Rússia e Ucrânia

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, disse que deseja discutir maneiras de colocar a Ucrânia em uma posição de força para quaisquer futuras negociações de paz com a Rússia durante uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e um pequeno número de líderes europeus.

Zelensky se reuniu hoje com a principal autoridade civil da Otan em sua residência em Bruxelas e Rutte afirmou que o objetivo com o líder ucraniano é de “discutir tudo o que tem a ver com a Ucrânia no momento e como garantir que possamos fazer o máximo para colocá-la em uma posição de força para um dia, quando decidir, iniciar conversas com os russos sobre como acabar com tudo isso”.

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Celulares, jovens

O Senado aprovou, nesta quarta-feira, 18, o projeto de lei que veta o uso de celulares nas escolas de todo o País.

A Casa manteve o texto aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada que proíbe a utilização dos dispositivos, mas permite que seja levado na mochila.

Agora, o texto segue para sanção presidencial e após esse trâmite, passará a vigorar já no próximo ano letivo.

O projeto foi alvo de críticas por conter brechas que podem permitir que estudantes burlem a regra sob argumentos como liberdade de expressão e possam, por exemplo, filmar professores Ao Estadão, o deputado Renan Ferreirinha (PSD-RJ), relator do texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) da Câmara, defendeu o texto e disse que a redação aprovada foi fruto de consensos possíveis para viabilizar a proposta.

O que diz a lei aprovada na Câmara

– Todos os alunos poderão portar o celular, mas sem utilizá-lo.

– Uso do celular proibido em todas as etapas da educação básica (educação infantil até o ensino médio) em sala de aula, no recreio e nos intervalos de aula;

– Uso permitido para fins pedagógicos sob orientação de educadores; para promover acessibilidade de alunos com deficiência; para garantia de direitos fundamentais.

– Uso permitido em situações de estado de perigo, estado de necessidade, caso de força maior.

Em seu relatório, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) elogiou o trabalho de Ferreirinha e disse que “chegou-se a uma redação que contempla as necessidades de segurança física e mental dos estudantes brasileiros”. O Senador cita relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) de 2022, segundo o qual “usuários de smartphones e outros dispositivos digitais por mais de cinco horas diárias se saíram pior na prova que aqueles que passaram apenas uma hora ou menos por dia utilizando esses aparelhos.”

“Toda família brasileira tem pleno conhecimento dos impactos que o uso do celular tem na vida das pessoas, mais ainda na de adolescentes. A competição de atenção hoje é desumana”, disse Vieira ao apresentar o relatório.

Celular com Aplicativos
(Imagem: Pixabay/ @Pexels)

Durante a tramitação do projeto na CCJ da Câmara, o deputado Renan Ferreirinha incluiu dispositivo para viabilizar a adesão parlamentares conservadores, que não queriam apoiar o texto por considerar que a proposta impediria “fiscalização” de suposta doutrinação por parte de professores. Para reduzir as resistências ao texto, o deputado incluiu dispositivo que permite a utilização dos aparelhos para “garantir direitos fundamentais”.

Mais cedo, antes de o texto ser votado no plenário do Senado, o Movimento Desconecta, que reúne pais a favor da proibição do uso de celulares, criticou o mecanismo. Segundo Camilla Bruzzi, membro do movimento, a medida possibilita que sejam usados “pretextos” para não cumprir a lei.

Outro ponto apontado pelo grupo é a ausência de regra que determine armazenamento dos aparelhos. “É fundamental que os aparelhos estejam desligados e trancados fora da sala de aula e do alcance dos alunos ao longo do período escolar”, diz o comunicado divulgado pelo movimento.

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Senado

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (18) o projeto de lei que taxa em pelo menos 15% o lucro de empresas multinacionais instaladas no Brasil.

A cobrança ocorrerá por meio de um adicional na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que garantirá a tributação mínima efetiva de 15%, dentro do acordo global para evitar a erosão tributária, estabelecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Social (OCDE).

A ideia é que a cobrança tenha início no Brasil em 2025. Segundo o Ministério da Fazenda, cerca de 290 multinacionais fazem parte desse grupo e 20 delas são brasileiras.

De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o Projeto de Lei 3817/24 repetiu a Medida Provisória 1262/24, editada no início de outubro, mas que não chegou a ser votada. O texto havia sido aprovado pela Câmara ontem (17) e, agora, vai à sanção presidencial.

Pelo texto, os lucros das multinacionais serão submetidos a cálculos específicos para saber se a empresa paga pelo menos 15% de tributação.

Caso a conta dê deficitária, o adicional da CSLL incidirá sobre o lucro de empresas no Brasil integrantes de grupos multinacionais cuja receita anual consolidada seja superior a 750 milhões de euros (cerca de R$ 4,78 bilhões) em pelo menos dois dos quatro anos fiscais consecutivos anteriores à apuração.

Um dos critérios de adesão à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países que buscam convergências em medidas políticas, econômicas e sociais, a tributação de multinacionais evita que as empresas façam manobras de evasão fiscal e remetam parte dos lucros a outros países, com alíquotas menores, ou a paraísos fiscais.

Desde 2015, o Brasil tenta entrar formalmente na OCDE, em processo que segue em andamento.

Incentivos tributários

Apesar da taxação extra, o projeto prorrogou até 2029 dois incentivos tributários às multinacionais brasileiras. Os benefícios são os seguintes: o crédito presumido de 9% sobre lucros no exterior e a consolidação de resultados de empresas subsidiárias no exterior.

De acordo com o relator do projeto, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), a manutenção desses instrumentos evita a perda de competitividade das multinacionais brasileiras e uma possível dupla tributação (pagamento de um mesmo tributo em dois países), garantindo que operem em igualdade com concorrentes estrangeiros.

A extensão dos benefícios não terá impacto no Orçamento de 2025, mas fará o governo deixar de arrecadar R$ 4,051 bilhões em 2026 e R$ 4,283 bilhões em 2027.

Segundo o projeto, a cobrança começará no ano fiscal de 2025, e o pagamento deverá ocorrer até o último dia do sétimo mês após o fim do ano fiscal.

Como o ano fiscal não coincide necessariamente com o ano civil para todas as empresas e grupos multinacionais, a data se torna variável.

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Dólar

Após o dólar (USDBRL) fechar a R$ 6,26 na maior cotação nominal da história, o Banco Central (BC) anunciou mais uma intervenção no câmbio para segurar a moeda.

A autoridade monetária vai leiloar nesta quinta-feira (19) até US$ 3 bilhões das reservas internacionais à vista, sem compromisso de recomprar os recursos mais tarde.

Segundo comunicado emitido pelo BC na noite desta quarta-feira (18), a autoridade monetária fará o leilão entre as 9h15 e as 9h20, pouco após a abertura do mercado.

Nesta quarta, quando não interferiu no câmbio, o dólar subiu 2,82%, influenciado pelo atraso na votação do pacote fiscal e pela indicação do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que poderá fazer menos cortes de juros nos Estados Unidos em 2025.

Com o novo leilão, o BC terá injetado cerca de US$ 15 bilhões no mercado de câmbio apenas em dezembro.

Na terça-feira (17), o BC vendeu US$ 1,272 bilhão das reservas internacionais pela manhã e US$ 2,015 bilhões à tarde. Na ocasião, o leilão também ocorreu na modalidade à vista.

Na segunda-feira (16), a autoridade monetária leiloou US$ 1,627 bilhão à vista e US$ 3 bilhões na modalidade de linha, quando o BC vende o dinheiro das reservas externas com o compromisso de recomprá-lo daqui a alguns meses.

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salário, receitas e despesas, gastos, valores

A partir de fevereiro do próximo ano, a Caixa Econômica Federal começa a pagar o abono salarial para o exercício de 2025.

O calendário foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), em reunião ordinária ocorrida na tarde desta quarta-feira (18).

O crédito será feito de forma escalonada, de acordo com o mês de nascimento dos trabalhadores. Os que têm conta corrente ou poupança na Caixa receberão direto em sua conta.

No Banco do Brasil, o pagamento do benefício será realizado, prioritariamente, por crédito em conta bancária, por meio de PIX, transferência via TED ou, ainda, de forma presencial nas agências de atendimento.

Os demais beneficiários receberão os valores pela Poupança Social Digital, aberta automaticamente pela Caixa, conforme o calendário de pagamento.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a estimativa é que cerca de 25,8 milhões de trabalhadores recebam o benefício, totalizando R$ 30,7 bilhões.

Regras

Pelas regras vigentes, para receber o abono salarial, o trabalhador deve ter sido informado pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) até o dia 15 de maio de 2024 e no eSocial até o dia 19 de agosto de 2024.

Trabalhadores cujos empregadores tenham prestado as informações após essas datas receberão o benefício no próximo exercício.

O primeiro pagamento do benefício será realizado em 17 de fevereiro para os trabalhadores nascidos em janeiro, conforme calendário abaixo.

Tabela
(Imagem: Agência Brasil)

A partir de 5 de fevereiro de 2025, os trabalhadores poderão consultar se têm direito ao abono, informou o ministério.

As informações estarão disponíveis na Carteira de Trabalho Digital, no portal Gov.br, na Central de Atendimento Alô Trabalho (telefone 158), com ligação gratuita das 7h às 22h, de segunda a sábado, exceto em feriados nacionais, e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho.

Em 2024, foram liberados R$ 27 bilhões para o pagamento do benefício. No entanto, ainda estão disponíveis R$ 218,9 milhões para 239.142 trabalhadores que não sacaram o abono. Eles têm até o próximo dia 27 de dezembro para fazer o saque.

O que é o abono salarial

Instituído pela Lei 7.998/90, o abono salarial equivale ao valor de, no máximo, um salário mínimo, a ser pago conforme calendário anual estabelecido pelo Codefat aos trabalhadores que satisfaçam os requisitos previstos em lei.

Os recursos para pagamento são oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O abono salarial abrange profissionais da iniciativa privada e servidores públicos que trabalharam formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base de 2023, com uma remuneração de até dois salários mínimos (R$ 2.640,00).

Além disso, é necessário estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos e que o empregador tenha fornecido os dados corretos na RAIS ou no eSocial.

O valor do abono varia conforme o número de meses trabalhados no ano-base, podendo chegar até um salário mínimo.

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Câmara dos Deputados

Um acordo entre o governo e os deputados resultou na revogação da lei que criou o novo Seguro Obrigatório para a Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT.

O governo também aceitou o bloqueio apenas de emendas parlamentares não impositivas, em vez de todas as emendas.

Os dois pontos foram aprovados em destaques ao primeiro projeto de lei complementar do pacote de corte de gastos.

Na noite de terça-feira (17), os deputados tinham aprovado o texto-base por larga margem, 318 votos a favor (eram necessários 257) e 149 contrários. No entanto, a votação dos destaques tinha ficado para esta quarta-feira (18).

O governo fechou o acordo para aprovar os destaques e garantir a continuidade do pacote de revisão de gastos públicos. O projeto segue para o Senado.

Extinta em 2020, a cobrança do DPVAT tinha sido recriada sob o nome de SPVAT, que entraria em vigor em janeiro. A recriação do seguro enfrentava a resistência de governadores.

Emendas

Em relação às emendas parlamentares, o governo concordou em retirar do projeto de lei complementar a autorização para o contingenciamento e o bloqueio de todas as emendas parlamentares.

Pelo texto que irá ao Senado, o governo poderá congelar apenas emendas de comissão e emendas de bancadas estaduais não impositivas, até 15% do total. As emendas obrigatórias não poderão ser bloqueadas.

A medida desidrata parcialmente o corte de gastos. Caso as emendas impositivas pudessem ser congeladas, o governo poderia bloquear ou contingenciar R$ 7,6 bilhões em emendas no próximo ano.

Agora, o Executivo só poderá cortar R$ 1,7 bilhão, R$ 5,9 bilhões a menos. O levantamento desconsidera as emendas de bancada estaduais não impositivas, cujo valor para 2025 depende da aprovação do Orçamento do próximo ano.

Gatilhos

O principal ponto mantido no projeto de lei complementar foi a criação de gatilhos que proíbem a criação, ampliação ou prorrogação de incentivos tributários caso haja déficit primário (resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública) no ano anterior.

O projeto também limita a 0,6% acima da inflação o crescimento anual da despesa de pessoal e encargos de cada um dos Poderes na mesma situação, déficit primário no ano anterior.

Além dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), o projeto aprovado pelos deputados limita a 0,6% acima da inflação o crescimento das despesas de pessoal do Ministério Público e da Defensoria Pública no caso de resultado negativo das contas públicas.

As restrições vigoram até que o governo volte a registrar superávit primário anual. A partir do projeto da lei orçamentária de 2027, as duas limitações valerão se os gastos discricionários (não obrigatórios) totais tiverem redução nominal em relação ao ano anterior.

Fundos

De 2025 a 2030, o governo poderá usar o superávit de cinco fundos nacionais para abater a dívida pública. Os saldos positivos somavam, em 2023, R$ 18 bilhões.

Os fundos são os seguintes:

•     Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), formado por multas pagas ao governo: superávit de R$ 2 bilhões

•     Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset): superávit de R$ 1,6 bilhão

•     Fundo do Exército: superávit de R$ 2,5 bilhões

•     Fundo Aeronáutico: superávit de R$ 8,7 bilhões

•     Fundo Naval: superávit de R$ 3 bilhões

O relator do projeto, deputado Átila Lira (PP-PI), retirou da proposta original do governo os seguintes fundos: Fundo Nacional Antidrogas (Funad), Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

Segundo o parlamentar, esses recursos são usados para investimentos importantes.

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Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 18, o requerimento de urgência para a tramitação do projeto que dispõe sobre o tratamento tributário aplicável às perdas incorridas no recebimento de créditos decorrentes das atividades das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

O placar foi de 299 a favor e 134 contra. O requerimento de urgência havia sido apreciado na terça-feira, 17, mas foi negado.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), planejava uma nova votação do requerimento.

Na sessão de ontem, eram necessários 257 votos favoráveis para que o requerimento de urgência fosse aprovado. No entanto, na sessão, somente 244 deputados votaram pela urgência, enquanto 115 foram contrários.

O projeto é de autoria do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Segundo a justificativa, o objetivo da proposta é “uniformizar os critérios contábeis e fiscais” nas regras de dedutibilidade das perdas incorridas no recebimento de créditos.

O Ministério da Fazenda prevê que a medida deve gerar uma arrecadação adicional que superará os R$ 16 bilhões em 2025.

O texto limita um benefício aos bancos estabelecido na lei 14.467 de 2022, aplicável às perdas incorridas no recebimento de créditos decorrentes das atividades das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

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CVC

Em dia de confirmação, neste fim de tarde, de novo corte de juros pelo Federal Reserve, o Ibovespa (IBOV) se mantinha desconectado de Nova York desde cedo, assombrado ainda pela deterioração da perspectiva fiscal doméstica.

Mas sinais observados na comunicação e nas projeções do Fed com a indicação de apenas mais dois cortes na taxa de juros americana e piora nas projeções do PCE (índice de inflação ao consumidor monitorado pelo BC dos EUA), bem como a decisão sem unanimidade deterioraram o humor lá fora, carregando o Ibovespa para profundezas maiores.

A comunicação também enseja a chance de abertura de uma janela para interrupção ou encurtamento do ciclo de cortes de juros na maior economia do globo sinal reforçado durante a coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.

Assim, o índice da B3, que caía 2,05% pouco antes da deliberação do BC americano, passou a ceder 3,40%, a 120.457,48 pontos, na mínima do dia renovada ao longo e mesmo depois dos comentários de Powell, então a caminho de sua maior perda desde 8 de setembro de 2021, no dia seguinte ao discurso do então presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista, na celebração da data nacional com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No fechamento de hoje, o Ibovespa ainda mostrava baixa de 3,15%, a 120.771,88 pontos, no menor nível desde 20 de junho (então aos 120,4 mil pontos).

Foi também a maior perda diária em porcentual desde 10 de novembro de 2022 (-3,35%), quando o temor era de que o ex-ministro Guido Mantega viesse a participar da equipe de transição para Lula 3.

Por sua vez, o dólar à vista, hoje a R$ 6,2707 na máxima pós-Powell, concluiu o dia a R$ 6,2657, em alta de 2,78%.

Na semana, o Ibovespa cai 1,64% e, no mês, cede 3,90% no ano, a queda chega agora a 10,00%. O giro financeiro foi muito reforçado, mesmo para um dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, como hoje, quando chegou a R$ 83,0 bilhões.

Na B3, todas as ações de maior liquidez operaram em terreno negativo neste meio de semana, e apenas três das 87 componentes da carteira conseguiram sustentar ganho no fechamento da sessão: Marfrig (MRFG3) (+1,81%), MRV (MRVE3)(+1,54%) e Santos Brasil (STBP3) (+0,54%).

A corrente negativa foi puxada hoje pela realização de lucros em Automob (-30,00%), estreante que havia sido o destaque nos dois primeiros pregões da semana. CVC (CVCB3) (-17,11%) e Azul (AZUL4) (-11,58%) também figuraram entre as maiores perdedoras do dia, com a pressão vista no dólar ao longo da sessão.

Entre as blue chips, Vale (VALE3) ON caiu 2,32% e Petrobras recuou 2,23% na ON e 2,58% na PN (PETR3; PETR4) (mínima do dia no fechamento). Entre os grandes bancos, as perdas variaram entre 2,78% (BB ON) (BBAS3) e 4,27% (Santander Unit) (SANB11) no encerramento.

“Atualmente, observamos uma desinflação incompleta, o que sugere um ajuste mais gradual da taxa de juros pelo banco central americano do que projetado anteriormente. Além disso, no comunicado, o Comitê julga que os riscos às metas de emprego e inflação estão relativamente equilibrados”, observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. Ele acrescenta que, em relação às projeções atualizadas hoje pelo Fed, a de “taxa de juros passou de 3,4% a.a. para 3,9% a.a, indicando, possivelmente, apenas mais dois cortes de 0,25 p.p. no ano que vem”, acrescenta o economista.

“De um lado, o Fomc comitê de política monetária do Fed não necessita acelerar os cortes porque não há sinais de hard landing pouso forçado para a economia. Por outro, o cenário inflacionário começa a dar alguns sinais amarelos”, diz Sung.

No cenário doméstico, poucas mudanças, mesmo após a aprovação do pacote de cortes de gastos pela Câmara dos Deputados, na noite de ontem, diz Gabriel Meira, economista da Valor Investimentos.

“O fiscal continua a preocupar muito e a aprovação do pacote na Câmara não foi o suficiente para acalmar os ânimos”, como visto desde cedo, na abertura dos negócios. “Cenário para o início do governo Trump ainda é de dólar fortalecido, com entrada de recursos por lá contribuindo para enfraquecer, também, a situação do real por aqui.”

Na entrevista posterior à decisão desta tarde sobre os juros americanos, Powell observou que, para que os juros continuem a ser cortados em 2025, será preciso que os integrantes do Fed vejam mais progresso com relação à inflação.

Chair do Federal Reserve, Jerome Powell
Chair do Federal Reserve, Jerome Powell (Imagem: YouTube/ GOPFinancialServices)

“Com cortes já realizados, as taxas de juros estão perto de nível neutro aquele que não estimula nem restringe o ritmo de atividade econômica”, apontou Powell. “Vemos incertezas elevadas sobre riscos de alta da inflação”, disse também o presidente do Fed.

A perspectiva de redução de ritmo ou mesmo eventual interrupção do ciclo de cortes de juros pelo Fed vinha recentemente no radar do mercado, na medida em que eventual início “protecionista” do governo Trump, em janeiro, tende a resultar em pressões inflacionárias nos Estados Unidos.

“No que diz respeito à inflação propriamente dita, Powell adotou uma postura um pouco mais dura. Segundo ele, os indicadores desaceleraram consideravelmente nos últimos meses, mas a inflação ainda está acima da meta”, diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, destacando a passagem em que o presidente do Fed enfatizou as “incertezas elevadas sobre riscos de alta da inflação” e que, “para cortar juros em 2025”, será preciso que o Fed veja “mais progresso na inflação”

“Entre estas incertezas estão, de acordo com o que Powell disse ao longo da entrevista, efeitos das tarifas comerciais sobre a inflação – não se sabe ainda como afetariam o CPI índice de preços ao consumidor, e se o efeito será prolongado”, acrescenta a economista.

“Dia pesado com prosseguimento da pressão no câmbio e na curva do DI, o que leva o Ibovespa a se aproximar da mínima do ano”, aponta Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, mencionando a expectativa por juros americanos não tão reduzidos para as reuniões à frente, com possibilidade de interrupção do ciclo em 2025, e a deterioração fiscal no Brasil.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

Já em alta firme e acima da linha de R$ 6,20 ao longo da tarde, em razão da crise de confiança na política fiscal do governo Lula, o dólar (USDBRL) à vista ganhou ainda mais força na última hora de negócios em sintonia com o exterior, após o anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

Com máxima a R$ 6,29, o dólar à vista fechou em alta de 2,78%, a R$ 6,2657 renovando pico histórico nominal pelo terceiro pregão consecutivo.

Desde a última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 6,00 no mercado doméstico (R$ 5,9557), no último dia 11, a moeda já acumula valorização de 5,20%. No ano, o dólar tem ganhos de 29,10%.

O real apresentou de longe o pior desempenho entre as principais moedas globais, incluindo divisas pares de países emergentes e de exportadores de commodities.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a pares, como euro e iene, o índice DXY subiu mais de 1%, ultrapassando os 108,000 pontos.

Como esperado, o Fed reduziu a taxa de juros em 25 pontos-base, para a faixa entre 4,25% e 4,50%. Mas a decisão não foi unânime. Houve 11 votos pela redução e 1 pela manutenção.

Analistas chamaram a atenção para o tom duro do comunicado e de falas do presidente do BC americano, Jerome Powell, em coletiva de imprensa.

Dirigentes do Fed revisaram para cima, no chamado gráfico de pontos, a mediana para núcleos de inflação e passaram a prever taxas de juros um pouco mais elevadas do que anteriormente no atual ciclo de afrouxamento monetário.

Powell afirmou que, com os cortes já realizados, os juros já estão “perto do nível neutro”, o que permite “postura cautelosa”.

Ao comentar a possibilidade de uma elevação da taxa em 2025, o presidente do Fed disse que nenhuma opção pode ser completamente descartada.

Dólar
(Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, observa que o Fed vê uma economia mais forte, o que pressupõe inflação “mais duradoura, exigindo um ciclo de corte de juros mais gradualista” daqui para frente.

“A dissidência de uma diretoria demonstra que o debate sobre cortes em 2025 será mais complicado, diante de déficits fiscais mais duradouros, menor imigração e aumento de tarifas”, afirma Borsoi, que, por ora, mantém projeção de dois cortes de 25 pontos-base em 2025, nas reuniões de outubro e dezembro.

Desde a eleição do republicano Donald Trump à presidência dos EUA, há apostas de que o BC americano terá menos espaço para reduzir os juros no próximo ano. Trump promete redução de impostos e medidas protecionistas, o que pode resultar em pressões inflacionárias adicionais.

Analistas observam que o real já amargava as piores perdas entre pares emergentes antes da decisão do Fed. Depois de vender US$ 3,3 bilhões ontem em dois leilões à vista, o Banco Central não interveio no mercado cambial hoje, apesar de a taxa de câmbio ter superado R$ 6,20 no início da tarde.

Segundo operadores, mesmo com a continuidade do movimento de remessas de empresas e fundos ao exterior, houve boa liquidez no segmento à vista.

O BC informou que o fluxo cambial foi negativo em US$ US$ 4,146 bilhões na semana passada, com saída líquida de US$ 2,809 bilhões no segmento financeiro.

No mês (até dia 13), o saldo total é negativo em US$ 6,788 bilhões, em razão de saída de US$ 6,063 bilhões pela conta financeira.

“Com liquidez no spot, se o BC atuasse hoje iria parecer que estava defendendo um nível para a taxa de câmbio. Se faltar liquidez nos próximos dias, ele pode atuar de novo”, afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, acrescentando que o BC, por ora, segue fiel à estratégia de prover divisas para corrigir distorções, e não para tentar segurar alta do dólar motivada por aumento da percepção de risco. “A dinâmica está muito ruim por conta do fiscal. E não é só no câmbio”.

Dólar
(Imagem: Freepik/ bearfotos)

Ontem à noite, a Câmara aprovou a primeira parte do pacote fiscal enviado pelo governo. Trata-se do projeto de lei complementar que estabelece gatilhos para o arcabouço fiscal e prevê o bloqueio de emendas em determinados casos.

Uma das medidas propostas pela equipe econômica, contudo, caiu: a que limitava a restituição de créditos tributários pelas empresas. A Câmara ainda tem que apreciar mais dois textos – um projeto de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Tudo será enviado em seguida ao Senado, que precisa apreciar as propostas antes de recesso parlamentar, que começa no dia 23.

À tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e lideranças partidárias.

Analistas estimam que a economia com o pacote fiscal vai girar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, aquém dos R$ 71 bilhões almejados pela Fazenda.

Mais cedo, Haddad disse que a taxa de câmbio estava pressionada por um clima de incerteza, mas que deveria se acomodar à frente.

“A Fazenda trabalha com os fundamentos, e esses movimentos mais especulativos, eles são coibidos com a intervenção do Tesouro, Banco Central. Funciona assim”, afirmou Haddad.

Com o mercado de câmbio já fechado, o BC anunciou que vai realizar amanhã leilão de venda de dólares à vista com oferta de US$ 3 bilhões.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Bitcoin

O bitcoin (BTCUSD) operava em queda no período da tarde desta quarta-feira, 18, mas ainda se mantinha acima dos US$ 103.000, enquanto o mercado reagia à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que anunciou um corte em 25 pontos-base nas taxas de juros, e projetava a trajetória futura que deve ser tomada pelo BC americano.

O bitcoin caía 2,80%, a US$ 103.648,52 nas últimas 24 horas até 16h40 (de Brasília), segundo a Binance. Durante a manhã, o preço da maior criptomoeda do mundo chegou a ser de US$ 106.903,99, após bater a máxima histórica de US$ 108.353.

O Ethereum cedia 2,23%, a US$ 3.850,45 no mesmo intervalo e na mesma plataforma.

Por mais que as criptomoedas sejam consideradas como um investimento arriscado e costumam subir quando o Fed corta as taxas, os investidores mantinham cautela pela expectativa com uma atuação mais parcimoniosa da flexibilização monetária no próximo ano.

Segundo a BlackRock, os investimentos em bitcoin devem ser considerados, já que os títulos do governo dos EUA se tornaram uma proteção “menos confiável” contra liquidações em ativos de risco, como ações.

“Os títulos não diversificam mais os portfólios de forma confiável em uma ampla gama de resultados e cenários possíveis. Isso exige uma reformulação dos diversificadores”, menciona ao citar a moeda digital.

Bitcoin
Negociação de Criptomoedas (Imagem: Pixabay/@MichaelWuensch)

No entanto, no longo prazo, é esperado que as criptomoedas sejam beneficiadas pelo ambiente favorável que deve ser criado com o retorno do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Casa Branca.

Para o Commerzbank, por outro lado, a ressalva do bitcoin é que quase nada (exceto transações ilegais) pode ser pago na prática com a moeda digital. “Essas reservas seriam inúteis como seguro contra tempos de crise”, pontuou.

Ainda hoje, segundo informações da Reuters, Hong Kong aprovou quatro bolsas de criptomoedas, na corrida para se tornar um centro global de negociação de ativos digitais.

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Planos de Saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou esta semana o resultado de estudos sobre uma nova política de preços e reajustes para planos de saúde.

O projeto será debatido em audiência pública agendada para janeiro de 2025 se aprovado, a previsão é que entre em vigor a partir de janeiro de 2026.

As mudanças propostas, segundo a agência reguladora, abrangem quatro temas: reajuste de planos coletivos; mecanismos financeiros de regulação, como coparticipação e franquia; venda de planos online; e revisão técnica de preços de planos individuais/familiares.

Confira a seguir as principais propostas:

Reajuste de planos coletivos

– Definição do tamanho do agrupamento: atualmente, os agrupamentos são compostos por contratos com até 29 beneficiários. Na nova proposta, esse universo será ampliado para mil vidas nos planos coletivos empresariais e para a totalidade dos planos coletivos por adesão, “com o objetivo de obter maior diluição do risco e, consequentemente, reajustes mais equilibrados”;

– Definição de parâmetros para cláusula de reajuste: não será permitida a acumulação de índices financeiro e por sinistralidade. A operadora, segundo a ANS, precisará adotar ou um ou outro. A agência também vai definir um percentual mínimo de 75% para sinistralidade para cálculo de reajuste. “O objetivo é dar ao consumidor maior transparência sobre o cálculo realizado para a definição do percentual”.

– Rescisão contratual: igualar a regra de rescisão de contratos coletivos à regra de rescisão de contratos coletivos de empresário individual. Com isso, o cancelamento poderá ser feito no aniversário do contrato e desde que o beneficiário seja avisado com, pelo menos, 60 dias de antecedência. “Assim, a rescisão passa a ser programada para que o contratante do plano tenha tempo hábil para encontrar uma nova opção”.

Coparticipação e franquia

– Definição do limite financeiro do fator moderador por procedimento: passa a valer o percentual máximo de 30% de coparticipação por procedimento;

– Definição dos limites financeiros mensal e anual: limite mensal de 30% do valor da mensalidade e limite anual 3,6 mensalidades;

– Definição dos procedimentos não elegíveis (sobre os quais não poderá haver incidência de fator moderador por realização): a ANS estabelece uma lista de procedimentos sobre os quais não serão cobrados coparticipação/franquia, principalmente aqueles relacionados a terapias crônicas, oncologia, hemodiálise e alguns exames preventivos.

Vendas online

– Avaliação de critérios de venda online: a proposta anterior previa a contratação eletrônica, em caráter facultativo. A mudança estabelece a obrigatoriedade da venda online para planos individuais/familiares, coletivos por adesão e empresariais firmados por empresário individual, “a fim de facilitar o acesso dos consumidores a diferentes opções de produtos, de forma rápida, e reduzir a seleção de risco”.

Planos individuais/familiares

A ANS informou que estuda metodologia para admissão das solicitações, cálculo e aplicação da revisão técnica. “A previsão é que um novo normativo seja elaborado e publicado em 2025, com os princípios sobre os critérios de elegibilidade para a solicitação e sobre as contrapartidas que as operadoras devem apresentar quando tiverem o pedido de revisão técnica deferido”.

Próximos passos

Em nota, a agência detalhou que, a partir dos resultados coletados, vai elaborar propostas de normativas que serão colocadas em consulta pública para obter contribuições da sociedade.

A consulta pública ficará disponível por 45 dias, de 19 de dezembro de 2024 a 3 de fevereiro de 2025.

“Na sequência, a ANS irá promover audiências públicas nos dias 28 e 29 de janeiro de 2025, sendo um turno para cada tema, manhã e tarde, para contemplar os quatro assuntos propostos”, destacou. “Ao final desse processo, a agência seguirá com a aprovação das normativas junto à diretoria colegiada e com a posterior publicação das novas regras regulatórias.”

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Exploração de petróleo em Triguères, França

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 18, ainda que tenham desacelerado, à medida em que o mercado assimilava a valorização do dólar em meio à repercussão da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O BC dos Estados Unidos cortou a taxa básica de juros do país conforme as expectativas dos analistas, mas indicou parcimônia na condução futura de alívio monetário.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para fevereiro fechou em alta de 0,53% (US$ 0,37), a US$ 70,02 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,27% (US$ 0,20), a US$ 73,39 o barril, após duas sessões consecutivas de perdas.

O dólar acelerava a alta após a mediana das projeções dos dirigentes do Fed para a taxa dos Fed Funds em 2025 subir de 3,4% em setembro para 3,9% nesta quarta, indicando que as autoridades monetárias pretendem ficar mais cautelosas em dar mais alívio depois de o Banco Central americano confirmar as expectativas com um corte de 0,25 ponto porcentual no encontro desta quarta-feira.

O petróleo teve um comportamento mais firme mais cedo, tocando as máximas da sessão, após dados mistos de estoques nos Estados Unidos.

Os estoques de petróleo bruto caíram menos do que o esperado nos EUA, mas os de destilados registraram forte baixa na semana passada, contrastando com projeções de alta.

Em contrapartida, o estoque de gasolina aumentou muito mais do que o previsto.

No front geopolítico, a Rússia está retirando sistemas avançados de defesa aérea e outras armas sofisticadas das bases na Síria, transferindo-os para a Líbia, disseram responsáveis dos Estados Unidos e da Líbia, enquanto Moscou luta para preservar uma presença militar após o colapso do regime de Assad em Damasco.

Os analistas também digeriam a notícia de que os EUA podem aprovar a oferta durante todo o ano de E15 – a gasolina com mistura de 15% de etanol.

O projeto apresentado na terça, se sancionado, deverá aumentar o consumo de etanol e reduzir o da gasolina.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Jerome Powell, chairman do Federal Reserve, durante um evento realizado no The Wilson Center, em Washington

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, reafirmou nesta quarta-feira, 18, o compromisso da autoridade em reduzir a inflação dos Estados Unidos para a meta de 2% ao ano.

De acordo com ele, a economia está “forte” e fez progressos significativos em direção às metas do Fed. Nos últimos dois anos, o mercado de trabalho esfriou, mas continua “sólido” e a inflação se aproximou mais da meta de longo prazo de 2% ao ano.

“Estamos comprometidos em manter a força da nossa economia apoiando o emprego máximo e retornando a inflação à nossa meta de 2%”, afirmou Powell, durante coletiva de imprensa, para comentar a última decisão de política monetária do Fed de 2024.

A maioria dos dirigentes decidiu por cortar os juros em 0,25 ponto porcentual, em linha com as expectativas do mercado.

Com isso, a taxa básica da economia norte-americana foi para o intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Restituição de Imposto de Renda, Receita Federal

A partir desta quarta-feira (18), os investidores na bolsa de valores têm uma nova ferramenta para ajudá-los a declarar as aplicações em ações, fundos imobiliários e demais investimentos na B3 (B3SA3).

A Receita Federal e a B3, a bolsa do Brasil, lançaram a calculadora ReVar, programa auxiliar de apuração do Imposto de Renda da Pessoa Física incidente sobre operações de renda variável.

A calculadora está disponível na Área do Investidor da B3. Apesar da utilização gratuita, os investidores precisam autorizar o compartilhamento de informações entre B3 e Receita Federal.

A partir do 10º dia do mês seguinte ao mês de autorização, o usuário poderá calcular o Imposto de Renda. Dessa forma, quem autorizar o compartilhamento em dezembro poderá fazer os cálculos a partir de 10 de janeiro

Com base nas informações das corretoras, a nova ferramenta vai carregar os dados das operações realizadas pelos investidores diretamente da B3 para apurar os ganhos ou prejuízos líquidos decorrentes das operações.

Caso haja lucro e cobrança de imposto sem retenção na fonte, o ReVar calcula o imposto devido com geração do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para o pagamento.

A consulta é realizada mediante autorização prévia do investidor. O aplicador precisará apenas entrar na Área do Investidor e autorizar que os dados sejam compartilhados com a Receita, em linha com todas as recomendações da Lei Geral de Processamento de Dados.

O cálculo e a geração do Darf serão feitos diretamente no portal Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC).

Além de ações e fundos imobiliários, a calculadora pode ser usada para calcular impostos sobre ganhos com Fundos de Agronegócio (Fiagros), Fundos ETF, que replicam uma cesta de investimentos na bolsa como se fosse uma ação, e sobre os BDR, certificados que representam ações emitidas por empresas estrangeiras negociados no pregão da B3.

Melhorias

Segundo a Receita e a B3, a calculadora deverá beneficiar cerca de 4 milhões de investidores brasileiros. Gradualmente, outras facilidades serão implementadas, como o cálculo de grupamento de ações, o pagamento de proventos e outros eventos corporativos.

Outra melhoria prevista, mas ainda sem data para entrar em vigor, é o lançamento automático dos dados da calculadora na declaração pré-preenchida de Imposto de Renda.

Receita Federal
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Receita e a B3 também desenvolvem um recurso para que a ferramenta seja usada pelos investidores que operam no mercado futuro.

Passo a passo

1º passo: O investidor deverá acessar o ReVar na Área do Investidor da B3 e realizar a autorização do compartilhamento de dados. (Serviços >> Calculadora de IR >> ReVar – Receita Federal).

2º passo: O investidor será enviado para a próxima etapa, que ocorre no portal e-Cac da Receita Federal. (Declarações e Demonstrativos >> Apurar Imposto sobre a Renda Variável).

Nessa fase, o investidor deverá informar o custo de aquisição dos ativos da sua carteira e informar prejuízos acumulados (caso exista).

3º passo: Após a conclusão da posição inicial, o sistema passa a apresentar o menu completo com as guias: Início, Posição Inicial, Resolução de Pendências, Eventos, Estoque e Extrato de Operações.

A cada mês, é apresentado um resumo do resultado das operações, informando se há ou não imposto a ser recolhido.

Os impostos inferiores a R$ 10 serão somados aos próximos meses até completar esse valor mínimo para geração de Darf.

4º passo: Assim que o investidor clicar no botão “Gerar DARF”, o sistema abrirá uma nova guia no navegador com o documento para pagamento, com código de barras e com código QR para pagamento via Pix.

A Receita Federal oferece um manual completo de utilização da calculadora.

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O presidente do Fed Jerome Powell

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortou a taxa dos Fed Funds (como é conhecida a taxa de juros dos Estados Unidos) em 25 pontos-base (pb), para a faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 18.

Analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) esperavam amplamente a redução de 25 pontos-base, mas alertaram que há incerteza sobre decisões futuras do BC norte-americano.

Dirigentes

Dentre os 19 dirigentes do Federal Reserve presentes na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) desta quarta-feira, dez acreditam que os juros terminarão 2025 entre 3,75% e 4%, 50 pontos-base abaixo do patamar de 4,25% a 4,50% determinado na reunião deste dia 18 de dezembro.

Outros três dirigentes acreditam que a taxa terminará 2025 entre 3,5% e 3,75%, enquanto apenas dois banqueiros centrais defendem que os juros devem encerrar o próximo ano entre 3,5% e 3%.

A mediana das projeções para a taxa dos Fed Funds em 2025 subiu de 3,4% em setembro para 3,9% nesta quarta.

PCE 

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) revisou para cima as projeções de inflação pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) em 2024, 2025 e 2026, enquanto para 2027 e longo prazo, as projeções ficaram estáveis.

A estimativa para 2024 subiu de 2,3% em setembro para 2,4%. Para 2025, a mediana subiu de 2,1% para 2,5%. A mediana de 2026 subiu de 2,0% para 2,1%, enquanto a de 2027 e de longo prazo se mantiveram estáveis em 2,0%.

Neste caso, a meta de inflação de 2% seria alcançada apenas em 2027, e não mais em 2026, como projetado anteriormente.

A mediana das projeções para o núcleo do PCE (que exclui itens voláteis, como alimentos e energia) também subiu em 2024, 2025 e 2026. Para este ano, a projeção passou de 2,6% em setembro para 2,8%.

A mediana de previsão para 2025 saiu de 2,2% para 2,5%.

Para 2026, a projeção ficou subiu de 2,0% para 2,2%. Em 2027, se manteve em 2,0%. Não há projeções para o núcleo do PCE no longo prazo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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CNH

Avançou, no Senado, o Projeto de Lei (PL) 3.965/2021, que, quando sancionado, possibilitará o uso de valores arrecadados por meio de multas de trânsito para custear a carteira de habilitação (CNH) de pessoas de baixa renda, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.

A proposta foi aprovada nesta quarta-feira (18) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segue a plenário.

Como a matéria sofreu alterações durante a tramitação no Senado, retornará à casa de origem (Câmara dos Deputados) após sua aprovação.

Entre as mudanças está a exigência de exame toxicológico para a renovação da habilitação de todas categorias de motoristas profissionais inclusive aqueles que trabalham em empresas de transporte individual.

Peculato qualificado

Outra matéria aprovada pela CCJ é a que prevê aumento de pena para os crimes de peculato qualificado, quando há desvio de recursos nas áreas de saúde, educação ou seguridade.

 Atualmente, a pena é de dois a 12 anos de prisão. O PL 1.038/24 prevê reclusão de quatro a 16 anos, além de aplicação de multa.

A mesma pena será aplicada nas situações de crime de responsabilidade, se praticado por prefeitos.

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Rússia, Vacina

O governo russo anunciou esta semana que desenvolveu uma vacina contra o câncer. A previsão é que o imunizante comece a ser distribuído para pacientes de forma gratuita a partir do início de 2025.

De acordo com a agência russa de notícias, a vacina foi desenvolvida em colaboração com diversos centros de pesquisa.

Ensaio pré-clínicos demonstraram que a dose suprime o desenvolvimento de tumores e de potenciais metástases.

O Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde russo informou que trabalha com duas linhas de vacinas oncológicas. Uma delas é uma vacina personalizada que utiliza tecnologia mRNA, a mesma utilizada em doses contra a covid-19.

“Com base na análise genética do tumor de cada paciente, uma vacina única é criada para ‘ensinar’ o sistema imunológico a reconhecer células cancerígenas”, detalhou o centro de pesquisa russo.

O segundo imunizante é a Enteromix, formulada com base numa combinação de quatro vírus não-patogênicos que têm a habilidade de destruir células malignas e, simultaneamente, ativar a imunidade de pacientes contra um tumor.

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Congresso, Câmara

O Congresso Nacional aprovou em sessão conjunta nesta quarta-feira, 18, o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, sem a obrigação de que o Executivo faça um ajuste mais duro para zerar o déficit das contas públicas em 2025.

Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) havia mostrado, o parecer do relator Confúcio Moura (MDB-RO) continha um dispositivo que obrigaria o governo federal a mirar somente no centro da meta fiscal até outubro de 2025, sem considerar o piso inferior da banda que permite um ajuste mais frouxo nas contas públicas.

Porém, o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu e conseguiu retirar o dispositivo do projeto.

O texto, então, foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na terça-feira, 17, já com o dispositivo excluído.

Há uma tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos em relação à meta de déficit zero.

Na prática, ao considerar o piso inferior da banda, é possível fazer um ajuste mais frouxo nas contas, o que permite um déficit de R$ 30,97 bilhões no próximo ano.

Além disso, durante a sessão, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que houve um acordo para retirar do texto do plenário a possibilidade de que o governo bloqueasse emendas parlamentares impositivas.

Durante o anúncio, Randolfe lembrou que o Projeto de Lei Complementar nº 210, que compõe o pacote fiscal, precisa ser aprovado pelo Congresso. O PLP 210 retoma a possibilidade do bloqueio.

Esse trecho do projeto seria, então, incorporado posteriormente à LDO de 2025, por meio de um projeto de lei do Congresso Nacional (PLN).

“Por óbvio, se aprovada a alteração na Lei Complementar 210, que tramita aqui nesta casa, na proposta de ajuste de gastos do governo, que nós restauremos o texto anterior para o texto da LDO, em que estabelece o bloqueio para todos”, disse.

Randolfe acrescentou: “Então, o governo concorda com a restauração do texto anterior, com a condicionante, conforme for a votação da Lei Complementar 210, que se incorpore depois por PLN na LDO.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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Temu

A nova edição do “Relatório Setores do E-commerce no Brasil”, produzido pela empresa Conversion e que será divulgado nesta quarta-feira, 18, indica que a Temu teve 107.241.708 acessos em novembro, e foi a quinta mais acessada no ranking de plataformas e aplicativos de compras mais visitadas do País, superando nomes já tradicionais neste mercado, tais como OLX, Magazine Luiza (Magalu), Shein, AliExpress e iFood.

A Temu é ligada à gigante chinesa PPD Holding, criada pelo bilionário chinês Colin Huang, o terceiro mais rico do seu país.

Ela começou suas operações no Brasil em junho deste ano, muito depois de nomes que já estão no mercado há muito mais tempo, tais como as suas concorrentes diretas, a Shopee, Shein e Aliexpress.

Os dados do relatório são referentes a acessos, e não ao total de vendas ou participação no mercado da empresa no setor de e-commerce no Brasil, dados que não são monitorados pela Conversion, uma agência de otimização de mecanismos de busca, mais conhecidas pela sigla em inglês SEO.

Eles mostram que, juntas, as dez maiores lojas do Brasil detêm 50,2% de toda a audiência do e-commerce no país.

Segundo a tabulação da empresa, a Temu teve 107.241.708 acessos em novembro, número muito superior ao registrado no seu primeiro mês de funcionamento, em junho, quando registrou 9.821.383 acessos.

O número chegou a 55.775.127 no mês seguinte, e, em agosto, quase dobrou, chegando a 106.259.467 acessos, a maior evolução deste ano entre os dez sites e aplicativos mais visitados.

Pela pesquisa da Conversion, quem lidera o ranking com folga é o Mercado Livre, com 369.051.063 no mês de novembro.

Números de junho a novembro

Quando são considerados apenas os números de junho a novembro, a Temu ocupa a oitava posição no ranking, com 483.257.981 de acessos, número superior ao da nona colocada, a AliExpress, com 462.889.571 acessos, e bem próximo da Shein, a sétima colocada, com 483.257.981.

Mais uma vez, quem lidera o ranking é o Mercado Livre, com 2 bilhões de acessos.

Compras na palma da mão

Para fazer o levantamento, a Conversion analisa o tráfego dos 2 000 maiores sites do Brasil, em 18 categorias. A fonte dos dados tabulados pela agência de SEO provém da SimilarWeb, uma ferramenta de análise de site e aplicativos.

Os dados indicam que mais de três quartos (76,5%) dos acessos a e-commeces são feitos a partir de celulares, sendo 21,7% por meio de aplicativos das empresas instalados nos celulares. Apenas 23,5% são por computadores pessoais.

Quem mais usa os celulares para pesquisar nas plataformas de e-commerce são pessoas interessadas em itens infantis, 82,2%, seguido por aqueles que procuram joias e relógios (80,2%), e calçados (75,3%).

Quando a análise é feita levando em conta apenas os aplicativos, as comidas e as bebidas lideram o ranking, com 40,3%, seguidas por importados em geral, com 35%.

Já as pesquisas de livros, papelaria e itens de educação são as mais recorrentes quando os computadores pessoais são usados, com 53,2%. Em segundo lugar aparecem ferramentas e acessórios (37,8%).

Setores

No total, os sites de e-commerce do Brasil tiveram cerca de 3 bilhões de acessos em novembro, alta de 10% em relação a outubro, aumento motivado pela Black Friday. No acumulado dos últimos 12 meses, a soma chega a 32 bilhões de acessos.

A sondagem do relatório avalia o desempenho de 18 setores. Destes, 16 apresentaram alta de acessos no acumulado do ano.

Para fazer esse cálculo, os autores agrupam as empresas de e-commerce pelo segmento em que atuam.

Os dados estão dispostos pela parcela de participação de cada um deles em relação ao todo de cada segmento.

Confira abaixo os principais.

Marketplace

1 – Mercado Livre 31,3%

2 – Shopee 20,4%

3 – Amazon 19,5%

Moda e acessórios

1 – Lojas Renner 15,2%

2 – Dafiti 10,6%

3 – C&A 9,1%

Eletrônicos e eletrodomésticos

1 – Samsung 44,8%

2 – Kabum 10,2%

3 – Apple 8,2%

Cosméticos

1 – O Boticário 22,7%

2 – Natura 16,7%

3 – Beleza na Web 10,1%

Casa e móveis

1 – Madeira & Madeira 21,5%

2 – Leroy Merlin 19,5%

3 – Ferreira Costa 4,2%

Esportes

1 – Netshoes 36,2%

2 – Centauro 17,5%

3 – Nike 12,4%

Comidas e bebidas

1 – iFood 46,4%

2 – Carrefour 11,6%

3 – Zé Delivery 4,5%

Calçados

1 – Arezzo 15,3%

2 – Havaianas 8,3%

3 – Usaflex 4,9%

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Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 18, que a taxa de câmbio do Brasil está pressionada por um clima de incerteza, mas deve se acomodar à frente.

Haddad reforçou que o câmbio é flutuante e que tanto o Banco Central como o Tesouro têm agido para estabilizar o mercado.

Ele disse, ainda, que as previsões de grandes instituições financeiras para a inflação indicam uma melhora do cenário.

“A previsão de inflação para o ano que vem, a previsão de câmbio para o ano que vem, até aqui, nas conversas com as grandes instituições, são melhores do que as que os especuladores estão fazendo”, comentou.

Indagado sobre a possibilidade de o Brasil estar sofrendo com uma especulação contra o real, o ministro afirmou que o ideal é “olhar os fundamentos.” Movimentos especulativos são coibidos com intervenções do Banco Central e do Tesouro Nacional, ele destacou, citando os leilões de recompra de títulos anunciados pelo Tesouro.

“A Fazenda trabalha com os fundamentos, e esses movimentos mais especulativos, eles são coibidos com a intervenção do Tesouro, Banco Central. Funciona assim. Já houve outros momentos na história recente em que aconteceram desancoragens desse tipo”, afirmou Haddad.

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Balde de água

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que caberá aos governadores a decisão de aumentar o cashback para saneamento de forma a não onerar as contas de água e esgoto das camadas mais pobres da população.

As declarações foram feitas durante o CNN Talks Reforma Tributária, realizado em Brasília nesta quarta-feira, 18.

Houve um debate sobre o impacto das mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto final da reforma, aprovado na terça-feira, e que segue para sanção.

O Senado havia equiparado o saneamento ao setor da saúde, com alíquota reduzida de 60% o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), mas a mudança foi revertida pela Câmara.

“Vai ser fundamental fazer o debate, porque agora vai depender dos governadores, aumentar o cashback nos Estados para 100%, no caso do saneamento, para que nós não tenhamos o desequilíbrio nos contratos de concessão de água e esgoto, porque isto, sim, vai afetar os consumidores de baixíssima renda. Portanto, terá que haver uma mobilização nacional para que os governadores e prefeitos aumentem o cashback para 100%, para que nós possamos ter uma alíquota equilibrada no saneamento”, disse Braga.

O relator da reforma tributária na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), pontuou que a decisão que a sociedade precisava tomar é se todos precisam pagar as contas de água e energia com alíquota zero, lembrando que o impacto dessa alteração seria de 0,38 ponto porcentual.

“Aí toda a sociedade iria pagar uma alíquota maior de referência em todos os produtos, não só no saneamento. Cabe agora aos governadores também aumentar a redução, que é 20%”, disse.

A reforma estabelece devolução de 100% da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e piso mínimo de 20% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para a compra de botijão de gás de 13 quilos; de 100% da CBS e piso mínimo de 20% do IBS para as contas de luz, de água e esgoto e de gás encanado; e piso mínimo de 20% da CBS e do IBS sobre os demais produtos garantindo autonomia federativa de Estados e municípios, para fixar porcentuais superiores. No Senado, o mecanismo foi estendido para os serviços de telefonia e internet.

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BRF

A BRF (BRFS3) anunciou a aquisição de 50% do capital social da Gelprime, empresa especializada na produção de gelatina e colágeno, localizada em Londrina (PR).

O investimento, de R$ 312,5 milhões, reforça a estratégia da companhia de ampliar a participação em produtos de maior valor agregado por meio da BRF Ingredients, explicou a companhia, em nota.

O segmento de colágeno e gelatina, que cresce cerca de 7% ao ano desde 2018, é considerado altamente rentável, com aplicações em alimentos, bebidas e saúde, destacou o CEO da BRF, Miguel Gularte.

“Estamos investindo em um segmento com margens superiores, em um mercado que cresce de forma consistente e com o diferencial competitivo do acesso à matéria-prima de origem animal que será processada em um ativo que é o estado da arte no setor”, destacou, na nota, o executivo.

O CFO da BRF, Fábio Mariano, afirmou que a operação permitirá “expansão de rentabilidade e diversificação de negócios”, além de sinergias operacionais e comerciais. A fábrica da Gelprime ocupa uma área de 475 mil metros quadrados.

O acordo prevê um plano de expansão da planta, com objetivo de aumentar a capacidade de produção para atender à expectativa de crescimento da demanda global.

Segundo o CEO da Gelprime, Vinícius Vanzella de Souza, a parceria com a BRF “acelerará o crescimento e fortalecerá a nossa presença global”.

Com a consolidação da operação, a Gelprime deverá alcançar 5% da produção global de gelatina e colágeno, de acordo com estimativa divulgada pela BRF. Isso será impulsionado pela presença internacional da empresa e pelo portfólio ampliado de clientes no exterior.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Ibovespa, B3

A aprovação da primeira parte do pacote fiscal na terça-feira, 17, à noite na Câmara dos Deputados é insuficiente para animar o Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira.

Apesar do avanço da pauta, os investidores aguardam novas votações na Casa hoje, como os destaques de Projeto de Lei Complementar (PLP) do pacote de cortes de gastos e do PL e a PEC do plano fiscal, em meio a possibilidades de desidratação.

Outro ponto de atenção é a decisão de política monetária nos Estados Unidos que sairá à tarde, e mais ainda a sinalização futura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americana).

As apostas de mercado são de que o banco central americano cortará o juro básico em 0,25 ponto porcentual, podendo pausar a queda em seguida.

Além disso, o recuo de 2,05% do minério de ferro em Dalian empurra para baixo ações do setor na B3, apesar da alta do petróleo hoje. Vale (VALE3) cedia 1,07% e Petrobras (PETR3; PETR4) caía 0,41% (ON) e subia 0,04% (PN).

Nesta manhã o dólar voltou a subir e já tocou R$ 6,1678 na máxima, avançando acima de 1,00%, pressionando para cima os juros futuros.

Ontem, o dólar fechou em R% 6,0961, em alta de 0,04%, após atuações do Banco Central. Já o Ibovespa encerrou a sessão com valorização de 0,92%, aos 124.698,04 pontos.

“Os mercados estão muito voláteis. Ontem discutiram a ata com tom ainda duro e a unanimidade da decisão do Copom, que mostra um movimento coordenado e compromisso com ancoragem das expectativas de inflação”, diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas.

Contudo, além da ata com o comunicado hawkish há outros fatores, acrescenta Ashikawa, como as incertezas fiscais. Assim, avalia, fica difícil entender como cada questão está influenciando os mercados.

Na terça à noite o Congresso concluiu a votação do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária e o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Também foi aprovado na Câmara o texto-base do projeto de lei que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários se houver déficit primário.

O texto também permite o uso de superávit de quatro fundos para pagar a dívida pública por seis anos (2025 a 2030).

Hoje, a Câmara deve votar três destaques relacionados ao Projeto de Lei Complementar (PLP) do pacote de cortes de gastos que traz novos gatilhos do arcabouço fiscal e trata sobre regras para contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares.

B3, Ibovespa
(Imagem: Reprodução/Site Oficial B3)

Além disso, o Tesouro Nacional promoveu leilão de compra e de vendas de títulos pré-fixados para reduzir as volatilidade no mercado de juros.

Ontem à noite, o Tesouro Nacional informou, por meio de nota, o cancelamento do seu tradicional leilão de títulos públicos, que estava previsto para quinta-feira.

Além do leilão de até 300 mil Notas do Tesouro Nacional da série F (NTN-F) em quatro vencimentos mais cedo, ainda serão realizados leilões amanhã e sexta.

O Tesouro também anunciou leilão de recompra desses mesmos títulos.

Às 11h22, o Ibovespa caía 0,89% a 123.583,70 pontos, na mínima. Na máxima marcou 124.698,50 pontos, com variação zero. Apenas nove ações subiam, de um total de 87.

No câmbio, o dólar à vista tinha alta de 1,09% a R$ 6,1638, depois de avançar R$ 6,1528, na máxima.

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Comércio, Fim de Ano

O portal de educação financeira Meu Bolso em Dia, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), disponibiliza recomendações para evitar o endividamento neste fim de ano e entrar em janeiro com as contas em ordem.

O mês de dezembro tem diversos gastos extras, como presentes e ceias de Natal e Ano Novo, além de viagens de férias e as promoções do comércio que podem levar as pessoas a mais gastos.

O diretor de Cidadania Financeira da Febraban, Amaury Oliva, disse que é possível, com um pouco de planejamento, consumir com consciência, sem precisar recorrer ao rotativo do cartão ou contrair empréstimos.

“Diferenciar desejos de necessidades e planejar os gastos de maneira equilibrada ajudam a começar 2025 sem dívidas. Ninguém fica endividado por querer, mas há situações que podem levar ao endividamento. Com orientação financeira é possível aproveitar ao máximo o recurso extra que entra no fim de ano e celebrar [o Natal e o ano novo] sem se endividar”, disse, em nota, Oliva.

Entre as dicas da Febraban, estão reservar parte do 13º salário para quitar dívidas ou antecipar despesas do início do ano; estabelecer um limite de gastos com presentes, viagens, decorações e itens para a ceia; dividir custos da ceia entre os convidados; e evitar acumular parcelas, preferindo pagar à vista valores menores e usando o cartão de crédito com moderação para compras maiores.

O Procon-SP, órgão paulista de defesa de direitos do consumidor, divulgou orientações sobre gastos com viagens, destacando a importância de planejar todos os custos e ficar atento também aos gastos com cartão de crédito.

“Importante considerar o planejamento financeiro para realizar a viagem, calculando não apenas o custo da viagem e hospedagem, mas, também os gastos com refeição, traslados, passeios e outros que serão realizados durante o período de férias”, informou o Procon, em nota.

Projeto Verão

O Procon-SP fez levantamento de preços de produtos e serviços para ajudar o consumidor durante as férias de verão, para que seja uma referência para que as pessoas possam fazer sua pesquisa com mais informações e encaixar a viagem no orçamento.

O órgão fez uma estimativa de custos com pedágios, preços de passagens de ônibus e tempo de viagem entre 16 cidades que são destinos turísticos no estado de São Paulo, mais a capital.

O conteúdo oferece ainda um comparativo de preços de repelentes, de protetores solares e bronzeadores, que são itens em alta nesta temporada do ano.

Há ainda, no levantamento, preços médios de hospedagem e alimentação. Foram coletados valores praticados por 125 estabelecimentos, entre hotéis e pousadas, e 195 restaurantes de 13 cidades turísticas do interior e litoral do estado de São Paulo: Águas de Lindoia, Avaré, Brotas, Olímpia, Socorro, Itu, Caraguatatuba, Guarujá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Sebastião.

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Dólar

A disparada do dólar (USDBRL), que ultrapassou a marca de R$ 6, traz impactos significativos para a economia brasileira, especialmente às vésperas das festas de fim de ano.

Com a moeda americana valorizada, os custos de importação aumentam, atingindo diretamente setores como eletrônicos, alimentos e medicamentos, que dependem de insumos estrangeiros.

Esse cenário eleva os preços para o consumidor final, pressionando ainda mais a inflação.

Compras de final de Ano

No comércio, o efeito é sentido tanto na precificação dos produtos quanto no volume de vendas. Produtos importados, como celulares, videogames e bebidas, ficam consideravelmente mais caros, reduzindo o poder de compra da população.

Pequenos empresários também enfrentam dificuldades, já que matérias-primas dolarizadas encarecem a produção e restringem a margem de lucro.

Além disso, a alta do dólar pode prejudicar viagens internacionais, tradicionalmente procuradas no fim do ano.

Com passagens, hospedagens e outros custos atrelados à moeda americana, o turismo externo se torna menos acessível para os brasileiros.

Natal, Dólar
(Imagem: freepik/@pvproductions)

Por outro lado, destinos nacionais podem se beneficiar com a valorização do real, atraindo tanto turistas locais quanto estrangeiros em busca de preços mais competitivos.

Política

No cenário doméstico, a falta de clareza sobre a política fiscal do governo Lula e os questionamentos sobre a sustentabilidade das contas públicas têm gerado desconfiança entre investidores, pressionando a cotação da moeda.

Além disso, a sinalização de juros altos nos Estados Unidos atrai capital estrangeiro para lá, enfraquecendo o real e dificultando a estratégia do governo para estabilizar o câmbio.

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Construção, EUA

As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos caíram 1,8% em novembro ante outubro, ao ritmo anualizado de 1,289 milhão, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Departamento do Comércio do país.

Analistas consultados pela FactSet previam alta no período, de 2,0%.

Já as permissões para novas obras tiveram alta de 6,1% no mês passado, à taxa anualizada de 1,505 milhão.

A projeção da FactSet era de 1,419 milhão.

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Aeronave Boeing 737 Max durante exibição no Farnborough International Airshow, em Farnborough, Reino Unido] (Imagem: REUTERS/Peter Cziborra)

As fábricas norte-americanas da empresa Boeing (BA;BOEI34) voltaram a funcionar usando um sistema de gerenciamento de segurança para identificar e resolver possíveis problemas e garantir uma reinicialização ordenada, disse a diretora de Operações Stephanie Pope no LinkedIn.

“Em particular, dedicamos tempo para garantir que todos as equipes de produção estejam em dia com treinamentos e certificações, ao mesmo tempo em que posicionamos o estoque em níveis ideais para uma produção tranquila”, disse Pope, que também atua como vice-presidente executiva.

No início do mês, a Boeing já havia reiniciado a produção de seus jatos 737 MAX, quase três meses depois que o sindicato dos maquinistas da empresa iniciou uma greve debilitante.

Cerca de 33 mil maquinistas voltaram ao trabalho em novembro, depois de garantirem um novo contrato trabalhista de quatro anos.

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Dólar no comércio

O dólar (USDBRL) não dá trégua e volta a subir até R$ 6,1412 (+0,74%) no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 18, após abertura perto da estabilidade.

Além da espera pela conclusão das votações do pacote fiscal na Câmara, prevista para esta quarta, o mercado sustenta demanda cambial, em especial por empresas e fundos, para remessas de dividendos ao exterior ainda nesta semana, antes das festas de fim de ano.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, demonstra preocupação com o dólar acima de R$ 6,00 apontando os impactos diretos nos preços e na inflação, em entrevista ao Valor Econômico.

“É evidente que uma taxa acima de R$ 6 nos preocupa, com os impactos em preços. Temos que trabalhar, aprovando as medidas que enviamos para o Congresso, demonstrando sempre que possível o nosso compromisso com equilíbrio fiscal e com a retomada dos superávits primários”, afirmou.

Os juros futuros curtos sobem e os longos aliviam após anúncio das condições das ofertas dos leilões de compra e venda de títulos, que serão realizadas pelo Tesouro nesta quarta.

Outros leilões, de compra e venda de títulos, serão realizados também nesta quinta e sexta-feira. É a primeira vez desde maio de 2020, durante a pandemia de covid-19, que o órgão cancela um leilão tradicional de títulos públicos de quinta-feira e anuncia intervenção na tentativa de acalmar o estresse no mercado com o pacote fiscal.

Os investidores não relaxam enquanto a Câmara e o Congresso não concluírem as votações do pacote fiscal e leis orçamentárias.

Nesta terça, a Câmara aprovou o primeiro dos três projetos do pacote fiscal e agora faltam outras duas propostas que devem ser votadas nesta quarta: a que impõe teto de 2,5% de valorização real do salário mínimo e endurece regras do BPC, além de PEC com medidas complementares. O Congresso ainda deve analisar a LDO.

Dólar
(Imagem: Freepik/ bearfotos)

A expectativa pela decisão de juros do Fed (16H) e pelos sinais do seu presidente, Jerome Powell, sobre os possíveis próximos passos do BC americano também deixa o investidor na defensiva.

O mercado espera corte de 25 PB hoje, para o intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, e possíveis sinais sobre mudança de rumo diante do novo governo de Donald Trump a partir de janeiro, que promete impor tarifas, inclusive ao Brasil, o que é visto como potencialmente inflacionário.

Por enquanto, não há leilão cambial programado para esta quarta. Em 4 dias úteis, desde a última quinta, o BC vendeu US$ 12,7 bilhões em leilões cambiais, maior volume desde a pandemia, em março de 2021.

Ainda assim, ontem, o dólar voltou a fechar em alta, renovando a máxima histórica em relação ao real, cotado a R$ 6,0961.

Às 9h54, o dólar à vista ganhava 0,62%, a R$ 6,1327. O dólar para janeiro subia 0,41%, a R$ 6,1365.

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BRF

A agência de classificação de risco S&P alterou, nesta terça-feira (17), a perspectiva do rating de crédito de emissor de longo prazo da BRF (BRFS3) na escala global de estável para positiva, com destaque para a expectativa de redução da alavancagem da companhia.

Os ratings “BB” na escala global e “brAAA” na escala nacional foram reafirmados, refletindo o desempenho consistente da empresa em meio à recuperação de margens e controle de custos, de acordo com a agência.

Segundo a agência, a BRF reportará um Ebitda de R$ 10,3 bilhões em 2024, com margem Ebitda de 17,1% e alavancagem de 1,4 vez, resultado impulsionado por preços favoráveis de aves, custos de insumos mais baixos e iniciativas de eficiência.

“A companhia melhorou suas margens por mais um trimestre consecutivo, sustentando um Ebitda recorde em 2024”, destaca o relatório.

Para 2025, a expectativa é de que o aumento nos preços do milho pressione os custos, resultando em margens em torno de 14%, mas ainda mantendo a alavancagem abaixo de 2,0 vezes, mesmo com o aumento dos investimentos (capex) e pagamentos de dividendos.

A agência ressalta que as iniciativas estratégicas da BRF, como o programa BRF+, têm sido essenciais para reduzir a volatilidade das margens e melhorar a eficiência operacional.

BRF
(Imagem: Reprodução/Facebook/BRF)

A empresa também segue focada na ampliação do mix de produtos processados e na expansão internacional, com novas habilitações de exportação e investimentos em capacidade produtiva.

Apesar do cenário positivo, a perspectiva poderia voltar a estável caso a BRF adote uma abordagem mais agressiva em investimentos ou distribuição de dividendos, elevando sua alavancagem para acima de 2,0 vezes.

Por outro lado, uma elevação do rating dependerá da manutenção das margens e de uma gestão conservadora do endividamento.

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Veja o documento:

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Câmara dos Deputados, Congresso

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 17, o texto-base do primeiro projeto do pacote de corte de gastos encaminhado pelo governo Lula ao Congresso.

O projeto de lei complementar relatado pelo deputado Átila Lira (PP-PI) cria “reforços” ao arcabouço fiscal, prevendo disparo de novos gatilhos para congelamento de gastos em caso de piora das contas públicas, além de permitir que o governo possa bloquear até 15% das emendas parlamentares.

Foram 318 votos a favor (eram necessários 257) e 149 votos contrários. Os deputados rejeitaram três destaques (sugestões de mudanças ao texto principal) e deixaram outros três para serem analisados nesta quarta-feira, 18. Concluída a votação, o texto seguirá para a análise do Senado Federal.

Uma das medidas proposta pela equipe econômica, contudo, caiu: a que limitava a restituição de créditos tributários pelas empresas.

A proposta enfrentava forte resistência entre vários setores da economia, além de ter integrado uma Medida Provisória (MP) editada pelo governo em junho e que foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A expectativa é de que o projeto seja votado no Senado até a próxima sexta-feira, 20, antes do recesso parlamentar.

O Congresso ainda tentará aprovar um outro projeto de lei encaminhado pela Fazenda, além de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

A Fazenda estima que os três projetos juntos vão gerar uma economia de R$ 71,9 bilhões em dois anos, mas especialistas em contas públicas contestam esse cálculo e preveem uma economia menor, entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões.

As contas ainda terão de ser refeitas após as modificações feitas no Congresso.

Entenda o projeto

Um dos gatilhos do projeto prevê que, em caso de déficit primário, ficará proibido, a partir de 2025, a concessão, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários. Além disso, haverá limitação de crescimento no gasto com pessoal em 0,6% ao ano acima da inflação – o piso do aumento de despesas estabelecido pelo novo arcabouço fiscal.

Outro gatilho determina que, em caso de redução nominal das despesas discricionárias (não obrigatórias, como investimentos e custeio), a partir de 2027, haverá essa restrição para benefícios tributários (tal qual ocorre em caso de déficit primário) e a mesma limitação para o crescimento de despesas com pessoal.

A proposta aprovada também determina que a criação ou prorrogação de benefícios da seguridade social ficam limitadas às regras de crescimento do arcabouço, ou seja, com teto máximo de 2,5% ao ano.

O projeto estabelece que o governo poderá bloquear e contingenciar até 15% das emendas parlamentares. A medida enfrentava resistências no Congresso, mas a cúpula do Legislativo fechou um acordo com o Palácio do Planalto para aprovar a medida.

Hoje, o governo não pode bloquear emendas impositivas (obrigatórias), apenas contingenciar. Isso significa que os recursos hoje só podem ser congelados em caso de frustração de receitas. Com o projeto, as emendas poderão ser congeladas também para bancar o crescimento de gastos obrigatórios, como aposentadorias, e cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal.

O governo Lula negociou com a cúpula do Congresso a possibilidade de cortar recursos de emendas parlamentares para colocar o dinheiro em despesas obrigatórias e cumprir o arcabouço fiscal.

O bloqueio de emendas enfrenta resistências no Congresso e chegou a ser rejeitado semanas atrás. A cúpula do Legislativo, porém, fechou um acordo com o Palácio do Planalto para aprovar essa medida.

Superávit de fundos para pagar dívida

O relator incluiu no texto um dispositivo que determina que, entre 2025 e 2030, o superávit financeiro de fundos públicos só poderá ser usado para amortizar a dívida. O projeto do governo previa que o uso dos recursos seria de livre aplicação, o que foi amplamente criticado por economistas, como mostrou o Estadão, uma vez que abria margem para ampliar gastos.

Na proposta do governo, eram oito fundos listados, mas o relator manteve apenas cinco: os fundos de Defesa de Direitos Difusos (FDD), Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET), do Exército, Aeronáutico e Naval. Foram excluídos o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) com a justificativa de que seus recursos “são utilizados para importantes investimentos”.

‘Jabutis’ retirados

O relatório chegou a inserir dois jabutis (propostas que não têm relação com o objetivo central do texto) no projeto de lei, mas depois retirou os dispositivos do texto.

Um deles prorrogava até 2028 a Lei de Incentivo ao Esporte, que permite deduções no Imposto de Renda das pessoas físicas e jurídicas que fizerem gastos com patrocínio esportivo ou doações na área.

Congresso, Câmara
(Imagem: Renato Laky por Pixabay)

Outro extinguia a cobrança do Seguro Obrigatório Para Proteção de Vítimas de Acidentes de Transito (SPVAT), antigo DPVAT.

Câmara vai analisar outras propostas do pacote fiscal; veja medidas

O governo Lula anunciou um pacote de cortes de gastos com o objetivo de dar uma sobrevida ao arcabouço fiscal (o instrumento que substituiu o teto de gastos) e retomar a confiança no equilíbrio das contas públicas.

A equipe econômica estima uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos com as medidas, enviadas ao Congresso Nacional.

Além do PL aprovado nesta terça, o Congresso vai analisar um outro projeto de lei e uma PEC. No PL, estão previstas mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), Proagro, além de limite de crescimento para o salário mínimo e correção pela inflação para o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Há também medidas consideradas como “pente-fino”, como obrigatoriedade de biometria por quem recebe benefícios sociais

Já a PEC prevê a redução a quem tem direito a abono salarial para até 1,5 salário mínimo, a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2032, além de permitir que até 20% dos gastos do governo federal com o Fundeb sejam direcionados para o ensino integral, e o fim da imposição de execução de programações orçamentárias.

Veja medidas e a economia projetada pela Fazenda:

Projeto de lei | Relator: Deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL)

– Salário mínimo: Limita o crescimento do salário mínimo a 2,5% ao ano acima da inflação, com piso de Previsão de economia de R$ 109,8 bilhões entre 2025 e 2030.

– BPC: Altera regras do BPC, pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. A proposta deduções de renda, mudando critérios para pessoas com deficiência e renda familiar, entre outras. Previsão de economia de R$ 12 bilhões até 2030 (combinada com a PEC).

– Biometria: Estabelece biometria para todos os benefícios da seguridade social, medida considerada como “pente-fino” por especialistas. Previsão de economia de R$ 15 bilhões até 2030.

– Proagro: Gastos com Proagro, espécie de seguro rural voltado a pequenos e médios agricultores, ficarão limitados ao que está previsto no Orçamento de cada ano. Sem previsão de economia.

– FCDF: Corrige os recursos do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) pela inflação. Previsão de economia de R$ 18,1 bilhões entre 2025 e 2030.

– Bolsa Família: Permite ao governo modificar parâmetros relativos ao Bolsa Família e coloca limites de unipessoais em municípios. Previsão de economia de R$ 17 bilhões até 2030.

– Renovação de cadastro: Quem está no CadÚnico terá de renovar cadastro a cada 24 meses para receber programa de transferência de renda. Medida considerada pente-fino, sem projeção de economia.

– Dados: Concessionárias de serviços públicos terão que oferecer dados para a União. Medida considerada pente-fino, sem projeção de economia.

PEC | Relator: Moses Rodrigues (União CE)

– Supersalários: Restringe as exceções para limites de remuneração. Necessita de lei complementar ainda não enviada pelo Executivo. Sem previsão de economia na proposta oficial do governo.

– Fundeb: permite que até 20% da complementação da União ao Fundeb seja usado para o ensino integral, permitindo cortes de gastos pelo Ministério da Educação. Previsão de economia de R$ 42,3 bilhões entre 2025 e 2030.

– Abono salarial: Estabelece que o abono salarial será pago a quem ganha 1,5 salário mínimo, caindo gradativamente até 2035. Previsão de economia de R$ 18,1 bilhões entre 2025 e 2030.

– BPC: Determina que, para receber BPC, ficam proibidas deduções de renda não previstas em lei. Previsão de economia de R$ 12 bilhões até 2030.

– DRU: Prorroga a DRU até 2032, com 30% da arrecadação da União desvinculada de órgão, fundo ou despesa. Previsão de economia de R$ 25,6 bilhões entre 2025 e 2030.

– Benefício tributário: Diz que uma lei complementar disporá sobre incentivos ou benefícios de natureza tributária. Sem previsão de economia.

– Orçamento impositivo: Revoga parágrafos que tornam obrigatórias a execução de programações orçamentárias. Sem previsão de economia.

O governo também enviou ao Congresso um projeto de lei com medidas para endurecer regras para a previdência dos militares. Fica estabelecida, entre outras medidas, a idade mínima de 55 anos para aposentadoria, chamada de reserva remunerada, mas com início em 2032.

Pelas estimativas da Fazenda haverá R$ 6 bilhões em cortes de gastos até 2030 e mais R$ 6 bilhões em aumento de receitas, totalizando um impacto fiscal de R$ 12 bilhões.

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