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Taxa de performance nos fundos de investimento

por Redação Dinheirama
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Taxa de performance - Dinheirama

Se você investe ou pretende investir em fundos de investimento, então precisa saber o que é a taxa de performance.

Além da taxa de administração, esses tipos de fundos costumam ter uma taxa extra quando têm um bom desempenho.

Por isso, para saber se a rentabilidade do fundo realmente vale a pena, é importante levar em consideração essas taxas no cálculo. 

Assim, você faz melhores escolhas em relação aos seus investimentos, sabendo exatamente o que está em jogo. 

O que é taxa de performance? 

Em resumo, a taxa de performance é a cobrança que alguns fundos de investimentos fazem pelo seu bom desempenho. Por isso, algumas vezes também recebe o nome de “taxa de sucesso”.

Geralmente, a cobrança ocorre no momento em que o fundo tem rentabilidade superior a um determinado benchmark preestabelecido. Ou seja, quando ele rende acima da meta.

Em outras palavras, ela funciona como um tipo de recompensa aos gestores do fundo quando eles fazem um bom serviço ao alavancar a carteira do fundo.

Vale mencionar ainda que essa taxa é uma cobrança opcional e condicional. Nesse sentido, a decisão sobre sua existência ou não e em que moldes fica a cargo do fundo.

Taxa de performance - Dinheirama
Crédito: Pexels

Como é calculada a taxa de performance? 

Conforme dissemos, a cobrança da taxa de performance só acontece a partir do ponto em que a rentabilidade do fundo supera a meta. E essa meta precisa ser preestabelecida.

Apesar de os fundos serem livres para escolher seus benchmarks, geralmente utilizam indicadores padrão. Entre eles, os mais comuns são:

  • Ibovespa para fundos de ações;
  • Dólar para fundos cambiais;
  • CDI para os demais fundos.

Tradicionalmente, a taxa de performance nos fundos de investimento brasileiros é feita de forma percentual. Na maioria das vezes, o fundo cobra 20% do valor que ultrapassar o benchmark.

De forma exemplificada, vamos considerar um fundo de investimento com benchmark baseado no Ibovespa. 

Em um semestre, suponha que o Ibovespa rendeu 12% e o fundo rendeu 22% (valor da rentabilidade já retirado a taxa de administração e outras).

Nesse caso, o cálculo da taxa de performance é:

(0,22 – 0,12) x 20 = 1

Logo, a taxa de performance será de 1% do capital total investido no fundo no final daquele semestre.

Linha d’água 

Um outro conceito importante para compreender o funcionamento da taxa de performance é a linha d’água. Em resumo, ela funciona como um limite para que haja ou não a cobrança em um determinado mês.

Por exemplo, se a rentabilidade do fundo ficar abaixo do benchmark, não pode cobrar a taxa. Já que o fundo não teve uma performance melhor do que a meta.

Caso a rentabilidade fique acima do benchmark, mas abaixo do valor em que houve a cobrança da taxa, também não pode cobrar.

Assim, a linha d’água funciona como um limite para ter ou não a taxa de performance em um mês. Dessa forma, só existe a cobrança quando a rentabilidade for maior do que a meta e maior do que o último mês em que ela ocorreu.

E quando a rentabilidade é negativa?

Conforme explicamos acima, a rentabilidade negativa também pode fazer parte do sistema de medição de performance de um fundo. Nesse caso, o cotista não sofre a cobrança da taxa até que a rentabilidade seja maior que a meta.

Esse tipo de sistema é importante porque garante maior segurança ao investidor. E geralmente faz valer a pena a taxa de performance, já que os gestores estão dando garantias de que haverá rentabilidade.

Altera o valor da cota?

O valor da taxa de performance é acrescentado ao valor da cota do fundo. Além disso, por uma questão lógica do mercado, fundos com maior rentabilidade atraem mais cotistas.

Logo, com a maior demanda por cotas de determinado fundo, o preço da cota tende a subir.

Taxa de performance - Dinheirama
Crédito: Pexels

Quando é cobrada a taxa de performance?

A taxa de performance é cobrada semestralmente e de forma automática caso o fundo tenha superado o benchmark.

Quem paga a taxa de performance?

Os cotistas do fundo, ou seja, as pessoas que investem naquele fundo e recebem a rentabilidade dele. São elas quem pagam a taxa de performance.

Do outro lado, quem recebe a taxa de performance são os gestores do fundo, como uma espécie de bonificação por bom desempenho. 

Quais fundos cobram taxa de performance?

Os fundos que geralmente cobram taxa de performance são aqueles com gestão ativa. Chamamos eles de “fundos ativos”.

Ou seja, fundos que têm um ou mais gestores que atuam constantemente no balanceamento de carteira. 

Afinal, a taxa faz referência justamente à boa atuação desses profissionais e o quanto ela foi determinante para o bom rendimento.

Os fundos de investimento que geralmente se encaixam nesse perfil são:

Quais fundos não cobram taxa de performance?

Os fundos classificados como passivos não podem ter cobrança dessa taxa. Ou seja, fundos cuja boa performance não depende da atuação de gestores.

Enquadram-se aqui os fundos de renda fixa, por exemplo, e fundos de índice. Afinal de contas, a rentabilidade desses fundos não depende da aposta dos gestores.

Taxa de administração e taxa de performance

Fundos de Investimento são ótimos investimentos para quem tem pouco conhecimento sobre mercado financeiro. Ou para quem não quer se preocupar com a gestão da sua carteira.

Isso porque eles são compostos por várias aplicações escolhidas por gestores. Esses profissionais se dedicam a estudar o mercado e tomar as melhores decisões para o seu dinheiro de acordo com o objetivo e estratégia do fundo. 

Porém, esses gestores, é claro, precisam ser remunerados. E a taxa de administração cumpre esse papel. Ela é a cobrada aos cotistas pelo serviço de gestão do fundo.

Diferente da taxa de performance, que funciona como uma bonificação, a taxa de administração é fixa. E está embutida na maioria dos fundos de investimentos.

Taxa de performance - Dinheirama
Crédito: Pexels

Outros custos dos fundos de investimento

Além da taxa de performance e da taxa de administração, é importante considerar alguns outros custos na hora de investir em um fundo de investimento. Por exemplo:

  • Taxa de entrada: é paga para que o investidor possa passar a fazer parte do fundo. O valor varia, mas geralmente é um percentual do montante investido pelo investidor no fundo. É debitado antes do investimento inicial;
  • Taxa de saída: é uma cobrança feita em cima dos resgates feitos pelos cotistas. Ela existe para incentivar que os cotistas deixem seu dinheiro investido por longos períodos no fundo;
  • Come-cotas: é a antecipação do Imposto de Renda sobre os fundos, com alíquota mínima de 15%. Essa cobrança acontece a cada seis meses, sempre no último dia útil de maio e novembro. Importante: fundos imobiliários e de ações não têm essa cobrança;
  • Impostos: o Imposto de Renda vai incidir sobre a rentabilidade conforme a regra de cada classe de fundos. Por isso é importante avaliar caso a caso.

Conclusão

Os fundos de investimentos são um ótimo recurso para quem está começando a investir e não possui muito conhecimento sobre mercado.

Até mesmo para investidores mais experientes, a gestão cuidadosa e constante dos gestores de fundos podem ser atrativas.

Porém, nada é de graça. A presença desses profissionais implica em taxas de administração e, muitas vezes, performance.

Por isso, avalie cuidadosamente todos os custos envolvidos na aplicação financeira. Tenha certeza de que a rentabilidade será superior a todos esses gastos.

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