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Donald Trump

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta segunda-feira, 20, em uma sessão focada na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nos Estados Unidos, os mercados não operaram, enquanto os investidores europeus tiveram grande expectativa pelas primeiras sinalizações das políticas da nova administração, especialmente sobre tarifas.

Ao longo da sessão, relatos de que as medidas iniciais do mandato deverão ser mais brandas no tema impulsionaram as ações, com destaque para as montadoras, em um setor que pode ser bastante penalizado pelas decisões de Trump.

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Com resultado, os principais índices de Frankfurt e Londres voltaram a renovar máximas históricas de fechamento.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,09%, a 524,07 pontos.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, um memorando a ser assinado por Trump será um esforço para expor uma visão para a agenda comercial do novo presidente “de forma comedida”, sugerindo que uma abordagem mais deliberativa para a questão tarifária será adotada.

O documento orienta as agências federais a investigar e remediar déficits comerciais persistentes e abordar políticas comerciais e cambiais injustas de outras nações, destacando a China, o Canadá e o México para análise, mas não impõe nova tarifa – um alívio aos parceiros comercias.

A Pepperstone acredita que a atenção do mercado estará sobre quaisquer sinais de política fiscal e de ordens executivas que o republicano possa assinar já nos primeiros dias de seu mandato.

O Société Générale observa que a incerteza quanto as novas políticas econômicas dos EUA manterá desafios sobre a leitura e estratégia dos mercados internacionais.

Além da posse de Trump, investidores europeus também monitoram sinais sobre os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE).

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Nesta segunda, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha acelerou à taxa anual de 0,8% em dezembro, menos que o esperado.

O dirigente do BCE Robert Holzmann (Áustria) alertou que um corte de juros em janeiro ainda não está decidido e que dependerá da inflação. Já Boris Vujcic (Croácia) disse que as expectativas do mercado para cortes nas taxas são razoáveis e os riscos em torno da inflação são amplamente equilibrados.

De acordo com o dirigente, houve uma reprecificação recentemente de quatro para cinco cortes de taxas neste ano para três para quatro cortes e essa expectativa é razoável.

Em Frankfurt, o DAX avançou 0,49%, a 21.004,92 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,31%, a 7.733,50 pontos. Em Madri, o Ibex35 subiu 0,33%, a 11.955,90 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,31%, a 6.583,91 pontos.

Fora da zona do euro, o FTSE 100 avançou 0,18%, em Londres, a 8 520,54 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB foi exceção, recuando 0,34%, a 36.143,83 pontos. Um dos destaques foi a Telecom Italia, que caiu 0,27%, o que foi sua décima sessão seguida de quedas.

(Com Estadão Conteúdo)

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Donald Trump, presidente eleito dos EUA

A meme coin do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, alcançou um valor de mercado de quase US$ 10 bilhões na manhã desta segunda-feira, 20, de acordo com o CoinMarketCap.

A $TRUMP, a criptomoeda do republicano, gerou preocupações devido à alta concentração de propriedade, com cerca de 80% da oferta controlada por afiliadas da Trump Organization.

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Esposa do presidente eleito, Melania Trump também lançou um token, o $MELANIA, no domingo e viu uma valorização notável, com um aumento de aproximadamente 800%. Inicialmente negociado a US$ 0,035, ele atingiu um pico de US$ 0,810 nas primeiras horas de lançamento.

Ambas as moedas são classificadas como “meme coins”, cuja valorização depende em grande parte da popularidade de memes da internet, e estão disponíveis na blockchain Solana.

O mercado de criptomoedas reagiu positivamente ao anúncio, impulsionando o valor de outras moedas.

As criptos foram lançadas pouco antes da posse de Trump, que prometeu tornar os EUA a capital global das criptomoedas.

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Viper, Cigarros

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou em dezembro, com emendas, projeto de lei que proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, o armazenamento, o transporte e a propaganda de cigarros eletrônicos, chamados de vape ou “pod”.

O texto também proíbe expressamente o consumo dos dispositivos eletrônicos de fumar (DEFs) em ambientes de uso coletivo, público ou privado, mesmo os parcialmente abertos.

Na prática, a proposta transforma em lei a proibição atualmente prevista em duas resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – a RDC 46, de 2009, e a RDC 885, de 2024.

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Além da proibição, a agência ressalta a necessidade de ampliar a conscientização da população, especialmente dos jovens, sobre os riscos à saúde decorrentes do uso de cigarros eletrônicos.

Votação na comissão

A proposta – Projeto de Lei 2158/24, da deputada Flávia Morais (PDT-GO) – foi aprovada com emendas do relator, deputado Josenildo (PDT-AP). “Optamos apenas por trazer mais clareza e equilíbrio ao projeto, acrescentado dispositivo para que o tema seja abordado no Programa Saúde na Escola”, explicou o relator.

O texto inclui entre as ações do programa o controle do tabagismo e a prevenção do uso de dispositivos eletrônicos para fumar.

“Estudos recentes identificaram que os DEFs estão associados a uma série de efeitos adversos, como queimaduras, convulsões e sintomas respiratórios como tosse e irritação na garganta”, afirmou Josenildo. “Há evidências de que o uso desses dispositivos pode aumentar a frequência cardíaca, a pressão arterial e o risco para doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais”, acrescentou.

Criminalização

O relator também apresentou emenda excluindo do projeto a criminalização de condutas relacionadas a fabricação, comércio e propaganda de cigarros eletrônicos sem autorização dos órgãos competentes. “Entendemos que o Código Penal já possui dispositivos para punir esse tipo de conduta”, justificou Josenildo.

Riscos à saúde

Em agosto de 2024, cerca de 80 entidades médicas, entre elas a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) divulgaram uma nota alertando para problemas de saúde associados ao tabagismo.

Além de câncer e doenças respiratórias e cardiovasculares, as entidades destacam que os DEFs desencadearam o surgimento de nova doença chamada de Evali (sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de vapes e pods).

Cigarro Eletrônico
(Imagem: Reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil)

Apesar de a venda ser proibida, dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso é maior entre adolescentes de 13 a 15 anos.

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Próximas etapas

A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

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Juros, Crédito

A carteira de crédito em dezembro deve ter registrado alta de 1,7% e com isso o resultado do saldo total no ano passado pode registrar crescimento de 10,8%, segundo pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“Como ocorreu nos últimos anos, em 2024, o avanço da carteira será novamente liderado pelo crédito às pessoas físicas, que deverá registrar expansão de 11,9%, tendo sido um importante canal para o consumo das famílias, com destaque para linhas de veículos e de crédito pessoal”, afirma a instituição.

A pesquisa da Febraban é divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central.

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As projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país, que representam, a depender da carteira de crédito, de 42% a 88% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional.

O Banco Central divulgará a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito em 27 de janeiro.

“Nossa pesquisa mostra que, em 2024, tivemos o sétimo ano de crescimento no estoque de crédito, retornando às altas de dois dígitos verificadas entre 2020 e 2022. Consolidamos um mercado de crédito com dimensão e profundidade importantes, além de já bastante sofisticado e desenvolvido. Para 2025, estimamos um crescimento um pouco menor, em torno de 9,0%, mas ainda próximo aos dois dígitos, o que é significativo, apesar do cenário econômico mais desafiador, caracterizado por um ambiente de juros em níveis mais elevados”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.

A carteira para pessoas jurídicas deve mostrar alta de 9,1%, impulsionada pelos programas públicos criados ao longo do ano e pela sólida recuperação da carteira com recursos livres, após o estresse enfrentado em 2023, segundo a Febraban.

O resultado poderia ser ainda maior, se não fosse o expressivo crescimento do mercado de capitais, que tem suprido parte importante da necessidade de liquidez das empresas.

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Concessões 2024

Em relação às concessões, o ano de 2024 deve ter apresentado volume 14,9% superior ao concedido no ano anterior. A concessão de crédito às empresas deve fechar o ano com elevação de 16,9%, impulsionada pela retomada das operações com recursos livres.

Já as concessões para as famílias devem ter crescido 13,3% em 2024, em linha com a forte expansão do consumo no ano.

Dinheiro, salário, crédito, fiscal
(Imagem: Helio Montferre/Ipea)

“Em resumo, tanto o saldo quanto as concessões de crédito mostraram um expressivo avanço em 2024, sendo um vetor importante para a expansão da economia. Tal movimento pode ser atribuído à queda da taxa Selic no primeiro semestre, à melhora dos índices de inadimplência, ao mercado de trabalho aquecido e à normalização na carteira PJ com dissipação dos efeitos negativos decorrentes dos casos Americanas/Light/Oi em 2023”, avalia Rubens Sardenberg, diretor de Economia da Febraban.

Contudo Sardenberg menciona que para 2025 as projeções do mercado de crédito sugerem alguma perda de ímpeto do segmento, diante da piora do cenário econômico.

“Caso a atividade e o mercado permaneçam fortes e/ou haja alguma redução das incertezas no ambiente macro, especialmente em âmbito fiscal, é possível que tenhamos um novo ano com números bastante positivos no mercado de crédito”, pondera.

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Donald Trump

Donald Trump retorna à presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20, oito anos depois de assumir a Casa Branca pela primeira vez, em 2017.

Naquele ano, carros elétricos existiam, mas não eram tão comentados como hoje, assim como a AirFryer, cada vez mais presente nas cozinhas brasileiras.

O Brasil era presidido por Michel Temer, que esteve no centro de um escândalo depois de ter uma conversa gravada com o empresário Joesley Batista no âmbito da operação Lava Jato.

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O mundo começava uma onda nacionalista. Trump fez o seu primeiro discurso destacando o ‘American First’.

Os britânicos haviam acabado de votar a favor do Brexit, mas o Reino Unido ainda estava na União Europeia. Na Alemanha, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em inglês) havia conquistado espaço no Parlamento pela primeira vez desde a 2.ª Guerra – e não parou desde então.

Mas o mundo não é só geopolítica. Abaixo, relembre alguns fatos daquela época:

Brasil

O Brasil vivia a operação Lava Jato. O presidente Lula ainda não havia sido preso, mas foi naquele ano que ele perdeu sua ex-esposa, Marisa Letícia, depois de sofrer um AVC.

O ministro do STF Teori Zavascki, que cuidava da Lava Jato, faleceu em um acidente de avião e foi substituído por Alexandre de Moraes, que antes era ministro da Justiça.

O País também viveu uma grande crise na segurança pública, com massacres dentro do sistema prisional do Rio Grande do Norte, Amazonas e Roraima, impulsionados por disputas entre facções criminosas em todo o Brasil.

O setor de infraestrutura viveu uma tendência de privatização, com concessões em portos e aeroportos. A economia também saiu da recessão, depois de dois anos, e a inflação ficou abaixo de 3%.

Tecnologia e redes sociais

Naquele ano, a Apple lançou o iPhone 10, o primeiro com Face ID e sem o botão inicial. A Inteligência Artificial ainda não tinha chegado ao nível do ChatGPT, mas o AlphaGo, programa de computador da Google, venceu jogadores humanos em jogos de tabuleiro pela primeira vez.

A SpaceX, do Elon Musk, reutilizou pela primeira vez um foguete, o Falcon 9, dois anos depois de tê-lo lançado em órbita. E, falando em Elon Musk, não havia sequer intenção declarada do magnata de comprar o Twitter, renomeado hoje para X.

Entre as redes sociais, o TikTok ainda não existia. Existia, sim, o Vine, que tinha a mesma proposta de vídeos curtos e fez muito sucesso nos EUA até ser desativado em 2017.

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Esporte

No futebol, Messi e Cristiano Ronaldo eram dominantes. O Palmeiras havia acabado de ganhar o Brasileirão em 2016 depois de duas décadas de jejum, comandado por Cuca e com Gabriel Jesus no elenco, mas nem sonhava na chegada de Abel Ferreira.

O Grêmio, de Renato Gaúcho, ganharia a Libertadores de 2017. O Real Madrid conquistaria a Liga dos Campeões pelo segundo ano consecutivo.

Os tenistas Roger Federer e Rafael Nadal ainda estavam em atividade – e em alto nível. As duas lendas do tênis ganharam os quatro grand slams daquele ano (o suíço ganhou Austrália Open e Wimbledon, e o espanhol, US Open e Roland Garros).

Na NBA, o Golden State Warriors vivia sua hegemonia e vencia o Cleveland Cavaliers, de Lebron James, por quatro jogos a um.

A equipe possuía um dos melhores elencos da história da NBA: Stephen Curry e Daymond Green (ainda hoje na equipe), Kevin Durant, Klay Thompson e Andre Iguodala eram alguns de seus nomes

Cultura

Nos Estados Unidos, o Oscar premiou Moonlight, lançado em 2016, como melhor filme. O ano teve o lançamento de Corra, do Jordan Peele, e Dunkirk, do Cristopher Nolan, filmes com grande repercussão no Brasil.

Na música, o hit Despacito, do porto-rinquenho Luis Fonsi, dominou a rádio e antecipou a onda da música de Porto Rico que se viu nos anos seguintes com Bad Bunny, que havia acabado de lançar o primeiro single em 2016.

Despacito também foi uma febre no Brasil, mas dividiu a rádio com hits como Paradinha, de Anitta, e K.O., da Pabllo Vittar, que lançou o primeiro disco, Vai Passar Mal, em janeiro de 2017.

Na TV aberta, o domingo ainda possuía o Programa do Faustão na Globo e Silvio Santos no SBT.

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Assaí

O BB Investimentos iniciou a cobertura das ações da Assaí (ASAI3), recomendando compra e estabelecendo um preço-alvo de R$ 12 para o final de 2025, com potencial de valorização de 117,8% frente ao último fechamento.

A análise ressalta a posição consolidada do Assaí no setor de atacarejo, com modelo de negócios resiliente e em constante expansão, mesmo em cenários macroeconômicos desafiadores.

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O relatório da analista Andréa Aznar aponta que o Assaí, a segunda maior empresa do setor supermercadista no Brasil, tem apresentado sólida execução estratégica, com destaque para a conversão de lojas Extra e um plano consistente de abertura de novas unidades.

O Assaí opera exclusivamente no formato de atacarejo, que atualmente responde por 49% do faturamento do setor. “A especialização no segmento garante visibilidade e reconhecimento únicos no mercado brasileiro”, afirma Andréa Aznar.

Desde 2021, a empresa converteu 66 lojas da bandeira Extra, aumentando em 400 mil m² sua área de vendas. Essas unidades demonstram rentabilidade superior, contribuindo para a maturação rápida e resultados acima da média.

Com operações em 24 estados e no Distrito Federal, o Assaí adota um modelo de gestão regional que adapta estratégias às necessidades locais, fortalecendo a relação com o consumidor e aumentando a recorrência de compras.

A companhia relançou o aplicativo Meu Assaí, integrando o físico e o digital. “O app registra mais de 14 milhões de clientes identificados, oferecendo ofertas personalizadas e ativando descontos diretamente nas lojas”, destaca o relatório.

Mesmo com o aumento da taxa de juros e pressão inflacionária, o Assaí se beneficia da alta demanda por preços baixos, característica do formato de atacarejo. O setor tem demonstrado forte resiliência mesmo em cenários adversos.

A alavancagem financeira permanece como um dos desafios da companhia, mas o plano de geração de caixa e diminuição das dívidas reflete positivamente no guidance para 2025.

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O Assaí estruturou sua estratégia em três pilares: eficiência operacional, desenvolvimento social e gestão ética. Projetos como o Instituto Assaí já impactaram mais de 2 mil empreendedores e doaram milhões de refeições.

Com preço-alvo de R$ 12, o relatório vê as ações subvalorizadas no mercado, considerando a robustez do modelo de negócios, expansão contínua e execução eficiente.

O Assaí é considerado uma opção sólida para investidores em busca de ativos resilientes.

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Prio Mercados

A Prio (PRIO3), que completa dez anos neste mês, tem planos de participar pela primeira vez este ano de um leilão de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A licitação está prevista pelo governo para junho e o foco da petroleira será buscar blocos próximos aos seus ativos. Com isso, a empresa espera aproveitar a sinergia entre as suas operações. A companhia também tem interesse na fatia da Equinor no campo de Peregrino, onde adquiriu 40% participação no ano passado.

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De acordo com o presidente da Prio, Roberto Monteiro, a consolidação do setor entre as chamadas petroleiras “juniors” ainda não terminou e pode abrir oportunidades.

“Nós somos uma companhia que saiu de seis mil barris por dia de petróleo, em 2015, com 100 pessoas trabalhando, para uma companhia de aproximadamente 120 mil barris por dia (bpd), com 2 mil pessoas”, disse Monteiro ao Estadão/Broadcast.

Ele lembra que, no começo, foi preciso estender a vida útil do campo de Polvo, que seria abandonado em 2016 pelo antigo controlador.

Mais valor

As ações da Prio acompanharam essa evolução, saindo de alguns centavos em 2015 para um patamar acima de R$ 40 atualmente. Na avaliação de Monteiro e de alguns bancos de investimento, elas ainda não refletem o real valor da companhia. O gatilho para a alta dos papéis será a liberação das licenças ambientais pendentes no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “(Temos) Uma fila indiana de uns dez pedidos”, diz ele, ressaltando que todas as informações pedidas foram atendidas e que o problema é a falta de pessoal no órgão ambiental.

Além do campo de Wahoo, a demora do Ibama tem segurado também a produção do campo de Tubarão Martelo, que está com dois poços parados há um ano à espera de anuência para a troca de duas bombas da plataforma. Com isso, a produção que poderia ser de 16 mil bpd tem sido de 12 mil bpd, informou Monteiro.

“A gente teve um ano de 2024 difícil, por conta de licenciamento do Ibama, e esse continua sendo o grande gatilho para a valorização das nossas ações. Mas houve coisas positivas: ganhamos uma arbitragem contra a (petroleira) IBV, por 36% do campo de Wahoo, compramos parte de Peregrino, e mesmo assim nossa ação não se mexeu. Achamos que tem um grande catalisador que deve acontecer, que é o licenciamento ambiental”, afirmou.

Segundo ele, o pedido de licenciamento referente a Wahoo envolve a perfuração de quatro poços, que podem chegar a seis, e a instalação de linhas do sistema de produção. Os equipamentos para realizar as atividades (sonda e navio de lançamento de linhas flexíveis) são de propriedade da Prio. Já o navio de lançamento de linhas rígidas é terceirizado e custa o preço de uma sonda, explicou Monteiro.

“Até o final do mês vamos ter de tomar a decisão se estendemos ou não o contrato desse navio”, disse, informando que o custo do projeto de Wahoo é de US$ 800 milhões (R$ 4,8 bilhões) e já foram gastos US$ 600 milhões (R$ 3,6 bilhões) em equipamentos.

Monteiro pretende continuar a preparar terreno para os planos internacionais da companhia no Golfo do México.

Já para 2026, a previsão de Monteiro é focar no redesenvolvimento do campo de Albacora Leste, na bacia de Campos, adquirido em 2023, que segundo ele deverá ter o mesmo tratamento do campo de Frade, que passou dos 17 mil bpd para 60 mil bpd após a revitalização. “É um campo que pode ter o mesmo potencial de Frade. Em 2025, será Wahoo, e em 2026, Albacora”, disse Monteiro sobre os focos da companhia.

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EUA ,TikTok

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo, 19, que planeja emitir uma ordem executiva que daria à empresa controladora do TikTok, baseada na China, mais tempo para encontrar um comprador aprovado antes que a popular plataforma de compartilhamento de vídeos fique sujeita a uma proibição permanente nos EUA.

Trump anunciou a decisão em uma postagem em sua conta no Truth Social.

Ele disse que sua ordem iria “estender o período antes que as proibições da lei entrem em vigor” e “confirmar que não haverá responsabilidade para qualquer empresa que ajudou a manter o TikTok ativo antes da minha ordem. Os americanos merecem ver nossa emocionante Posse na segunda-feira, bem como outros eventos e conversas,” escreveu Trump.

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A lei dá ao presidente em exercício a autoridade para conceder uma extensão de 90 dias se uma venda viável estiver em andamento.

Embora os investidores tenham feito algumas ofertas, a ByteDance anteriormente disse que não venderia. Em sua postagem Trump disse que “gostaria que os Estados Unidos tivessem uma posição de 50% da propriedade em uma joint venture”, mas não ficou claro se ele estava se referindo ao governo ou a uma empresa americana.

“Fazendo isso, nós salvamos o TikTok, mantemos nas mãos certas e permitimos que continue,” escreveu Trump. “Sem a aprovação dos EUA, não há Tik Tok. Com nossa aprovação, vale centenas de bilhões de dólares talvez trilhões.”

Escritório do TikTok na Califórnia, EUA
Escritório do TikTok na Califórnia, EUA (imagem: Reuters/Mike Blake/Arquivo)

A lei federal exigia que a ByteDance cortasse laços com a operação do TikTok nos EUA até domingo devido a preocupações de segurança nacional apresentadas pelas raízes chinesas do aplicativo.

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A lei foi aprovada com amplo apoio bipartidário em abril, e o presidente dos EUA, Joe Biden, a assinou rapidamente.

O TikTok e a ByteDance questionaram a lei na justiça com base nos direitos da Primeira Emenda, e a Suprema Corte dos EUA confirmou o estatuto na sexta-feira.

(Com Estadão Conteúdo)

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Javier Milei

O governo de Javier Milei, na Argentina, começou a implementar, na sexta-feira, medidas para facilitar o uso de moedas estrangeiras no dia a dia.

Entre elas, está a possibilidade de as etiquetas exibirem os preços dos produtos em pesos e em moedas estrangeiras e de os consumidores realizarem o pagamento em dólar com cartão de débito.

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O ministro da Economia, Luis Caputo, adiantou na sua conta da rede X, na quinta-feira, que “os preços de bens e serviços poderão ser mostrados em dólares americanos ou em outra moeda estrangeira, além de figurar em pesos, indicando o valor total e final que o consumidor deve pagar”.

Milei, que assumiu o poder no final de 2023, havia anunciado recentemente para 2025 a adoção do câmbio livre que vinha prometendo havia meses e o fim do chamado “cepo cambial”, as restrições para a compra de dólares, divisa com a qual a população historicamente protege suas economias das recorrentes desvalorizações e dos cenários de instabilidade financeira.

As novas normas, opcionais para os comerciantes, substituem uma resolução em vigor desde 2002 que só permitia a exibição de preços em moeda americana em lojas com menor relevância visual.

A regra não estabelece qual taxa de câmbio deve ser aplicada nas transações. Na Argentina há diversas cotações do dólar.

No mercado oficial, a moeda era negociada na sexta-feira a 1.063 pesos. No mercado paralelo, era negociada a 1.235 pesos.

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Economia ‘Bionetária’

O Banco Central argentino anunciou a autorização de pagamentos em dólares com cartões de débito a partir de 28 de fevereiro, o que aos olhos dos analistas visa promover uma economia “bimonetária” e impulsionar o consumo.

Segundo o órgão, pagamentos poderão ser feitos com cartões vinculados a contas em dólares e não envolverão operação de câmbio porque o preço do produto ou serviço será estabelecido nessa moeda.

Custos como tarifas e comissões serão os mesmos das operações em pesos.

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Mercados Ações Carteira Ibovespa

O time de análise do PagBank avalia que o ciclo de baixa do Ibovespa (IBOV) está próximo de terminar, revelam Breno Rao e
Bianca Passerini em um relatório enviado a clientes.

“O índice devolveu toda a alta do ano de 2024 e voltou para o último fundo da tendência de alta, no suporte dos 118.685 pontos. Atualmente, os cenários quantitativo e técnico sugerem que o ciclo de baixa pode estar próximo de terminar”, ressaltam.

Há sustentação no suporte dos 118.685 e, logo abaixo, encontra-se a média de 200 períodos. “O posicionamento para a próxima semana é de otimismo com o mercado acionário brasileiro”, pontuam.

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Quais ações comprar agora?

Rao e Passerini decidiram, para esta semana, retirar as ações BB Seguridade (BBSE3), Equatorial (EQTL3), Marfrig (MRFG3) e Banco do Brasil (BBAS3) de seu portfólio. Nos seus lugares, foram colocadas Itaú (ITUB4), Caixa Seguridade (CXSE3), Marcopolo (POMO4) e Bradespar (BRAP4). A Embraer (EMBR3) foi mantida.

Bradespar – A ação da Bradespar parece ter encontrado fundo nos R$ 15,47 e, agora, deve ultrapassar a resistência de sua média móvel exponencial de 200 períodos para buscar os R$ 19,21. Atualmente, suas bandas de Bollinger estão estreitas.

Caixa Seguridade – A ação da Caixa Seguridade tem suporte nos R$ 13,97 e deve ultrapassar a resistência de sua banda de Bollinger superior nos R$ 15,38 para buscar o alvo dos R$ 17,07, ponto que representaria a renovação de sua máxima histórica, atualmente em R$ 16,16.

Aeronave C-390 Millennium, da Embraer
Aeronave C-390 Millennium, da Embraer (Imagem: Divulgação/ Embraer)

Embraer – Em tendência de alta, a ação da Embraer tem suporte nos R$ 37,81 e ultrapassou a resistência dos R$ 58,65 para renovar máxima histórica nos R$ 60,72. Agora, seu objetivo imediato é buscar esse último ponto de novo. Atualmente, o papel trabalha acima de sua média móvel exponencial de 200 períodos com um saldo de volume que apresenta topos e fundos ascendentes.

Itaú – Em tendência de alta, a ação do Itaú tem suporte nos R$ 29,68 e deve ultrapassar a resistência dos R$ 32,74 para buscar os R$ 36,01. Suas bandas de Bollinger estão estreitas e o papel trabalha acima de sua média móvel exponencial de 200 períodos atualmente. Além disso, apresenta um saldo de volume com topos e fundos ascendentes.

Marcopolo – Em tendência de alta, a ação da Marcopolo tem suporte nos R$ 7,25 e deve buscar a resistência dos R$ 8,85, seu objetivo imediato. Suas bandas de Bollinger estão fechadas e o papel trabalha acima de sua média móvel exponencial de 200 períodos atualmente com um saldo de volume que acompanha o preço.

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FIIs Fundos Imobiliários

A decisão do presidente Lula de vetar a isenção de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e Fiagros, anunciada em 16 de janeiro, trouxe incertezas ao mercado. Segundo análise da XP Investimentos, os impactos dependerão de desdobramentos no Congresso e podem afetar o desempenho do setor a longo prazo.

Os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton destacam que, mesmo diante do veto, há chances de reversão no Legislativo, especialmente devido à influência da bancada do agronegócio. Apesar disso, o mercado já reage com maior volatilidade, enquanto investidores ponderam os possíveis cenários de impacto fiscal sobre os fundos.

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O que a XP disse sobre o mercado de FIIs?

O veto presidencial ainda depende do Congresso para aprovação final. Segundo a análise, “a decisão pode enfrentar grande resistência, principalmente devido à força da bancada do agronegócio.” A possibilidade de reversão é uma variável crucial para determinar o futuro dos FIIs e Fiagros.

Dividendos de fundos com mais de 100 cotistas permanecem isentos. Este é um ponto de alívio para investidores, conforme os analistas: “Ainda que a isenção de CBS e IBS seja vetada, os dividendos não serão afetados em fundos que atendam a este critério.”

Diferenciação entre fundos de papel e de tijolo é possível. A XP acredita que o Congresso pode adotar distinções entre esses tipos de fundo, caso a tributação seja confirmada: “Acreditamos que poderia haver diferenças de impacto entre os fundos.”

Muitos fundos já negociam com descontos patrimoniais significativos. A análise aponta oportunidades para investidores, mesmo em um cenário de taxação: “É possível que já exista margem de segurança suficiente para investimentos na classe.”

Impactos ocorreriam gradualmente. A XP ressalta que, mesmo aprovada, a transição para o novo regime será gradual, diluindo os efeitos ao longo dos próximos anos.

Volatilidade deve crescer no curto prazo. “Entendemos que a reação inicial do mercado deve ser negativa, mas os impactos de longo prazo ainda são incertos”, afirmam os analistas.

Avaliação final depende da decisão no Congresso. A XP conclui que será necessário aguardar o desfecho do veto para entender plenamente as consequências para o mercado: “Somente após a aprovação do veto será possível mensurar o impacto negativo real.”

Impacto de até 12%. Segundo a Nord Research, com o fim da isenção para fundos de investimento, estimativas iniciais apontam uma possível redução entre 10% e 12% na rentabilidade dos cotistas, além das incertezas jurídicas e potenciais distorções nos contratos de locação relacionados a esses veículos.

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Íris, escanear

É por uma portinha na região da Avenida Paulista que as pessoas vão chegando uma a uma, com celulares em mãos. Elas baixaram um aplicativo em casa, agendaram horário e estão esperando a vez de ter a íris escaneada em troca de criptomoedas. Na fila, a maioria das pessoas não sabe dizer para que serve isso. A maioria está ali por causa do dinheiro.

Uma delas é o motoboy Bruno Barbosa Souza, 25 anos. “Foi um colega meu que indicou. Me disse que eles davam dinheiro, em torno de R$ 400 para ler a retina do olho, alguma coisa assim. Não sei para o que eles estão fazendo isso”, disse.

Souza informou que o processo é simples. Basta entrar no aplicativo, colocar seus dados pessoais e fazer o agendamento. “Um amigo me falou que paga em bitcoin (BTCUSD), algo assim. Estou precisando do dinheiro. Você faz hoje e o dinheiro já está caindo amanhã. Ele recebeu em torno de R$ 450.”

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O atendente Wallace Weslley, 31 anos, também foi motivado pelo dinheiro. Ele participou do processo há algumas semanas e hoje esteve no mesmo endereço na Rua Carlos Sampaio para levar a esposa.

“Ela se cadastrou nesse negócio da World. Vi que, através da íris, eles conseguem se aprofundar em tudo, eles conseguem informações que a gente nem sabia que tinha. Eu já fiz também. Eu fiz faz uns 15 dias e recebi em torno de R$ 200. Em 24 horas, o dinheiro fica disponível. Você coloca o olho em uma máquina e tira também uma selfie com o seu celular. Eles me falaram que estão fazendo isso para ter uma segurança referente aos nossos dados.”

“Eu vi uma reportagem falando que não é só isso, e que através da íris dos olhos eles podem estar coletando informações que ninguém mais tem, a não ser eles. Tenho receio disso, muito receio. Vi muita gente fazendo isso, mas dá um pouco de receio. Mas tá todo mundo apertado [de dinheiro]”, relatou.

O casal Jurema Peres Panzetti, 72 anos, e José Virgílio, 73 anos, esteve neste endereço na região da Avenida Paulista na manhã de sexta-feira (17).

“A gente viu o anúncio para coletar a íris. Eles pagam em torno de 45 worldcoins”, contaram. “E liberam 20 moedas (worldcoin) para resgatar em até 48 horas e o restante, parcelando durante um ano”, explicou o marido.

Segundo Jurema, antes do escaneamento da retina, um vídeo é apresentado às pessoas para explicar sobre a empresa. “Eles passaram um vídeo [antes do escaneamento] explicando o que é.

Daí você faz a fotografia da íris e ai eles passam um outro filme dizendo como você resgata [o dinheiro]. É tudo bem explicado”, falou Jurema. “Eles falam que, em princípio, é para você garantir que você é um ser humano.

E dizem que os dados não ficam armazenados. Assim que você tira a foto, ela é criptografada e os dados somem. Essa é a recíproca da boa-fé. Vocês têm que acreditar neles”, reforçou o marido.

A reportagem da Agência Brasil conversou com muitas pessoas no local. A maioria delas contou que, se fosse de graça, não estariam participando do projeto.

Uma delas contou que participou do projeto em dezembro e que, naquela oportunidade, não foi passado nenhum vídeo. Segundo ela, não houve qualquer explicação sobre o que era o projeto, nem mesmo pelo aplicativo. Ela fez pelo dinheiro e só depois foi pesquisar sobre o que se tratava.

A íris

O local de verificação, na Rua Carlos Sampaio, é apenas um entre os vários endereços espalhados pela capital paulista para o escaneamento da íris. Em alguns deles – disse uma pessoa que não quis se identificar – formam-se filas gigantescas em busca de pagamento.

De acordo com Nathan Paschoalini, pesquisador da área de governança e regulação da Data Privacy Brasil, até o momento, mais de um milhão de pessoas já baixou o aplicativo e mais de 400 mil pessoas no Brasil já fizeram o que se chama de “verificação da humanidade”. Segundo ele, é uma forma de se provar que elas são reais e não robôs, já que a íris, assim como as impressões digitais, são únicas. Embora as íris tenham uma vantagem: ela chega a níveis maiores de precisão.

“A íris é dotada de uma característica muito específica, que é a unicidade. Ou seja, cada indivíduo vai ter uma íris única, em que suas características são preservadas ao longo de toda a duração de sua vida, de forma estável. A não ser que aconteça algum tipo de acidente, ela preserva todas as características ao longo da vida da pessoa. Por conta disso, a gente pode dizer que ela tem um papel de identificador único e extremamente preciso”, explicou Paschoalini.

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Tools for Humanity

Por trás do escaneamento da íris está a empresa de tecnologia Tools for Humanity, presente em 39 países, e que desenvolve o projeto World ID, um sistema que se vale dos padrões da íris para criar um código de validação, impossível de ser reproduzido por inteligência artificial.

A empresa é responsável pela fabricação de uma câmera avançada (Orb) que busca diferenciar humanos de robôs e inteligências artificiais.

Um dos fundadores é Sam Altman, CEO da OpenIA, empresa do ChatGPT. Por meio de nota, a rede World informou que “está criando as ferramentas que as pessoas precisam para se preparar para a era da IA (inteligência artificial), ao mesmo tempo preservando a privacidade individual”.

Íris, escanear
(Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil)

“Dados biométricos como digitais dos dedos, formato da face, voz, íris dos olhos, são marcadores exclusivos que identificam uma pessoa. Diferentemente de uma senha que pode ser redefinida a qualquer tempo, as informações biométricas identificarão uma pessoa durante toda a sua vida. Por isso, a coleta, processamento e armazenamento desenfreado e generalizado de dados biométricos preocupa tanto do ponto de vista da privacidade e até mesmo dos direitos humanos.”

Riscos

“Não sabemos ainda como essas informações serão utilizadas quando associadas em conjunto com algoritmos avançados, além da inteligência artificial (IA), podendo ser aberta uma porta para abusos, crimes e irregularidades”, alerta Karen Borges, gerente Adjunta da Assessoria Jurídica do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Após ter a imagem da sua íris coletada, a empresa paga cerca de 48 worldcoins [tokens de gestão da rede], uma espécie de criptomoeda da própria empresa, que pode ser convertida em criptomoedas ou em reais e depois sacada.

Por se tratar de uma criptomoeda, o valor da worldcoin varia com frequência. Segundo o site Coinbase a moeda estava avaliada em R$ 13,22, às 18h do dia 16 de janeiro.

Tudo isso parece razoavelmente simples, mas especialistas alertam que o escaneamento de íris pode representar riscos à segurança e à privacidade dos dados.

“Estamos falando de um dado biométrico único em termos de dado pessoal, é um dado que é capaz de te identificar e te autenticar desde o início da sua vida até o final dela. Então existe uma sensibilidade muito grande em ceder esse tipo de dado para uma iniciativa como essa. Não só como essa, mas como outras que possam surgir no mesmo formato da WorldID. Então, o que eu diria é o seguinte, as pessoas devem refletir sobre o tipo de dado que está sendo coletado e para o que estão consentindo no fornecimento desses dados”, avisou Paschoalini.

Pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a íris é considerada um dado biométrico ou um dado pessoal sensível. E, por isso, para trabalhar com esses dados, é necessário consentimento, como a empresa tem feito por meio do aplicativo. No entanto, esclareceu Paschoalini, esse consentimento precisa ser qualificado.

“Estamos falando de consentimento qualificado, definido pela LGPD como uma manifestação livre, inequívoca e informada. O que tem um ponto de preocupação é o fato de haver compensação financeira. Ainda que a empresa afirme que não é um pagamento pelo consentimento, o que temos visto é que existe uma associação imediata entre o recebimento dos valores financeiros e autorização para o escaneamento da íris. Ou seja, a impressão que passa é a de que o sujeito não está indo lá coletar a sua íris pela finalidade de se autenticar online, mas sim interessado em receber aqueles valores prometidos e oferecidos. ERstamos falando de pessoas potencialmente mais pobres aderindo a essa prática.”

“Não há dúvidas de que a coleta de dados por dinheiro é uma prática duvidosa, podendo ser caracterizada como exploração de populações vulneráveis. O dinheiro acaba sendo um atrativo no primeiro momento, fazendo com as pessoas desconsiderem os riscos por trás da iniciativa, a exemplo do risco de vazamento de marcadores exclusivos de identificação. Por isso, é fundamental que as autoridades investiguem esse tipo de iniciativa, garantindo que o direito à privacidade e proteção aos dados dos titulares sejam respeitados”, ressaltou Karen Borges.

Escolha própria

Rodrigo Tozzi, chefe de operações no Brasil da Tools for Humanity, empresa colaboradora do protocolo World, nega que a empresa faça algum pagamento.

“Os usuários que verificam sua humanidade podem escolher serem recompensados com unidades de um token, um ativo virtual, chamado Worldcoin. Fazendo uma comparação, é como se fosse uma ação do protocolo, que pode ser vendida no mercado, como se vende uma ação em bolsa, e o valor obtido dependerá do valor do ativo no momento da venda. Atualmente, os usuários recebem 48 Worldcoins no total. São 20 Worldcoins 48 horas após o momento do escaneamento, e as outras 28 divididas pelos próximos 12 meses após o escaneamento. Trata-se de um incentivo à adoção da prova de humanidade”, explicou.

Segurança e transparência dos dados

Outro risco que Paschoalini vê no procedimento que está sendo adotado pela empresa é de que ela não tem garantida a segurança e a anonimização dos dados.

“E isso pode gerar riscos, como o de vazamento de dados. E aí, especialmente com dados pessoais sensíveis e biométricos como a íris, você pode escalar para situações de violações a direitos de não discriminação ou para a própria dificuldade ou impossibilidade de autenticar aquela pessoa verdadeiramente, considerando que foi rompida a relação de confiança que existia no processo de tratamento de dados”, disse Paschoalini.

A gerente do NIC.br alerta também sobre a questão da transparência no processo de coleta e no processamento e armazenamento dos dados. “Um dos princípios da LGPD é a transparência.

Por isso, é fundamental que essas pessoas tenham conhecimento sobre o tratamento de seus dados pessoais, identifiquem uma finalidade clara ao procedimento que estão se submetendo, leiam atentamente o termo de consentimento que estão assinando e avaliem a real necessidade da coleta de seus dados biométricos para a finalidade indicada”, disse.

Por meio de nota, a Fundação World Foundation disse que “não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questões”.

“A Fundação World Foundation acredita que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas preocupações. A Fundação World está em total conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde a World opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei de Proteção de Dados Pessoais do Brasil ou LGPD (13.709/2018). Por meio do uso de tecnologia de ponta, a World define os mais altos padrões de privacidade e segurança e incorpora recursos avançados de preservação da privacidade”, informou.

Empresa

À Agência Brasil, Rodrigo Tozzi, chefe de operações no Brasil da Tools for Humanity, empresa colaboradora do protocolo World, explicou que a World “é um protocolo aberto e descentralizado que tem como objetivo ajudar as pessoas a diferenciar interações humanas reais daquelas impulsionadas por inteligência artificial (IA), além de aumentar o acesso à economia digital global e proteger a confiança e a privacidade online”.

Segundo Tozzi, com os desafios propostos pela inteligência artificial tais como as deepfakes, as fraudes de identidade e a desinformação, “uma prova de humanidade se impõe como condição para que humanos e IA coexistam de forma segura e produtiva no ambiente digital”.

Tozzi informou que a empresa está faz com o escaneamento de íris é uma verificação de humanidade e que a empresa preza pela anonimização dos dados.

Seres humanos únicos

“Para verificar sua humanidade, os interessados maiores de 18 anos devem baixar o World App e agendar um horário em um dos locais de verificação espalhados por São Paulo. Lá, um dispositivo de última geração chamado Orb, que se assemelha a uma câmera fotográfica de alta resolução, captura uma imagem do olho e do rosto, que é imediatamente convertida por algoritmos em uma representação numérica chamada de código de íris. A íris é a maneira mais segura e confiável de verificar que as pessoas são seres humanos únicos sem solicitar dados pessoais identificáveis como nome, idade, endereço ou documento. As imagens originais da íris são então criptografadas de ponta-a-ponta, enviadas para o telefone da pessoa e prontamente deletadas da Orb”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que os códigos de íris são fracionados por meio de criptografia avançada e então armazenados em “nós computacionais operados por universidades e terceiros confiáveis, como as Universidades de Berkeley, nos Estados Unidos, e Friedrich Alexander Erlangen-Nürnberg, na Alemanha.

Os fragmentos criptografados não revelam nada sobre o indivíduo nem podem ser efetivamente vinculados de volta a ele. A World assegura a efetiva anonimização dos dados”, disse.

Para ele, as preocupações dos especialistas se deve principalmente “à falta de informações confiáveis a respeito do projeto e de suas premissas”.

“A World não coloca em risco a privacidade das pessoas, muito pelo contrário, é uma rede projetada para proteger a privacidade, permitindo uma prova de humanidade privada e anônima, sem a necessidade de saber informações pessoais, como nome, documento, telefone ou e-mail. A World não armazena dados pessoais dos usuários. O protocolo sequer solicita dados pessoais. A única informação exigida dos usuários é uma comprovação de que são maiores de idade, via apresentação de documento pessoal nos locais de verificação”, disse o chefe de operações no Brasil.

Fiscalização

Preocupada com os possíveis riscos, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública instaurou um processo de fiscalização para “investigar o tratamento de dados biométricos de usuários no contexto do projeto World ID”.

Para essa fiscalização, a ANPD pediu que a Tools for Humanity preste esclarecimentos sobre alguns pontos como o contexto em que ocorrem estas atividades e a transparência no tratamento dos dados pessoais dessas pessoas que têm sua íris escaneada.

Em nota publicada na última quinta-feira, o órgão informou que a Tools for Humanity encaminhou os documentos e as informações requeridas. “Atualmente, o processo encontra-se em fase de análise da documentação apresentada e o seu andamento pode ser acompanhado por qualquer interessado, por meio do módulo de pesquisa pública da ANPD, localizado no 

“Os dados pessoais biométricos, tais como a palma da mão, as digitais dos dedos, a retina ou a íris dos olhos, o formato da face, a voz e a maneira de andar constituem dados pessoais sensíveis. Em razão dos riscos mais elevados que o tratamento desse tipo de dado pessoal pode oferecer, o legislador conferiu a eles regime de proteção mais rigoroso, limitando as hipóteses legais que autorizam o seu tratamento”, informou a ANPD.

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Ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de negar a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi repercutida pelos principais jornais internacionais nos últimos dias.

O ex-presidente está com o passaporte retido como medida cautelar da investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Com a negativa do Supremo, Bolsonaro não irá à posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos que assume o cargo nesta segunda-feira, 20.

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O jornal americano The New York Times repercutiu a proibição com uma análise das semelhanças entre Bolsonaro e Trump, e por qual razão os dois políticos traçaram caminhos diferentes desde o momento em que deixaram o poder.

Segundo a reportagem, “Trump está voltando ao poder, enquanto Bolsonaro encara a prisão”.

Segundo o jornal, o ex-presidente brasileiro tomou um caminho diferente do adotado pelo presidente eleito americano porque, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, as autoridades eleitorais do Brasil foram ágeis em torná-lo inelegível e seu grupo político, desde então, só lhe ofereceu um “apoio morno”.

O jornal The Wall Street Journal, dos Estados Unidos, mostrou que Bolsonaro não irá à posse de Trump mesmo sendo um dos “mais próximos aliados” do presidente eleito na América Latina e com um convite para o evento.

O jornal americano The Washington Post destacou os argumentos da decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, como o de que Bolsonaro não detém posição que lhe confira a representação oficial do Brasil na posse de uma autoridade estrangeira.

A reportagem detalhou o histórico de conflitos na Justiça entre Moraes e Bolsonaro e cita que o ex-presidente considera o magistrado um “inimigo pessoal”.

Ex-Presidente Jair Bolsonaro
(Imagem: Facebook/ Jair Bolsonaro)

O britânico The Guardian afirmou que, após a negativa da Suprema Corte brasileira, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) representará o pai na posse de Trump. O jornal afirmou que o deputado federal é um potencial candidato para a eleição presidencial de 2026.

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O El País, da Espanha, relembrou que o bolsonarismo celebrou “com euforia” a vitória de Trump em novembro de 2024.

A proibição da viagem de Bolsonaro também foi repercutida pela Al Jazeera, do Qatar, e pelo francês Le Figaro.

Enquanto o principal jornal do Oriente Médio destacou que o ex-presidente brasileiro se sente vítima de “lawfare”, termo em inglês para “perseguição judicial”, o jornal francês citou que, além da investigação por golpe de Estado que retirou seu passaporte, Bolsonaro foi condenado em uma ação eleitoral que o torna inapto a concorrer a cargos eletivos até 2030.

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Donald Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou sua própria criptomoeda na noite de sexta-feira.

A moeda meme $TRUMP subiu para US$ 6 bilhões em valor de mercado na tarde de sábado, com a maior parte dela detida por Trump e seus negócios.

Trump declarou $TRUMP como sua moeda oficial nas redes sociais. Várias outras moedas da marca Trump estão por aí, mas nenhuma com o seu endosso.

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A moeda $TRUMP era negociada a US$ 30,48, com salto de 369% em seu valor nas 24 horas até as 15h15 (de Brasília).

A capitalização de mercado é pouco acima de US$ 6 bilhões, de acordo com CoinMarketCap.com.

O site $TRUMP diz que 80% da moeda meme é de propriedade da CIC Digital, afiliada da Trump Organization, e de uma entidade co-proprietária da CIC chamada Fight Fight Fight.

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O lançamento ocorre pouco antes da posse de Trump na segunda-feira. Trump supostamente emitirá ordens executivas sobre bitcoin e a indústria de criptografia em seu primeiro dia ou logo depois.

Espera-se que ele adote um toque regulatório mais leve. Durante a campanha, Trump também disse que criaria uma reserva estratégica de bitcoin.

O bitcoin era negociado em queda de 0,54%, a US$ 103.897,60, nas 24 horas até o horário acima, após ter subido a US$ 105.865,22 mais cedo neste sábado, devido aos relatos de iminentes ordens executivas de Trump sobre o bitcoin. 

(Com Estadão Conteúdo)

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Terrenos Brasil Lula

O volume de imóveis pelo governo Lula oferecidos para vendas despencou em 2024. Utilizados como estratégia de eficiência para gestão patrimonial, os leilões para transferência de prédios e terrenos públicos renderam apenas R$ 5,7 milhões no último ano, redução de 88,5% com relação a 2023 e de 98% na comparação com as operações de 2022, quando foram arrecadados R$ 374,5 milhões. O número de unidades vendidas foi de 113 em 2022, 28 em 2023 e somente nove em 2024.

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Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) elaborado em 2023 e publicado em fevereiro do ano passado concluiu que a estrutura da Secretaria de Patrimônio Público (SPU) é insuficiente para gerir o volumoso patrimônio imobiliário federal, com 764 mil imóveis. Desses, o Estado usa 49,7 mil e cede a maioria dos demais para diferentes usos, podendo cobrar taxas mensais ou anuais. O TCU orientou que, para melhorar a gestão, havia, no período de levantamento, oportunidade imediata de geração de receita com venda de 2.487 endereços vagos e 342 invadidos.

A venda do estoque de imóveis sem uso contava com o entusiasmo do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, que chegou a dizer observar potencial de até R$ 1 trilhão para o Tesouro. Entre 2019 e 2022 o governo de Jair Bolsonaro vendeu 308 imóveis, rendendo R$ 833,6 milhões, uma média anual de R$ 208,4 milhões, 125% mais que em 2018, durante o último ano do governo de Michel Temer (MDB), sendo esse o ano mais antigo com dados disponíveis.

As propriedades da União têm ampla variedade de tipos, incluindo construções, terrenos, ilhas e espelhos d’água, sendo que cada categoria possui características e possíveis destinações específicas. Do total, 229 mil são ilhas. Apesar de ser centralizada na SPU, a gestão dos imóveis abrange processos transversais, que envolvem outros órgãos do governo, como o Exército, Ministério das Cidades, Incra, Caixa Econômica Federal e Universidades e Institutos Federais.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Gastos
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Imagem: Ricardo Stuckert / PR)

Mudança de estratégia

Com a troca no comando do Palácio do Planalto no início de 2023, a partir do retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Executivo decidiu rever a política de vendas. Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou o “Imóvel da Gente”, programa que tem como meta ceder ou vender mil imóveis até 2026 com foco principal em políticas habitacionais.

Na época do anúncio do programa de transferências dos imóveis federais, a ministra da Gestão, Esther Dweck, disse que a facilitação das vendas durante os anos anteriores teria se mostrado frágil. Dweck citou leilões que não despertaram o interesse da iniciativa privada, tendo casos de vendas que não atraíram propostas e outros arrematados por R$ 50 mil, R$ 30 mil e até R$ 5 mil, abaixo do valor de mercado.

O apontamento é amparado por relatório do TCU, que concluiu, em novembro de 2021, que havia baixa efetividade na estratégia de vendas praticada pela gestão federal da época. O processo aponta que a Secretaria de Patrimônio colocou 243 imóveis à venda entre 26 de agosto de 2020 e 31 de julho de 2021. No entanto, apenas 65 foram comprados, uma taxa de êxito de apenas 27%. Em valores monetários, os imóveis oferecidos representavam R$ 1,34 bilhão e, os arrematados, cerca de R$ 119 milhões.

O Ministério da Gestão, em resposta ao Estadão/Broadcast, disse que a mudança na estratégia de destinação altera o olhar sobre o potencial dos imóveis. “O governo anterior tinha uma lógica de venda do patrimônio, muitas vezes abaixo do valor de mercado. O Imóvel da Gente inverte essa lógica, valorizando o patrimônio público e dando destinação socioambiental”, afirmou em nota.

Em balanço entregue na quarta-feira, 8, o MGI diz que as transferências para os fins previstos no “Imóvel da Gente” totalizaram 625 nos primeiros 22 meses de gestão, sendo 294 em 2023 e 331 entre janeiro e outubro de 2024. A meta, conforme o MGI, segue sendo de mil até 2026, restando 375 para que isso seja cumprido. A projeção do governo é de que 400 mil famílias sejam beneficiadas com os imóveis.

Meta abaixo do estoque

Ainda que supere em algumas dezenas a meta de transferir mil imóveis até 2026, o governo ficará distante de dar destinação aos 2.829 endereços que o TCU apontou como de potencial imediato para serem repassados. E o volume real do patrimônio ocioso pode ser muito superior a isso. Apenas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são 3.213 imóveis não operacionais. Desses, 483 já haviam sido classificados pelo governo, há um ano, como aptos a serem repassados via programa “Imóvel da Gente”.

Imóvel da Gente
(Fonte: Balanço de Transformação do Estado/Ministério da Gestão)

A SPU avalia que os imóveis sob sua gestão valem R$ 1,77 trilhão, mas os técnicos do TCU dizem que os números podem ser completamente diferentes disso. O relator do levantamento feito pelo Tribunal, ministro Jhonatan de Jesus, diz no relatório que a falta de confiabilidade nos cadastros de imóveis impede uma visão clara e completa do portfólio dos bens da União. “Este fato contribui, inclusive, para a dificuldade no planejamento estratégico e operacional da Secretaria.”

O sistema de informações da SPU, em desenvolvimento desde 2015, tem apenas metade dos módulos previstos, já tendo custado R$ 11 milhões aos cofres públicos. “A gestão é realizada de forma ineficiente. As ações para mitigar esses riscos associados à administração desses ativos têm potencial de gerar ganhos significativos à União e de preservar o patrimônio de forma sustentável”, explicou o ministro-relator.

Ainda conforme o TCU, há provável desatualização dos valores dos imóveis. “Mais de 650 mil imóveis da União são destinados para ocupação e aforamento. Estes institutos balizam a arrecadação com base em porcentual, definido em lei, aplicado ao valor de avaliação do respectivo patrimônio. Deste modo, o esforço de reavaliação de imóveis federais é fundamental para viabilizar o devido retorno ao erário.”

Apesar da menor receita com vendas, a arrecadação total da SPU com os imóveis, quando se considera aluguéis ou outros tipos de cobranças, mantém patamar estável desde 2016, em valores corrigidos pela inflação. A estabilidade, contudo, não dialoga com a evolução do número de imóveis da União, que segue crescendo. Com os atuais 764 mil, há 22 mil a mais que o volume apontado pelo relatório do TCU.

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Extintor

Está pronto para ser votado no Plenário do Senado o projeto de lei que retoma a obrigatoriedade do extintor de incêndio em automóveis. No entanto, não há consenso sobre o assunto entre os parlamentares. O projeto tramita na Casa sob a forma do PLC 159/2017.

A proposta, que teve origem em iniciativa do deputado Moses Rodrigues (União-CE), já foi examinada em dois colegiados do Senado.

Em novembro do ano passado, a matéria recebeu parecer favorável do senador Eduardo Braga (MDB-AM) na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC). Mas, antes disso, em 2019, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) havia decidido pela rejeição do texto, baseada em parecer do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).

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O extintor de incêndio a que se refere o projeto é o do tipo ABC: ele contém um pó químico indicado para combater incêndios de classe A (materiais sólidos, como plástico, madeira e tecido), classe B (líquidos inflamáveis, como gasolina e álcool) e classe C (equipamentos elétricos energizados, como bateria e fio elétrico).

A obrigatoriedade do extintor em carros de passeio e veículos utilitários foi extinta em 2015 por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito. Na época, uma das razões apresentadas para a decisão foi a evolução tecnológica dos sistemas de segurança.

O extintor, porém, continua sendo exigido em caminhões, veículos de transporte de produtos inflamáveis e veículos de transporte coletivo.

Para voltar a incluir o extintor ABC entre os itens obrigatórios de carros de passeio e veículos utilitários, o projeto de lei em exame no Senado altera o Código de Trânsito Brasileiro.

A favor do extintor

Em 13 de novembro, o projeto recebeu parecer favorável na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC). O relator da matéria nesse colegiado foi o senador Eduardo Braga.

Ao defender a iniciativa, ele afirmou que os extintores são um item de segurança fundamental em automóveis. Também disse que tais equipamentos são de fácil operação, eficientes no combate a incêndios e não têm custo elevado (de acordo com a proposta, os fabricantes não serão obrigados a incluir o extintor nos carros).

Não são R$ 80, em um bem com valor de cerca de R$ 80 mil, que vão fazer diferença [nos gastos dos proprietários de veículos].

Lamentavelmente, os bombeiros não têm estrutura para atender as vítimas com a devida celeridade, e por isso faz diferença a existência de um instrumento como esse dentro dos carros. É uma questão de garantir segurança — declarou ele durante a votação de seu parecer.

Veículos
(Imagem: Freepik/@freepik)

Segundo Eduardo Braga, cerca de 17% dos recalls de automóveis no país acontecem por falhas que poderiam causar incêndios. Além disso, ele lembra em seu parecer que o Brasil é signatário da Regulação Básica Unificada de Trânsito — junto com Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai —, que exige o extintor para a circulação de veículos entre esses países.

Outro senador que apoia a volta dos extintores é Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Quando a proposta estava em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), ele destacou que, “apesar de a indústria automobilística ser a principal interessada em tornar facultativo o uso desses equipamentos, com o argumento de que os carros novos têm total segurança, dados recentes mostram que milhares de modelos novos têm sofrido princípios de incêndio”.

Veneziano observou que “vários fabricantes de carros têm realizado campanhas de recall por risco de incêndio, a exemplo da Renault, que realizou uma chamada geral de 33.974 carros em 2015”.

Contra o extintor

Antes de passar pela CTFC, o projeto foi rejeitado na CAE, em decisão tomada no dia 28 de maio de 2019. O parecer contrário foi elaborado pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).

Na ocasião, Styvenson concordou com as críticas de outros parlamentares que apontavam um possível lobby da indústria de extintores pela aprovação da matéria.

Além disso, ele ressaltou que são poucos os motoristas que realmente sabem usar o extintor. “Não há preparo técnico nem emocional para isso.

Há motoristas que nem sabem onde está localizado o equipamento”, disse ele, acrescentando que, quando há fogo no automóvel, as pessoas devem sair do carro e ficar longe dele, deixando para os bombeiros a tarefa de apagar o incêndio.

Em seu parecer, Styvenson citou um levantamento segundo o qual, no ano 2000, “dos 2 milhões de sinistros cobertos pelas seguradoras brasileiras de veículos, 800 foram incêndios, mas só em 24 casos os extintores foram utilizados, ou seja, em 3% dos incêndios”.

Durante a votação do projeto na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC), em novembro passado, Styvenson e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestaram contrariamente à volta dos extintores.

Styvenson afirmou que a proposta trará mais ônus para os proprietários dos veículos, enquanto Flávio Bolsonaro defendeu a manutenção das regras atuais (pelas quais a presença do extintor no carro é opcional).

Minha tendência é sempre me posicionar a que algo desse tipo seja facultativo, em vez de impositivo, por consciência minha como cidadão — declarou Flávio Bolsonaro. 

Os dois senadores anunciaram que, quando o texto for analisado no Plenário do Senado, irão apresentar voto em separado pela sua rejeição.

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Prós e contras

O tenente-coronel Rodrigo Freitas, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, disse à Agência Senado que é importante avaliar as vantagens e desvantagens do extintor em automóveis. Ele é especialista em segurança contra incêndios.

Freitas ressaltou que o posicionamento do Corpo de Bombeiros sobre o assunto sempre terá caráter técnico.

Em primeiro lugar, a existência de um extintor permite um combate rápido, primário, e potencializa a mitigação de um princípio de incêndio em veículos. E isso é bom.

O segundo ponto é a segurança adicional: o extintor proporciona uma proteção aos ocupantes do veículo, seja para o seu próprio carro ou para o de uma outra pessoa ao lado.

Apesar de reiterar que, em casos de emergência, o uso adequado do extintor pode salvar vidas e permitir o combate precoce de incêndios, ele observa que a discussão precisa ser aprofundada. 

O tenente-coronel enfatiza, por exemplo, que são necessários treinamento e atenção por parte dos cidadãos.

Setor Automotivo, IPVA, Veículos
(Imagem: Agência Gov /Via MTR)

Um ponto a ser pensado é a falta de treinamento adequado e suficiente. Há situações em que o cidadão não domina a prática do uso de extintor e pode provocar uma situação de maior risco ao tentar utilizá-lo quando ocorre o princípio de incêndio veicular.

Outra possível desvantagem, segundo Freitas, está relacionada ao prazo de validade do extintor. Ele observa que nem todos estão atentos a isso, esquecendo-se da manutenção ou da substituição do equipamento, e ficam com uma “falsa sensação de segurança”.

O tenente-coronel também alerta para o risco de se tentar combater um incêndio de proporções maiores com o extintor do automóvel: “É uma ação inadequada”.

Proteção passiva

Para Freitas, mais importante que a exigência do extintor em automóveis é a segurança passiva ou seja, aquela que já está incorporada nos carros, sob a forma de cintos de segurança e airbags, entre outros itens, além da forma como certos veículos são construídos para proteger motoristas e passageiros.

Nesse sentido, ele defende a elaboração de leis que exijam materiais veiculares com bom desempenho em situações de incêndio (materiais que não entrem rapidamente em combustão e que não propaguem o fogo com facilidade).

As leis devem prever que, durante a degradação térmica de produtos veiculares pela ação do fogo, haja a menor produção possível de fumaça.

E se o material eventualmente produzir fumaça, que seja a menos tóxica possível. Isto é a proteção passiva: garantir materiais, produtos e processos produtivos que tenham desempenho adequado diante do fogo.

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99

A Procuradoria Geral do Município de São Paulo pediu nesta sexta-feira (17) que a Justiça analise com urgência o caso da 99Moto, que continua prestando serviço de transporte de passageiros em motocicleta.

A oferta do serviço continua ocorrendo mesmo depois de o prefeito ter dito que, com base no decreto municipal nº 62.144 de 2023, a empresa não tem autorização para atuar.

Conforme as leis 15.676/2012 e 16.344/2016, o transporte individual de passageiros remunerado sem autorização do município é considerado clandestino.

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Nesta semana, a 99 impetrou um mandado de segurança  para continuar oferecendo o serviço, mas a Justiça reconheceu a validade do decreto e decidiu que a empresa deveria respeitar a determinação da prefeitura.

A partir da decisão, o Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV) notificou a empresa 99 e determinou que a plataforma de aplicativo de mototáxi seja excluída no prazo de 24 horas.

Enquanto isso, a administração municipal segue em operação de fiscalização pelo terceiro dia consecutivo. O Departamento de Transporte Públicos (DTP), com apoio da Guarda Civil Metropolitana, apreendeu 32 motos até o momento, em diversos pontos da cidade.

A empresa começou a oferecer o transporte em mototáxi na terça-feira (14) de manhã, fora do centro expandido.

Por meio de nota, a 99 informou que reforça a legalidade da operação da 99Moto, com base na Lei nº 13.640, de 2018.

A empresa alega que as prefeituras podem regulamentar e fiscalizar a atividade com exigências específicas, mas não têm o poder de proibi-la. “A 99 seguirá defendendo a legalidade da categoria e os direitos tanto da empresa quanto de seus usuários”.

A plataforma também está oferecendo apoio aos motociclistas parceiros com os custos associados às apreensões ilegais realizadas durante as blitze da prefeitura de São Paulo.

99
(Imagem: Facebook/ 99)

“Todos os motociclistas parceiros que já acionaram a plataforma sobre a questão estão sendo atendidos em caráter prioritário. Os passageiros envolvidos nas viagens também terão suas corridas ressarcidas”, ressaltou.

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Segundo a 99, o número de viagens com o aplicativo 99Moto na cidade de São Paulo aumentou cinco vezes no segundo dia de funcionamento. As corridas passaram de 10 mil nas primeiras 24 horas para 50 mil no acumulado das 48 horas iniciais do serviço.

Os bairros onde a 99 identificou maior volume de viagens nos primeiros dois dias de operação da 99Moto na capital paulista foram Guaianases (zona Leste), Capão Redondo (Sul), Jaguaré (Oeste) e Tucuruvi (Norte).

As corridas tiveram em média 13 minutos e cerca de 6 quilômetros.

A empresa informa ainda que está presente em mais de 3.300 cidades brasileiras e já realizou mais de 1 bilhão de viagens, com 40 milhões de pessoas em dois anos.

“A modalidade amplia opções de mobilidade para a população paulistana. Estamos abertos ao diálogo para colaborar com uma futura regulamentação que esteja dentro da competência da prefeitura, como sempre estivemos”, disse em nota.

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Sisu

As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025, que seleciona estudantes para as universidades e institutos federais de todo o País, abriram nesta sexta-feira, 17, e ficam disponíveis até terça-feira, 21.

Para se candidatar, é necessário usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 e não ter zerado a redação.

O processo é gratuito e deve ser feito pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Neste ano, serão ofertadas 261.779 vagas em instituições públicas de ensino superior de diversas áreas em todos os Estados brasileiros.

Já está em vigor também o Pé-de-Meia das Licenciaturas, programa do governo que oferece auxílio financeiro de R$ 1.050 por mês para universitários que optarem pelas áreas de Licenciatura pelo Sisu.

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Se houver vagas remanescentes, serão destinadas ao ProUni e Fies.

Há ainda 14.521 vagas de grau tecnológico em cursos variados, como Energias Renováveis; Gestão de Dados; Tecnologia da Informação; Ciência dos Dados; Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Redes de Computadores; Telemática; Sistemas para Internet; Sistemas de Telecomunicações, entre outros.

Antes de se inscrever em um curso, os alunos devem entender como funciona o Sisu e quais estratégias podem usar para conseguir a vaga desejada. Veja abaixo cinco dias:

1. Entenda a sua nota

As notas do Enem não correspondem proporcionalmente ao número de acertos na prova. Isso porque a correção é feita por meio de um algoritmo, a Teoria de Resposta a Item (TRI), que divide as questões entre os níveis fácil (as que mais candidatos acertaram), médio e difícil (as que menos candidatos acertara) – ou seja, nem todas as questões tem o mesmo peso e, portanto, a nota não depende apenas do número de acertos.

O objetivo do algoritmo é identificar, pelo padrão de erros e acertos do candidato, se ele acertou porque realmente sabia a questão – recebendo o ponto inteiro da questão – ou se foi um chute – recebendo pontuação parcial.

Isso significa que a mesma quantidade de acertos pode gerar uma nota final diferente para cada candidato, a depender do nível das questões que ele acertou e errou.

2. Cada vaga, uma nota

Cada curso e instituição dá pesos diferentes para as áreas do Enem. Por exemplo, se o candidato gostaria de cursar Engenharia e ele teve uma nota alta em Matemática e suas Tecnologias, uma boa estratégia é buscar as vagas que dão maior peso para essa área. O mesmo pode acontecer com a redação ou qualquer outra área da prova.

Isso pode significar uma vantagem para aqueles que se saíram melhor nas áreas com pontuação maior, mas também desvantagem se o candidato tiver nota baixa naquela área.

3. Faça os testes desde o 1º dia

Já no primeiro dia, seleciona a primeira e segunda opção de curso. Todos os dias, às 23h59, a plataforma fecha, e no dia seguinte mostra qual a colocação de cada candidato.

Se o candidato estiver muito longe da pontuação necessária, é possível remanejar para tentar outras opções (até o último dia, em que a opção selecionada é a que vale).

“Isso tem que ser feito no primeiro dia, porque apesar da plataforma estar aberta durante quatro dias, na verdade ele só consegue movimentar três vezes, e é essa movimentação que vai direcionar a aprovação dele via Sisu”, explica Madson Molina, coordenador do Curso Anglo.

Por isso, ao longo dos dias, a recomendação é ir testando suas pontuações nas diferentes vagas. Mas, na data final, a pontuação pode aumentar ou cair, a depender dos interessados.

Mas, segundo o coordenador, as maiores variações acontecendo durante os primeiros dias em que a plataforma está aberta. “Do terceiro para o quarto dia, a flutuação é muito pequena”, ele diz.

Universidades
(Imagem: Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

4. Nota de corte

A nota de corte de cada vaga vai mudando diariamente, ao longo do período em que as inscrições ficam abertas, até o último dia. Isso porque ela é a nota do último estudante que foi aprovado no curso.

“A nota de corte é multivariável: depende da quantidade de vagas, da modalidade de concorrência, do número de interessados e, obviamente, da dificuldade de prova”, explica Molina.

Por exemplo, se um curso tem 20 vagas, serão selecionados os candidatos com as 20 melhores notas. Se a nota de corte do curso é 630 significa que o vigésimo lugar teve essa nota. Consequentemente, os estudantes com notas abaixo disso não são aprovados – mas podem ir para as próximas convocações.

5. Segunda chamada

A segunda lista de chamada acontece quando há alunos aprovados que não se matriculam na instituição. Cursos mais concorridos, as listas de espera tendem a rodar menos. Já outros, têm várias convocações.

É importante destacar que o candidato que for aprovado na sua segunda opção não pode se inscrever para a lista de espera da primeira opção.

Por isso, uma estratégia arriscada, mas que alguns alunos tem sucesso, é se o candidato identificar que está muito próximo da nota de corte da primeira opção de vaga, e aquele curso tem um histórico de ter segunda ou terceira chamada, ele pode optar por não colocar uma segunda opção, sendo elegível para a lista de espera, explica Molina. No entanto, com essa estratégia, perde-se a possibilidade de tentar uma segunda vaga.

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Mas, se o candidato não quiser arriscar, ele só poderá entrar na lista de espera se também não passar na segunda opção.

Cronograma Sisu 2025

– Inscrição: 17/1 a 21/1

– Chamada regular: 26/1

– Manifestação de interesse na lista de espera: 26/1 a 31/1

– Matrícula: 27/1 a 31/1

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Petrobras

A Petrobras (PETR3;PETR4) agora é patrocinadora de um dos mais tradicionais cinemas de rua de São Paulo.

Instalado há mais de três décadas na famosa Rua Augusta, região central da cidade, o Espaço Petrobras de Cinema, novo nome do estabelecimento, será apresentado oficialmente no dia 21 de janeiro, em cerimônia para convidados e imprensa, com a exibição de três filmes nacionais.

O local, antigo Espaço Augusta de Cinema e que já contou com o patrocínio de instituições financeiras, possui cinco salas de cinema (incluindo um anexo no lado oposto da rua), com capacidade total para 750 lugares, um café, bomboniere e livraria.

Para a presidente da companhia, Magda Chambriard, essa iniciativa da Petrobras é muito significativa para a cidade de São Paulo e para a cultura nacional.

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“Patrocinar e dar nome a esse importante Espaço, considerado um ícone da cultura brasileira, é uma forma de celebrar e promover o cinema em nosso país. A Petrobras tem orgulho de estar presente por todo o Brasil, apoiando a pluralidade de manifestações culturais que fazem nosso país ser tão único”, afirma.

Magda lembra que a Petrobras foi referência na indústria cinematográfica brasileira durante anos. A companhia patrocinou muitos filmes que se tornaram importantes na cinegrafia do país. 

Carlota Joaquina foi o primeiro longa patrocinado pela Petrobras, em 1995, e se tornou um marco na retomada do cinema nacional.

“Queremos fortalecer cada vez mais o cinema brasileiro, por meio da produção e distribuição, e ainda patrocinando centros culturais e espaços para exibição de filmes”, destaca Chambriard.

14 milhões de expectadores

O cinema foi inaugurado no início da década de 90, por Adhemar Oliveira, nome conhecido da cinefilia paulista, que continua como o diretor de programação do Espaço Petrobras.

Desde sua criação, o Espaço aposta na exibição de cinematografias independentes do mundo todo investindo na formação de público e da cinefilia paulistana.

Ao longo de mais de 30 anos, foram contabilizados 14 milhões de espectadores, incluindo o público de pré-estreias e dos projetos Escola no Cinema e Clube do Professor. Hoje, o local é ponto de referência de cinéfilos e vitrine para o audiovisual brasileiro.

“Contar com o patrocínio da Petrobras neste momento delicado de retorno do público às salas de cinema, após dois anos de pandemia, é fundamental para darmos continuidade ao projeto de exibição e de democratização das telas, que propomos desde o início da nossa trajetória”, comemora Oliveira, que também comanda o Cine Sala, em São Paulo, Cine Belas Artes, em Belo Horizonte, e Cinema Glauber Rocha, em Salvador.

A programação do Espaço Petrobras de Cinema contará com filmes alternativos e comerciais, muito cinema nacional e internacional, festivais, pré-estreias e produções premiadas.

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História

O Cine Majestic foi inaugurado na Rua Augusta em 1947. A proliferação de shopping centers a partir dos anos 1980 acabou levando a uma decadência das chamadas salas de rua.

Em 1993, a sala foi assumida pelo antigo banco Nacional, em parceria com o cineclubista Adhemar Oliveira, fundador da rede Cinespaço.

Ainda naquela década, o Espaço Banco Nacional de Cinema comporia um complexo de cinco salas, três no local original e outras duas em um prédio do outro lado da rua. Mas a instituição financeira quebraria dois anos depois.

No final de 1995, o Instituto Moreira Salles, ligado ao Unibanco, que absorveu o banco da família Magalhães Pinto, incorporou também a manutenção da sala.

Com a fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, a sala manteve o título, que começou a ser alterado em 2010 para Itaú Cinemas.

Em maio de 2024, o banco Itaú anunciou a venda de suas salas de cinema, dezenas em todo o país, para o grupo Cinesystem, com exceção da unidade da Rua Augusta, que ficou com a Cinespaço, que celebra agora a parceria com a Petrobras.

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Piracanjuba

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 499 milhões para o Grupo Piracanjuba (Laticínios Bela Vista S/A) implantar uma unidade industrial com capacidade de beneficiar 1,2 milhão de litros de leite por dia e que resultará na produção de concentrados e isolados proteicos (whey protein), lactose em pó, queijo muçarela e manteiga em São Jorge d’Oeste (PR).

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Com recursos do Programa BNDES Mais Inovação (R$ 277 milhões) e R$ 222 milhões via FINEM (linha Incentivada B), a unidade terá capacidade instalada de produção de até 39,4 mil toneladas ao ano de muçarela e de até 7,9 mil toneladas anuais de manteiga.

Em duas linhas de produção anexas, a partir do soro de leite, efluente da produção de queijos, a empresa produzirá até 6 mil toneladas ao ano de whey protein (concentrados e isolados proteicos) e até 14,8 mil toneladas anuais de lactose em pó.

(Com BNDES Notícias)

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Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu Brunna Rosa, aliada da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, da chefia da Secretaria de Estratégias e Redes da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 17.

Brunna, que coordenou a comunicação digital da campanha de Lula em 2022, será substituída por Mariah Queiroz Costa Silva, responsável anteriormente pelas redes sociais do prefeito de Recife, João Campos (PSB).

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Como mostrou o Estadão, a decisão de substituir Brunna Rosa reflete mudanças promovidas por Sidônio Palmeira, novo ministro da Secom.

Segundo fontes do Planalto, Janja desejava que Brunna fosse transferida para a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), mas a ideia não foi bem recebida por Sidônio.

A tendência é que tanto ela quanto Priscila Calaf, diretora do Departamento de Canais Digitais da Secretaria de Redes, passem a ser ligadas ao gabinete de Lula, onde ficariam na equipe de Janja.

Mariah Queiroz foi apresentada a Lula por Sidônio e Laércio Portela, secretário de imprensa, em uma reunião nesta quinta-feira, 16, antes da sanção da reforma tributária.

Lula também conversou com João Campos, que compartilhou estratégias de comunicação digital consideradas bem-sucedidas na campanha de 2024.

Campos foi reeleito com 78,11% dos votos e é o prefeito de capital mais popular no Instagram.

A Secom busca por estratégias mais eficazes para melhorar a aprovação de Lula, que enfrenta 50% de reprovação.

A equipe de João Campos foi sondada para colaborar informalmente com a comunicação digital do governo, e parte de seus integrantes deve auxiliar na reformulação da estratégia de redes sociais.

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As mudanças na Secom também têm em vista as eleições de 2026, com foco em aumentar a popularidade do governo nas redes sociais.

A transição completa da equipe, iniciada com a saída de Paulo Pimenta, deve ser concluída até o final de janeiro.

Lula já elogiou publicamente o potencial político de Campos, destacando a postura e o trabalho como prefeito.

(Com Estadão Conteúdo)

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Banco Central, Selic, Copom

Após quase três semanas sem atuar no câmbio, o Banco Central (BC) anunciou, no início da noite desta sexta-feira (17), a primeira intervenção cambial em 2025.

Na próxima segunda-feira (20), a autoridade monetária venderá até US$ 2 bilhões das reservas internacionais em leilões de linha, quando assume o compromisso de recomprar o dinheiro daqui a alguns meses.

Estão previstos dois leilões de até US$ 1 bilhão cada. O dinheiro do primeiro leilão retornará às reservas internacionais em 4 de novembro; e o do segundo leilão, em 2 de dezembro.

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A última intervenção do BC no câmbio havia ocorrido em 30 de dezembro, quando a autoridade monetária vendeu US$ 1,815 bilhão das reservas internacionais à vista. Nessa modalidade, a venda é definitiva, e o dinheiro não volta às reservas.

O último leilão de linha (com compromisso de recompra) foi realizado em 20 de dezembro, quando a autoridade monetária vendeu US$ 2 bilhões.

Em dezembro, o BC vendeu US$ 32,59 bilhões das reservas externas, o maior volume mensal de intervenções cambiais desde a criação do regime de metas de inflação, em 1999.

Nesta sexta-feira, o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 6,066, com alta de R$ 0,012 (+0,2%).

A cotação oscilou bastante durante o dia, chegando a R$ 6,08 por volta das 11h e caindo para R$ 6,03 por volta das 13h, antes de passar a subir durante a tarde e fechar em leve alta.

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Dólar

Após instabilidade e trocas de sinal pela manhã, o dólar (USDBRL) à vista se firmou em terreno positivo na segunda etapa de negócios e encerrou a sessão desta sexta-feira, 17, em leve alta, na casa de R$ 6,06.

Declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à CNN Brasil ao longo da tarde, provocaram certo desconforto entre analistas ouvidos pelo Broadcast, pelo tom visto como agressivo e pela ausência de novidades no campo fiscal, mas não tiveram impacto relevante na trajetória da moeda.

Operadores observam que formação da taxa de câmbio hoje esteve sujeita, sobretudo, ao quadro externo. Dados positivos da economia da China, que alimentaram mais uma rodada de alta do minério de ferro e impulsionaram o Ibovespa, jogaram a favor do real.

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O PIB do gigante asiático subiu mais que o esperado em dezembro e fechou 2024 com crescimento de 5%, em linha com as metas estabelecidas pelas autoridades.

De outro lado, uma postura cautelosa às vésperas da posse de Donald Trump e o avanço da moeda americana em relação ao euro e ao iene contribuíam para a depreciação do real.

Parte dessa pressão foi amenizada em certo ponto após Trump revelar que teve uma conversa “muito boa” com o presidente da China, Xi Jinping. Termômetro do comportamento do dólar em relação a pares, o índice DXY voltou a superar 109,000 pontos, na esteira de dados fortes da indústria americana em dezembro.

Ontem, divisas emergentes e de países exportadores de commodities, em especial da América Latina, sofreram com sinais do futuro titular do Departamento do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a respeito de adoção de tarifas de importação.

A leitura é a de que a medidas protecionistas e corte de impostos tende a limitar o espaço para corte de juros pelo Federal Reserve, o que deve se traduzir na manutenção de dólar forte no mundo.

Com mínima a R$ 6,0290 e máxima a R$ 6,0904, o dólar à vista fechou em alta de 0,20%, cotado a R$ 6,0656. Apesar de ter subido nas duas últimas sessões, a divisa termina a semana em queda de 0,60%, o que leva as perdas acumuladas em janeiro a 1,85%.

Em dezembro, a moeda subiu 2,98%. A recuperação do real neste início de ano é vista como reflexo de ajustes de posições por investidores locais e estrangeiros.

Dólar
(Imagem: Reprodução/Freepik/@8foto)

O economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho, afirma que os indicadores positivos da China contribuíram para amenizar as pressões sobre o real.

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Ele pondera, contudo, que o mercado de câmbio ainda é “comprador” de dólar quanto a taxa de câmbio se aproxima do piso de R$ 6,00.

“O efeito Trump deve continuar repercutindo nos mercados, com valorização do dólar no exterior e rigidez dos yields dos Treasuries, refletindo impactos potenciais na inflação e menor espaço para recuo dos juros até o fim de 2025”, afirma Velho, acrescentando que não vê gatilhos internos capazes de sustentar um movimento de apreciação do real, dada a ausência de sinais de que o governo vai adotar medidas mais rígidas de contenção de gastos.

O Citi avalia, em relatório, que o aumento de prêmios embutidos nos títulos americanos de longo prazo eleva o risco “de intolerância fiscal” de mercados emergentes.

Segundo o banco, o Brasil parece “particularmente frágil”, uma vez que apresenta déficit mais elevado que seus pares e que cresce com a elevação da taxa Selic. “É o único emergente que vai estar em um ciclo de aumento de juros e um resultado primário mais distante para estabilizar a dívida”, afirma o Citi.

Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Fazenda disse que está preocupado com o endividamento, mas não acenou com a adoção de novas medidas fiscais. Haddad descartou o diagnóstico de dominância fiscal e afirmou que a política monetária vai conseguir levar a um arrefecimento da inflação.

Ele ponderou que o cenário externo mudou “radicalmente” e impõe desafio maior a países como o Brasil.

Haddad se esquivou ao ser questionado sobre a possibilidade de a taxa de câmbio voltar a se situar abaixo de R$ 6,00, mas disse que pessoalmente não compraria dólar acima de R$ 5,70.

“Se eu dissesse que hoje eu compraria dólar a R$ 6, não, eu não compraria acima de R$ 5,70. Na minha opinião, qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira”, afirmou.

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Yduqs

O Ibovespa (IBOV) fechou a semana com ganho de 2,94% no intervalo, no que foi seu melhor desempenho desde as sessões entre 5 e 9 de agosto de 2024.

Nesta sexta-feira, 17, o índice da B3 subiu 0,92%, aos 122.350,38 pontos, com giro a R$ 22,6 bilhões em dia de vencimento de opções sobre ações. No mês, acumula alta de 1,72%.

Hoje, oscilou dos 121.074,14 aos 122.674,40 pontos, saindo de abertura aos 121.257,87 pontos.

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Desde cedo, dados econômicos da China como o PIB de 2024, em linha com o esperado, além de leituras sobre a produção industrial e as vendas do varejo no país, acima das expectativas para dezembro davam sustentação ao Ibovespa, com destaque para ações do setor metálico.

Assim, Vale (VALE3) (+3,46%, na máxima do dia no fechamento, a R$ 54,49) e CSN (CSNA3) (+4,10%), entre outros papéis do segmento, compensaram o desempenho majoritariamente negativo dos grandes bancos, à exceção de Itaú (ITUB4) (+0,72%).

Na ponta ganhadora do Ibovespa, CSN Mineração (CMIN3) (+5,13%), IRB (+4,21%) e CSN. No lado oposto, Yduqs (YDUQ3) (-5,71%), Hapvida (HAPV3) (-5,49%) e Cosan (CSAN3) (-4,98%).

“Vale se destacou hoje e, considerando a faixa de preço em que foi negociada na sessão, pode avançar mais, recuperando assim parte do atraso que acumulou em relação aos pares internacionais”, diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos. Segundo ele, “o bom humor no exterior também deu apoio ao Ibovespa nesta sexta, o que o recolocou aos 122 mil; e quem sabe possa vir a buscar outros patamares mais altos, ali pelos 130 mil ou 131 mil pontos”, tendo sido negociado recentemente em mínimas desde novembro de 2023, na casa dos 118 mil – nível visto nos fechamentos das duas sextas-feiras anteriores.

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Bruna Centeno, economista e advisor da Blue3 Investimentos, destaca o avanço do Ibovespa na sessão vindo de correção parcial no dia anterior, e que conseguiu se segurar hoje, aos 122 mil, mesmo com o avanço do dólar na sessão em alta de 0,20%, a R$ 6,0656, no fechamento e também na curva de juros futuros.

Em Nova York, por sua vez, os principais índices acionários fecharam em alta de 0,78% (Dow Jones), 1,00% (S&P 500) e 1,51% (Nasdaq), no último dia de negócios antes da segunda posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.

“À tarde, o mercado esteve atento à entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não trouxe muito efeito para os ativos”, diz Bruna.

Entre os pontos abordados na entrevista à CNN Brasil, Haddad disse não ver risco de dominância fiscal situação em que a política monetária, por mais elevada que seja a taxa de juros, deixa de produzir efeito para a ancoragem das expectativas e o domínio da inflação, ante o descontrole fiscal e a expansão da dívida.

Ele reiterou confiança de que a política monetária resultará em desaceleração dos preços no Brasil.

Haddad disse não saber em qual patamar o dólar estará, mencionando uma série de variáveis, inclusive externas, difíceis de prever.

Mas, pessoalmente, observou que não compraria dólar acima de R$ 5,70, considerando os fundamentos da economia brasileira.

Ele enfatizou, durante a entrevista, ter havido exagero na reação do mercado no final do ano passado, e que continua a acreditar que a política monetária terá efeito muito maior do que as pessoas imaginam, mesmo considerando variáveis difíceis de acomodar, como o cenário externo, que mudou “radicalmente”.

“Pode haver uma política fiscal e monetária nos Estados Unidos que mantenha o nível de juros muito alto. Ninguém previa o que ia acontecer no segundo semestre. Aumento de tarifa, aumento até do déficit fiscal, que pode manter a taxa por mais tempo; esse cenário não estava colocado”, disse na entrevista à CNN Brasil.

O quadro das expectativas para o desempenho das ações no curtíssimo prazo praticamente não se alterou no Termômetro Broadcast Bolsa desta semana.

A previsão de alta para o Ibovespa segue majoritária. Entre os participantes, 57,14% esperam alta para o índice na próxima semana, enquanto as fatias que esperam estabilidade e baixa são de 14,29% e 28,57%, respectivamente.

Na edição anterior, a expectativa de ganhos tinha 62,50% do universo; a de variação neutra, 12,50%; e de queda, 25,00%.

(Com Estadão Conteúdo)

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JBS

O Santander (SANB11) divulgou nesta sexta-feira, 17, uma análise sobre os resultados previstos para o quarto trimestre de 2024 das ações das gigantes do setor de proteínas, JBS (JBSS3), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3).

Os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata destacaram as expectativas positivas para a JBS e BRF, enquanto os cenários para a Minerva e Marfrig são mais desafiadores, principalmente devido à pressão nos preços do gado no Brasil e aos desafios operacionais.

A análise revelou que a JBS deve superar as expectativas do mercado, com uma projeção de Ebitda de R$ 10,3 bilhões, 10% acima do consenso.

Para a BRF, a expectativa é de um Ebitda de R$ 3,4 bilhões, praticamente em linha com o consenso.

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Já a Minerva e a Marfrig enfrentam dificuldades no quarto trimestre, com uma previsão de compressão de margens devido a fatores como o aumento dos preços do gado e a desaceleração do ciclo de gado nos EUA.

JBS: Expectativas positivas para o 4T24

O Santander prevê que a JBS entregará um bom desempenho no quarto trimestre de 2024. O analista Guilherme Palhares acredita que o consenso de mercado não está capturando completamente o benefício da depreciação do real.

A previsão de Ebitda é de R$ 10,3 bilhões, o que está 10% acima das estimativas do VisibleAlpha. Esse desempenho positivo é impulsionado, principalmente, pela expectativa de resultados sólidos na Seara, que deve superar as projeções do mercado.

A expectativa para a Seara, uma das principais unidades de negócios da JBS, é otimista devido a vários fatores.

“Acreditamos que os fortes preços de exportação, a sazonalidade positiva em torno do período de férias, a melhoria dos preços dos alimentos processados e a diluição de custos devido ao aumento de suas novas instalações devem sustentar margens relativamente estáveis no trimestre para esta unidade de negócios”, afirmam os analistas.

Apesar da projeção positiva para a Seara, os analistas do Santander adotaram uma visão mais conservadora em relação à Pilgrim’s Pride, subsidiária da JBS.

O desempenho da unidade deve ser impactado por questões específicas do mercado americano.

No entanto, a previsão de crescimento nas margens da Seara é suficiente para compensar esse cenário, resultando em uma perspectiva positiva para a companhia como um todo.

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BRF

Para a BRF, a previsão de Ebitda é de R$ 3,4 bilhões, em linha com o consenso do mercado. Os analistas destacam que o forte ciclo de aves continua, mesmo diante de uma produção menor de milho na Argentina.

“Acreditamos que o forte ciclo de aves não acabou, dado (i) fornecimento limitado, (ii) altos preços da carne bovina provavelmente levando os consumidores a migrar para outras proteínas, (iii) alta demanda por aves internacionalmente e (iv) eficiências operacionais sendo capturadas”, afirmam os analistas.

Apesar da previsão otimista para o ciclo de aves, há riscos para a BRF relacionados aos preços do milho, especialmente devido a uma possível produção menor do que o esperado na Argentina.

BRF
(Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer/File Photo/File Photo)

No entanto, os analistas consideram que esses riscos já estão precificados nas ações da empresa.

A forte demanda por aves no mercado internacional e as eficiências operacionais que a BRF está implementando devem continuar a sustentar seu desempenho.

Minerva e Marfrig

Por outro lado, a Minerva e a Marfrig enfrentam um cenário mais desafiador no quarto trimestre de 2024. A análise do Santander aponta que o “overshoot dos preços do gado no Brasil e o repasse de preços atrasado devem levar a uma compressão sequencial da margem”.

A desaceleração do ciclo do gado nos Estados Unidos também impacta negativamente a rentabilidade dessas empresas, o que resultará em margens mais baixas.

A Minerva e a Marfrig devem enfrentar dificuldades operacionais no quarto trimestre devido à pressão nos preços do gado. A análise do Santander indica que a compressão das margens será inevitável, mas a National Beef, unidade da Marfrig, pode se destacar no mercado.

A recuperação nos prêmios de carne bovina de alta classificação deve ajudar a National Beef a superar seus pares do setor, com uma margem Ebitda projetada de cerca de 2%.

No comparativo entre as duas empresas, os analistas do Santander continuam a preferir a Marfrig em relação à Minerva.

Isso se deve à maior exposição da Marfrig a alimentos processados, ao modelo integrado nos Estados Unidos e aos menores riscos de execução em relação às aquisições recentes feitas pela Minerva.

As perspectivas mais favoráveis para a Marfrig tornam-na uma escolha preferencial entre as duas.

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Dólar Mercados

O BTG Pactual destacou, em análise publicada nesta sexta-feira (17), que a trajetória do dólar (USDBRL) em 2025 será fortemente influenciada por fatores domésticos. A estimativa do banco é que a taxa de câmbio alcance R$ 6,25, mas riscos fiscais podem levar a cotação a superar R$ 7 e chegando a R$ 7,30 em cenários adversos.

Segundo os economistas Iana Ferrão e Pedro Oliveira, a principal preocupação está na sustentabilidade da dívida pública e nas políticas econômicas do governo.

“Ações que contornem o Orçamento, intensifiquem mecanismos parafiscais, minem a credibilidade da política monetária ou envolvam intervenções no mercado cambial tendem a pressionar ainda mais o câmbio, podendo levá-lo a ultrapassar a barreira de R$ 7 no próximo ano”, ressaltam.

Trajetória do dólar

Gráfico dólar 18816
(Fonte: Fonte: Bloomberg e BTG Pactual)

O superávit comercial robusto, projetado em US$ 87 bilhões, pode não ser suficiente para equilibrar o fluxo cambial. O aumento das saídas de recursos pelo segmento financeiro, que registrou um recorde de US$ 88 bilhões em 2024, complica o cenário. Esse movimento, conforme o BTG, reflete a percepção do mercado sobre os riscos internos.

Condição financeira no Brasil pode piorar repentinamente, diz FMI

Embora o balanço de pagamentos mostre baixa vulnerabilidade externa, o déficit em transações correntes de 1,9% do PIB esperado para 2025 exige atenção. “Uma sinalização clara de ajuste fiscal crível poderia realinhar as expectativas e levar o câmbio para patamares mais apreciados, próximos a R$ 5,20”, afirma Ferrão, enfatizando que tal cenário é improvável no momento.

Pedro Oliveira ressalta que a depreciação cambial de 2024, superior a 25%, terá efeitos defasados que fortalecerão as exportações em 2025. “Os efeitos da desvalorização no saldo comercial e na desaceleração das despesas serão mais sentidos ao longo do próximo ano”, destaca.

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Veja o que o BTG disse sobre o dólar

Riscos fiscais pressionam o câmbio. O aumento do gasto público e a falta de credibilidade fiscal podem elevar o dólar acima de R$ 7,00.

Superávit comercial robusto. Estima-se que o saldo atinja US$ 87 bilhões em 2025, impulsionado pelo crescimento de 10% na produção agrícola e petrolífera.

Saída recorde de dólares. Em 2024, o segmento financeiro registrou saídas históricas, impactando negativamente o fluxo cambial.

Demanda doméstica desacelerada. A redução da demanda interna, de 5,2% em 2024 para 1,9% em 2025, ajudará a controlar o déficit em transações correntes.

Exportações beneficiadas pela depreciação. O câmbio mais fraco torna os produtos brasileiros mais competitivos no mercado externo.

Preocupações com políticas econômicas. “Ações que aumentem o gasto parafiscal ou minem a credibilidade monetária e cambial podem gerar impactos severos”, alerta Oliveira.

Impacto nos serviços e rendas. O câmbio depreciado e a menor atividade doméstica desacelerarão despesas com serviços e remessas de lucros.

Reservas internacionais ainda adequadas. Apesar das intervenções do Banco Central, as reservas terminaram 2024 em US$ 330 bilhões.

China permanece como principal parceira. Com 30% das exportações brasileiras, o país asiático segue vital para o superávit comercial.

Cenário alternativo exige ajuste fiscal. Segundo Ferrão, “um ajuste fiscal consistente pode criar condições para uma apreciação significativa do real, mas demanda ações concretas do governo.”

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Mercados Economia Banco Central

Uma análise recente publicada pelo National Bureau of Economic Research (NBER) apresenta um modelo inovador para a política monetária: a adoção de metas para o índice de condições financeiras (FCI) como alternativa ao tradicional controle baseado em taxas de juros e da economia. Assinado pelos economistas Ricardo J. Caballero e Tomás E. Caravello, do MIT, e Alp Simsek, da Universidade de Yale, o estudo argumenta que o foco nas condições financeiras pode oferecer maior estabilidade à economia.

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A proposta dos autores inclui o uso de metas temporárias e flexíveis para o FCI, um indicador que engloba variáveis como preços de ativos e taxas de câmbio. Segundo o estudo, essa abordagem reduz a volatilidade do índice em até 55% e melhora a estabilidade do hiato do produto e da inflação. “Essa política recruta arbitradores para absorver choques financeiros ruidosos, diminuindo os impactos negativos sobre a economia”, apontam os economistas.

Os resultados sugerem que o direcionamento do FCI é superior às estratégias de orientação futura de taxas de juros, pois permite reações mais eficazes a choques financeiros. O modelo também mostra que essa abordagem pode reduzir a variância do hiato do produto em até 36%, enquanto limita os impactos de choques ruidosos sobre os preços dos ativos.

Apesar dos benefícios, os autores destacam um trade-off: a redução da volatilidade do FCI pode implicar menor flexibilidade na resposta a choques macroeconômicos. Contudo, afirmam que “esse sacrifício é compensado pelos ganhos na estabilidade econômica geral”. É uma dica para o Banco Central do Brasil, cuja influência da Selic para a economia é questionada quando atinge níveis muito elevados. A expectativa é de que o juro no País alcance até 15% em 2025.

Sede do Banco Central, Focus
Sede do Banco Central (Imagem: Flickr/ Banco Central)

Como controlar a economia com o FCI?

Política monetária deve focar no FCI: Segundo o estudo, “é ótimo que os bancos centrais estabilizem parcialmente as condições financeiras, mesmo que isso não seja um objetivo social direto.”

Impactos do ruído financeiro: O estudo revelou que até 55% da variância das condições financeiras nos EUA é causada por ruídos financeiros, os quais também explicam até 50% das variações no hiato do produto.

Redução da volatilidade econômica: O direcionamento do FCI reduz em até 36% a variância do hiato do produto e em 2% a da inflação, enquanto a volatilidade das taxas de juros cai 6%.

Recrutamento de arbitradores: A política “recruta” investidores sofisticados, que passam a atuar contra choques de ruído, reduzindo a elasticidade dos preços dos ativos aos fluxos financeiros desordenados.

Comparação com orientação futura: Metas para o FCI superam a orientação futura de taxas de juros. “Essa abordagem permite ao banco central reagir mais rapidamente a choques financeiros”, afirmam os autores.

Modelo baseado em dados históricos: Utilizando contrafactuais e dados dos EUA, os pesquisadores demonstraram que a política teria reduzido significativamente as flutuações econômicas nas últimas décadas.

Simplicidade de implementação: “O direcionamento do FCI não requer que o banco central identifique, em tempo real, se os preços dos ativos são impulsionados por fundamentos ou ruído”, explicam os economistas.

Ampliação da resiliência econômica: A política estabiliza não apenas os ativos, mas também reduz flutuações macroeconômicas, criando um ambiente econômico mais previsível.

Viabilidade prática: Os autores defendem que, com pequenas alterações no regime atual, os bancos centrais poderiam adotar o direcionamento do FCI sem grandes obstáculos operacionais.

Novo paradigma para bancos centrais: A proposta representa uma mudança de paradigma, ampliando a eficácia das políticas monetárias em um cenário financeiro cada vez mais complexo.

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Reforma Tributária

A Lei Complementar 214/25, que regulamenta a reforma tributária, contém detalhes sobre cada regime com redução ou isenção de incidência de tributos.

O texto também define regras sobre a devolução de tributos para consumidores de baixa renda (cashback), a compra internacional pela internet e a vinculação dos mecanismos de pagamento com sistema de arrecadação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei nesta quinta-feira (16), com alguns vetos a trechos do texto aprovado pelo Congresso Nacional.

A lei teve origem no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, aprovado em dezembro pela Câmara dos Deputados.

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A lei regulamenta diversos aspectos da cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto Seletivo, que substituirão o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e parcialmente o IPI.

Confira alguns pontos da lei:

-devolução de 100% da CBS e de 20% do IBS nas faturas de energia, água, gás e telecomunicações para pessoas de baixa renda;

-alíquota máxima de 0,25% para os minerais – contra o máximo de 1% estipulado pela emenda constitucional da reforma tributária;

-redução de 30% nos tributos para planos de saúde de animais domésticos;

-todos os medicamentos não listados em alíquota zero contarão com redução de 60% da alíquota geral;

-turista estrangeiro contará com devolução de tributos em produtos comprados no Brasil e embarcados na bagagem;

-manutenção da alíquota de 8,5% para Sociedades Anônimas de Futebol (SAF).

Alíquota

Segundo o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, a alíquota média da soma do IBS e da CBS deverá ficar em torno de 28%.

O Executivo deve divulgar nota na próxima semana com o número detalhado. “A projeção dos dados que nós temos hoje aponta para uma alíquota dessa ordem”, disse.

Appy lembrou que a lei estabelece que, caso o somatório fique acima de 26,5% em 2031, o Executivo encaminhe proposta para ajustar o percentual para esse patamar.

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Vetos

O Poder Executivo vetou 15 trechos do texto que regulamenta a reforma. “Quinze blocos de vetos para um projeto de 544 artigos é muito pouco.

A opção do Executivo foi respeitar a decisão do Congresso com relação à regulamentação da reforma tributária”, disse Appy, reforçando que o governo buscou manter o texto aprovado pelo Legislativo.

Um dos vetos concedia isenção de cobrança da CBS e do IBS para fundos de investimentos e patrimoniais. Segundo justificativa do governo, esse tipo de isenção não tinha amparo constitucional, que estabelece as entidades com benefícios fiscais ou isentas da cobrança de impostos.

Ficaram de fora os fundos de investimento Imobiliário (FII) e os nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro).

Bens minerais

Outro veto deixa claro que o Imposto Seletivo (IS), incidente em produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, não se aplica à extração de minerais. “O veto foi feito para respeitar o texto constitucional”, disse Appy.

A emenda constitucional da reforma já define que não há incidência de IS sobre bens e serviços exportados, à exceção de minerais extraídos.

Responsabilidade solidária

Outro trecho vetado previa que o comprador que paga o IBS e a CBS sobre uma operação fosse solidariamente responsável pelo valor pago.

Ou seja, caso o fornecedor não fizesse a contribuição depois do pagamento, o comprador poderia ser responsabilizado por fazê-lo.

Segundo o Executivo, a prática poderia “gerar insegurança jurídica sobre a responsabilidade tributária e desestimular o mecanismo de recolhimento do IBS e da CBS nas hipóteses em que não esteja disponível o split payment”.

O recolhimento na liquidação financeira (split payment) permitirá a troca de informações entre os contribuintes em cada elo da cadeia produtiva e o sistema comum do IBS e da CBS, instituído pela Receita Federal e pelo Comitê Gestor do IBS.

Com base nas informações sobre as operações, do valor obtido com a venda por esses meios de pagamento será debitado o tributo devido pelo vendedor, ficando com ele apenas a diferença, descontadas ainda as taxas pelo uso dos sistemas de pagamento e os créditos dos tributos apurados nas outras etapas.

Confira outros vetos:

-alíquota reduzida de 60% do IBS e da CBS para sistemas de segurança e de proteção de transações bancárias indevidas por furto e roubo;

-recriação da Escola da Administração Fazendária (Esaf);

-regulamentação de como produtores rurais não contribuintes do IBS e da CBS fariam ajustes tributários anuais para recolher impostos diferidos (adiados).

Cashback

Novidade no sistema tributário nacional, a devolução de tributos a pessoas de baixa renda beneficiará o responsável por família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) com renda familiar mensal por pessoa declarada de até meio salário mínimo.

A pessoa que receber a devolução deverá residir no território nacional e possuir CPF ativo, mas o mecanismo envolve as compras de todos os membros da família com CPF.

As regras para o cashback valerão a partir de janeiro de 2027 para a CBS e a partir de 2029 para o IBS.

Um regulamento definirá o método de cálculo e de devolução, mas desde já o texto prevê que serviços ou bens com periodicidade mensal de consumo terão o valor de devolução concedido na conta, a exemplo de energia elétrica, água e esgoto e gás natural.

Em outras situações, o governo transferirá o dinheiro aos bancos em 15 dias após a apuração, que terão outros 10 dias para repassar aos beneficiados.

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Totvs

A Ágora Investimentos avaliou a recente mudança no comando da unidade de Business Performance da TOTVS (TOTS3) como um ponto de atenção.

Gustavo Avelar, nomeado como novo vice-presidente após a saída de Juliano Tubino, terá o desafio de liderar a integração das operações de Business Performance e Gestão, reforçando a estratégia de plataforma multiproduto da empresa.

Segundo os analistas Daniel Federle e Henrique Colla, a saída de Tubino, considerado um executivo bem-visto pelo mercado, traz incertezas, mas Avelar é reconhecido por sua vasta experiência no setor.

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De acordo com a TOTVS, o foco do novo vice-presidente será acelerar o cross-selling das soluções da Business Performance para a base de clientes da empresa, uma área que ainda possui grande potencial de crescimento.

A Ágora destacou que, embora a troca de liderança seja desafiadora, a experiência de Avelar pode garantir uma transição suave.

Impacto da saída de Juliano Tubino

Juliano Tubino era um nome forte dentro da TOTVS. Durante sete anos, ele contribuiu de maneira significativa, inclusive nos dois últimos como CEO da unidade de Business Performance. Sua saída é vista pela Ágora como um elemento negativo, dada sua relevância estratégica.

Avelar possui uma sólida trajetória em tecnologia e SaaS. Antes de sua posição atual, atuou como CEO da Neemu, Diretor de Inteligência de Marketing na Cnova e Diretor Executivo Digital na Linx. Esse histórico aumenta as expectativas sobre sua capacidade de liderar a integração entre as unidades de negócio.

A TOTVS pretende reforçar a sinergia entre suas unidades de Business Performance e Gestão. A estratégia envolve combinar a máquina de vendas outbound da Gestão com as capacidades digitais da RD Station, um movimento que busca explorar ao máximo o potencial da base de clientes.

O cross-selling ainda é uma oportunidade subutilizada. A Ágora destacou que o mercado de soluções integradas da TOTVS apresenta um grande potencial, especialmente na unidade de Business Performance.

Embora a saída de Tubino traga dúvidas, a TOTVS sinaliza continuidade estratégica. A integração proposta pode criar um diferencial competitivo significativo no longo prazo, caso seja bem executada.

A recomendação para as ações TOTS3 permanece inalterada. Os analistas destacaram que o mercado deve monitorar de perto como a transição de liderança será conduzida.

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Expectativas para 2025

Com a nova liderança, a TOTVS pretende explorar novos horizontes. A proposta de alinhamento entre as operações reflete o compromisso da empresa em fortalecer sua posição no mercado de tecnologia.Essa transição será decisiva para a TOTVS, que busca consolidar sua estratégia multiproduto e ampliar suas receitas por meio da integração de soluções e um foco maior no cliente.

Veja o documento:

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Brasil FMI

O FMI (Fundo Monetário Internacional) alertou, nesta sexta-feira (17), que a situação fiscal do Brasil neste momento lembra a vivida pelo Reino Unido em 2022, e que resultou no pedido de renúncia da primeira-ministra Liz Truss. Ela ficou apenas 44 dias no cargo, tornando-se a primeira-ministra com o mandato mais curto da história do país. E por quê? Medidas de estímulo fiscal muito parecidas com as implementadas pelo governo Lula.

O Conselheiro Econômico e Diretor de Pesquisa do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, avalia que, para vários países, os esforços de política fiscal de 2024 foram adiados ou insuficientes para estabilizar a dinâmica da dívida.

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“Agora é urgente restaurar a sustentabilidade fiscal antes que seja tarde demais e construir amortecedores suficientes para lidar com choques futuros que podem ser consideráveis ​​e recorrentes”, ressalta o economista em seu texto “À medida que um ciclo termina, outro começa em meio à crescente divergência”.

Para Gourinchas, atrasos adicionais podem desencadear uma espiral preocupante em que os custos dos empréstimos continuam aumentando à medida que os mercados perdem a confiança, aumentando ainda mais as necessidades de ajuste.

“Tensões recentes nos mercados financeiros do Brasil, como a reação ao mini-orçamento do Reino Unido de setembro de 2022, ressaltam como as condições de financiamento podem se deteriorar repentinamente”, alerta.

Redução nas transferências

Segundo ele, embora qualquer consolidação fiscal considerável deva pesar sobre a atividade econômica, os países devem tomar cuidado especial para preservar o crescimento tanto quanto possível ao longo do caminho da consolidação, por exemplo, concentrando o ajuste na redução de transferências ou subsídios não direcionados em vez de gastos com investimentos do governo.

“Para conseguir isso — e ajudar a superar diferenças estruturais persistentes que impulsionam divergências de crescimento — deve haver foco renovado em reformas estruturais ambiciosas para impulsionar diretamente o crescimento. Isso inclui reformas direcionadas para melhor alocar recursos, aumentar as receitas do governo, atrair mais capital e promover a inovação e a competição”, aponta Gourinchas.

Londres Reino Unido
(Imagem: Robert Bye/ Unsplash)

O que aconteceu no Reino Unido em 2022?

A crise do mini-orçamento do Reino Unido em setembro de 2022 refere-se a uma turbulência econômica e política significativa desencadeada por um controverso anúncio de política fiscal feito pela então primeira-ministra Liz Truss e pelo chanceler Kwasi Kwarteng. A iniciativa fazia parte de um plano para estimular o crescimento econômico por meio de cortes de impostos agressivos e outras medidas, mas acabou tendo um efeito contrário. Aqui está uma visão geral dos principais elementos e desdobramentos:

Anúncio do mini-orçamento. Em 23 de setembro de 2022, o governo Truss apresentou um “mini-orçamento” que incluía: £45 bilhões em cortes de impostos sem financiamento definido, incluindo a eliminação da alíquota máxima de 45% do imposto de renda para os mais ricos. A reversão de aumentos planejados no imposto corporativo e nas contribuições para o seguro nacional. Medidas para estimular o crescimento econômico sem um plano claro de financiamento ou avaliações detalhadas de impacto econômico. Um congelamento nas contas de energia para ajudar as famílias com os altos custos de energia, aumentando os gastos do governo.

Reação do mercado. O anúncio, sem uma estratégia clara de financiamento, assustou os mercados financeiros. Os investidores temeram um aumento insustentável no endividamento do governo. A libra esterlina despencou para um nível historicamente baixo em relação ao dólar americano, chegando brevemente a US$ 1,03. Os rendimentos dos títulos do governo do Reino Unido (gilts) dispararam, aumentando os custos de financiamento do governo e desestabilizando os mercados financeiros.

Impacto nos fundos de pensão. A alta nos rendimentos dos gilts desencadeou chamadas de margem para fundos de pensão que utilizavam estratégias de investimento baseadas em passivos (LDI). Isso forçou os fundos a vender gilts, criando um ciclo de queda nos preços dos títulos. O Banco da Inglaterra teve que intervir, comprando gilts para estabilizar o mercado e anunciando um programa temporário de compra de títulos.

Consequências políticas. O mini-orçamento foi amplamente criticado por ser desconectado das realidades econômicas e por favorecer os mais ricos. Após a repercussão negativa, Kwarteng reverteu algumas medidas, incluindo a eliminação da alíquota de 45% do imposto, mas isso não foi suficiente para restaurar a confiança. Em 14 de outubro de 2022, Kwarteng foi demitido do cargo de chanceler, sendo substituído por Jeremy Hunt. Hunt reverteu quase todas as medidas do mini-orçamento, desmantelando efetivamente a agenda econômica de Truss.

Renúncia de Liz Truss. A crise prejudicou severamente a credibilidade e a autoridade de Truss, tanto dentro de seu partido quanto perante o público. Ela renunciou em 20 de outubro de 2022, após apenas 44 dias no cargo, tornando-se a primeira-ministra com o mandato mais curto da história do Reino Unido.

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