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Brasil amplia domínio sobre EUA como principal fornecedor de milho e soja da China

As importações de milho dos EUA diminuíram 67%, para 766.989 toneladas

por Reuters
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O Brasil ampliou seu domínio sobre os Estados Unidos como o maior fornecedor de milho para a China nos dois primeiros meses do ano, além de ter aumentado suas exportações de soja ao país asiático, segundo dados da alfândega chinesa divulgados nesta quarta-feira.

O aumento dos suprimentos brasileiros para a China, o maior importador agrícola do mundo, ocorre pouco mais de um ano depois que Pequim aprovou as exportações brasileiras de milho em uma tentativa de diversificar seus fornecedores e reduzir a dependência dos produtos norte-americanos.

A China importou 4,1 milhões de toneladas de milho do Brasil, de um total de 6,19 milhões de toneladas que chegaram durante o período de janeiro a fevereiro, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, marcando um salto de 178% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As importações de milho dos EUA diminuíram 67%, para 766.989 toneladas.

A colheita abundante e os avanços logísticos, como a consolidação das rotas de exportação do norte, estão aumentando a competitividade da potência sul-americana de grãos.

O Brasil também está interessado em exportar milho, soja e outros produtos por meio do porto de Chancay, no Peru, controlado pela China, o que permitiria que os exportadores brasileiros enviassem mercadorias por caminhão para o porto peruano para embarque para a Ásia via Oceano Pacífico, reduzindo o tempo de trânsito em cerca de duas semanas.

O transporte pelo porto também oferece uma alternativa ao Canal do Panamá, onde os navios têm enfrentado atrasos e congestionamentos devido ao impacto das condições climáticas secas sobre os níveis de água do canal.

Importações de soja

As importações de soja do Brasil pela China também aumentaram 211% em relação ao ano anterior nos dois primeiros meses de 2024, uma vez que a forte colheita e os preços competitivos ajudaram a superar a participação de mercado dos EUA.

O maior comprador mundial de soja importou 6,96 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil, acima das 2,24 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Stringer)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Stringer)

As importações dos EUA caíram de 9,71 milhões de toneladas em 2023 para 4,96 milhões de toneladas.

As importações totais no período de janeiro a fevereiro registraram a menor baixa em cinco anos, a 13,04 milhões de toneladas, segundo dados da alfândega no início deste mês, prejudicadas pelas margens de esmagamento fracas e menos chegadas de navios durante os feriados do Ano Novo Lunar.

Isso situa a participação do Brasil no mercado de soja em 53% e a dos EUA em 38%, de acordo com cálculos da Reuters.

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e compete com os EUA nas vendas para importadores, incluindo a China.

Os compradores chineses têm mantido as importações brasileiras, já que o maior produtor do mundo continua a oferecer grãos mais baratos no mercado global, disseram traders e analistas.

A colheita de soja no Brasil para o ciclo 2023/24 está em andamento, atingindo 63% da área plantada até a última quinta-feira, de acordo com a consultoria AgRural.

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