EUA

A renda pessoal nos Estados Unidos subiu 0,3% em novembro ante outubro, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 20, pelo Departamento do Comércio do país.

O resultado frustrou expectativa de analistas consultados pela FactSet, de avanço de 0,4%.

Os gastos com consumo nos EUA, por sua vez, avançaram 0,4% no mesmo período, também abaixo do consenso da FactSet, de acréscimo de 0,5%.

Os dados mensais de outubro foram revisados pelo Departamento do Comércio.

Os gastos com consumo passaram de ganho de 0,4% para alta de 0,3% no mês anterior, enquanto o avanço da renda pessoal passou de 0,6% para 0,7% no período.

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Dinheiro, salário, crédito, fiscal, Dívida Pública

O Senado começou há pouco a discussão sobre o projeto de lei do pacote fiscal, que limita o crescimento real do salário mínimo ao máximo permitido pelo arcabouço fiscal, de 2,5% ao ano, e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A matéria foi aprovada na quinta-feira, 19, na Câmara por 264 votos a favor e 209 votos contrários.

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Ibovespa B3

A aprovação do pacote fiscal no Congresso Nacional é insuficiente para empolgar o Ibovespa (IBOV) no pregão desta sexta-feira, 20, dada a cautela externa no período da manhã. Desta forma, será difícil o principal indicador apagar a queda em torno de 3,00% registrada até o momento.

“Há um sentimento de aversão ao risco lá fora. Por ora, não vejo virada deste cenário”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Reseach. Segundo ele, a aprovação das medidas fiscais ontem a poucos dias do recesso parlamentar é boa nótica. “É positivo e ainda tem a votação do Orçamento, que deve avançar sem problemas No entanto, o problema fiscal prevalece. O Congresso não tem estímulos para endurecer a medidas fiscais, e 2025 deve ser um ano desafiador”, avalia Spiess.

Ontem, o Ibovespa subiu 0,34%, fechando aos 121.187,91 pontos. Não se pode descartar volatilidade ao longo do dia, em meio ao vencimento de opções sobre ações hoje.

A ligeira baixa do Ibovespa vai na contramão do alívio módico no dólar à vista, em meio a novos do Banco Central e após a aprovação do plano fiscal.

Já os juros futuros avançam em meio à divulgação das condições dos leilões de compra e venda de títulos públicos e com o mercado insatisfeito com a desidratação das medidas do pacote fiscal já aprovadas pela Câmara e Senado.

No exterior, os índices futuros de ações em Nova York caem diante do risco crescente de paralisação do governo americano, após a Câmara dos Estados Unidos rejeitar uma proposta de financiamento.

As bolsas europeias também cedem ainda refletindo novas ameaças de tarifas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

Neste ambiente, o petróleo tem desvalorização em torno de 0,90%, pesando nas ações da Petrobras. ON perdia 0,45% e PN, de 0,03% por volta das 11 horas.

Hoje a Petrobras (PETR3; PETR4) fará o pagamento da segunda parcela dos proventos aprovados pelo conselho de administração da empresa.

Na China, o banco central manteve os juros no nível atual. Por lá, o minério de ferro fechou em baixa de 0,77% em Dalian hoje. Vale (VALE3) cedia 0,35% e contaminava as demais ações do setor de metais, com exceção de CSN ON (CSNA3), que subia 0,43%.

Aqui, as incertezas não foram dizimadas após o pacote de contenção de gastos enviado ter sido aprovado na noite de ontem pelo Congresso.

Isso porque houve mudanças em 19 textos dos três projetos apresentados pelo Executivo para manter o arcabouço fiscal de pé. Agora só precisa de mais uma apreciação no Senado, o que deve acontecer hoje.

“Se levarmos em consideração as alterações realizadas pelos congressistas e as chances de materialização das medidas, o potencial impacto nas despesas ficaria em torno de R$ 40 bilhões para 2025 e 2026”, calcula a LCA Consultores, lembrando em relatório que o governo estimava R$ 71 bilhões.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, acredita que o montante tem chance se ser alcançado. Para ele, o processo legislativo foi como um “voto de confiança” do Congresso no plano do governo.

Em entrevista exclusiva ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Durigan, classificou o andamento do pacote fiscal no Congresso como um “passo fundamental” para a evolução da seara fiscal no País, reconhecendo, por sua vez, que a discussão não se encerra.

Às 11h13, o Ibovespa subia 0,02%, aos 121.208,19 pontos, perto da máxima de 121.270,58 pontos, quando avançou 0,07%. Na mínima atingiu 120.700,49 pontos (-0,40%).

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(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

O dólar (USDBRL) opera em queda desde a abertura dos negócios desta sexta-feira, 20, na esteira da venda de US$ 3 bilhões no mercado à vista e diante do recuo da moeda norte-americana ante pares emergentes e dos juros dos Treasuries no exterior.

Na mínima, o dólar à vista caiu até R$ 6,0525 (-1,16%) há pouco.

O BC já vendeu US$ 3 bilhões no mercado à vista e deve fazer mais um leilão de linha de até US$ 4 bilhões, às 10h20.

O head da mesa de operações da StoneX Banco de Câmbio, Marcio Riauba, atribui o alívio às fortes intervenções do Banco Central no mercado e às declarações do presidente e do diretor de política monetária do BC, Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo, ontem, que ajudaram a reduzir o pessimismo dos investidores ao reafirmar o compromisso com a estabilização de preços e as metas de inflação.

Segundo ele,a aprovação do pacote fiscal também é positiva, apesar da desidratação que deve exigir mais medidas de contenção de gastos nos próximos meses.

O mercado considera positiva a aprovação do pacote fiscal na Câmara e Senado, mas persiste a insatisfação com a desidratação das medidas e vê necessidade de mais medidas de contenção de despesas para o cumprimento do arcabouço fiscal em 2025, segundo economistas.

A apreciação do parecer da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no Congresso também ficaram para o ano de 2025, após o recesso parlamentar.

Dólar
(Imagem: freepik)

A queda do dólar é ajudada também pelo recuo externo da divisa norte-americana ante pares rivais e emergentes pares do real, e também dos juros dos Treasuries. Nos EUA, a Câmara dos Representantes rejeitou o plano que evitaria paralisação do governo americano.

Investidores temem também uma postura mais dura pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com os juros no ano que vem por conta dos riscos inflacionários com as políticas de isenção de impostos, aumento de tarifas comerciais e expansão do gasto público do presidente eleito Donald Trump.

Em relação ao pacote fiscal, após aprovar o PLP e a PEC, o Senado ainda deve votar hoje, a partir das 10 horas, o projeto de lei ordinária (PL) que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5% ao ano e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Já na Câmara, após aprovação do pacote fiscal ontem, haverá hoje uma sessão deliberativa extraordinária virtual, às 11 horas.

A pauta do plenário ainda não foi divulgada. Segundo líderes, a expectativa é de que haja pautas leves e de que sejam apreciados projetos e urgências que ficaram sem exame nas últimas sessões e que foram demandados por parlamentares.

Às 10h07, o dólar à vista caía 0,80%, a R$ 6,0745. O dólar para janeiro recuava 1,32%, a R$ 6,0825.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Consumidor, Varejo

A confiança do consumidor recuou 3,6 pontos em dezembro ante novembro, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 20.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 92,0 pontos, na série com ajuste sazonal, menor patamar desde junho, quando estava em 91,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice diminuiu 0,6 ponto.

“A queda da confiança dos consumidores no mês foi influenciada, principalmente, pela piora das expectativas futuras e da percepção sobre a situação presente, em menor magnitude. O resultado também foi disseminado entre as faixas de renda, com destaque para o grupo de renda mais baixa. A recente elevação da taxa de juros, somada a focos de pressão inflacionária em itens como alimentos, podem estar contribuindo para aumentar o pessimismo entre os consumidores no último mês de 2024, levando a uma pioradas expectativas com a situação financeira nos próximos meses”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em dezembro, o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,9 pontos, para 98,5 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) encolheu 1,4 ponto, para 82,9 pontos.

Entre as expectativas, o item que mede as finanças futuras das famílias deu a maior contribuição para a queda da confiança no mês, ao diminuir 8,3 pontos, para 98,8 pontos.

O item que mede o ímpeto de compras de bens duráveis caiu 2,5 pontos, para 94,3 pontos, e o que avalia as perspectivas para a situação futura da economia recuou 3,3 pontos, para 102,8 pontos, quarta queda consecutiva.

Quanto ao momento atual, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 2,0 pontos, para 74,2 pontos, e a percepção sobre a economia local diminuiu 0,8 ponto, para 92,0 pontos.

Houve piora na confiança em três das quatro faixas de renda familiar em dezembro.

O índice passou de 101,8 pontos em novembro para 91,4 pontos em dezembro entre as famílias com renda até R$ 2.100, queda de 10,4 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram elevação de 0,1 ponto na confiança, de 91,8 pontos para 91,9 pontos.

O indicador passou de 93,9 pontos para 92,7 pontos entre as famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$ 9.600, redução de 1,2 ponto, e saiu de 96,8 pontos para 91,9 pontos, recuo de 4,9 pontos, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.

“A queda da confiança ocorre em três das quatro faixas de renda influenciada por uma deterioração nas expectativas para os próximos meses. Nas avaliações sobre o momento atual, apenas consumidores das duas faixas de menor poder aquisitivo apresentaram queda em dezembro, influenciados pela piora na situação financeira atual da família.”, explicou a FGV.

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 17 de dezembro.

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(Com Estadão Conteúdo)

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JK Iguatemi

A empresa de shopping centers Iguatemi (IGTI11) anunciou ter fechado um acordo para a compra da fatia da Brookfield nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis, em São Paulo.

O preço estabelecido no memorando de entendimento é de R$ 2,585 bilhões, sendo 70% à vista, pagos na data do fechamento da transação, e o restante em duas parcelas anuais iguais corrigidas pela variação do CDI.

No Pátio Paulista, a fatia da Brookfield é de 55,9%, e no Higienópolis, de 50,1%.

O negócio será feito em parceria com o fundo BB Premium Malls, sob gestão da BB Asset, que fará um investimento total de R$ 800 milhões.

Outros sócios dos empreendimentos, com direito de preferência na compra dos ativos, também fazem parte do acordo.

Ainda de acordo com o fato relevante, com a assinatura do memorando, “as partes negociarão de “boa-fé” os termos e condições dos documentos definitivos necessários à conclusão da operação, incluindo, mas não se limitando, o contrato de compra e venda referente às participações societárias, que deverão ser contratados até a data limite de 30 de janeiro de 2025.

Além disso, “o fechamento da operação deverá estar condicionado a determinadas condições precedentes usuais em transações dessa natureza”.

Os dois empreendimentos são vistos como “joias da coroa” no setor de shoppings, dada as localizações em áreas nobres, fluxo intenso de visitantes de alto poder aquisitivo, números fortes de vendas e poucas áreas de lojistas vagas.

Em entrevista recente ao Estadão/Broadcast, o presidente da Brookfield no Brasil, Roberto Perroni, disse que estava muito confiante no fechamento do negócio, porque esses shoppings são “irreplicáveis”.

“Quando você vai ter outro shopping da qualidade do Higienópolis e do Paulista à venda? A Multiplan, a Iguatemi, a Allos vão vender seus shoppings principais? Não, ninguém vai. Aqui, tem uma oportunidade única, realmente. Quem tem visão de longo prazo não pode perder um negócio desse.”

Veja o documento:

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Mega-Sena, Bitcoin e Dólar

Com o dólar (USDBRL) em alta, ultrapassando R$ 6,00, a economia brasileira enfrenta desafios que impactam tanto os custos do comércio quanto o poder de compra da população.

Produtos importados, como eletrônicos e medicamentos, ficam mais caros, enquanto setores que dependem de insumos externos, como tecnologia e saúde, sofrem com margens reduzidas.

Nesse contexto, muitos se perguntam: onde vale a pena investir?

Bitcoin

Para os mais ousados, as criptomoedas, como o Bitcoin (BTCUSD), continuam sendo uma opção atraente. Apesar de sua alta volatilidade, o Bitcoin tem se mantido como um ativo de proteção contra a desvalorização das moedas tradicionais e a instabilidade econômica global.

Especialistas alertam, no entanto, que investir em criptomoedas exige conhecimento e cautela, já que o mercado pode variar drasticamente em curto prazo, porém com a recente troca de governo nos EUA, há uma grande possibilidade da moeda se destacar cada vez mais no primeiro semestre de 2025.

O Bitcoin vem registrando fortes valorizações recentes, ultrapassando a marca de US$ 100 mil, impulsionado por expectativas de aprovação de ETFs de criptomoedas nos Estados Unidos e pela crescente busca por ativos descentralizados em um ambiente de instabilidade econômica global.

Especialistas destacam que a possibilidade de políticas protecionistas ou mudanças fiscais sob uma eventual gestão Trump, poderiam favorecer a demanda por Bitcoin como uma alternativa ao dólar.

Bitcoin
(Imagem: LeonardoAI/ Dinheirama)

No entanto, eles também alertam para os riscos associados ao mercado de criptomoedas, incluindo sua alta volatilidade e a dependência de decisões regulatórias nos principais mercados, o que torna fundamental o acompanhamento constante por parte dos investidores.

Mega-Sena

Outra aposta que mexe com os sonhos dos brasileiros é a Mega-Sena, especialmente em tempos de prêmios acumulados e agora em dezembro a famosa “Mega da Virada”.

Com valor que pode ultrapassar os R$ 600 milhões, o sorteio é visto como uma oportunidade de mudar de vida.

Mega Sena da Virada
(Imagem: Reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Apesar das chances remotas (1 para cada 50.063.860), a loteria se destaca como um refúgio emocional em meio às incertezas econômicas, atraindo milhões de apostas a cada semana.

Especialistas

Enquanto isso, especialistas recomendam diversificar investimentos em renda fixa e fundos atrelados à inflação como opções mais seguras frente ao câmbio volátil, mas não descartam as criptomoedas como um investimento.

Tendo em vista que o cenário atual, regulamentações e grandes bancos já começaram a se mobilizar para realizar as operações com as criptos, os investidores podem estudar, avaliar e buscar novos horizontes para diversificar e ter como uma boa opção de investimento.

Façam as suas apostas.

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Mercados, Day trade

PagBank (PAGSPAGS34), sugere uma operação de day trade para esta sexta-feira (20), envolvendo a compra das ações da Klabin (KLBN11). Os analistas Breno Rao e Bianca Passerini também sugerem a venda dos papeis da Auren Energia (AURE3) e Cosan (CSAN3).

TickerMargem de entradaParcial%Objetivo%Stop%
KLBN1123,2623,651,68%23,973,05%22,94-1,38%

TickerMargem de entradaParcial%Objetivo%Stop%
AURE38,958,811,56%8,673,13%9,09-1,56%
CSAN38,298,161,57%8,013,38%8,42-1,57%

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Metodologia

O relatório de Day Trade do Pagbank traz oportunidades para compra e venda com encerramento no mesmo dia.

Através de estratégias de curtíssimo prazo, serão considerados pontos de entrada, objetivos e de stop.
Para compra dos ativos, recomendamos que seja feito no momento da ativação do preço de entrada.

O preço de entrada recomendado pode estar acima ou abaixo do preço de fechamento do dia anterior.

Caso o ativo abra com gap, com preço acima (compra) ou abaixo (venda) do preço de fechamento do dia anterior, deve-se desconsiderar a operação, mesmo que volte para o preço de entrada.

Dentro de nossas recomendações, sugerimos parcial, ou seja, ponto para realização de parte do lucro de sua operação para
eliminar o risco e garantir parte do ganho da operação.

Ainda sobre a parcial, nossa recomendação é de que, quando for acionada, o stop seja ajustado para o preço de entrada. O stop deve ser inserido somente se a ordem de entrada for executada e imediatamente após a execução.

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Chuvas

A aproximação de uma frente fria no decorrer da tarde desta sexta-feira, 20, deve provocar pancadas de chuva acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento, segundo a previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

Durante a manhã, porém, a previsão é de sol e tempo abafado. Os termômetros oscilam entre a mínima de 21°C na madrugada e a máxima de 27°C no início da tarde.

Por conta da chuva, o CGE alerta para o potencial de alagamentos e transbordamento de pequenos rios e córregos na capital.

Já no sábado, 21, a frente fria ao largo do litoral paulista deve deixar o tempo instável, com nebulosidade e precipitações de intensidade moderada a forte durante a tarde.

Há potencial para formação de alagamentos e deslizamentos de terra nas áreas de risco, alerta o CGE. A temperatura mínima é de 20°C e a máxima de 25°C.

Dezembro acumulou, até o momento, 55,4mm de chuva, o que corresponde a aproximadamente 30,3% dos 182,9mm esperados para o mês.

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Jovens, Negócios

Três em cada dez jovens brasileiros entre 18 e 27 anos têm como maior desejo profissional ter o seu próprio negócio ou a sua própria empresa.

Isso é o que mostrou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) e realizada pelo Centro Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA.

De acordo com a pesquisa, o nível de escolaridade influencia no interesse em empreender. Quanto maior a escolaridade, maior o interesse em ter a própria empresa. Jovens pretos (31%) e pardos (32%) também são os mais interessados em ter o próprio negócio.

“A pesquisa nos surpreende pelo fato de que temos um número expressivo de jovens empregados com CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] – cerca de 42% de jovens nessa condição – mas que não querem permanecer como empregados celetistas. Há um movimento em direção a outras formas de trabalho”, explicou Pedro Arantes, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador do Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência).

Outros jovens entrevistados também revelaram o desejo de trabalhar como funcionário público (18%), viver de renda ou de investimentos (18%), exercer sua profissão como autônomo (12%) e trabalhar como empregado com carteira assinada (11%). E cerca de 8% deles ainda revelou o desejo de não trabalhar.

Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador revelou que o levantamento revela que a “juventude não quer ser classe trabalhadora”.

“A carteira de trabalho não é objeto de desejo. E entre autônomos e empresários, há uma vontade clara de que eles toquem seu próprio negócio ou sua própria vida sejam como indivíduos-pessoas jurídicas ou pessoas jurídicas-empresariais”, afirmou.

Ainda de acordo com esse estudo, a posição política desses jovens revelou contrastes: aqueles que se identificaram como de esquerda têm maior interesse em ser funcionário público (28%).

Diferentemente dos jovens de direita, que são os mais interessados em ter seu negócio (38%).

Chamada de O que Pensam os Jovens brasileiros, a pesquisa ouviu 1.034 jovens de todas as regiões do país, que responderam a 55 perguntas, feitas por telefone celular, entre os dias 16 e 23 de setembro de 2024.

A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Corrupção

A pesquisa ouviu os jovens também sobre diversos outros assuntos. Quando questionados, por exemplo, sobre 13 temas presentes no cotidiano dos brasileiros, a maioria deles respondeu que a corrupção é o principal problema do país, com índice de 34% das respostas.

Na pesquisa feita em 2021, a corrupção ocupava a sexta posição nesse critério, com 26%. Naquele ano, a fome e a pobreza ocupava o topo, com 66% das respostas.

Tanto no levantamento atual quanto no anterior, a violência e a falta de segurança aparecem em segundo lugar. Neste ano, 30% das respostas apontavam a violência como o principal problema do Brasil.

“Os jovens são o grupo social que mais está na rua, que mais está exposto e que mais facilmente é vítima de violência, vigilância e repressão. Por isso, ele tem uma percepção mais aguda da violência e reconhece isso como o segundo principal problema [do país]”, falou o pesquisador.

Jovens
(Imagem: Reprodução/Freepik/@peoplecreations)

A corrupção é uma preocupação maior para homens, de classe alta, evangélicos ou que se declaram de direita ou centro-direita.

Já a violência e a falta de segurança preocupam mais as mulheres, pessoas de classes mais baixas, nordestinos, católicos e pessoas que se declaram mais à esquerda ou centro-esquerda.

Em seguida aparecem a saúde (26%), a crise ambiental e climática (24%), a educação (23%), o desemprego (23%), a inflação e o custo de vida (22%), a fome e a miséria (18%), o racismo e a discriminação (14%), as fake news e a desinformação (13%), o saneamento básico e a moradia (11%), os ataques à democracia (6%) e as disputas por terra (3%).

De acordo com a pesquisa, o tema da crise ambiental, climática e hídrica foi o que mais cresceu na comparação com o estudo de 2021.

Há quatro anos, esse tema ocupava o décimo lugar, com a marca de 7% das respostas. Agora subiu para a quarta posição, um crescimento de 243%.

Posição política

A maioria dos entrevistados (67% do total) declara não ser de direita e nem de esquerda, o que aponta que o jovem brasileiro está afastado da polarização brasileira.

Cerca de 17% dos entrevistados se declarou de direita ou centro-direita, 16% como de esquerda ou centro-esquerda, 9% do centro.

Mas um grande número de jovens (31%) informou que nunca teve posição política. Outros 7% dizem que já tiveram posição política e que atualmente não têm mais. O restante (20%) preferiu não responder.

“Dois terços dos jovens, que chamamos de nem-nem – nem de esquerda e nem de direita – são uma massa numerosa e não colocam a questão ideológica como prioridade para se posicionar”, disse Arantes. “Essa aparente despolitização ou desinteresse por uma posição ideológica clara talvez indique que os jovens estão interessados em pensar o mundo fora dessa zona de conflito aberto que se tornou a política no Brasil”.

Os entrevistados foram indagados também sobre suas afinidades político-partidárias considerando o cenário com os dois maiores adversários na vida política nacional atualmente.

Com isso, 23% dos entrevistados se declararam bolsonaristas ou mais próximo do pensamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 28% se declaram petistas ou próximos aos ideais do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O segmento mais expressivo, contudo, foi dos que não se posicionam em nenhuma dessas correntes: 33%. Os que não souberam ou preferiram não responder somam 16%.

Por outro lado, disse Arantes, a pesquisa demonstrou que há uma forte polarização entre os jovens que se reconhecem como sendo de direita ou de esquerda em relação principalmente a temas comportamentais ou sociais.

O reconhecimento do direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, tem o apoio de 80% dos esquerdistas ouvidos na pesquisa, enquanto que, entre os direitistas, esse índice cai para 27%.

Já a ampliação das escolas cívico-militares conta com a simpatia de 68,6% dos jovens de direita, enquanto entre os de esquerda a aprovação é de 26%.

Em relação às cotas nas universidades públicas, o apoio dos esquerdistas em se manter ou ampliar essa política representa o dobro dos direitistas: 66% a 33%.

Ansiedade e depressão

Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, são, disparados, os que mais afetam os jovens brasileiros, apontado por 38% dos entrevistados.

Esse problema é um consenso entre os diferentes grupos ouvidos pela pesquisa, seja por jovens de esquerda ou de direita, homens ou mulheres, de maior ou menor renda, católicos, ateus ou evangélicos, brancos, negros ou pardos, universitários ou não universitários, ou de quaisquer regiões do país.

“O que mais afeta os jovens no Brasil de hoje são os problemas de ansiedade e depressão e outros problemas de saúde mental associados que podem ter relação com a pandemia, com os discursos de ódio, perseguição a minorias, intolerância e fundamentalismo religioso, além da tecnologia e hiper-exposição. Mas também tem a ver com o mundo do trabalho desregulado, em que as pessoas não tem jornadas e metas claramente estabelecidas e sofrem mais tipos de pressão”, disse Arantes.

Jovens
(Imagem: Antônio Cruz/Agência Brasil)

“E percebemos que os jovens com maior instrução, os universitários, são os que apontam esse como sendo o maior problema. Isso também está associado com a pressão na vida acadêmica e com as expectativas profissionais que podem ser frustradas pela crise no mundo do trabalho”, acrescentou.

Em seguida, aparece o consumo de drogas (28%), violência e criminalidade (25%), vício em celular, redes sociais ou games (24%), desemprego e trabalho precário (23%) e a falta de perspectiva do futuro (22%), entre outros.

No levantamento anterior, os jovens apontavam como seus maiores problemas o desemprego e trabalho precário (44%) e a falta de perspectiva de futuro (33%). A depressão e a ansiedade ocupavam a terceira posição, com 32%.

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Audiovisual, Lei Rouanet

Os recursos para as leis Rouanet e Aldir Blanc não vão ser reduzidos em 2025. É o que afirmou nesta quinta-feira (19) a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Ela participou do programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Em meio às discussões da redução de gastos do governo federal, a ministra comemorou a manutenção dos R$ 15 bilhões para a Lei Aldir Blanc e os R$ 3 bilhões para a Lei Rouanet.

“Temos a nossa contribuição, mas nós conseguimos manter duas coisas importantes. Nós conseguimos manter os R$ 15 bilhões da Lei Aldir Blanc, a única coisa que mudou foi o condicionamento. O segundo aporte, ele vai ter acesso quando conseguir executar 50% da parcela que ele já tem, porque já existe uma parcela do ano passado da Lei Aldir Blanc. Também não teve diminuição, por exemplo, para a Lei Rouanet, nós continuamos lá com R$ 2 bilhões, R$ 2,5 bilhões, quase R$ 3 bilhões.”

A Lei Aldir Blanc injeta recursos nos estados e municípios até 2027. Já a Lei Rouanet dá desconto no Imposto de Renda para as empresas que patrocinarem projetos aprovados pelo Ministério da Cultura.

Sobre o setor audiovisual, Margareth Menezes disse que o Ministério da Cultura quer atacar os gargalos do setor.

“Nós acabamos de implementar o plano anual de investimentos deste ano e para o próximo ano, juntamente com a Ancine [Agência Nacional do Cinema], com o setor, nós queremos conversar, dialogar para entender o que é que precisa ser feito, o que pode ser feito nesse sentido, tanto de fortalecer na questão de divulgação, como também abrir outras formas de escoar essa produção, nacionalmente e internacionalmente também”, disse Margareth Menezes.

A ministra ainda defendeu a regulamentação das plataformas de streaming, que ainda não existe no Brasil. Disse que isso é importante para evitar perdas de recursos e direitos no setor audiovisual.

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Escolas, Pé-de-meia, ensino médio, concurso público

Em sessão extraordinária nesta quinta-feira (19), a partir das 16h, o Plenário deve analisar o projeto que autoriza o uso de R$ 4 bilhões para custear o Programa Pé-de-Meia, que incentiva financeiramente estudantes a permanecerem no ensino médio (PL 6.012/2023).

O projeto também limita a destinação de recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para o programa. Ele foi aprovado pela Câmara dos Deputados na véspera e, como teve início no Senado, irá para a sanção presidencial após a votação.

Também estão na pauta parte do pacote de corte de gastos proposto pelo Poder Executivo (PLP 210/2024) e projeto que altera regras em contratos de petróleo (PL 3.337/2024).

Pé-de-Meia

Os recursos para o Pé-de-Meia podem ser provenientes dos valores não gastos do Fundo Garantidor de Operações (FGO). A partir de 2015 essa destinação ficará limitada a 50% desses valores.

Ao mesmo tempo, o projeto já disponibiliza R$ 4 bilhões do FGO para financiamento do Pé-de-Meia. O FGO garante o pagamento de empréstimos feitos por bancos a grupos específicos como pequenas empresas, microempreendedores, profissionais liberais e agricultores familiares caso haja inadimplência.

A liberação de recursos para o Pé-de-Meia foi incluída em substitutivo da Câmara para o PL 6.012/2023, que originalmente tratava apenas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Segundo o substitutivo.

O texto ainda autoriza a União a aumentar a sua participação no FGO para a cobertura do Pronampe no mesmo montante destinado pelos senadores e deputados por meio de emendas parlamentares.

O relator do projeto é o senador Laércio Oliveira (PP-SE), que ainda não apresentou o seu parecer

Petróleo

Já projeto do petróleo, também proposto pelo governo federal, flexibiliza a regra de que contratos petrolíferos precisam cumprir índice mínimo de produtos locais.

Com a alteração na política, se um consórcio petrolífero superar o índice mínimo obrigatório de compra de produtos brasileiros, o percentual excedente funciona como “crédito” e poderá ser repassado, em valor monetário, a outra operação que esteja abaixo desse mínimo.

O texto tem parecer favorável do relator de Plenário, o senador Jaques Wagner (PT-BA). Se for aprovado sem mudanças , ele pode seguir para a sanção presidencial.

Outras matérias a serem encaminhadas pela Câmara dos Deputados ainda podem se somar a esses projetos.

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Daniel Silveira

A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer favorável à soltura do ex-deputado federal Daniel Silveira (sem partido-RJ) nesta quinta-feira, 19.

A decisão para a liberdade condicional do parlamentar, que está preso preventivamente desde fevereiro de 2023, depende do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com a PGR, Silveira já cumpriu mais de um terço da pena que foi imposta pelo STF, que o condenou ele a 8 anos e 9 meses de prisão, em 2022, por ameaçar o Estado Democrático de Direito e coagir o andamento do processo investigatório.

“Homologada a remição e atendidas as diligências, confirmou-se o cumprimento de mais de 1/3 da pena, bem como dos requisitos de ordem subjetiva, inclusive o da avaliação de suas condições pessoais que façam presumir que não voltará a delinquir, como estabelecido pelo art. 83 do Código Penal”, escreveu a PGR no parecer.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

O Banco Central anunciou um leilão de venda de dólares com compromisso de recompra (leilão de linha) de até US$ 4 bilhões nesta sexta-feira, 19, na modalidade pós-fixado Selic.

O leilão de linha A ocorrerá de 10h20 às 10h25, com montante de até US$ 2 bilhões.

O leilão de linha B acontece das 10h40 às 10h45, também com montante de até US$ 2 bilhões. Ambos usarão como referência a taxa Ptax das 10h para a venda.

As operações serão liquidadas na terça-feira, 24. A compra da linha A será liquidada em 2 de julho e a da linha B, em 2 de outubro.

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Nike

As ações da Nike (NKE;NIKE34) subiram no after hours desta quinta-feira, 19, em Nova York, quando a empresa de artigos esportivos divulgou seu balanço do segundo trimestre fiscal melhor do que o esperado.

No trimestre encerrado em 30 de novembro, a receita da Nike caiu 8% em relação a igual período anterior, para US$ 12,4 bilhões, melhor do que as estimativas que previam um declínio de cerca de 10%, para US$ 12,1 bilhões, de acordo com a FactSet.

O lucro de US$ 0,78 por ação superou as projeções dos analistas de US$ 0,63. No trimestre do ano anterior, a Nike registrou US$ 1,03 de lucro por ação.

“Depois de 60 dias energizantes de volta aos meus companheiros de equipe da Nike, nossa prioridade clara é devolver o esporte ao centro de tudo o que fazemos”, disse o CEO, Elliott Hill. “Estamos tomando medidas imediatas para reposicionar nossos negócios, para que possamos voltar a gerar valor de longo prazo para os acionistas. Nossa equipe está pronta para trabalhar, e estou confiante de que vocês verão mais momentos da Nike sendo Nike novamente.”

Às 18h31 (de Brasília), as ações da empresa saltavam 8,08% no after hours. Os papéis caíram 29% este ano.

Veja o documento:

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Localiza

Em dia de nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio para reverter, ao menos em parte, a depreciação do real com o dólar a R$ 6,30 na nova máxima histórica, durante a sessão, e ainda a R$ 6,12 (-2,27%) no fechamento , o Ibovespa (IBOV) conseguiu recuperar a linha dos 121 mil pontos nesta quinta-feira.

Em alta moderada a 0,34%, aos 121.187,91 pontos no encerramento, o índice flutuou apenas mil pontos entre a mínima (120.768,22) e a máxima (121.769,57) da sessão, com giro a R$ 27,7 bilhões, após o reforço visto ontem no vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Na semana, cai 2,75% e, no mês, 3,56% no ano, recua 9,69%.

Após ter fechado ontem no menor nível desde novembro de 2022, “o Ibovespa teve um dia de alívio em uma semana difícil para os ativos de risco brasileiros”, diz Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital.

“Era esperado que um aumento no diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos pudesse atrair mais recursos ou seja, dólar para o Brasil, tanto para renda fixa quanto para variável, levando a uma possível queda frente ao real e nas curvas de juros”, acrescenta, em referência a uma expectativa que tem se frustrado, em parte, pelas incertezas em torno da situação fiscal doméstica.

E o cenário se torna ainda mais complexo na medida em que o Federal Reserve sinalizou, ontem, não apenas possível pausa nos cortes de juros, mas até uma retomada das altas nas taxas de referência, se necessário, observa Silva.

“O Fed parece ter voltado a priorizar a inflação em relação às taxas de desemprego, dando sinais de que haverá uma pausa na queda das taxas em janeiro, que pode se estender por outros meses de 2025, se a pressão inflacionária persistir e a economia continuar robusta”, observa a Janus Henderson Investors em nota, na qual destaca, também, a interpretação do mercado de que o Fed foi hawkish, “provada pela tendência de uma curva de redução das taxas mais lenta”.

Na agenda doméstica desta quinta-feira, a atenção do mercado esteve concentrada na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e na coletiva de despedida de Roberto Campos Neto, que encerra amanhã a passagem pela autarquia:

-Gabriel Galípolo será o interino nas semanas finais do ano, e assumirá efetivamente a presidência do BC em janeiro conforme o mandato.

“Na coletiva de imprensa para a apresentação do material, o destaque foi a fala de Galípolo, que afirmou que a barra para abandonar o guidance sobre juros é elevada”, aponta em nota Flávio Serrano, economista-chefe do Bmg.

Em outras palavras, acrescenta Serrano, teria que ocorrer uma “deterioração substancial do cenário macroeconômico para que o Banco Central não dê outra alta de 100 bps pontos-base, ou 1 ponto porcentual no encontro de janeiro”.

“Com base nas informações disponíveis atualmente, acreditamos que o Copom elevará a taxa básica de juros até 14,75% ao ano, encerrando o ciclo de aperto na reunião de maio de 2025”, prevê o economista.

O mercado segue atento também à tramitação do pacote de cortes de gastos pelo Congresso. Nesta tarde, a Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacote fiscal, que traz alterações no abono salarial e no Fundeb.

B3, Ibovespa
(Imagem: Reprodução/Site Oficial B3)

O texto também disciplina os chamados “supersalários”, prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e autoriza ajuste orçamentário em subsídios e subvenções.

As desidratações do pacote fiscal pela Câmara vieram conforme o esperado, e devem tornar o efeito sobre a política fiscal nos próximos anos ainda mais marginal e insuficiente, na avaliação do economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Leal de Barros, reporta a jornalista Gabriela Jucá, do Broadcast.

“A retirada do FCDF, do upgrade dos critérios de acesso do BPC, do bloqueio de grande parte das emendas, da parcela para educação integral do Fundeb, bem como dos supersalários, reduz ainda mais a potência do pacote fiscal, que já era insuficiente”, diz.

“O dólar atingiu a marca histórica de R$ 6,30, mesmo com as tentativas do Banco Central de conter a alta por meio de leilões de venda da moeda americana. Essa volatilidade cambial reflete a crescente preocupação dos investidores com a situação fiscal, intensificada após a aprovação parcial do pacote fiscal na Câmara dos Deputados”, aponta Eduardo Nogueira, sócio da One Investimentos.

Na B3, a baixa nas principais ações de commodities (Vale ON -1,90% (VALE3); Petrobras ON-0,92%, PN -0,40%) (PETR3; PETR4) e do setor metálico (Gerdau (GGBR4) PN -1,27%, CSN (CSNA3) ON -2,53%) foi equilibrada pelo desempenho do setor financeiro, com Santander (SANB11) (Unit +0,76%) e BB (BBAS3) (ON +0,63%) à frente de Itaú (ITUB4) (PN +0,55%) e Bradesco (BBDC3;BBDC4) (ON +0,57%, PN +0,09%) no fechamento.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, Automob (+34,29%) voltou a liderar a corrente, após ter cedido 30% ontem, vindo de forte alta nas duas sessões precedentes, na estreia.

Destaque também, hoje, para Localiza (RENT3) (+8,75%), Carrefour (CRFB3) (+8,20%) e Hapvida (HAPV3) (+8,02%). No lado oposto, CSN Mineração (CMIN3) (-1,87%) e JBS (JBSS3) (-1,49%), além de CSN e Vale.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Notas de dólar sobre a mesa, Câmbio

Após cinco pregões seguidos de alta, em que subiu 5,20% e renovou pico histórico nominal, o dólar (USDBRL) fechou a sessão desta quinta-feira, 19, em queda de 2,27%, a R$ 6,1237, após uma intervenção histórica do Banco Central no mercado de câmbio pela manhã.

As mínimas do dia, quando a divisa tocou pontualmente o nível de R$ 6,10, vieram à tarde, com a votação do pacote fiscal na Câmara dos Deputados.

Como anunciado ontem à noite, o BC realizou logo após a abertura do mercado leilão de venda de US$ 3 bilhões de moeda à vista, totalmente absorvido.

Foi pouco para o apetite dos investidores. Tanto que o dólar seguiu em alta e alcançou a marca de R$ 6,30 na máxima. Logo em seguida, o BC ofereceu US$ 5 bilhões em nova operação.

Foi o maior valor para um único leilão da história do regime de câmbio flutuante, acima do registrado em 9 de março de 2020.

A atuação surtiu efeito e levou o dólar para o terreno negativo. O real, que nos últimos dias amargou o pior desempenho entre as principais moedas globais, apresentou hoje os maiores ganhos.

Divisas pares como os pesos mexicano e chileno também se apreciaram, mas com valorização abaixo de 1%.

Já o índice DXY que mede o comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes – apresentou alta moderada, em razão do tombo do iene.

Investidores ainda digerem a sinalização de ontem do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de menos espaço para corte de juros nos EUA em 2025.

Em entrevista para comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a demanda no primeiro leilão do dia foi maior do que a estimada pelo BC e, que por isso, a instituição decidiu intervir novamente.

Segundo Campos Neto, o fluxo financeiro está bastante negativo, com saídas maiores do que a média dos últimos anos, com pagamento de dividendos e remessas de pessoal físicas.

Dólar
(Imagem: Freepik/ bearfotos)

O diretor de política monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, refutou a ideia de ataque especulativo contra o real e alertou que não é correto tratar “o mercado como um bloco monolítico”.

Nos últimos dias, o BC vendeu US$ 13,7 bilhões em leilões de moda à vista, o que representa 3,5% das reservas cambiais.

O gestor de macro da AZ Quest, Gustavo Menezes, avalia que o BC, após um mapeamento da necessidades do mercado, cumpriu seu papel com intervenção pesada no câmbio em um momento do ano já marcado por saída mais forte de recurso do país.

“O mercado deve ter demandado hoje uma atuação mais firme. O BC consegue cumprir seu papel. Mas a solução do problema não passa por ele, mas por uma vontade política de reverter essa situação fiscal. Por enquanto, o governo não tem dado o peso e a importância necessária para isso”, afirma Menezes.

No início da tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a Casa terminaria a votação das medidas de ajuste fiscal hoje. Ontem, ele havia adiado a apreciação do pacote pretextando que faltavam votos para aprovação.

A Câmara aprovou em dois turnos o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição do pacote fiscal, que traz alterações no abono salário e no Fundeb.

A PEC também impõe limites aos supersalários e prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU), além de autorizar o ajuste orçamentário em subsídios e subvenções. Após o fechamento, houve a votação da PEC em segundo turno.

Como esperado, há pontos que levam a uma desidratação das medidas, já vistas como insuficientes. Economistas trabalham com uma economia entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, muito aquém dos R$ 71 bilhões estimados pelo Ministério da Fazenda.

Há expectativa é que o governo traga novas ações no campo fiscal em 2025, como já sinalizado pelo ministro Fernando Haddad.

Para Menezes, da AZ Quest, além de o pacote fiscal frustrar as expectativas do mercado, houve uma quebra de confiança com a falta de um trabalho de coordenação de expectativas pelo governo em meio a uma realidade global “mais desafiadora”.

“O mercado jogou a tolha com um esforço fiscal pequeno e ainda por cima desprezou todas as críticas que foram feitas. O problema fiscal não está sendo tratado com a devida seriedade”, diz o gestor.

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dinheiro, bolão, apostas

Participar de um bolão é uma forma popular de aumentar as chances de ganhar em loterias e outros sorteios coletivos, unindo grupos de pessoas com o mesmo objetivo.

No entanto, o processo exige organização e atenção para evitar problemas, principalmente em caso de prêmios.

Confira este guia detalhado sobre o funcionamento dos bolões, os tipos mais comuns, e traz dicas valiosas para participar ou organizar de forma segura e transparente, garantindo que todos os participantes tenham a melhor experiência possível.

O que é um bolão e como ele funciona

Os bolões consistem em grupos de pessoas que se unem para apostar coletivamente em um jogo, sorteio ou loteria, dividindo o custo das apostas e os possíveis ganhos.

Essa modalidade é bastante comum, principalmente em grandes sorteios como a Mega-Sena, pois permite aumentar as probabilidades de vitória ao jogar com mais combinações.

Cada participante compra uma cota do bolão, que representa sua participação proporcional no prêmio, caso ele seja conquistado.

Tipos de bolão mais comuns

Entre as opções mais conhecidas, destacam-se:

Bolões de loterias: Mega-Sena, Quina, Lotofácil e Lotomania são exemplos populares.

Bolões de esportes: focados em apostas de resultados esportivos, especialmente em campeonatos de futebol.

Bolões corporativos ou entre amigos: organizados informalmente, geralmente para loterias ou sorteios internos.

Cada tipo de bolão tem regras específicas, e as loterias federais, como as promovidas pela Caixa, oferecem opções regulamentadas e seguras.

Dicas para organizar e participar de um bolão de forma segura

Garantir a segurança e a transparência é essencial em qualquer bolão. Algumas recomendações incluem:

-Formalizar a participação de cada pessoa por meio de um contrato simples ou comprovantes escritos.

-Definir claramente as regras de divisão dos prêmios antes do início do bolão.

-Escolher um responsável confiável para registrar as apostas e guardar os comprovantes.

-Evitar participar de bolões organizados por desconhecidos ou sem regulamentação.

Como dividir e distribuir os prêmios entre os participantes

A divisão dos prêmios em bolões segue a proporção das cotas adquiridas por cada participante. Algumas práticas recomendadas são:

-Determinar previamente os critérios para divisão, preferencialmente por escrito.

-Utilizar contas bancárias para realizar transferências, evitando transações em dinheiro vivo.

-Consultar advogados ou serviços financeiros no caso de prêmios de alto valor, para garantir que todos os aspectos legais sejam respeitados.

Checklist para organizar um bolão seguro e transparente:

-Escolher participantes confiáveis e estabelecer regras claras.

-Formalizar a participação por meio de um documento simples ou recibos.

-Utilizar loterias regulamentadas, como as da Caixa Econômica Federal.

-Manter os comprovantes de todas as apostas realizadas.

-Definir antecipadamente como será a divisão e a entrega dos prêmios.

    Os bolões são uma forma divertida e colaborativa de apostar, oferecendo maiores chances de vitória ao unir esforços.

    Para aproveitar a experiência ao máximo, é essencial compreender as regras, escolher opções regulamentadas e manter a transparência entre os participantes.

    Com organização e planejamento, participar de um bolão pode ser uma atividade segura e emocionante.

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    Nikolas Ferreira

    O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi escolhido como relator de um projeto de lei apresentado pela deputada Érika Kokay (PT-DF) que busca criminalizar a disseminação de fake news durante períodos eleitorais.

    A indicação ocorreu na quarta-feira, 18, e foi feita pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), que deixa a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

    A proposta de Kokay, protocolada em junho de 2024, prevê penas de reclusão de dois a seis anos e multa para quem “disseminar fatos sabidamente inverídicos, capazes de comprometer o processo eleitoral”.

    Segundo a petista, o projeto é uma resposta à crescente desinformação no cenário político brasileiro, que coloca em risco a integridade do sistema democrático.

    “No atual contexto histórico-político brasileiro, assistimos com imensa preocupação a profusão de uma verdadeira máquina de desinformação nas redes sociais e em tantos outros meios de comunicação, nos quais se confunde, seja por ignorância ou má-fé, liberdade de expressão com liberdade de atacar instituições democráticas e de destruir reputações alheias sem o menor pudor”, afirmou Kokay ao justificar a proposta.

    Com o encerramento do ano legislativo na sexta-feira, 20, o projeto não deverá ser analisado em 2024.

    A continuidade de sua tramitação dependerá do próximo presidente da CCJ e da possível permanência de Nikolas Ferreira como membro da comissão em 2025. Caso contrário, um novo relator será designado.

    As propostas do projeto contrasta com as posições de Nikolas Ferreira, um dos deputados mais jovens e influentes nas redes sociais, uma vez que o bolsonarista é conhecido por defender a liberdade de expressão de forma irrestrita.

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    Bitcoin

    As criptomoedas derretem nesta quinta-feira, 19, com o bitcoin (BTCUSD) cedendo abaixo de US$ 98.000, em meio a dúvidas sobre se as moedas digitais terão espaço para um rali de Natal após a sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ontem de que conduzirá o alívio monetário com mais cautela em 2025, o que tende a desfavorecer o apetite ao risco.

    Paralelamente, em um desdobramento que mostra a dificuldade de penetração das criptomoedas no mercado financeiro tradicional, El Salvador terá de limitar a adoção de bitcoins como contrapartida a acordo com o Fundo Monetário Internacional por empréstimo, de acordo com comunicado divulgado pelo organismo internacional na quarta-feira.

    O bitcoin derretia 6,41%, a US$ 97.157,01 nas últimas 24 horas até 16h42 (de Brasília), segundo a Binance, distanciando-se da máxima histórica de US$ 108.353.

    O Ethereum despencava 11%, a US$ 3.432,59,45 no mesmo intervalo e na mesma plataforma.

    Os riscos potenciais do projeto Bitcoin serão diminuídos significativamente em linha com as políticas do Fundo Monetário Internacional em comunicado sobre as condições para empréstimo a El Salvador.

    Segundo o Fundo, as reformas legais tornarão a aceitação do Bitcoin pelo setor privado voluntária.

    Para o setor público, o envolvimento em atividades econômicas relacionadas ao Bitcoin e transações e compras de Bitcoin serão restritas.

    Bitcoin
    (Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

    “Os impostos serão pagos apenas em dólares americanos e a participação do governo na carteira eletrônica de criptomoedas (Chivo) será gradualmente desfeita”, informou o fundo.

    Outro noticiário negativo veio de um estudo que mostrou que grupos norte-coreanos roubaram US$ 1,34 bilhão por meio de ataques a criptomoedas neste ano, o maior nível desse tipo de roubo já registrado, de acordo com dados da Chainalysis, um grupo de pesquisa de blockchain, citado pelo Financial Times.

    Isso significa que o país agora responde por dois terços dos hacks de criptomoedas globalmente.

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    Bets

    Quatro entre dez brasileiros jogam ou têm familiar/pessoa próxima que joga em apostas esportivas online ou bets. Há ainda 21% que afirmaram terem deixado de jogar.

    Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) com apoio da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

    Foram entrevistadas 2 mil pessoas, de 15 a 23 de outubro, em todas as regiões do país, para investigar percepções, hábitos e atitudes da população brasileira sobre apostas online.

    Do total de pessoas que declararam apostar ou ter alguém próximo que aposte, 45% disseram ter a qualidade de vida ou da sua família afetada.

    O valor separado para as apostas teve impacto em outros compromissos financeiros para 41% dos entrevistados, na compra de comida para 37% e para o pagamento de contas para 36%.

    Além disso, 24% dos apostadores dizem fazê-lo todos os dias e 52% jogam entre uma e seis vezes por semana.

    “Esta pesquisa abre uma enorme lanterna sobre um problema que pode ser diminuído. É um ponto de partida fundamental para a discussão e o enfrentamento do problema, antes que haja um impacto ainda maior no endividamento e na desagregação das famílias”, disse, em nota, Marcelo Garcia, especialista em Gestão de Políticas Sociais e consultor da CNF.

    Mais da metade dos entrevistados (57%) faz uma avaliação negativa dos sites de apostas no Brasil, considerando-os “ruins ou péssimos”.

    Bets, 13° salário
    (Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

    Enquanto 17% consideram “ótimos e bons”. Nos extremos da avaliação (escala 0 a 10), 42% deram nota zero para os sites e 4% deram nota 10.

    O estudo aponta que o apostador, em sua maioria, joga com receio e desconfiança. Isso porque 85% das pessoas confiam pouco ou não confiam nos sites.

    O Pix foi a forma majoritária de pagamento das apostas, citado por 79% das pessoas; depois cartão de crédito (24%); cartão de débito (18%); e transferência bancária (17%).

    O gasto mensal para 52% dos que jogam varia de R$ 30 a R$ 500. Outros 14% disseram que gastam até R$ 30 por mês e 12% gastam mais de R$ 500.

    O futebol abrange 60% das apostas. Depois dele, os outros meios de apostas são diluídos.

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    Barras de ouro

    O ouro (GOLD) fechou em queda nesta quinta-feira, 19, estendendo perdas pelo sexto dia consecutivo, após o Federal Reserve (Fed) indicar que deve desacelerar o ritmo de cortes de juros em 2025.

    O metal precioso ficou pressionado pelos rendimentos longos dos Treasuries, alçados aos maiores níveis desde maio, e pela alta do dólar.

    O ouro para fevereiro fechou em queda de 1,70%, a US$ 2.608,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

    Após a decisão do Fed de ontem, o mercado passa a ver cenário mais provável de redução acumulada de apenas 25 pontos-base na taxa básica americana até dezembro do ano que vem.

    “A mudança hawkish do BC americano significa que teremos de lidar com um dólar forte até 2025”, afirmam os analistas da Peak Trading Research, o que pode prejudicar o metal dourado.

    Olhando para o futuro, a perspectiva econômica de curto a médio prazo dos EUA pode trazer mais ventos contrários do que favoráveis para o ouro, estendendo a consolidação atual.

    No longo prazo, porém, a retomada das compras pelo Fed deve elevar os preços novamente, diz o Julius Baer em análise.

    Depois de um ano “brilhante” para o ouro em 2024, o metal precioso está no caminho certo para um ganho apenas modesto no próximo ano, avalia o RBC Capital Markets, com previsão média de US$ 2.771 por onça-troy em 2025 e US$ 2.848 em 2026.

    Poderá haver uma queda nos preços se os fatores macroeconômicos negativos se afirmarem mais do que o esperado ou se houver uma falta de incerteza, mas o RBC também observa uma possível alta se as condições incitarem fluxos significativos de redução de risco ou se houver uma demanda mais forte pelos bancos centrais.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Escolas, Pé-de-meia, ensino médio, concurso público

    A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 19, em primeiro turno, 18, por 344 votos a favor e 154 votos contrários, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacote fiscal, que traz alterações no abono salarial e no Fundeb.

    O texto também disciplina os chamados “supersalários”, prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e autoriza ajuste orçamentário em subsídios e subvenções.

    Em acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes, os deputados aceitaram um destaque, apresentado pelo PL, que retira da PEC o trecho que veda a dedução da renda não prevista em lei para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

    Foi feito o compromisso de que este dispositivo será incluído no projeto de lei do pacote de gastos que trata, dentre outros pontos, de alterações no BPC.

    Veja como ficou a PEC:

    Fundeb:

    Foi retirada autorização para que a União, a partir de 2026, abata do Fundeb a despesa com educação em tempo integral.

    O texto estabelece que em 2025, até 10% e não 20% como proposto pelo governo – de complementação da União ao Fundeb poderá ser empregado em manutenção de matrículas em escolas públicas de tempo integral.

    Já a partir de 2026, de acordo com o texto, no mínimo 4% da complementação dos Estados e municípios ao Fundeb deverá ir para esse mesmo tipo de despesa.

    A expectativa é de que, a partir de 2026, o governo federal deixará de gastar com manutenção das matrículas em educação básica em tempo integral, que é uma despesa discricionária (não obrigatória).

    Esta responsabilidade passará a ser dos Estados e municípios, com recursos da transferência que a União já faz obrigatoriamente ao Fundeb.

    Supersalários

    O projeto prevê que o tema envolvendo os chamados “supersalários”, ou seja, as exceções ao teto remuneratório do funcionalismo público, será disciplinado em lei ordinária, aprovada pelo Congresso Nacional, e não em lei complementar, como proposto pelo governo.

    A lei ordinária exige um número menor de votos para ser aprovada. Foi retirado o trecho que citava que “somente” as parcelas previstas em lei poderiam ser excetuadas dos limites remuneratórios.

    Dinheiro, salário, gasto
    (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

    Foi incluído ainda um dispositivo para deixar claro que as indenizações continuarão sendo pagas até a edição da lei.

    De acordo com o trecho, enquanto não for editada a lei ordinária, as parcelas de caráter indenizatório não serão computadas para efeito dos limites remuneratórios.

    DRU

    A PEC prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU). O texto determina que são desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2032, 30% da arrecadação da União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral de Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico, às taxas e às receitas patrimoniais.

    Execução orçamentária

    Foi retirado o dispositivo que previa a revogação dos parágrafos 10 e 11 do artigo 165 da Constituição.

    Um deles cita que a “administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade”.

    Já o segundo dispositivo está relacionado à forma de execução das emendas.

    Abono

    A PEC traz alterações nas regras de concessão do abono salarial, benefício no valor de um salário mínimo hoje pago a trabalhadores que recebem no máximo dois mínimos mensais.

    O texto define que serão elegíveis à política quem ganha até duas vezes o salário mínimo do ano base (2023) para pagamento em 2025, corrigida, a partir de 2026, pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

    A ideia é que a porta de entrada para o abono seja limitada, ao fim do período de transição, a quem ganha até um salário mínimo e meio, o que ocorreria em 2035, segundo a projeção da Fazenda.

    Concessão de subsídios

    A PEC prevê que o Poder Executivo poderá reduzir ou limitar, na elaboração e na execução das leis orçamentárias, as despesas com a concessão de subsídios, subvenções e benefícios de natureza financeira, inclusive os relativos a indenizações e restituições por perdas econômicas, “observado o ato jurídico perfeito”.

    Em outro trecho, a PEC define que uma lei complementar vai dispor sobre condições e limites para concessão, ampliação ou prorrogação de incentivo ou benefício de natureza tributária.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Perfuração de Petróleo

    A Índia se tornou a principal fonte de crescimento no consumo global de petróleo em 2024, ultrapassando a China este ano, de acordo com o relatório de Perspectivas de Energias no Curto Prazo (Steo, na sigla em inglês) do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

    Divulgado nesta quinta-feira, o relatório apontou que ao longo de 2024 e 2025, a Índia responderá por 25% do crescimento total do consumo de petróleo globalmente.

    Impulsionado pela crescente demanda por combustíveis para transporte e de uso culinário doméstico, o consumo de combustíveis líquidos na Índia deve aumentar 220.000 barris por dia em 2024 e 330.000 barris por dia em 2025.

    “Esse crescimento é o maior de qualquer país em nossa previsão para cada um dos anos”, observou o relatório. Em relação à China, a expectativa é de um aumento do consumo de 90.000 b/d em 2024 e de 250.000 b/d em 2025.

    “Na China, a rápida expansão da propriedade de veículos elétricos, o uso crescente de gás natural liquefeito para transporte de mercadorias, uma população em declínio e a desaceleração do crescimento econômico limitam o crescimento do consumo de combustíveis para transporte”, diz o relatório.

    A maior parte do crescimento na China é resultado do aumento do uso de petróleo para a fabricação de produtos petroquímicos.

    Em relação ao consumo global de combustíveis líquidos, a expectativa é de um aumento de 900 mil barris por dia (b/d) em 2024.

    O DoE projeta ainda mais crescimento no ano que vem, com o consumo global de petróleo aumentando em 1,3 milhões de barris por dia.

    Embora a previsão de crescimento da Índia em termos de porcentagem e volume exceda o da China, a população chinesa ainda consome significativamente mais petróleo.

    O consumo total de combustíveis líquidos na Índia foi de 5,3 milhões de b/d em 2023, enquanto a China consumiu mais que o triplo dessa quantidade, 16,4 milhões de b/d em 2023, com base em estimativas do STEO.

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    Dinheiro, salário, crédito, fiscal, Dívida Pública

    O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 10,6% neste ano e 9,6% em 2025. As projeções do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (19), são menores em relação ao relatório anterior, quando estavam previstas altas de 11,1% em 2024 e 10,3% no ano que vem.

    “A revisão nas projeções considerou, em particular, o cenário de política monetária mais restritiva [alta dos juros] e a reavaliação da trajetória dos financiamentos com recursos direcionados, que prevaleceram sobre as expectativas de maior crescimento da atividade econômica e mercado de trabalho mais aquecido”, explicou o BC.

    A principal alteração na projeção do crédito em 2024 foi a redução no crescimento do segmento de pessoas jurídicas com recursos direcionados.

    O crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

    “O crescimento esperado para essa carteira diminuiu em função da reavaliação do crédito rural e dos empréstimos do Crédito Solidário ao Rio Grande do Sul, que têm evoluído abaixo do previsto anteriormente”, diz o relatório.

    Já no crédito livre, a elevação do crescimento esperado no segmento das empresas compensou a diminuição no de pessoas físicas.

    O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

    Em outubro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 6,3 trilhões, sendo R$ 2,4 trilhões para pessoas jurídicas e R$ 3,9 trilhões para famílias.

    Já o crédito ampliado ao setor não financeiro que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 17,9 em outubro deste ano: R$ 6,3 trilhões para empresas e R$ 4,2 trilhões para pessoas jurídicas.

    2025

    A queda na projeção do crédito em 2025 refletiu, principalmente, a diminuição do crescimento do saldo dos empréstimos com recursos livres às famílias.

    “Os efeitos do aperto da política monetária devem se concentrar no próximo ano, afetando especialmente as operações de crédito livre”, explicou o BC.

    A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar o ritmo de alta dos juros básicos da economia, a Selic, na última reunião do ano, no dia 11 de dezembro.

    Ela foi definida em 12,25% ao ano. O órgão informou que elevará a taxa Selic em um ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem.

    Esse foi o terceiro aumento seguido da Selic e a alta consolida um ciclo de contração na política monetária para tentar conter a alta da inflação.

    Dinheiro, salário, crédito
    (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

    No caso da carteira de crédito livre às empresas foi mantido o crescimento para 2025, porém em patamar inferior ao da carteira de pessoas físicas.

    No segmento direcionado, as condições de oferta mais restritivas do financiamento imobiliário e o crédito rural mais contido devem afetar tanto as operações com pessoas físicas como as com empresas.

    Contas externas

    Nas contas externas, a projeção é de um aumento relevante do déficit em transações correntes entre 2023 e 2024 e um acréscimo mais modesto entre 2024 e 2025.

    As transações correntes são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

    Entretanto, segundo o BC, o déficit em transações correntes nesses anos deve seguir inferior ao fluxo líquido de investimento direto no país (IDP), que são os recursos externos aplicados no setor produtivo, e costumam ser investimentos de longo prazo.

    O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 66 bilhões em outubro de 2024, enquanto o déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados naquele mês somou US$ 49,2 bilhões.

    A projeção para o déficit em transações correntes em 2024 foi revisada ligeiramente para cima, de US$ 51 bilhões para US$ 54 bilhões. A revisão reflete a expectativa de menor saldo comercial, devido principalmente às maiores importações.

    Já as projeções para as contas de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros) e renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficaram relativamente estáveis.

    Já a projeção para o fluxo líquido de IDP foi mantida desde o relatório anterior em US$ 70 bilhões. “A estimativa considera a recuperação ao longo do ano do componente de participação no capital, associado a lucros que são reinvestidos no país”, explicou o BC.

    Para 2025, as projeções para as contas externas também sofreram alterações pequenas em relação ao relatório anterior, para US$ 58 bilhões.

    Segundo o BC, as alterações foram modestas em todas as contas, mas com destaque para as despesas líquidas com juros na conta de renda primária.

    “Apesar da perspectiva de redução das taxas de juros nos Estados Unidos da América ao longo do horizonte de projeção em relação ao que vigorou em 2023, o custo médio do estoque de dívida deve aumentar devido à rolagem de empréstimos de longo prazo a taxas de juros mais elevadas do que quando originados”, explicou o Banco Central.

    O IDP deve ficar estável em US$ 70 bilhões em 2025. “A boa perspectiva para as exportações e o ritmo da atividade doméstica favorecem os aportes de capital estrangeiro em empresas no país”, prevê o relatório.

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    Ônibus São Paulo

    O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira, 19, que o aumento do valor das passagens de ônibus na capital paulista deve ocorrer por causa da inflação e do aumento valor do dólar acima de R$ 6.

    “Se a economia estivesse melhor e não tivesse risco de inflação, eu poderia até bater o martelo e falar que não tem aumento de tarifa”, explicou.

    No entanto, o prefeito afirmou que não haverá “aumento real”, ou seja, acima da inflação, o que implicaria aumento de 32% da tarifa.

    “Ainda estou no esforço de manter a tarifa congelada, mas certamente será menor que a reposição da inflação”, disse.

    “Estamos analisando essas sinalizações ruins do mercado. Isso impacta no diesel”, afirmou o emedebista.

    “Não posso correr risco de tirar dinheiro da educação e da habitação para colocar no transporte”, completou.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Gabriel Galípolo, indicado para presidência do Banco Central

    A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ofícios à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo que sejam instaurados “procedimentos policial e administrativo”, respectivamente, para investigar fake news publicadas em redes sociais com falsas falas do diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

    Em nota, a AGU informa que o pedido diz respeito a “possíveis crimes contra o mercado de capitais a partir da veiculação, em rede social, de desinformação”.

    A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) foi acionada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), após postagens no X – antigo Twitter – atribuirem falsas declarações a Galípolo.

    “As postagens trazem posicionamentos desprovidos de qualquer fundamento, prontamente desmentidas pelo Banco Central, mas que ganharam repercussão significativa no mercado financeiro e em páginas e perfis especializados em análise econômica, fato que gerou impactos negativos na cotação do dólar”, destacou a AGU.

    Para o governo, a desinformação, “ao interferir diretamente na percepção do mercado”, comprometeu a eficácia da política pública federal de estabilização cambial, evidenciando o elevado potencial lesivo de boatos neste contexto.

    “Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais”, completa o documento.

    Segundo a AGU, as condutas fraudulentas podem configurar crime contra o mercado de capitais (manipulação do mercado), conforme estabelecido no art. 27-C da Lei nº 6.385/1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários.

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    Gabriel Galípolo novo presidente do Banco Central

    O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que presidirá a instituição a partir de janeiro, afirmou nesta quinta-feira, 19, que a autoridade monetária está dando grande demonstração de força institucional com a sinalização de elevação dos juros nas próximas duas reuniões.

    As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado mais cedo.

    “A materialização de alguns riscos retirou alguma incerteza da frente para a gente, permitindo que a gente conseguisse enxergar um pouquinho mais à frente. Em função de todas as razões aqui apresentadas, o tamanho do anúncio que a gente fez de um alta de 100 bps [basis points, ou, em português pontos-base] e prevendo mais duas altas de 100 bps fazia sentido e faz sentido para o orçamento que a gente imagina que é necessário nessa dose e nesse passo que a gente aqui anunciou”, afirmou Galípolo, numa referência à sinalização de mais duas altas de 1 ponto porcentual sinalizadas pelo BC na mais recente decisão de alta de juros.

    Ele reiterou que é importante dizer que “não sobra nenhuma dúvida de que o Banco Central deu um passo claro na direção de colocar a taxa de juros em um patamar restritivo com alguma segurança”.

    Galípolo disse que a autoridade monetária caminha nessa direção e foi esse o movimento pretendido com a indicação de novas elevações da Selic nas próximas reuniões.

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    Fachada do Banco Central, BC

    O Banco Central (BC) aumentou a sua projeção de inflação de 2026, de 3,3% para 3,6%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, divulgado nesta quinta-feira.

    A estimativa segue o cenário de referência, que considera a trajetória de juros do relatório Focus e a evolução do dólar conforme a paridade do poder de compra (PPC).

    As projeções para o IPCA de 2024 e 2025 – de 4,9% e 4,5%, respectivamente – não foram alteradas na comparação com o comunicado e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

    Na semana passada, o colegiado decidiu aumentar a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 12,25%, e sinalizar mais duas altas da mesma magnitude nas próximas reuniões.

    O BC também continua esperando inflação de 4,0% no acumulado de quatro trimestres até o segundo trimestre de 2026, horizonte relevante da política monetária.

    A partir do ano que vem, a meta de inflação passa a ser contínua, com centro de 3% e tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

    Caso o IPCA acumulado em 12 meses fique acima ou abaixo desse limite por seis meses consecutivos, considera-se que o alvo foi perdido.

    O cenário de referência usa a trajetória da taxa Selic embutida no relatório Focus (até 6 de dezembro), com juros de 12,0% no fim de 2024 (já abaixo da taxa atual) e de 13,5% no fim de 2025.

    O dólar parte de R$ 5,95 e evolui conforme a PPC, e o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e, depois, começa a aumentar 2% ao ano. O BC adota a hipótese de bandeira de energia verde no fim deste ano e do próximo.

    No último Focus, publicado na segunda-feira, 16, as medianas indicavam IPCA de 4,89% em 2024, 4,60% em 2025 e 4,0% em 2026. O mercado esperava IPCA de 4,16% nos 12 meses encerrados no segundo trimestre de 2026.

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    Banco Central, crédito

    O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, destacou nesta quinta-feira, 19, o ambiente desafiador no cenário externo, enfatizando a situação dos Estados Unidos durante coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

    “O cenário, então, ambiente externo desafiador, em função, principalmente da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação, sobre a postura do Fed“, disse, referindo-se ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

    Um dos pontos destacados pelo diretor é da desinflação subsequente, como se dará o segundo estágio, por conta da política econômica do futuro governo e Donald Trump.

    “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”, disse Guillen, destacando o rebalanceamento do mercado de trabalho nos EUA.

    Dessa forma, os Países emergentes seguem precisando de mais cautela.

    PIB de vários países resiliente, apesar da política monetária restritiva

    O diretor de Política Econômica do Banco Central ressaltou ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de vários países continua resiliente, apesar da política monetária restritiva. “Existe essa resiliência mesmo com um grau restritivo de política monetária nos diversos países”, comparou.

    Ele comentou também sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, onde enxerga o início de um processo de reequilíbrio, mas com espaço ainda para mostrar mais avanços. “É um processo ainda em curso”, resumiu.

    Banco Central do Brasil, Copom
    Banco Central do Brasil (Imagem: Facebook/ Banco Central do Brasil)

    Sobre inflação, o diretor ressaltou que os núcleos indicam que houve um primeiro estágio de desinflação mais íngreme, mais acentuado, e um segundo, que é mais custoso e que demora mais. Esse movimento, de acordo com ele, vale tanto para a inflação cheia quanto para os núcleos. “Os núcleos se encontram em níveis elevados e com ritmo de convergência desacelerando na margem”, avaliou.

    Ainda sobre o cenário externo, Guillen comentou que há um processo de desinflação, lembrando que agora o dado corrente está próximo, da expectativa para 2024, porque já está próximo o fim do ano. Para 2025, há uma expectativa de desinflação.

    “Ainda segue esse processo de desinflação na maior parte dos países – na Ásia nem tanto -, mas para a América Latina e para a Europa, sim”, pontuou.

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