista ficaram sem luz após um intenso temporal, enquanto na Flórida, o número foi de aproximadamente 1,4 milhão, mesmo com a devastação causada pelo furacão.

A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo, informou que a maioria dos cortes aconteceu devido aos ventos fortes que atingiram a cidade, especialmente nas zonas Oeste e Sul, onde rajadas de até 107 km/h foram registradas. A tempestade também derrubou árvores e postes, complicando o trabalho das equipes de reparo.

Por que a tempestade em SP foi tão forte e repentina?

Enquanto isso, na Flórida, o furacão Milton causou danos significativos, com ventos que chegaram a 200 km/h e tornados que deixaram diversas áreas sem energia. No entanto, o processo de restabelecimento da energia na região foi mais rápido, graças à infraestrutura local e à experiência com eventos climáticos severos.

Flórida Sem luz
(Imagem: POWEROUTAGE.US/ Metsul)

A comparação entre os dois eventos meteorológicos destacou a vulnerabilidade da infraestrutura de São Paulo em tempestades de grande porte. A MetSul ressaltou a importância de investimentos em redes de distribuição mais resilientes para evitar que novos temporais resultem em apagões tão expressivos.

Dados da Enel

A última atualização da Enel (20h do dia 12) mostrava que cerca de 1,35 milhão de clientes estão afetados, ou quase 17% da base de clientes. Em alguns casos, explica a empresa, o trabalho para restabelecer a energia é mais complexo, pois envolve a reconstrução de trechos inteiros da rede. 

“Estamos atuando com cerca de 1,6 mil técnicos em campo e trabalhando para mobilizar no total cerca de 2,5 mil profissionais. Esse contingente está sendo ampliado com a mobilização de equipes adicionais, além da chegada de técnicos do Rio e do Ceará”, explica a Enel.

Além da capital, com cerca de 870 mil clientes impactados, os municípios mais afetados são: Taboão da Serra com 91 mil unidades, Cotia com 79,8 mil, São Bernardo do Campo com 70,4 mil e Santo André com 66,6 mil.

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Enel

Os paulistas tomaram um susto na tarde de sexta-feira, 11, com a chuva forte e repentina que assolou o Estado por algumas horas. O temporal deixou ao menos 7 mortos no Estado. A prefeitura da capital registrou mais de 200 chamados para quedas de árvores e galhos.

O Estadão entrou em contato com a meteorologista Estael Sias, da empresa MetSul, que explicou as causas do fenômeno. “O fator principal da formação da tempestade foi o contraste de temperatura”, afirma. “Havia uma frente fria avançando por São Paulo, com ar mais frio no interior e ar mais quente na parte leste. Esse contraste vai desencadeando a formação de nuvens carregadas, cumulonimbus típicas de temporais e que atravessaram a região da capital e da região metropolitana”.

Foram registrados ventos de 88,9 km/h no aeroporto do Campo de Marte, em Santana, na zona norte, e de 87,3 km/h, na Lapa, na oeste. O Governo do Estado citou ventos de 107 km/h. Na zona sul, as fortes rajadas derrubaram partes do forro e da fachada do Shopping SP Market.

Tempestade na região sul

Segundo Sias, esse tipo de evento é mais comum na região sul do Brasil. “O tipo de nuvem associado a esse contraste térmico é que favoreceu esse vento mais forte. Numa grande área de nuvens de tempestades, algumas nuvens se destacaram e o vento mais forte ficou concentrado na zona sul. Esse tipo de nuvem é capaz de produzir inclusive tornados”, explica.

A profissional também comentou sobre os raios de cor azulada que foram flagrados pelos moradores, ressaltando que a coloração incomum é sinal de alerta.

“Geralmente essa mudança na tonalidade dos raios está associada à presença de gelo dentro da nuvem. Nem sempre esse gelo vai virar granizo e nos afetar aqui na superfície. E os raios solares ou mesmo os raios nessa camada super resfriada com muito gelo acabam tendo uma refração da luz, uma diferença na cor da luz que a gente pode enxergar como esverdeado ou azulado. Isso quer dizer que as nuvens que tinham sobre São Paulo realmente tinham potencial de gerar algo mais severo do que no dia a dia”, diz ela.

Não há previsão de novos temporais neste fim de semana, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura.

Enel e MP

O promotor Silvio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, disse neste sábado, 12, que vai incluir o mais recente apagão em São Paulo, que se iniciou na sexta-feira, 11, no inquérito que investiga possíveis irregularidades no serviço prestado pela Enel.

Conforme o promotor, é preciso esperar que a situação seja normalizada para agilizar as providências. Isso porque ele ainda aguarda que o Estado e os municípios atingidos informem sobre os prejuízos causados pelo apagão.

Em novembro de 2023, a Promotoria do Consumidor abriu um inquérito para apurar sobre o apagão daquele mês. O órgão já tratava da questão em outra apuração, aberta ainda em 2019, após a Enel comprar a AES Eletropaulo. No ano passado, o Ministério Público defendeu que a empresa indenizasse todos os 2,1 milhões de imóveis impactados pela falta de energia.

Além do MP, o Procon-SP anunciou neste sábado, 12, que vai notificar a Enel para que explique os motivos da demora para restabelecer o fornecimento de energia elétrica para consumidores de vários bairros de São Paulo e de outras cidades do Estado. Já a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intimou a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento energético em São Paulo, para que apresente justificativas e proposta de adequação imediata do serviço.

Ressarcimento na conta de luz

Advogado especialista no setor, Urias Martiniano Neto, sócio do UMN Advogados, afirma que os consumidores têm direito a um ressarcimento na conta de luz. “Existem índices de interrupção que têm que ser abatidos na conta do consumidor, ou seja, se a distribuidora por algum motivo deixa determinada região ou determinado consumidor sem energia elétrica, ela tem que trazer uma compensação dentro da fatura de energia elétrica”, explica Neto.

Em junho, o Ministério de Minas e Energia editou um decreto que determina que empresas deverão ter compromisso com a qualidade para renovar contratos de concessão. Um dos pontos do decreto estabelece que a eficiência do serviço será verificada a partir de indicadores sobre a frequência e a duração média das interrupções de energia.

Neto aponta que é preciso uma reformulação ampla na regulação do setor elétrico para incentivar as empresas a investirem em mecanismos que evitem crises como essa. De acordo com ele, além das exigências, é preciso que o modelo traga contrapartidas que façam com que as empresas do setor apliquem recursos para melhorar o sistema.

“Na medida em que eu trago mais exigências, eu preciso trazer pelo menos um bônus para imputar essas exigências, porque agora a gente não está falando só de manutenção e operação dessas linhas, a gente precisa fazer reforços, investimentos, modernização e isso impõe investimentos por parte do concessionário que tem como pressuposto algum retorno por esse investimento”, disse.

Diogo Lisbona, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisa que as empresas precisam ter em mente que o mundo está diante de mudanças profundas e se preparar para elas.

“É preciso ter uma gestão não só de crise, mas estrutural para lidar com esses fenômenos. A perspectiva é que isso vai ficar cada vez mais recorrente. A gente está assistindo às mudanças climáticas, então é um novo desafio”, diz.

Segundo ele, as empresas precisam reavaliar as estratégias adotadas para aumentar a produtividade, que muitas vezes acabaram reduzindo mecanismos que funcionavam como travas de segurança para proteger o sistema de incidentes. Um exemplo é utilizar uma mesma equipe para cuidar de uma área maior, entre outros pontos.

“As concessionárias atuam dentro de um modelo regulatório com uma busca por eficiência muito grande. Então, às vezes, essa busca por eficiência pode levar a estratégias de gestão de custos operacionais como por exemplo limitar ou reduzir redundâncias (que funcionam para garantir a segurança e a eficiência do sistema). Essa estratégia pode te deixar com menos capacidade de respostas”, explica.

Manejo de árvores

Outro ponto trazido pelos especialistas é que a concessionária precisa atuar no manejo de árvores na cidade. A prática consiste em fazer um mapeamento das árvores que estão doentes, mais suscetíveis à queda, e ainda realizar a poda das demais.

“Por exemplo, não deixar as árvores doentes ficarem na cidade. Tem árvores que já estão contaminadas com fungos e quando vem a tempestade, elas caem”, explica Marcos Buckeridge, vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP. “A Enel ajudaria muito participando desse manejo das árvores, financiando projetos não só de manejo, mas de pesquisa para que a gente entenda melhor por que elas caem.”

Ao Estadão, a Enel afirmou que realizou 450 mil podas de janeiro a setembro, cerca de 75% da meta de 600 mil. Os mutirões de poda foram feitos nos 24 municípios em que a companhia atua. A empresa divulgou ainda que pretende investir R$ 20 bilhões em todo Brasil até 2026. O dinheiro será utilizado na contratação de funcionários, aquisição de frota e geradores, entre outros pontos, mas não cita o enterramento de fios. Medidas têm como objetivo minimizar o impacto das mudanças climáticas.

(Com Estadão Conteúdo)

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Assaí

O Assaí (ASAI3) informou nesta noite de sexta-feira, 11, por meio de fato relevante, que a Receita Federal acolheu o recurso administrativo apresentado pela companhia e cancelou o termo de 27 de setembro que determinava o arrolamento de ativos no valor de R$ 1,265 bilhão em razão de contingências tributárias em discussão da Companhia Brasileira de Distribuição (GPA), dona do Pão de Açúcar (PCAR3).

“O Assaí permanece em constante comunicação com o GPA e monitora de forma próxima o assunto”, informou a varejista no documento divulgado nesta noite de sexta-feira, 11.

Ainda segundo o Assaí, o GPA “reconheceu ser responsável” por suas próprias contingências e “deverá indenizar” e “manter o Assaí indene” por qualquer prejuízo decorrente disso.

Quando houve o arrolamento, o Assaí explicou, em fato relevante em 29 de setembro, que, em decorrência de uma cisão ocorrida em 31 de dezembro de 2020, tornou-se uma entidade independente. “Conforme os acordos firmados, não há solidariedade em relação a passivos anteriores à cisão”, explicou, à época.

O que é um arrolamento de bens

Já na divulgação ao mercado do ocorrido, a gestão buscou deixar claro que o termo não se referia a um bloqueio de bens, nem a um montante que precisava ser provisionado em seu balanço. No entanto, se para os investidores nacionais o texto exige atenção, para os estrangeiros a confusão parecia maior, e a empresa se desdobrou para esclarecer.

O arrolamento de bens é uma medida utilizada pela Receita Federal do Brasil para monitorar os ativos de uma empresa que tenha débitos tributários em discussão – no caso do Assaí, conforme o fato relevante desta sexta-feira, 11, a Receita Federal cancelou a medida ao acolher o recurso administrativo apresentado pela companhia.

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MPSP Ministério Público de São Paulo

O promotor Silvio Marques, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, disse neste sábado, 12, que vai incluir o mais recente apagão em São Paulo, que se iniciou na sexta-feira, 11, no inquérito que investiga possíveis irregularidades no serviço prestado pela Enel.

Conforme o promotor, é preciso esperar que a situação seja normalizada para agilizar as providências. Isso porque ele ainda aguarda que o Estado e os municípios atingidos informem sobre os prejuízos causados pelo apagão.

Em novembro de 2023, a Promotoria do Consumidor abriu um inquérito para apurar sobre o apagão daquele mês. O órgão já tratava da questão em outra apuração, aberta ainda em 2019, após a Enel comprar a AES Eletropaulo. No ano passado, o Ministério Público defendeu que a empresa indenizasse todos os 2,1 milhões de imóveis impactados pela falta de energia.

Além do MP, o Procon-SP anunciou neste sábado, 12, que vai notificar a Enel para que explique os motivos da demora para restabelecer o fornecimento de energia elétrica para consumidores de vários bairros de São Paulo e de outras cidades do Estado. Já a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intimou a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento energético em São Paulo, para que apresente justificativas e proposta de adequação imediata do serviço.

Ressarcimento na conta de luz

Advogado especialista no setor, Urias Martiniano Neto, sócio do UMN Advogados, afirma que os consumidores têm direito a um ressarcimento na conta de luz. “Existem índices de interrupção que têm que ser abatidos na conta do consumidor, ou seja, se a distribuidora por algum motivo deixa determinada região ou determinado consumidor sem energia elétrica, ela tem que trazer uma compensação dentro da fatura de energia elétrica”, explica Neto.

Em junho, o Ministério de Minas e Energia editou um decreto que determina que empresas deverão ter compromisso com a qualidade para renovar contratos de concessão. Um dos pontos do decreto estabelece que a eficiência do serviço será verificada a partir de indicadores sobre a frequência e a duração média das interrupções de energia.

Neto aponta que é preciso uma reformulação ampla na regulação do setor elétrico para incentivar as empresas a investirem em mecanismos que evitem crises como essa. De acordo com ele, além das exigências, é preciso que o modelo traga contrapartidas que façam com que as empresas do setor apliquem recursos para melhorar o sistema.

“Na medida em que eu trago mais exigências, eu preciso trazer pelo menos um bônus para imputar essas exigências, porque agora a gente não está falando só de manutenção e operação dessas linhas, a gente precisa fazer reforços, investimentos, modernização e isso impõe investimentos por parte do concessionário que tem como pressuposto algum retorno por esse investimento”, disse.

Diogo Lisbona, pesquisador do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisa que as empresas precisam ter em mente que o mundo está diante de mudanças profundas e se preparar para elas.

“É preciso ter uma gestão não só de crise, mas estrutural para lidar com esses fenômenos. A perspectiva é que isso vai ficar cada vez mais recorrente. A gente está assistindo às mudanças climáticas, então é um novo desafio”, diz.

Segundo ele, as empresas precisam reavaliar as estratégias adotadas para aumentar a produtividade, que muitas vezes acabaram reduzindo mecanismos que funcionavam como travas de segurança para proteger o sistema de incidentes. Um exemplo é utilizar uma mesma equipe para cuidar de uma área maior, entre outros pontos.

“As concessionárias atuam dentro de um modelo regulatório com uma busca por eficiência muito grande. Então, às vezes, essa busca por eficiência pode levar a estratégias de gestão de custos operacionais como por exemplo limitar ou reduzir redundâncias (que funcionam para garantir a segurança e a eficiência do sistema). Essa estratégia pode te deixar com menos capacidade de respostas”, explica.

Manejo de árvores pela Enel

Outro ponto trazido pelos especialistas é que a concessionária precisa atuar no manejo de árvores na cidade. A prática consiste em fazer um mapeamento das árvores que estão doentes, mais suscetíveis à queda, e ainda realizar a poda das demais.

“Por exemplo, não deixar as árvores doentes ficarem na cidade. Tem árvores que já estão contaminadas com fungos e quando vem a tempestade, elas caem”, explica Marcos Buckeridge, vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP. “A Enel ajudaria muito participando desse manejo das árvores, financiando projetos não só de manejo, mas de pesquisa para que a gente entenda melhor por que elas caem.”

Ao Estadão, a Enel afirmou que realizou 450 mil podas de janeiro a setembro, cerca de 75% da meta de 600 mil. Os mutirões de poda foram feitos nos 24 municípios em que a companhia atua. A empresa divulgou ainda que pretende investir R$ 20 bilhões em todo Brasil até 2026. O dinheiro será utilizado na contratação de funcionários, aquisição de frota e geradores, entre outros pontos, mas não cita o enterramento de fios. Medidas têm como objetivo minimizar o impacto das mudanças climáticas.

(Com Estadão Conteúdo)

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