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O que é ESG e qual a sua importância nos investimentos

por Redação Dinheirama
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ESG - Dinheirama

O termo ESG engloba três fatores essenciais que as empresas certamente precisam adotar para um desenvolvimento sustentável. Mas, qual é o significado de ESG? Em inglês, a sigla representa Environmental, Social and Governance (ambiental, social e governança).

Esses critérios já são muito populares no mercado internacional e vêm ganhando força no mercado brasileiro. Isso porque o termo já está no radar das pessoas que querem investir em empresas comprometidas com questões sócio-ambientais.

De fato, esse é um dos critérios de análise que os investidores podem utilizar antes de escolher os ativos para os quais direcionarão sua renda. Em outras palavras, é uma maneira consciente de fazer investimentos, indo além da lucratividade das organizações.

Se você gostou dessa premissa, então é hora de conhecer mais sobre ESG. Neste texto, você conhece um pouco mais sobre o conceito e sua aplicação no mercado. Boa leitura!

O que é ESG?

ESG é uma sigla, em inglês, para o termo “environmental, social and governance”. Na tradução, o significado de ESG é: “ambiental, social e governança”. Ou seja, ela é usada para medir as práticas de uma empresa nessas três áreas.

O conceito pode ser utilizado para medir quanto um negócio busca maneiras de reduzir seus impactos no meio ambiente. Mas, também inclui iniciativas para construir um mundo mais justo e responsável e para ter os melhores processos de gestão.

Outro ponto relacionado ao termo é que ele serve para caracterizar investimentos que seguem critérios de sustentabilidade. Dessa maneira, os investidores podem analisar as iniciativas sócio-ambientais de uma companhia, muito além de seus índices financeiros.

A sigla ESG apareceu pela primeira vez em um relatório chamado “Who Cares Wins” (Quem se importa, ganha), de 2005. Este foi o resultado de uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU).

Naquele momento, instituições financeiras de diferentes países se reuniram para determinar diretrizes para incluir questões sócio-ambientais e de governança na gestão de ativos. O relatório concluiu que incorporar esses fatores no mercado financeiro, de fato, geraria mercados mais sustentáveis e resultados mais positivos para a sociedade.

Quais os princípios ESG?

Environmental ou ambiental

A letra “E” faz referência às práticas adotadas pelas empresas para a conservação do meio ambiente, além da forma como elas atuam quanto a alguns temas, por exemplo:

  • Aquecimento global;
  • Emissão de carbono;
  • Poluição da água e do ar;
  • Biodiversidade;
  • Desmatamento;
  • Eficiência energética;
  • Gestão de resíduos;
  • Escassez de água.

Social

A segunda letra da sigla se refere à forma como a empresa se relaciona com as pessoas. Isso inclui:

  • Satisfação dos clientes;
  • Proteção de dados e privacidade;
  • Diversidade da equipe;
  • Engajamento dos funcionários;
  • Relacionamento com a comunidade;
  • Respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.

Governance ou governança

Por fim, a letra G diz respeito à maneira como a empresa é administrada. Ou seja:

  • Composição do Conselho;
  • Estrutura do comitê de auditoria;
  • Conduta corporativa;
  • Remuneração dos executivos;
  • Relação com entidades do governo e políticos;
  • Existência de um canal de denúncias.

ESG Investimentos

Um investimento ESG engloba critérios ambientais, sociais e de governança em sua análise. Ou seja, ele vai além das métricas econômicas tradicionais e permite que o investidor avalie as empresas em sua totalidade.

Quem compra ações na Bolsa de Valores provavelmente já investiu em uma empresa ESG. Isso porque grande parte das empresas blue chips e que compõem o Ibovespa precisam atender aos critérios deste índice de sustentabilidade. 

ESG no mercado financeiro

A saber, existem diferentes maneiras de investir em ESG no mercado financeiro. Isso é possível por meio de Fundos de Fundos (FoF), que direcionam seu capital para ações que são sustentáveis e Investimentos em Renda Fixa, mas essas não são as únicas categorias de ESG investimentos.

Da mesma forma que em outras categorias, também é possível emitir títulos de dívida em ESG. Eles são chamados de Títulos Temáticos ESG e têm como objetivo atrair verba para projetos que tenham impacto socioambiental positivo e real.

Esse tipo de título é categorizado de acordo com seus objetivos:

  • Verdes (Green Bonds): representam investimentos voltados à energia renovável, redução da poluição, conservação da biodiversidade e outros;
  • Sociais (Social Bonds): voltados a projetos de geração de empregos, infraestrutura básica, segurança alimentar, por exemplo;
  • De Sustentabilidade (Sustainability Bonds): voltados a projetos socioambientais. 

Empresas que querem alcançar metas de ESG também podem emitir Títulos Vinculados à Sustentabilidade (Sustainability-Linked-Bonds). No entanto, para isso, precisam ter métricas claras e bem definidas de acompanhamento dessas iniciativas.

Por exemplo, elas podem definir que querem chegar a 95% do uso de energia elétrica renovável até 2028. Também podem dizer que querem reduzir em 20% as emissões de Gás Carbônico até 2030.

Índices de sustentabilidade na B3

A B3 possui Índices de Sustentabilidade Empresarial. Essas ferramentas avaliam a performance das empresas listadas na B3 quanto aos critérios de ESG. Conheça mais sobre eles:

ISE B3 – Índice de Sustentabilidade Empresarial

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) representa uma categoria de ativos que cumprem os critérios estabelecidos na metodologia. O objetivo desse índice é atuar como um indicador de desempenho das cotações dos ativos das empresas selecionadas.

Essa seleção é feita por meio do reconhecimento do comprometimento da empresa com a sustentabilidade empresarial. Dessa forma, os investidores têm suporte na tomada de decisão e as empresas são incentivadas a adotar as melhores práticas ESG.

Apenas ações de empresas listadas na B3 que cumprem critérios pré-determinados compõem o ISE B3. Por outro lado, estão excluídas deste índice ações que estão em:

Além disso, a B3 possui a Plataforma ESG Workspace, que contém o desempenho das empresas que participam do processo de seleção da carteira do ISE B3 2021-2022. Assim, a plataforma auxilia os usuários a definirem estratégias com base em notas e dados relacionados ao ISE B3.

ICO2 B3 – Índice Carbono Eficiente 

O Índice Carbono Eficiente da B3 (ICO2 B3) foi criado em 2010 com a intenção de ser um instrumento para as discussões sobre a mudança do clima no Brasil. Empresas que aderem ao ICO2 mostram transparência quanto às suas emissões e preparação para uma economia de baixo carbono.

Entre 2010 e 2019, apenas companhias que integravam o IBrX 50 eram convidadas a participar do índice. Contudo, em 2020, a metodologia foi revisada e levou em consideração tendências e movimentos mundiais na temática. 

Por esse motivo, a partir de 2021, a B3 começou a convidar as companhias do IBrX 100 para a composição das carteiras 

IGPTW B3 – Índice GPTW 

Já o Índice GPTW (IGPTW B3) representa uma carteira composta por empresas certificadas e as melhores empresas para trabalhar. Essa definição é feita a partir do ranking nacional desenvolvido pela Great Place to Work (GPTW).

Dessa maneira, é possível investir em empresas que se importam com a relação entre as pessoas e o desenvolvimento dos funcionários. Dessa forma, também geram impacto positivo nos negócios.

O intuito deste índice é atuar como indicador de desempenho das cotações dos ativos das empresas listadas na B3 e certificadas pela GPTW como as que proporcionam os melhores ambientes para se trabalhar.

Conclusão

A preocupação com o desenvolvimento sustentável vem crescendo no meio da sociedade, e isso também se reflete nas empresas. Uma das estratégias adotadas por elas para se manterem em conformidade com esse padrão é a adoção das estratégias de ESG.

Além disso, a B3 definiu índices de sustentabilidade específicos para trazer o ESG para o mercado financeiro. Dessa forma, conseguem estimular as empresas a serem mais sustentáveis e os investidores a direcionarem seus recursos para as companhias que tomam essas iniciativas.

Você já analisa os critérios de ESG no momento de escolher seus investimentos? Conte-nos mais sobre sua experiência nos comentários!

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