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Controladora da JBS tenta reduzir multa de R$ 10,3 bi por corrupção

Essa é a maior multa da história do país, e vem após acordos de delação premiada pela J&F e seus fundadores, Joesley e Wesley Batista

por Reuters
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JBS

A J&F Investimentos, acionista controladora da maior processadora de carne do mundo, a JBS (JBSS3), está buscando negociar uma redução na multa de 10,3 bilhões de reais que concordou em pagar em 2017 por seu papel em escândalos de corrupção, disseram três fontes com conhecimento do caso.

Porém, um procurador federal está apelando contra a decisão de um outro procurador que, em maio, concordou em reduzir a multa da J&F para 3,5 bilhões de reais, e o desfecho não está claro, disse um porta-voz de seu gabinete.

Essa é a maior multa da história do país, e vem após acordos de leniência e delação premiada celebrados pela J&F Investimentos e seus fundadores, os irmãos Joesley e Wesley Batista, que confessaram operar um esquema de corrupção política.

Uma fonte que teve acesso a documentos judiciais disse que uma câmara de três membros do Ministério Público Federal, liderada pelo procurador Ronaldo Albo, concordou em reduzir a multa devido a supostos erros jurídicos e contábeis cometidos em 2017, embora a J&F tenha recebido apenas oito anos para pagar a pena em vez de os 25 anos originais.

Um porta-voz do Ministério Público do Distrito Federal disse que a redução da multa não foi aprovada pela Justiça, e um segundo procurador, Carlos Martins, busca anular a decisão.

“Não foi homologada ainda, o procurador Carlos Martins recorreu para o Conselho Institucional, buscando retratação na própria Câmara”, disse o porta-voz.

Segundo fontes familiarizadas com o caso, a empresa vai continuar apelando por uma nova redução da multa e entrou com um recurso.

A empresa não comentou, uma vez que o caso está sob sigilo.

A fonte com conhecimento dos documentos disse que a J&F espera reduzir a multa para 1 bilhão de reais a ser pago ao longo de 25 anos.

A fonte acrescentou que a multa original foi calculada de forma errônea com base nas receitas globais da empresa, o que os procuradores do Brasil não têm como saber porque é algo que está fora de sua jurisdição.

“A J&F continuará com o caso na Justiça para que todos esses fatores sejam tomados em conta e a multa seja corrigida”, disse a fonte.

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