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Startup: o que é e como funciona? – Investimentos

por Redação Dinheirama
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Startup - Dinheirama

Toda startup começa como uma pequena empresa, mas nem toda pequena empresa é uma startup. 

Essa frase do Sebrae de Minas Gerais já nos dá uma ideia do que são essas companhias.

É provável que as primeiras startups que você lembre sejam Nubank, 99, Uber, Picpay mas existem literalmente milhares de outras.

De acordo com o StartupBase, base de dados oficial do ecossistema brasileiro de startups, atualmente existem mais de 13.800 delas no país. 

A maior parte delas atua nos segmentos de educação, finanças e saúde. E se concentram, principalmente, em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Neste conteúdo, você vai ver: o conceito de startup, como essas empresas funcionam, alguns exemplos de sucesso e muito mais.

O que é Startup e como funciona?

Antes de mais nada, startups são empresas tecnológicas que possuem um modelo de negócios escalável e sustentável. 

Elas podem atuar em diversas áreas, como finanças, educação e mobilidade, por exemplo. Mas o principal para ser considerada uma startup é a inovação aliada a um grande potencial de crescimento.

Pelo Marco Legal das Startups, são empresas com receita bruta anual de até R$16 milhões e até 10 anos de inscrição no CNPJ. No entanto, há discordâncias.

Para o anjo investidor e CEO da Bossanova Investimentos, João Kepler, não é o tempo de vida que define o que é uma startup ou não. De acordo com Kepler, a mentalidade, o modelo de negócios e a jornada, definem esse tipo de empresa.

“Uma startup pode sair do zero e deixar de ser uma startup depois de um ano, outra pode ser uma startup por uma década”, afirma o investidor de startups.

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Crédito: Unsplash

Qual conceito de startup?

Em resumo, o conceito de startup é uma companhia nos primeiros estágios do negócio e que usa tecnologia para resolver problemas. Dessa forma, trazem inovação para um determinado segmento de mercado.

De acordo com a Abstartups (Associação Brasileira de Startups), a definição engloba um modelo de negócio que seja:

  • Ágil
  • Enxuto
  • Capaz de gerar valor para o cliente

E, principalmente, que resolva um problema real do mundo real. Além disso, é preciso oferecer uma solução escalável. Por isso a tecnologia é um componente essencial.

Além disso, aqui no Brasil, o Marco Legal das Startups também traz um conceito de startup:

Organizações empresariais ou societárias com atuação na inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos e serviços ofertados. 

Conforme dissemos anteriormente, a legislação ainda impõe duas limitações:

  • Ter receita bruta anual de até R$ 16 milhões; e
  • Até dez anos de inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

Qual a diferença entre uma empresa e uma startup?

Ao avaliar o conceito de startups do Marco Legal, certamente chegaremos à dúvida: qual a diferença entre uma empresa e startup?

Em relação à receita anual, tanto MEIs, como MEs e EPPs estão bem abaixo de R$16 milhões por ano. Então qualquer empresa com menos de 10 anos e com faturamento neste limite seriam startups?

Nesse sentido, a primeira grande diferença é a inovação. A forma como elas resolvem um problema de um público é criando algo novo ou aprimorando algo que já existe.

A busca pelo crescimento rápido e o uso da tecnologia como base são outros fatores que diferenciam os dois modelos.

Por fim, a mentalidade, como disse João Kepler, é um divisor de águas. Enquanto startups querem criar um modelo de negócios que funcione, empresas usam um modelo de negócios que já se provou.

Exemplos: startups de sucesso

Seria difícil – e até um pouco injusto – nomear algumas empresas sem ter um parâmetro estabelecido para sucesso. Então, vamos usar uma lista que a Forbes fez com os 10 maiores aportes em startups brasileiras em 2021.

No topo da lista, está o Nubank, que já fez IPO na bolsa de valores de Nova York. Desse modo, já poderia estar fora da lista de startups. Mas certamente é um dos primeiros exemplos de qualquer pessoa.

A companhia teve dois dos 10 maiores aportes financeiros em 2021. Um, em janeiro, de US$400 milhões e outro, em junho, de US$750 milhões.

Loft

A empresa do mercado imobiliário, fundada em 2018, recebeu um aporte de US$425 milhões em 2021.

Ebanx

A fintech curitibana que facilita a vida de quem não tem cartão de crédito internacional é outra startup de sucesso. No ano passado, a Ebanx recebeu aporte de US$400 milhões.

QuintoAndar

Outra companhia do segmento imobiliário, o QuintoAndar facilita a vida de proprietários e inquilinos ao dispensar o fiador no aluguel. O modelo de negócios digital gerou interesse de investidores e levantou aporte de US$300 milhões em 2021.

Gympass

Nem só de fintechs e imóveis se faz uma startup de sucesso. A Gympass, por outro lado, tem foco na saúde e oferece planos de assinatura para utilizar academias conveniadas. A empresa conquistou US$220 milhões em investimentos no ano passado.

Merama

O foguete Merama, fundado por brasileiros no meio da pandemia, já levantou um aporte de US$216,9 milhões. A empresa tem sede no Brasil e no México, e na prática investe em pequenas e médias marcas que vendem em marketplaces de ecommerces.

Loggi

No segmento de mobilidade urbana, a Loggi se propõe a facilitar o transporte de volumes dentro das cidades. Quer sejam documentos de clientes corporativos, quer sejam produtos vendidos por lojas online ou até mesmo comidas. A empresa recebeu US$212 milhões em investimentos em 2021.

Mercado Bitcoin

A corretora de moedas digitais, Mercado Bitcoin, nasceu em 2013, mas só começou a buscar investimentos em 2020. No entanto, em 2021, realizou a captação de US$200 milhões, e se tornou o primeiro unicórnio de criptomoedas do país.

CargoX

Por fim, na lista dos maiores aportes em startups brasileiras em 2021, está a CargoX com captação de US$200 milhões. A empresa também atua no segmento de transporte, mas de cargas pesadas, já que conecta caminhoneiros e empresas.

Dessa forma, a empresa evita que os veículos circulem vazios. Os motoristas ganham tanto na ida quanto na volta, e as empresas ganham no rastreio e seguro da carga.

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Crédito: Unsplash

Top Startup

Outra forma de listar as startups de sucesso é por meio do ranking do LinkedIn. No ano passado, as empresas listadas foram:

1. C6 Bank – banco digital 

2. Neon – fintech

3. Gupy – empresa de tecnologia para recursos humanos

4. Kestraa – gestão e operação de comércio exterior

5. Mandaê – serviço logístico para e-commerce

6. Loft – plataforma digital para compra e venda de imóveis

7. Dengo Chocolates – foodtech

8. DataSprints – soluções para análise de dados

9. Kovi – aluguel de carros

10. Liv Up – foodtech de comida natural e mercado online

De acordo com o LinkedIn, para serem elegíveis, elas deveriam ser independentes e de propriedade privada. Além disso, também devem ter, pelo menos, 50 funcionários; no máximo 7 anos de fundação; e matriz no Brasil.

A rede social avalia as startups com base em quatro pilares: 

  • Crescimento no número de funcionários;
  • Engajamento;
  • Interesse por vagas; e
  • Atração de grandes talentos.

Startups no Brasil

Pelos exemplos acima e pelos dados de mais de 13.800 startups no Brasil, é seguro dizer que esse mercado está em crescimento. E de acordo com João Kepler, startup não é modinha.

Grande parte das empresas que mais crescem na atualidade são startups. E elas são responsáveis por grandes mudanças no mercado financeiro, imobiliário e educacional, assim como na mobilidade urbana.

Para conhecer mais sobre as startups no Brasil, você pode visitar os seguintes sites:

  • Startup Brasil: iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação para apoiar startups e conectá-las às aceleradoras.
  • Abstartups (Associação Brasileira de Startups)

Mas se o que você procura é ter ideias de novos negócios, confira todas as dicas aqui do Dinheirama.

Conclusão: há muita startup para investir

Agora, você já sabe o que uma startup precisa (inovação e tecnologia) e o que ela faz (resolve problemas). Embora o conceito de startup ainda seja amplo, com espaço para muita opinião, uma coisa é fato: elas vieram para ficar.

O próximo passo é aprender a investir em startups.

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