A Oi é uma empresa de telecomunicações, pioneira na prestação de serviços convergentes de banda larga, telefonia móvel, TV por assinatura, transmissão de voz local e de longa distância. Conheça mais sobre as ações OIBR3 (Oi ON).
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A companhia é a operadora com maior capilaridade de rede de fibra, com mais de 400 mil quilômetros, o que garante sua presença em todo o território nacional.
Isso significa oferta de serviços de telefonia e telecom em áreas remotas e promoção da inclusão digital da população.
Além de serviços de telecomunicações para os mercados varejo e corporativo, a Oi oferece soluções de Tecnologia da Informação para empresas.
Criada em 1998, a partir do processo de privatização do sistema Telebrás, a Oi começou a operar em 64% do país.
Em 2008, a companhia lançou o serviço de telefonia móvel no estado de São Paulo. E, em 2009, comprou a BrT, assumindo o controle em 2010, e passando a atuar em todo o território nacional.
Depois de um processo de reestruturação societária, em 2012, a companhia teve, pela primeira vez, ações da Oi SA negociadas na Bolsa.
Mas, será que vale a pena ser sócio da Oi e investir nas suas ações?
Perfil de Investidor: como encontrar o seu?
Recuperação da OIBR3
Em 2016, aconteceu a entrada em Recuperação Judicial com objetivo de preservar os serviços prestados pelas Empresas Oi aos seus clientes.
O processo visava manter os serviços enquanto concluía a renegociação de dívidas.
Neste mesmo ano, a empresa lançou o Programa de Integridade, com a criação de uma política anticorrupção e a renovação da política institucional.
Em 2017, aconteceu a aprovação do Plano de Recuperação Judicial, garantindo a reestruturação da dívida da companhia e permitindo a expansão de investimentos com o aumento de capital.
A reestruturação da dívida da empresa só viria em 2018, como resultado da aprovação do Plano de Recuperação Judicial.
Como consequência, veio a pulverização de capital com a conversão de títulos (bonds) em ações.
Mais recentemente, em 2021, foi celebrado o Contrato de Compra e Venda de Ações das SPEs Ativos Móveis junto com a Telefônica Brasil (Vivo), TIM e Claro.
Além disso, houve a alienação das UPIs Torres e Data Center, após recebimento de R$ 1,1 bilhão dos compradores.
O que é OIBR3?
Em resumo, OIBR3 é como a Oi é negociada na bolsa de valores brasileira, a B3. Assim, chamamos o código OIBR3 de ticker da empresa na bolsa.
Cotação OIBR3
As ações da Oi tem ficado em torno de R$ 1,00, mas com histórico de volatilidade. Confira diretamente no site da B3 a cotação da OIBR3 em tempo real.
Qual a liquidez da OIBR3?
O volume de negociações das ações da Oi oscila bastante, mas em geral a ação tem boa liquidez se considerarmos que trata-se de uma empresa em recuperação judicial.
A afirmação de que a liquidez é razoável pressupõe negociações de montante pequeno, com foco no pequeno investidor.
Dividendos OIBR3
Desde 2013, a Oi não anuncia pagamento de dividendos. Isso acontece, naturalmente, por conta do Plano de Recuperação Judicial.
Atualmente endividada, a empresa precisa se ajustar antes de ter lucro – evento essencial para que sejam distribuídos dividendos.
Quando a OIBR3 paga dividendos?
A última vez em que a Oi pagou dividendos foi em outubro de 2013. Na época, a companhia pagou aos investidores um total de R$ 500 milhões.
Por ora, não há como estimar quando a empresa voltará a pagar dividendos.
Qual a diferença da OIBR3 para OIBR4?
A diferença entre ações ordinárias (OIBR3) e preferenciais (OIBR4) é que as ordinárias têm direito à voto e as preferenciais não.
Por outro lado, as ações preferenciais, como o próprio nome diz, têm preferência no pagamento e recebimento de direitos (dividendos, juros sobre capital próprio etc.).
É melhor comprar OIBR3 ou OIBR4?
Conforme explicado, as ações ordinárias (OIBR3) pressupõem participação nas escolhas e caminhos do negócio através de votos nas Assembleias.
Claro que o acionista precisa ter muitas ações para que seu voto faça diferença, então isso não é exatamente o que muda a vida do pequeno investidor.
As reuniões acabam acontecendo entre os acionistas que detém maiores fatias da empresa, mas é bom acompanhar de perto o que decidem.
No caso das ações preferenciais (OIBR4), a grande vantagem é preferência para o recebimento dos direitos, como dividendos, compensações e juros sobre capital próprio.
Acontece que a Oi não paga dividendos desde 2013 e ainda segue muito endividada, o que não a torna uma ação interessante neste sentido.
A maior parte das recomendações leva em conta as ações ordinárias, mas pode ser que as preferenciais tenham mais liquidez.
Na prática, se você considera se tornar sócio da empresa com uma tese de longo prazo, acho que faz mais sentido pensar nas ações ordinárias.
Se o foco for alguma operação de curto prazo, as preferenciais podem ser mais interessantes. Mas isso é uma opinião, não recomendação, ok?
Relação com Investidores da Oi
A empresa mantém uma página dedicada à Relação com Investidores da Oi e aos detalhes de sua operação.
Assim, você pode conferir os resultados, avisos aos acionistas e perguntas/respostas sobre o negócio.
Além disso, o investidor encontra análises, calendário de eventos e uma central com os principais números e evolução dos resultados.
Análise OIBR3
De maneira geral, há consenso entre os analistas de que o momento da Oi é desafiador, principalmente porque o mercado e a situação econômica da empresa não combinam.
O setor de telefonia e serviços de telecomunicações e dados sofre rupturas a todo instante e é muito competitivo.
Com a situação do mercado cada vez mais competitivo e a retenção de caixa por conta de depósitos judiciais (ações trabalhistas, fiscais e regulatórias), a empresa perde oportunidades.
Além disso, há uma dívida elevada e que segue demandando muito trabalho de gestão e equilíbrio financeiro.
Em dezembro de 2020, a Oi realizou o leilão de sua operação móvel. O consórcio Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro foi o ganhador, com uma proposta de R$16,5 bilhões.
Outra ação em pauta é o desinvestimento da sua unidade de negócios de fibra óptica, a InfraCo, considerada a “menina dos olhos” da empresa.
Em outras palavras, o caminho da Oi será longo e repleto de desafios, o que significa que as ações terão impacto na bolsa de valores.
Há cerca de 4 anos, em 2017, as ações estavam perto de R$ 4,00, mas caíram para R$ 0,44 em março de 2020. Em 2021, voltaram a passar de R$ 1, mas caíram de novo.
O que esperar da Oi?
Volatilidade acima da média. A empresa está em processo de recuperação judicial e caminhando para voltar a ser lucrativa, mas há muito pela frente.
A tese do investimento precisa ser muito sólida e a decisão tomada com muito cuidado. Ou seja, não se deve investir porque a ação é uma penny stock (baratinha).
Se a decisão for apostar na recuperação da empresa no longo prazo ao aproveitar o preço atual, é importante ressaltar que o investidor terá que ter paciência.
Além disso, o dinheiro colocado nas ações da empresa não pode ser o da reserva de emergência ou com foco em objetivos de curto/médio prazo.
Conclusão
A Oi é uma empresa muito conhecida dos investidores e brasileiros, mas para decidir investir na empresa é preciso analisar o histórico com muita calma e cuidado.
Em plena recuperação, a Oi ainda está longe de reverter suas enormes dívidas e mostrar ao mercado algum lucro, embora isso seja plenamente possível.
Com liquidez abaixo das grandes empresas da bolsa, fica também o alerta para que o investidor só decida investir se estiver confortável com a situação em torno da empresa.
Concorrência feroz, volatilidade e muitas mudanças serão parte do dia a dia da empresa (e do investidor). Leve isso em consideração e bons investimentos!