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Como começar a investir: primeiros passos

por Lavínia Martins, CFP®
3 min leitura
Como começar a investir - Dinheirama

Veja como começar a investir, ainda que você tenha pouco dinheiro. Ou com muito dinheiro, se você receber uma herança ou ganhar na loteria, rs! ????

É provável que você já tenha ouvido por aí que precisa investir o seu dinheiro para ter um bom patrimônio. Mas como começar a investir?

De fato, o ciclo econômico começa com o investidor. A economia só gira enquanto investidores estão dispostos a investir seu dinheiro em novos projetos. Ou para fazer crescer projetos já existentes, é claro.

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Por isso investir é bom para si mesmo e para toda a economia! Então vamos descobrir como começar nessa jornada de investidor?

Como começar a investir do zero

Para se tornar um investidor, primeiro é preciso começar a guardar dinheiro. E para isso, é preciso criar a capacidade de poupar no orçamento doméstico. 

É fundamental pensar sobre o uso que será dado ao dinheiro da renda do trabalho antes dele chegar na sua mão.

Dessa forma, você conseguirá começar a construir as suas reservas financeiras e se tornar um investidor!

Muita gente acha que ganha pouco e que por isso não sobra dinheiro para investir. Mas se você não for capaz de gerenciar o pouco dinheiro que tem, nunca terá mais dinheiro. 

Consequentemente, você nunca conseguirá ter reserva financeira para realizar seus projetos de vida. Nada legal, não é mesmo?

Investir não é uma questão do tamanho da renda, mas uma questão de saber quais são as suas prioridades de vida. E também ser capaz de fazer controle de gastos.

Então, para começar a investir, o primeiro passo é aprender a poupar! E aprender a poupar é colocar a ação de poupar como uma atividade prioritária em sua vida.

Como começar a investir - Dinheirama
Crédito: Pexels

Como começar a poupar com pouco dinheiro

Defina qual será o valor que será poupado e destinado aos investimentos financeiros de forma regular mensalmente.

Quem espera “sobrar” dinheiro no fim do mês para investir, nunca poupa! Por isso, investir tem que ser uma prioridade.

O depósito na sua aplicação financeira tem que ser a primeira coisa que você faz com o dinheiro quando ele chega na sua mão.

Muitas pessoas têm a grande dúvida: mas qual é o valor da renda que deveria ser destinada aos investimentos?

Quanto investir?

Não existe um valor percentual ideal, vários autores têm opiniões diferentes sobre este assunto. No entanto, é importante salientar que 10% é muito pouco! 

O ideal é investir pelo menos 30% da renda regularmente. Então, é possível aumentar essa capacidade de poupar e investir sempre que receber valores maiores.

Se você recebe 13º salário ou algum tipo de bônus, por exemplo, essas podem ser boas oportunidades para aportes maiores.

O valor percentual da renda destinado aos investimentos também pode mudar ao longo da vida.

Jovens que estão no início da carreira e ainda moram na casa dos pais, geralmente podem poupar mais (80% ou 90% da renda). Isso porque a maior parte das suas despesas com moradia e alimentação normalmente é coberta pelos pais.

Mas, conforme vão crescendo na carreira e mudando sua situação de vida ao casarem, terem seus próprios filhos e se tornarem os provedores da casa, o valor percentual da capacidade de poupar diminui. Porém, deveria se manter em pelo menos 30% da renda.

Investir é um hábito que todas as pessoas deveriam desenvolver ao começar a trabalhar e produzir renda!

Como começar a estudar investimentos?

Ninguém nasce sabendo investir. É um aprendizado que leva uma vida inteira para aprender e desenvolver. 

O mercado financeiro é muito dinâmico e sempre tem inovações acontecendo. Isso exige que os investidores estejam sempre se reciclando e se atualizando para acompanhar as novidades.

Em segundo lugar, é preciso estudar e conhecer os tipos de investimentos disponíveis no mercado financeiro. 

Há produtos de renda fixa, que pagam um valor de juros com alguma regularidade ao longo do prazo de duração do investimento.

Também existem os de renda variável, onde o preço do produto varia diariamente conforme ele é negociado no mercado.

Os fundos de investimentos podem ser boas opções para quem não tem tanto tempo para acompanhar o mercado constantemente.

Neles, os investidores delegam a uma equipe a ação de escolher os produtos de investimentos para eles. Mas tomam para si a responsabilidade de escolher e acompanhar o trabalho do gestor de fundo e sua equipe, é claro.

Os fundos de investimento seguem diferentes estratégias, então é importante o investidor entender como eles funcionam. Assim é possível escolher com quais deles ele se identifica ou não.

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Crédito: Pexels

Fatores decisivos na hora de investir

Todos os produtos de investimentos têm risco, inclusive a caderneta de poupança. 

Portanto, cabe ao investidor estudar e compreender como funciona cada produto de investimento. E também quais são as variáveis que estão relacionadas aos produtos.

Por exemplo, para ter um retorno esperado de X dinheiros, o investidor deve estar disposto a correr o risco de perder Y dinheiros.

A relação “risco x retorno” é a principal medida que orienta os investidores a escolher os seus investimentos.

Além disso, de uns anos para cá, entrou nesse jogo também o ESG, a sigla em inglês que significa “Impacto” (ambiental, social, e governança).

Hoje os investidores não olham apenas a relação risco x retorno para escolher os seus investimentos. 

Avaliam também as questões de possibilidade de impacto positivo sobre o meio ambiente, as relações sociais, e de governança corporativa nas empresas.

Outro fator importante na tomada de decisão sobre os investimentos é a liquidez. Ela significa quanto tempo o investidor leva para fazer o produto de investimento virar dinheiro de novo.

Ou seja, chamamos de liquidez o tempo em que o seu dinheiro investido, mais lucro, estará disponível para ser usado para outra coisa. Seja para consumo ou para fazer novos investimentos.

Por último, o investidor deve avaliar os custos envolvidos na realização dos seus investimentos. São eles:

  • Custos de transação na bolsa de valores; 
  • Custos de administração e performance dos fundos de investimentos; 
  • Impostos que incidem em cada tipo de produto de investimento;
  • Custo de oportunidade, que é quando o dinheiro é investido em um produto ruim, que rende pouco, e que poderia ser investido em um produto de melhor qualidade, que rende mais.

Perfil de investidor

Depois de estudar e conhecer como funcionam os produtos de investimento disponíveis no mercado, o investidor deve realizar uma avaliação de autoconhecimento.

Ele deve perguntar para si próprio o quanto ele está disposto a correr risco na sua carteira de investimentos. 

É preciso ter definido até onde ele tolera perder algum dinheiro em função da expectativa de retorno dos seus investimentos.

Todos os bancos e corretoras possuem um questionário para ajudar os investidores a conhecer melhor o seu próprio perfil de investimento. 

Este questionário é chamado de “suitability” e muitos investidores o acham confuso.

Realmente, para muitas pessoas, ele apresenta perguntas que não fazem o menor sentido. Principalmente quando ele é totalmente novo e desconhecido. 

Mas como tudo o que é novidade, temos que nos esforçar um pouco para entender e colher os benefícios dessa ferramenta de autoavaliação.

Você também pode fazer um teste de perfil de investidor clicando aqui.

Abrindo a conta na corretora de valores

O terceiro passo para começar a investir é abrir uma conta em uma corretora de valores. 

Existem dois benefícios principais em ter uma conta de investimentos em uma corretora ao invés de investir através da conta corrente bancária.

O primeiro é que você tira o seu dinheiro do banco. Assim é possível separar o dinheiro de investimento, do dinheiro que ficará disponível para o pagamento das contas do custo de vida. Ou seja, você corre menos risco de gastá-lo com as suas contas do dia-a-dia.

O segundo benefício da conta da corretora é ter acesso a produtos de investimento de melhor qualidade do que os disponíveis na conta corrente do banco.

É importante salientar que é bom ter investimentos também na conta corrente do banco. 

Eles podem servir para cobrir emergências e não deixar a conta no vermelho, onde incide a cobrança de juros e IOF (imposto).

Outro ponto importante é lembrar que a conta corrente remunerada não é investimento. 

Mesmo que ela pague um rendimento equivalente a 100% da taxa do CDI, a conta remunerada é uma conta corrente. 

Isso faz com que o dinheiro fique disponível para uso, e, portanto, não há a separação entre o dinheiro de uso do dinheiro de investir.

Defina objetivos e adeque os investimentos a eles

Por fim, o que deve orientar a escolha dos produtos onde investir é o uso final para o qual o dinheiro está sendo guardado.

Só assim será possível definir bem o produto ideal a se investir com a quantidade de dinheiro que se tem disponível para isso.

Por exemplo, vamos pensar em um investidor que está começando a investir, com pouco dinheiro. Se ele ainda não possui uma reserva para emergências, pode começar guardando seu dinheiro em alguma dessas opções:

  • Caderneta de poupança (que atualmente paga ao investidor 70% da taxa Selic isenta de imposto de renda);
  • CDB do banco onde possui conta corrente (que paga um valor denominado em percentual da taxa do CDI, que é menor do que a taxa Selic); 
  • Título Tesouro Selic através da conta da corretora, onde obterá a remuneração de juros que acompanhará a variação da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.

O principal objetivo da reserva de emergência é fornecer acesso do investidor ao seu dinheiro a qualquer momento. 

Então ele deve ser investido em um produto que possa ser resgatado e que vire dinheiro disponível na conta corrente do banco o mais rápido possível.

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Crédito: Pexels

De olho no prazo

Quando falamos de um investidor que está guardando dinheiro para realizar um objetivo com prazo definido, o cenário muda.

Se ele precisa do dinheiro para conquistar uma meta prevista para médio a longo prazo, não depende de alta liquidez. 

São exemplos desses objetivos: “férias daqui 1 ano”, “comprar um carro daqui há 2 anos”, “comprar a casa própria daqui há 5 anos”, etc.

Nesses casos, ele pode usar outros tipos de produtos de renda fixa. De preferência, que tenham um prazo que coincide com o prazo no qual o dinheiro será necessário para a realização do objetivo.

Neste cenário entram como opções:

  • Os títulos bancários LCI e LCA;
  • Os papéis de renda fixa negociados na bolsa de valores (Tesouro Pré, Tesouro IPCA, CRI, CRA ou Debentures).

No cenário de investimentos para dinheiro que será necessário apenas no longo prazo, o investidor pode usar produtos de renda variável.

Eles são negociados através da bolsa de valores. Podem ser as ações, os fundos de investimento imobiliário, os ETFs, os BDRs, e assim por diante.

Busque uma carteira balanceada

Independente se você está começando a investir com pouco dinheiro ou com muito dinheiro, tenha sempre em mente o futuro. 

A melhor forma de garantir bons resultados futuros é construindo uma carteira de investimentos diversificada.

Ou seja, ter investimentos em produtos de várias classes de ativos, e com diferentes estratégias. Dessa forma, você consegue sempre maximizar o retorno dos seus investimentos e reduz o risco.

Evite olhar o resultado financeiro da sua carteira diariamente. Isso gera ansiedade.

Ao invés disso, desenhe as suas estratégias e estabeleça um calendário para realizar o rebalanceamento periódico dos seus investimentos.

Rebalancear é “colocar para dentro do seu bolso” o resultado financeiro obtido com os produtos de investimentos que tiveram o melhor retorno no período analisado.

Além de usar esse dinheiro para comprar barato os ativos que tiveram o pior desempenho.

Dessa forma, você consegue criar a disciplina de sempre realizar o lucro do período, e comprar barato as oportunidades que surgirem.

Conclusão: saiba como começar a investir

Investir é importante e ter a iniciativa de começar o quanto antes é fundamental. Mas, não saia comprando qualquer coisa! Avalie seus investimentos olhando sempre para o futuro. 

Quais são os produtos que têm maior probabilidade de ter um maior retorno no próximo ciclo (período) de investimento? São esses os produtos que você deve comprar e ter na sua carteira de investimentos. 

Para se familiarizar com os produtos de investimento é importante testá-los.Para isso, além de estudar, é importante investir regularmente de verdade! 

É a prática que traz o maior aprendizado sobre como os produtos funcionam, e sobre o que você gosta ou não para você!

De modo geral, estamos aos poucos quebrando todos os tabus relacionados ao mercado financeiro e aos produtos de investimentos. 

O mercado de capitais é o local onde investidores se encontram para fazer negócios. Negócios para fazer o seu patrimônio pessoal crescer e assim fazer girar a roda da economia!

Bons investimentos!

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