Professores

Representantes de professores defenderam, em debate na Comissão de Educação da Câmara do Deputados nesta quinta-feira (31), que a categoria fique isenta do pagamento de imposto de renda.

Para os participantes, a medida seria uma forma de valorizar os profissionais da educação. Atualmente, de acordo com o deputado Prof. Reginaldo Veras (PV-DF), que pediu o debate, mais de 60% dos professores ganham apenas o piso da categoria, hoje em R$ 4.580.

O diretor jurídico do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep), Rodrigo de Paula, disse que a isenção do imposto de renda seria especialmente importante para os profissionais da rede privada.

Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

Isso porque, como explicou, na rede privada os professores não têm a garantia do piso, e muitas vezes trabalham em mais de uma escola, o que significa pagar ainda mais imposto.

“O professor compõe o seu salário a partir da carga horária e de negociações coletivas. É a única categoria cujo salário é composto por hora: sem a carga horária, não tem garantia de salário”, afirma. A consequência é o professor ter que trabalhar em diversas escolas para alcançar um salário que chegue próximo ao piso nacional da rede pública. “Quando o professor trabalha em mais de uma escola, a Receita Federal já tributa por fontes pagadoras distintas”, esclarece Rodrigo de Paula.

Medida inconstitucional

Apesar de reconhecer a necessidade de medidas de valorização dos trabalhadores do ensino, o diretor de programas da Secretaria de Articulação Intersetorial com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação (MEC), Armando Amorim Simões, advertiu que isentar os professores do imposto de renda é inconstitucional.

Ele explicou que a Constituição Federal veda expressamente a concessão de benefício tributário por categorias profissionais.

Armando Simões esclareceu ainda que a arrecadação com o imposto de renda pago por servidores dos estados, municípios constitui receita própria desses entes federados. Sendo assim, uma lei federal não poderia promover a isenção pretendia, porque também iria contra a Constituição.

Professores
(Imagem: freepik/@ bublikhaus)

O deputado Professor Reginaldo Veras propôs, então, que se modifique o texto constitucional. “A gente aprova aqui uma PEC atrás da outra quando é pra beneficiar empresário, para fazer isenção fiscal para as grandes corporações. Por que que o pobre e a classe média têm que pagar imposto, e muito, enquanto aqueles que têm as grandes fortunas não pagam?”, questionou.

Projeto de lei

O deputado Rubens Otoni (PT-GO), autor do Projeto de Lei 165/22, que concede isenção ao professores, ressaltou a necessidade de promover o debate para chegar a um consenso com o Executivo, de forma a construir uma legislação viável.

O parlamentar destacou também que o histórico mundial mostra a importância do investimento em educação para o desenvolvimento dos países.

Segundo Armando Amorim Simões, do MEC, o Brasil tem um déficit de 40 mil professores. Se a conta levar em consideração os educadores sem formação adequada para as disciplinas que lecionam, a demanda sobe para 200 mil profissionais.

De acordo com a deputada Professora Goreth (PDT-AP), dados do Banco Mundial mostram que cada ano adicional de escolaridade da população aumenta o PIB de uma nação em até 10%.

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Cervejas, comércio, franquias

O mercado de franquias segue o ritmo de crescimento no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o mercado de franquias cresceu 15,8% no primeiro semestre de 2024 na comparação com o mesmo período no ano passado atingindo um faturamento de R$ 121,7 milhões e a tendência é que o setor continue se expandindo pelo interior do Brasil, colaborando para o desenvolvimento regional.

O novo estudo da ABF revela ainda as cidades com maior avanço no faturamento de franquias no primeiro semestre de 2024, em relação ao mesmo período em 2023.

O primeiro lugar do ranking ficou com Goiânia, com faturamento das franquias 25,59% superior ao ano passado, contabilizando R$ 1,745 bilhão.

Em seguida, vêm Florianópolis (SC) e Curitiba (PR), com 24,1% e 21,1%, respectivamente. Na quarta posição, Barueri (SP) registrou 20,8% de crescimento entre os semestres analisados. O levantamento apontou também que o segmento de Alimentação continua forte, com 22% de participação no faturamento.

Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

A área de Saúde, Beleza e Bem-estar fica em segundo, com 19%. Na sequência estão as áreas de Serviços e Outros Negócios (13%) e Moda (12%).

“Investir ou adquirir uma franquia exige dedicação e preparo. Assim como qualquer tipo de negócio existe risco, demanda tempo na escolha, análise do investimento e da marca que será adquirida”, orienta a analista de Acesso a Mercados do Sebrae Karen Sitta. “Para muitos empreendedores, a franquia é a porta de entrada para o empreendedorismo, ou seja, para a conquista do próprio negócio. São empreendedores que buscam modelos de negócios já prontos e consolidados, uma vez que a franquia, na maioria das vezes, vem de um modelo de negócio validado, com marca estabelecida. Mas toda atenção é necessária no processo de escolha”, completa.

Para quem está interessado em investir no setor, a analista do Sebrae ressalta que adquirir uma franquia, no entanto, não tirará do franqueado as responsabilidades sobre a gestão da empresa, pois, “assim como qualquer tipo de negócio, é sempre importante o ‘olhar do dono’, ou seja, a presença do empresário, o olhar no processo de gestão da franquia como um todo, independentemente do tamanho, perfil e modelo da franquia”.

“Tempo e dedicação são fundamentais, uma vez que alguns dos principais desafios dos franqueadores são a transferência de conhecimento entre o franqueador e franqueado, sendo esse processo ponto crucial para o sucesso das redes”, aponta.

Orientações e autodiagnóstico

Para apoiar os empreendedores nesse caminho, o Sebrae disponibiliza orientações sobre esse processo. Também desenvolveu, em parceria com a ABF, conteúdos específicos para quem deseja se tornar um franqueado.

Além disso, recentemente, o Sebrae desenvolveu um autodiagnóstico para instruir o potencial franqueado a identificar áreas em que precisará de mais informações ou preparação.

Cada pergunta foi cuidadosamente elaborada para fornecer insights valiosos sobre os principais aspectos do mundo das franquias, como forma de apoiá-lo no planejamento e na escolha da melhor franquia para o seu perfil.

Confira o ranking – Faturamento 1ºsem /2024 X 1º sem/2023

Posição Cidade Variação
1º Goiânia 25,59%
2º Florianópolis 24,10%
3º Curitiba 21,11%
4º Barueri 20,85%
5º Campo Grande 20,85%
6º Uberlândia 20,67%
7º Manaus 19,33%
8º São José do Rio Preto 18,27%
9º Maceió 18,11%
10º Londrina 17,80%
11º João Pessoa 17,43%
12º Sorocaba 17,27%
13º Ribeirão Preto 16,98%
14º Fortaleza 16,91%
15º Recife 15,56%
16° São José dos Campos 15,56%
17° São Bernardo do Campo 15,16%
18° Guarulhos 14,83%
19° Cuiabá 14,65%
20° Jundiaí 14,62%
21° Belém 14,24%
22° Salvador 14,18%
23° Brasília 14,16%
24° Belo Horizonte 14,11%
25° São Paulo 13,67%
26° Niterói 13,59%
27° Campinas 13,16%
28° São Luís 11,77%
29° Rio de Janeiro 10,60%
30° Santo André 7,02%

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Salva-Vidas

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que regulamenta o exercício da profissão de salva-vidas ou guarda-vidas no Brasil.

O texto aprovado define as competências, exigências e direitos desses profissionais, abrangendo a atuações em diferentes ambientes aquáticos, como mares, piscinas e rios.

Pela proposta, para exercer a atividade, o profissional deve ter mais de 18 anos, estar em bom estado de saúde, possuir ensino médio completo e passar em uma avaliação prática de corrida e natação.

Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

Além disso, é necessário completar um curso profissionalizante de 160 horas em instituição reconhecida e manter a formação atualizada a cada dois anos.

O texto aprovado é um substitutivo do relator, Daniel Almeida (PCdoB-BA), que reuniu em um único texto trechos do Projeto de Lei 1476/23, do deputado Leo Prates (PDT-BA), e dos apensados (PL 2083/23 e PL 2131/23).

Segundo Almeida, além de regulamentar a profissão de salva-vidas, o substitutivo pretende garantir um serviço de salvamento aquático de qualidade no País.

“Exigir um mínimo de treinamento para o exercício da atividade é essencial para preservar a saúde e a integridade física dos usuários do serviço, bem como a do próprio profissional”, disse.

Pela proposta, os salva-vidas terão como atribuições a realização de técnicas de prevenção, resgate e primeiros socorros em situações de emergência e ações educacionais sobre os riscos de acidentes aquáticos.

Salva-Vidas
Salva-Vidas (Imagem: Freepik/@freepik)

A proposta obriga os estabelecimentos que oferecem acesso a ambientes aquáticos a contratar profissionais salva-vidas, que terão como direitos:

o uso de uniformes e equipamentos de proteção;

jornada de trabalho de até 40 horas semanais;

seguro de vida; e

aposentadoria especial para aqueles expostos a condições de risco durante suas atividades.

Por fim, o projeto aprovado estabelece que o piso salarial da categoria seja definido em lei específica.

Próximos passos

O texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Azul

As agências de classificação de risco Fitch Ratings e Standard & Poor’s rebaixaram os ratings de crédito da companhia aérea Azul (AZUL4), em resposta a medidas financeiras e de reestruturação que a empresa vem implementando para enfrentar uma situação financeira delicada. A Fitch rebaixou o rating da Azul de “CCC” para “CC”, enquanto a S&P fez um movimento similar, diminuindo o rating de “CCC+” para “CC”, e manteve a perspectiva negativa, indicando a possibilidade de novo rebaixamento.

Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

O rebaixamento está relacionado ao recente acordo de reestruturação financeira da Azul, que inclui um plano de refinanciamento abrangente com credores e fornecedores.

A empresa anunciou que obteve apoio de mais de dois terços dos detentores de notas de dívida com vencimento entre 2028 e 2030 para uma oferta de troca de dívida e solicitação de consentimento, que, segundo a Fitch, caracteriza uma “troca de dívida problemática” (DDE, na sigla em inglês). Esse tipo de transação indica que a empresa busca evitar o calote por meio de concessões de credores, mesmo que a troca não inclua, de imediato, um corte nominal da dívida.

A S&P Global destaca que a operação prevê a introdução de um financiamento prioritário, com garantias, no valor de até US$ 500 milhões, sendo uma primeira parcela de US$ 150 milhões até 1º de novembro de 2024, e outros US$ 250 milhões previstos até o final do ano.

Esse montante seria utilizado para apoiar a queima de caixa da Azul e cobrir condições exigidas por acordos já estabelecidos com credores e fornecedores. Além disso, o acordo prevê a emissão de ações preferenciais da Azul em troca de aproximadamente R$ 3,1 bilhões em dívidas, em uma tentativa de reduzir a pressão financeira e melhorar o fluxo de caixa nos próximos 18 meses.

Desafios financeiros

A Fitch ressalta que a Azul enfrenta desafios financeiros significativos, incluindo pressões de fluxo de caixa, custos elevados de arrendamento e manutenção, além de impacto do câmbio e dos efeitos climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul, que resultaram em uma perda de receita de aproximadamente 10%.

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

A agência estima que a Azul não gerará fluxo de caixa livre suficiente para cobrir essas obrigações sem o financiamento adicional. Em 30 de junho de 2024, a Azul possuía aproximadamente R$ 1,5 bilhão em caixa disponível, insuficiente para cobrir os R$ 6 bilhões em compromissos de curto prazo, incluindo R$ 1,5 bilhão em dívida financeira e R$ 4,5 bilhões em arrendamentos.

Evento de calote

A perspectiva negativa atribuída ao rating pela S&P reflete a visão de que, uma vez concluída a operação de troca de dívida, a agência poderá rebaixar o rating da Azul para “SD” (default seletivo). Isso indica que, embora a empresa possa cumprir certas obrigações, a reestruturação resulta em termos menos vantajosos para os credores, caracterizando um evento de default para as dívidas envolvidas na troca.

A S&P também aponta que, após o término do processo, os termos de conversão das notas de dívida 2029 e 2030 para ações poderão resultar em um valor final para credores, inferior ao originalmente prometido.

A Azul, fundada em 2008, ocupa posição de destaque no mercado de aviação regional brasileiro, com operações em aproximadamente 160 destinos domésticos e cerca de 1.000 voos diários. No entanto, sua base de capital e posição financeira são mais vulneráveis em comparação a concorrentes regionais, como a LATAM Airlines e a Avianca. A Fitch pontua que o nível de endividamento da Azul, somado às pressões de liquidez e alta dependência de rotas domésticas, contribuiu para a necessidade de reestruturação e financiamentos adicionais.

A decisão das agências reflete a expectativa de que a Azul enfrenta riscos elevados de refinanciamento e uma situação de fluxo de caixa bastante pressionada, o que exige a obtenção de recursos adicionais para honrar compromissos financeiros e de arrendamento. A Fitch estima que o EBITDA da Azul no segundo semestre de 2024 deverá ficar entre R$ 3,3 bilhões e R$ 3,6 bilhões, enquanto os custos de arrendamento, juros e investimentos podem totalizar R$ 4,1 bilhões.

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
Bets

A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda enviou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta quinta-feira (31) uma nova lista com 1.443 bets (sites de apostas) a serem bloqueados.

Segundo a pasta, a medida tem como objetivo interromper atividades de empresas que não protocolaram pedido de funcionamento até 17 de setembro.

Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

Essa é a segunda lista negativa enviada à agência reguladora. A primeira, com 2.027 sites, foi enviada em 11 de outubro. Até agora, nem a Fazenda, nem a Anatel divulgaram a lista detalhada nas páginas dos órgãos.

Após o envio da lista, a Anatel notificará cerca de 21 mil empresas de telecomunicações em todo o país (entre operadoras e provedores de internet).

Dessa forma, o bloqueio total dos sites levará alguns dias.

No último dia 1º, o Ministério da Fazenda publicou a lista das empresas autorizadas a funcionar no país.

Segundo a atualização mais recente, do último dia 18, são 219 bets de 100 empresas na lista nacional e 26 empresas nos seguintes estados: cinco no Paraná, quatro no Maranhão, uma em Minas Gerais, oito no Rio de Janeiro e oito na Paraíba. cinco no Paraná, quatro no Maranhão, uma em Minas Gerais, oito no Rio de Janeiro e oito na Paraíba.

A lista negativa, das bets proibidas de operar, leva mais tempo para ser elaborada. Segundo o Ministério da Fazenda, a demora é necessária porque a pasta precisa fundamentar juridicamente a recusa das autorizações.

Bets, Jogo do Tigrinho
(Imagem: Joédson Alves/Agência Brasil)

Desde o início do funcionamento, a Secretaria de Prêmios e Apostas baixou portarias com as regras do mercado regulado e para a operação no período de transição, também criado por lei.

A partir de 1º de janeiro só poderão operar as empresas que tiverem obtido autorização de operação. Os pedidos estão em análise, e a lista das empresas com autorização definitiva será divulgada no fim de dezembro.

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

0 comentário
FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
2 - XP Carteira Ações ba69d405678145119131d59a493534d6

Em seu relatório para novembro, a XP Investimentos analisou o cenário de mercado global e brasileiro, destacando os principais movimentos observados no mês de outubro. Nesse período, os mercados globais passaram por uma correção significativa, impulsionada pela atenção direcionada às eleições nos Estados Unidos e pela expectativa da temporada de resultados. No Brasil, os ativos domésticos também foram pressionados, refletindo uma combinação de incertezas externas e questões internas relacionadas à política fiscal e ao aumento das taxas de juros.

Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

A corrida eleitoral nos Estados Unidos, com uma disputa acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris, vem ganhando protagonismo entre os investidores globais. Para o Brasil, uma possível vitória de Trump representa uma série de riscos, como a elevação das tarifas e o fortalecimento do dólar, o que pressionaria ainda mais os mercados emergentes.

Sob uma administração Kamala Harris, a XP acredita que os setores expostos a investimentos verdes e minerais críticos poderiam se beneficiar, dada a provável agenda ambiental mais robusta do Partido Democrata.

Em outubro, a China também esteve em evidência, especialmente com a expectativa de um pacote fiscal de estímulo econômico que, no entanto, se mostrou aquém das expectativas do mercado. Isso resultou em um desempenho decepcionante para as ações no país e trouxe reflexos para o mercado brasileiro, impactando negativamente o câmbio e as taxas de juros.

Nesse contexto de ventos contrários, o Ibovespa (IBOV) apresentou queda de 1,6% em reais e 7,4% em dólares no mês, acumulando uma desvalorização de 19% em dólares ao longo de 2024. O câmbio chegou próximo de R$ 5,80, enquanto os juros reais de longo prazo atingiram níveis de estresse, próximos a 7%.

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

8 ações para ter agora

Ainda assim, o Ibovespa tem demonstrado uma certa resiliência, permanecendo em torno dos 130 mil pontos. Segundo a XP, essa estabilidade pode ser atribuída a quatro fatores principais: crescimento dos lucros das empresas brasileiras, estímulos da economia chinesa, recompra de ações e pagamento de dividendos robustos, e múltiplos de valuation considerados baixos. A XP destaca que setores como Bancos, Alimentos & Bebidas, Construtoras, Mineração & Siderurgia e Papel & Celulose são os mais atrativos, tanto em termos de valuation quanto de revisões positivas de lucro.

Para o horizonte dos próximos 12 meses, a XP mantém sua estimativa de valor justo para o Ibovespa em 150 mil pontos, indicando um potencial de recuperação. O relatório destaca ainda oito ações com maior potencial de desempenho no cenário atual: BRF (BRFS3), CBA (CBAV3), C&A (CEAB3), Direcional (DIRR3), Engie (ENGI11), Unifique (FIQE3), JBS (JBSS3) e Unipar (UNIP6).

No âmbito das carteiras recomendadas, a XP Investimentos fez algumas alterações para novembro:

Top 10

A principal mudança foi a adição de Suzano (SUZB3), enquanto a JBS (JBSS3) foi retirada. “Embora acreditemos que os resultados do 3º trimestre serão fortes e continuemos otimistas em relação à tese de investimento, achamos que as ações já precificaram um trimestre forte e, portanto, preferimos realizar lucros”, ressaltam os analistas sobre a JBS.

A inclusão de Suzano reflete o otimismo com o setor de papel e celulose, que apresenta múltiplos atrativos e boas perspectivas de crescimento, considerando o cenário atual de demanda.

“Acreditamos que a Suzano está bem posicionada para capitalizar um potencial ponto de inflexão no ciclo da celulose. Além disso, com o significativo fluxo de caixa incremental após a ramp-up do Cerrado, vemos indícios, como recompra de ações e aquisições estratégicas menores, mitigando a percepção de deterioração na alocação de capital após os rumores em torno da aquisição da IP”, pontua a XP.

Tabela 81818181
(Imagem: XP Investimentos)

Dividendos

Esta carteira permanece sem alterações para novembro. A XP considera que os ativos já selecionados mantêm boas perspectivas de pagamento de dividendos, mesmo com a volatilidade do mercado.

Tabela 919191
(Imagem: XP Investimentos)

Small Caps

A XP adicionou Plano & Plano (PLPL3) e removeu a SBF (SBFG3), reforçando sua visão de que a construtora pode trazer retornos interessantes no segmento de pequenas empresas. Essa movimentação também reflete o potencial de expansão do setor imobiliário residencial.

“Estamos removendo a SBF pois esperamos uma dinâmica mista de resultados, com pressão no crescimento de receita, embora com tendências de lucratividade em recuperação. Ainda assim, mantemos nossa recomendação de compra devido ao valuation atrativo”, explica a XP.

Já a Plano & Plano é vista num contexto de forte momentum de resultados.

“A recente aprovação de uma 2ª parcela do programa Pode Entrar em São Paulo, pode impulsionar o crescimento do lucro líquido e da geração de caixa no curto prazo, o que acreditamos não estar refletido na ação. Olhando para 2025, estamos otimistas com o potencial de crescimento de lançamentos, impulsionado por uma demanda aquecida no programa MCMV. E vemos o valuation descontado em comparação com seus pares”, indica a corretora.

Tabela 05050550
(Imagem: XP Investimentos)

ESG

A carteira focada em investimentos sustentáveis e com boas práticas ambientais, sociais e de governança não sofreu alterações. Segundo a XP, os ativos selecionados continuam a cumprir os critérios ESG e a oferecer potenciais de retorno alinhados às expectativas de sustentabilidade.

Tabela 05150550
(Imagem: XP Investimentos)
    0 comentário
    FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
    Governo, pets

    O governo federal anunciou nesta quarta-feira (30) regras mais rígidas para o transporte de animais em voos. Os tutores poderão rastrear os pets em todas as etapas do transporte aéreo, do embarque ao desembarque.

    Esse monitoramento será feito por meio de câmeras e aplicativos, informou o Ministério de Portos e Aeroportos, que anunciou as novas normas, chamadas Plano de Transporte Aéreo de Animais (Pata).

    Outra medida é que as companhias aéreas terão de oferecer serviços veterinários para emergências, como forma de garantir que os animais irão receber o atendimento adequado. 

    Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

    O plano ainda prevê criação de canal direto de comunicação com os tutores, que irá fornecer informações sobre a situação do voo; capacitação e treinamento dos profissionais do setor aéreo e controle do serviço prestado.

    As regras serão publicadas nesta quinta-feira (31) e entrarão em vigor.

    Caberá à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fiscalizar o cumprimento do plano. As empresas aéreas terão prazo de 30 dias para se adaptarem às normas. 

    “Haverá um trabalho coletivo da Anac no sentido de fiscalizar, de cobrar e de multar as companhias aéreas que não atuem de acordo com o bom serviço de transporte animal”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (foto).

    O plano foi elaborado por um grupo de trabalho, formado por representantes de nove órgãos governamentais, entidades de proteção animal, companhias aéreas, que analisou mais de 3,5 mil sugestões da sociedade. 

    Joca

    O plano é apresentado seis meses após a morte do golden retriever Joca. O cão morreu em uma caixa de transporte após a falha no transporte aéreo pela Gol.

    O animal deveria ter sido levado a Sinop (MT), em um voo de cerca de 2h30 de duração, porém teve o destino alterado por erro. Joca foi transportado para Fortaleza e depois retornou para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, resultando em cerca de 8 horas dentro de voos.

    Joca
    (Imagem: Instagram/ @jocagoldenr)

    O laudo veterinário apontou estresse, desidratação e problemas cardíacos como causas da morte.

    Para o tutor do Joca, João Fantazzini, as normas representam um avanço para o país com objetivo de garantir bem-estar e segurança dos animais. Ele defende ainda a aprovação de lei que permitam o transporte de pets de qualquer tamanho junto aos tutores nos aviões. 

    * Com informações de Oussama El Ghaouri, repórter da Rádio Nacional

    Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

    0 comentário
    FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
    Petrobras Colômbia ANH Gás

    A carteira recomendada pelo BTG Pactual para novembro, chamada “10SIM” (10 Stock Ideas for the Month), inclui dez ações estrategicamente selecionadas para maximizar retornos, mostra um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (31). Para este mês, o banco trouxe de volta a Petrobras (PETR4), devido a uma visão otimista para o próximo Plano Estratégico de cinco anos.

    Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

    O BTG espera que o plano traga uma redução no CAPEX para 2025 e 2026, criando potencial para pagamentos adicionais de dividendos. Além disso, há possibilidade de dividendos extraordinários serem anunciados em novembro, o que destaca a atratividade das ações da Petrobras na carteira.

    Além da Petrobras, a composição da carteira abrange outros setores para diversificar os riscos e aumentar o potencial de retorno. Os papeis removidos no mês foram Ambev (ABEV3), Porto (PSSA3) e Rede D’Or (RDOR3). As ações que integram a carteira recomendada em novembro são:

    Petrobras (PETR4) – Peso: 10%
    Retorno à carteira após uma pausa de dois meses, com expectativa de melhora em resultados futuros e dividendos atraentes no curto prazo.

    Itaú Unibanco (ITUB4) – Peso: 15%
    O BTG aumentou a exposição ao Itaú de 10% para 15%, destacando o forte desempenho do banco, com bons resultados financeiros e uma estratégia sólida no mercado brasileiro de varejo bancário.

    Vale (VALE3) – Peso: 10%
    A Vale permanece na carteira apesar do ambiente macroeconômico desafiador, sustentada pelo recente pacote de estímulos anunciado pelo governo chinês e pela melhoria no desempenho operacional.

    Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

    Eletrobras (ELET3) – Peso: 10%
    Eletrobras é mantida na carteira, com foco em iniciativas de corte de custos e venda de ativos, além de um cenário positivo para dividendos, o que atrai os investidores.

    Localiza (RENT3) – Peso: 10%
    A Localiza entrou na carteira para aumentar o risco do portfólio. Com resultados robustos no terceiro trimestre, a empresa deve se beneficiar de uma margem de aluguel melhorada e redução nos custos de depreciação.

    Equatorial (EQTL3) – Peso: 10%
    A Equatorial é vista como um ativo defensivo, dada sua proteção contra a inflação e previsibilidade no crescimento. É uma das favoritas do BTG por sua estabilidade e resistência a variações macroeconômicas.

    Lojas Renner (LREN3) – Peso: 10%
    Lojas Renner também foi adicionada ao portfólio, com o BTG aumentando sua exposição ao setor de varejo. A expectativa é de que o novo centro de distribuição da Renner melhore a produtividade das lojas e impulsione a lucratividade.

    Marcopolo (POMO4) – Peso: 5%
    Com o aumento do setor de transporte, impulsionado pelo maior custo das passagens aéreas, a Marcopolo permanece na carteira. A empresa está focada em expandir sua participação no mercado de ônibus elétricos.

    Cyrela (CYRE3) – Peso: 10%
    A Cyrela destaca-se como a preferida do BTG no segmento de construção, devido ao sólido pipeline de projetos e desempenho financeiro resiliente. A empresa se beneficia de uma avaliação atraente e de uma expectativa de crescimento no setor imobiliário.

    Vivara (VIVA3) – Peso: 10%
    Apesar de mudanças recentes na administração, a Vivara é vista como promissora, sustentada por uma valorização atraente e potencial de crescimento, especialmente no segmento de varejo de luxo.

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      2 - Mercados Financeiros Ações Balanços Carteiras Leonardo_Kino_XL_Create_an_image_that_visually_represents_the_0

      O BB Investimentos divulgou suas carteiras recomendadas para novembro de 2024, que incluem cinco portfólios distintos: Fundamentalista, 5+, Dividendos, Small Caps e ESG. Cada uma dessas carteiras possui um foco específico de investimento, trazendo diferentes ações para atender perfis variados de investidores.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Aqui estão os detalhes de cada carteira e as mudanças que ocorreram:

      Carteira fundamentalista

      A carteira fundamentalista permanece inalterada para o mês de novembro. As ações selecionadas se concentram em empresas com sólidos fundamentos e geração de caixa robusta. Os ativos incluídos são:

      B3 (B3SA3), Copasa (CSMG3), Cury (CURY3), Direcional (DIRR3), Gerdau (GGBR4), Itaú (ITUB4), Petrobras (PETR4), Isa CTEEP (TRPL4), Vale (VALE3) e Vibra (VBBR3).

      Esta carteira se destaca pela estabilidade de empresas com baixo endividamento e alta geração de caixa, refletindo uma abordagem conservadora do BB Investimentos.

      Carteira 5+

      Conhecida pelo alto giro mensal, a carteira 5+ renovou completamente seus ativos para novembro, substituindo todas as ações. As novas aquisições buscam capturar oportunidades de curto prazo através da análise técnica. As mudanças foram:

      Entraram:

      Totvs (TOTS3), BRF (BRFS3), Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e Rumo (RAIL3).

      Saíram

      Bradespar (BRAP4), CSN (CSNA3), Eneva (ENEV3), SLC (SLCE3) e TIM (TIMS3).

      Essa carteira visa ganhos rápidos, aproveitando tendências técnicas para ativos de diversos setores, como tecnologia, frigoríficos e logística.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      Dividendos

      A carteira Dividendos foca em empresas com alto pagamento de dividendos, ajustando uma ação para o novo mês. A ação CSN Mineração (CMIN3) foi removida após registrar alta significativa, e entrou a Cemig (CMIG4). A carteira final é composta pelas seguintes ações:

      ABC Brasil (ABCB4), Bradespar (BRAP4), Cemig (CMIG4) – nova inclusão, Copasa (CSMG3), Petrobras (PETR4), Taesa (TAEE11), Tim (TIMS3), Isa Cteep (TRPL4), Vibra (VBBR3) e Vivo (VIVT3).

      Com a inclusão da Cemig, o BB Investimentos mantém a atratividade para investidores interessados em retorno via dividendos, com destaque para setores como utilities, bancos e telecomunicações.

      Small Caps

      A carteira Small Caps foi completamente reformulada para novembro, visando empresas menores com maior potencial de crescimento. Todos os ativos foram rotacionados, com foco em setores como consumo, agronegócio e imobiliário.

      As ações incluídas foram:

      Alpargatas (ALPA4), Azzas (AZZA3), Bradespar (BRAP4), Cyrela (CYRE3), Direcional (DIRR3), Log (LOGG3), Grupo Multi (MLAS3), Mitre (MTRE3), SLC (SLCE3) e Tenda (TEND3).

      Saíram:

      Lojas Marisa (AMAR3), Cogna (COGN3), Fras-Le (FRAS3), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Hidrovias do Brasil (HBSA3), Marcopolo (POMO4), Positivo (POSI3), Indústrias Romi (ROMI3), São Martinho (SMTO3) e Unipar (UNIP6).

      Essa carteira busca capitalizar em empresas menores que apresentem bom potencial de valorização, principalmente em setores com demanda aquecida, como o imobiliário e consumo.

      ESG

      A carteira ESG mantém seu foco em empresas com alto compromisso ambiental, social e de governança. As ações desta carteira foram mantidas, incluindo empresas que alinham sustentabilidade e rentabilidade. Os ativos incluídos são:

      B3 (B3SA3), Banrisul (BRSR6), Gerdau (GGBR4), M. Dias Branco (MDIA3), Neoenergia (NEOE3), RD (RADL3) Sabesp (SBSP3), Suzano (SUZB3), Vibra (VBBR3), Weg (WEGE3).

      A carteira ESG oferece uma opção diversificada com empresas de diferentes setores, como saneamento e energia, que cumprem critérios de sustentabilidade.

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Loja da Americanas fechada em setembro de 2024, em São Paulo

      A Americanas (AMER3), empresa em recuperação judicial, convocou seus acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que ocorrerá no próximo dia 11 de dezembro de 2024, de forma exclusivamente digital, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (31). Entre os principais temas da reunião está a proposta de propositura de ação de responsabilidade civil contra antigos executivos da companhia, apontados como responsáveis por prejuízos devido a fraudes contábeis e outras irregularidades no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2022.

      Ou seja, o trio de acionistas controladores Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que estava no comando da empresa à época da fraude, ficou de fora de qualquer tipo de responsabilização por parte da companhia.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Foi o mesmo caminho seguido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que no dia 18 de outubro informou ter encontrado “elementos robustos, contundentes e convergentes que são capazes de sustentar acusações” contra o ex-presidente-executivo Miguel Gutierrez e sete outros ex-executivos, incluindo José Timotheo de Barros, Anna Christina Ramos Saicali, por insider trading.

      “Na prática, era óbvio que certas pessoas sabiam que, em algum momento, a bomba estouraria. E era lógico que se antecipariam, diminuindo os prejuízos com a informação privilegiada que detinham”, ressalta Eduardo Silva, Presidente do Instituto Empresa.

      Segundo ele, “a responsabilidade dos controladores das americanas – o trio – parece apenas crescer”.

      “Confessadamente, as estruturas de Governança Corporativa da Companhia, controle e supervisão não funcionaram por décadas. E isso só pode ser imputado a quem exercia, de fato, o controle do grupo”, pontua Silva.

      Já a B3 (B3SA3) também se pronunciou sobre o caso, mas teria derrubado a tese da varejista, que defende ser uma vítima das fraudes e atribuía a culpa exclusiva a alguns diretores. Com isso, os nomes de Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Jorge Felipe Lemann e Paulo Alberto Lemann, filhos de Jorge Paulo Lemann, que faziam parte do controle acionário e do Conselho à época das fraudes, também foram multados e culpados.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      A Bolsa salientou a falta de ação dos conselheiros em relação à auditoria e aos mecanismos de controle interno da Americanas, reiterando que eles falharam em tomar as providências para evitar as fraudes contábeis.

      A saída de Sicupira e dos Lemann do Conselho, contudo, não retirou a influência do trio de acionistas de referência da Americanas, a LTS, que conta ainda com Marcel Telles. Isso porque Eduardo Saggioro Garcia, sócio da holding, que já fazia parte do conselho, foi reconduzido ao posto para um novo mandato de dois anos.

      Blindagem na CPI

      O trio não escapou da análise da B3, porém conseguiu fugir de qualquer punição ou exposição durante a CPI da Americanas conduzida pela Câmara dos Deputados e encerrada um ano atrás.

      Parte do colegiado apontou “blindagem” ao trio de controladores da empresa (Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles). O relatório final foi aprovado por 18 votos contra 8 contrários.

      O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, apontado pela empresa como o grande responsável pela fraude, enviou uma carta de 17 páginas (veja aqui) aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a crise na rede varejista.

      No documento, Gutierrez disse que “nunca soube” que a pressão dos controladores da Americanas por resultados “teria levado a atos de manipulação da contabilidade”. Ele afirma, contudo, que o setor tinha “forte influência e controle” dos controladores, os bilionários Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

      Gutierrez diz que o CEO que o sucedeu, Leonardo Pereira, fez acusações levianas contra ele para desviar o foco da investigação para longe dos acionistas controladores. Segundo ele, o 3G atua ativamente da gestão das empresas de seu portfólio e controla rigorosamente suas finanças.

      “No caso da Americanas, isso ocorre não apenas por meio da presença dos controladores (ou de pessoas diretamente ligadas a eles) no conselho de administração ou no comitê financeiro, e da forte presença de membros desses órgãos no dia-a-dia da companhia (especialmente na área financeira), mas também através da sua holding LTS, cujos funcionários, ainda que não tivessem cargos oficiais na companhia, participavam de sua gestão e de seus acompanhamentos”, destaca.

      Proposta da administração

      A proposta da administração da Americanas busca a autorização dos acionistas para iniciar processos judiciais contra Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, ex-Diretor Presidente, e os ex-diretores estatutários Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles.

      Estes executivos, segundo investigações internas e auditorias independentes, são acusados de encobrir a real situação financeira da empresa, ocultando dívidas e inflando ativos, o que culminou em um rombo significativo nas contas da Americanas. A companhia estima que as irregularidades consistiram, principalmente, em lançamentos contábeis indevidos na conta de fornecedores, que envolviam contratos fictícios de verbas de propaganda cooperada e operações financeiras fraudulentas.

      A fraude contábil foi inicialmente revelada ao mercado em janeiro de 2023, quando inconsistências nos lançamentos contábeis chamaram a atenção da gestão atual, que constituiu um comitê de investigação independente. Em junho de 2023, novas evidências reforçaram que a alta administração anterior estava envolvida nas fraudes, motivando o afastamento dos diretores estatutários envolvidos.

      Desde então, a Americanas informou ter trabalhado para esclarecer o caso junto às autoridades competentes, incluindo o Ministério Público e a CVM, bem como para alinhar suas demonstrações financeiras com as normas contábeis e regulamentares.

      A proposta de ação de responsabilidade civil ampara-se no artigo 159 da Lei das Sociedades Anônimas, que prevê a responsabilização de administradores que causaram danos à empresa por atos ilícitos. De acordo com a Americanas, os prejuízos causados pelos antigos executivos violam os deveres legais e estatutários dos administradores, além de ter gerado perdas significativas à empresa e aos seus acionistas. Segundo a administração da Americanas, o processo judicial visa ao ressarcimento dos prejuízos sofridos.

      Além de buscar a responsabilização dos ex-executivos, a AGE também abordará a prestação de contas dos administradores, incluindo as demonstrações financeiras de 2022 e 2023. A administração propõe que as contas de 2022 sejam aprovadas apenas para os administradores que não tiveram envolvimento nas fraudes, enquanto as contas de 2023 já foram aprovadas sem ressalvas pelos auditores independentes.

      Veja o comunicado da Americanas

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Logo da Apple

      A Apple (AAPLAAPL34) teve lucro líquido de US$ 14,73 bilhões no trimestre encerrado em setembro, 36% menor do que o lucro registrado no mesmo período de 2023.

      Ajustado por ação, o lucro foi de US$ 1,64, levemente acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, que previam lucro diluído de US$ 1,61.

      No mesmo período, a receita da fabricante de Iphones foi de US$ 94,9 bilhões, uma alta de 6% em comparação com o mesmo trimestre de 2023 e acima da projeção de analistas ouvidos pela FactSet, de US$ 94,5 bilhões.

      Segundo a companhia, esta é a maior receita já registrada por ela em um trimestre, com a alta da receita sendo impulsionada pelas vendas de Iphones.

      Conforme o balanço, as vendas para a China durante o quarto trimestre fiscal da Apple foram de US$ 15,03 bilhões, abaixo da projeção esperada, de US$ 15,92 bilhões.

      Às 17h54 (de Brasília), a ação da companhia caía 1,33% no after hours de Nova York.

      Veja o documento:

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Eztec

      A incorporadora paulistana Eztec (EZTC3) fechou o terceiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 132,6 milhões, montante 239% maior do que no mesmo período de 2023, quando ficou em R$ 39,1 milhões.

      O Ebit (lucro antes dos juros e imposto de renda) atingiu R$ 123,2 milhões, crescimento de 295% na mesma base de comparação anual.

      A receita líquida totalizou o recorde de R$ 478,8 milhões, aumento de 90,2%, puxada pelo maior volume de vendas e avanço das obras.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      As despesas operacionais da Eztec foram de R$ 39,5 milhões, recuo de 21,3%. As despesas comerciais baixaram 11,6%, com menores gastos de estandes e publicidade, enquanto as despesas administrativas subiram 2,6%.

      A linha de equivalência patrimonial (que apura os resultados oriundos de empreendimentos feitos em sociedade com terceiros) gerou uma receita de R$ 29,4 milhões, alta de 106%.

      O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma receita de R$ 36,9 milhões, que foi 169,4% maior na comparação anual.

      A companhia informou que o aumento do IGP-DI engordou os recebíveis de financiamentos a clientes, enquanto a alteração nos juros das debêntures reduziu suas despesas financeiras.

      A margem bruta foi a 34,0%, incremento de 1,7 ponto porcentual, enquanto a margem líquida bateu em 27,7%, avanço de 12,2 pontos porcentuais.

      A melhora da margem reflete o aumento das receitas e a redução das despesas. Houve também melhora nos preços das novas vendas do residencial Lindenberg Ibirapuera.

      Eztec
      (Imagem: Site Oficial da Eztec)

      Em seu balanço, a Eztec reportou ainda queima de caixa de R$ 57,8 milhões no trimestre. A dívida líquida subiu para R$ 180,5 milhões no fim de setembro, ante R$ 18,5 milhões um ano antes.

      Lançamentos e vendas

      A Eztec ampliou os lançamentos e as vendas no terceiro trimestre deste ano, conforme já divulgado nas prévias operacionais.

      A incorporadora lançou dois empreendimentos, avaliados em R$ 694,1 milhões no intervalo, montante oito vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando a empresa pisou no freio e ficou em apenas R$ 85 milhões.

      Já as vendas líquidas atingiram R$ 501 milhões no terceiro trimestre de 2024, crescimento de 79,9% na comparação anual.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Carrefour

      O Carrefour (CRFB3) registrou lucro líquido controladores de R$ 221 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 67,4% ante o mesmo período do ano passado.

      Já o mesmo indicador ajustado do controlador praticamente dobrou (94,6%), passando de R$ 212 milhões para R$ 412 milhões, com a ajuda de menores juros de empréstimos intercompany e de carga tributária.

      O diretor vice-presidente de Finanças (CFO) do Grupo Carrefour Brasil, Eric Alencar, reforçou que o resultado veio mesmo após os questionamentos do mercado sobre o impacto do parcelamento de compras na rede Atacadão em três vezes, divulgado no último trimestre.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      “Fomos questionados em relação a isso, mas agora entregamos um lucro que é mais que o dobro do que o mercado esperava. Nada melhor do que os números para comprovar que as nossas teses estavam certas”, disse. Ele reforçou que o parcelamento atingiu um teto de despesas financeiras, sem prejudicar a rentabilidade da companhia.

      O Ebitda ajustado somou R$ 1,5 bilhão no intervalo de julho a setembro, avanço anual de 5%, enquanto a margem Ebitda foi de 5,7%, em linha com o mesmo período de 2023.

      De acordo com o Alencar, o resultado captura efeitos positivos da alavancagem operacional por crescimento de vendas, sinergias de custos materializadas e maturidade de lojas convertidas.

      A receita líquida consolidada das vendas das lojas, por sua vez, foi de R$ 28,369 bilhões, alta de 5,1%.

      O varejo teve alta nas vendas em mesmas lojas de 7,6% no segmento alimentar e desempenho positivo de 6,2% no não alimentar, desconsiderando a venda dos postos de gasolina.

      Vendas

      As vendas totais, porém, caíram 7,9% na comparação anual, em função da redução de 22% na área de vendas.

      As vendas do Atacadão totalizaram R$ 21,4 bilhões, 8,3% acima do que foi visto um ano antes, impulsionadas pelo crescimento das vendas em mesmas lojas de 5,6% e expansão de 2,4%, com adição de 13 novas lojas de atacarejo nos últimos 12 meses.

      Carrefour
      (Imagem: Reprodução/Facebook/Carrefour)

      As antigas lojas do Grupo BIG transformadas na bandeira do Atacadão foram responsáveis por 12% das vendas do segmento e apresentaram um crescimento em mesmas lojas de 14% no trimestre.

      No Banco Carrefour, o faturamento somou R$ 17 bilhões no trimestre, alta de 13,9% na comparação anual. Contudo, o Ebitda ajustado do segmento cresceu apenas 0,9%.

      Segundo o CFO, a combinação de menor despesas e inadimplência foram as estratégias adotadas pela empresa para compensar os impactos da nova regulamentação de teto de taxa juros (Resolução 5.112/2023)

      Já a vertical de clube da empresa (Sams Club) alcançou R$ 1,5 bilhão em vendas líquidas, alta de 17% ante o terceiro trimestre de 2023. O Ebitda ajustado do segmento foi de R$ 3 milhões, enquanto o lucro bruto somou R$ 306 milhões.

      Veja o documento:

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Dólar

      O dólar (USDBRL) apresentou alta moderada nesta quinta-feira, 31, dia marcado por aversão ao risco no exterior em meio à expectativa pela eleição presidencial norte-americana.

      Por aqui, o pano de fundo de cautela fiscal, dada a indefinição em torno da magnitude do pacote de corte de gastos prometido pelo governo Lula, manteve os investidores na defensiva.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Operadores ressaltam que a formação da taxa de câmbio esteve sob forte influência de fatores técnicos, como a formação da última Ptax de outubro, ao longo da primeira etapa de negócios, e a rolagem de posições no segmento futuro típicas de virada de mês.

      Com máxima a R$ 5,7940 no início da tarde, o dólar à vista fechou a sessão com ganho de 0,31%, cotado a R$ 5,7811. A divisa acumulou alta de 6,13% em outubro, a maior valorização mensal desde julho (6,43%).

      Além da força da moeda norte-americana no exterior, o real sofreu com o aumento da percepção de risco fiscal ao longo de outubro. Apenas o peso chileno teve perdas maiores que a moeda brasileira no período, considerando as divisas latino-americanas.

      Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o DXY rondou a estabilidade ao longo do dia, terminando outubro com ganhos de cerca de 2,70%.

      A libra caiu mais de 0,60% nesta quinta e atingiu o menor nível em relação ao dólar desde agosto, em meio a preocupações fiscais no Reino Unido.

      Já o iene subiu quase 1% após fala do presidente do Banco do Japão (BoJ, o banco central norte-americano), Kazuo Ueda, deixando em aberto a possibilidade de alta de juros.

      Entre os indicadores do dia, a leitura do índice de preços de gastos com consumo (PCE na sigla em inglês) de setembro veio em linha com as expectativas.

      As atenções se voltam na sexta-feira para a divulgação do relatório de emprego (payroll) de outubro. Como o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tem dado peso cada vez maior ao mercado de trabalho para a gestão da política monetária, os números do payroll podem mexer com as apostas para o ritmo de corte de juros nos EUA.

      A economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli, afirma que as moedas emergentes tendem a ficar pressionadas diante da expectativa pelas eleições americanas na próxima semana.

      “Hoje, tivemos mais aversão ao risco, com queda dos índices de ações nos EUA, o que se refletiu nos ativos domésticos”, afirma Quartaroli, acrescentando que a expectativa por medidas fiscais por aqui contribuem para manter o mercado cauteloso.

      Dólar
      (Imagem: freepik)

      Segundo a mediana das projeções de casas ouvidas pelo Projeções Broadcast, o governo deve anunciar corte de despesas em R$ 25,5 bilhões, abaixo dos R$ 49,5 bilhões estimados para cumprimento das metas fiscais neste ano.

      Medidas discutidas incluem o combate a supersalários, mudanças nos repasses para Saúde e Educação e moderação nas emendas parlamentares. Estaria em estudo limitar o crescimento anual do piso de saúde e educação a 2,5%.

      Reportagem do Estadão mostra que o governo encaminhou ao Congresso duas propostas que aumentam a liberdade do Executivo de mexer no Orçamento sem consultar o Parlamento.

      Para o analista de câmbio Bruno Nascimento, da B&T Câmbio, o desempenho ruim do real em outubro reflete tanto a perspectiva de cortes menos agressivos de juros nos EUA, cuja atividade segue “demonstrando resiliência”, quanto incertezas fiscais domésticas.

      “A eleição presidencial americana adiciona volatilidade. A desaceleração econômica da China e os conflitos no Oriente Médio também contribuíram para a alta do dólar”, afirma Nascimento.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Hypera, Ibovespa

      O Ibovespa (IBOV) colheu nesta quinta-feira, 31, a terceira perda consecutiva, abaixo dos 130 mil pontos, tendo permanecido no negativo em nove das últimas 11 sessões, desde o último dia 17.

      A cautela para o anúncio de cortes de gastos prometidos pela equipe econômica e a proximidade da eleição presidencial norte-americana, no dia 5, na mesma semana em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e o Comitê de Política Monetária (Copom) voltam a deliberar sobre juros, tem mantido os investidores na defensiva – comportamento que se reflete também no câmbio e na curva de juros doméstica, que seguem em alta.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Dessa forma, com dólar mais uma vez perto de R$ 5,80 na máxima do dia e a R$ 5,7811 (+0,31%) no fechamento, o Ibovespa cedeu 0,71%, aos 129.713,33 pontos, bem mais próximo à mínima (129.641,78) do que da máxima (130.797,86) da sessão, em que saiu de abertura aos 130.638,94 pontos.

      O giro financeiro subiu nesta quinta-feira, a R$ 20,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa passou nesta quinta-feira ao negativo (-0,14%), encerrando o mês de outubro acumulando perda de 1,60% no intervalo, após retração de 3,08% ao longo de setembro. No ano, cede agora 3,33%.

      Assim, o Ibovespa se mantém em devolução parcial da alta de 6,54% em agosto, quando renovou máxima histórica no dia 28, no fechamento e no intradia, então na casa de 137 mil pontos.

      O desempenho negativo do bimestre setembro-outubro se contrapõe à série de avanços entre junho e agosto. Na máxima vista em 28 de agosto, o Ibovespa acumulava ganho de apenas 2,35% no ano, tendo em vista o patamar elevado de comparação, após ter fechado 2023 aos 134 mil pontos, com renovação de máxima histórica na penúltima sessão daquele ano.

      Em dólar, o Ibovespa chegou ao fim de outubro a 22.437,48 pontos, mês em que a moeda americana acumulou alta de 6,13%.

      Em 30 de setembro, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,21%, a R$ 5,4474, mas teve retração de 3,33% ao longo do mês.

      Combinando a variação nominal da moeda e da Bolsa em setembro, o Ibovespa em dólar chegou ao fim daquele mês a 24.198,04 pontos, um pouco acima do nível em que estava no fim de agosto, movido para cima pelo ajuste cambial no intervalo.

      No fechamento de agosto, com o dólar de volta à casa de R$ 5,63, o Ibovespa, na moeda americana, marcava 24.135,58, refletindo a queda de 0,36% acumulada pela referência monetária no mês e avanço de mais de 6% para o índice da Bolsa brasileira.

      No encerramento de julho, o índice da B3, em dólar, estava em 22.572,06, um pouco acima do nível do mês anterior, e ainda muito descontado.

      “Na sessão de hoje, o Ibovespa foi perdendo força ao longo do dia, com o dólar dando continuidade ao movimento de alta, em patamar já bastante elevado, o que coloca pressão adicional nas expectativas de inflação”, diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, destacando também que o setor financeiro se mostrou mais “pesado” na sessão, após a divulgação do balanço do Bradesco referente ao terceiro trimestre.

      Ibovespa B3
      (Imagem: Facebook/ B3)

      “Os resultados que as empresas têm entregue são majoritariamente positivos, em linha ou em alguns casos um pouco acima do esperado. Mas, de maneira geral, o mercado tem mostrado pouco apetite para tomar ativo que não esteja surpreendendo bastante”, diz o operador. Ele menciona, em especial, os casos de Bradesco – com resultado que “não veio tão ruim” – e WEG – com “resultados satisfatórios”, mostrando “crescimento praticamente em todas as linhas” -, empresas que divulgaram balanços trimestrais nos últimos dias.

      Além da expectativa para a próxima semana e da temporada de resultados corporativos no Brasil, os investidores seguem monitorando os dados econômicos dos Estados Unidos, às vésperas de nova reunião do Federal Reserve, nos dias 6 e 7.

      “Com os atuais dados sobre despesas de consumo pessoal (PCE) amplamente alinhados com as expectativas, e o importantíssimo índice trimestral de custo de emprego (ECI) continuando a cair para níveis pré-pandemia, o argumento para um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Fed em novembro foi ainda mais fortalecido”, aponta em nota Greg Wilensky, chefe de renda fixa dos EUA e gerente de portfólio na Janus Henderson. “Embora os dados de inflação do último mês tenham sido um pouco maiores do que o Federal Reserve gostaria, essa diferença não é grande o suficiente para que o Fed precise recalibrar significativamente as expectativas.”

      Na B3, as principais ações do Ibovespa operaram em baixa durante a maior parte da sessão, com destaque para perdas em Bradesco (BBDC3; BBDC4) ON (-3,41%) e PN (-4,39%), após os resultados trimestrais.

      O discurso do Bradesco não mudou, mas o humor do mercado sim, o que explica a reação negativa ao balanço do banco no terceiro trimestre deste ano, reporta o jornalista Matheus Piovesana, do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

      Os números confirmaram a recuperação da rentabilidade, mas de modo gradual. Em um cenário de juros mais altos e incertezas quanto aos rumos da economia, a mensagem foi menos aceita que nos balanços anteriores.

      O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões, alta de 13,1% em um ano e de 10,8% em um trimestre.

      O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, mas com composição diferente, em especial na combinação entre receitas com crédito e despesas com inadimplência.

      Bradesco
      (Imagem: Reprodução/André Torres)

      A sessão também foi negativa para Santander (SANB11), em baixa de 2,68%, na mínima do dia no fechamento, e para Itaú (ITUB4) (-0,65%, também no piso no encerramento) e BB (BBAS3) (-0,15%).

      Vale (VALE3) também encerrou o dia em baixa, de 0,66%, mas Petrobras (PETR3;PETR4) reagiu perto do fim, com a ON em alta de 0,46% e a PN, de 0,17%, no encerramento. Na ponta perdedora do Ibovespa nesta quinta-feira, Hypera (HYPE3) (-8,30%), CVC (CVCB3) (-5,09%), Pão de Açúcar (PCAR3) (-3,85%), MRV (MRVE3) (-3,49%) e Cogna (COGN3) (-3,42%), além das duas ações de Bradesco (BBDC3;BBDC4).

      No lado oposto, BRF (BRFS3) (+2,86%), CSN Mineração (CMIN3) (+2,31%), Marfrig (MRFG3) (+1,82%) e Azzas (AZZA3)(+1,33%).

      “Apesar de toda a expectativa para o rali de Natal na Bolsa, não consigo enxergar dessa forma, dado que temos praticamente contratados mais dois aumentos da Selic até o final do ano”, diz Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, referindo-se às reuniões do Copom programadas para a semana que vem e dezembro.

      Ele menciona também a falta de “discernimento” entre “gasto e investimento” que tem sido reiterada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos momentos em que a equipe econômica mostra a necessidade de reavaliar despesas para que se cumpra a meta fiscal.

      Olhando para fora, “a agenda da semana termina, amanhã, com o importante relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, de outubro. E há expectativa crescente de que Donald Trump venha a vencer a eleição da próxima terça, o que traz um elemento a mais de volatilidade para os preços dos ativos”, diz Ramon Coser, especialista em renda variável da Valor Investimentos.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Imagem de Lula

      A Polícia Nacional Bolivariana, da Venezuela, publicou em suas redes sociais uma foto com a bandeira do Brasil ao fundo e a silhueta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto com a mensagem: “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”.

      O recado, que não cita Lula diretamente, ocorre em meio ao esfriamento das relações entre o petista e a ditadura de Nicolás Maduro nas últimas semanas.

      “Nossa pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagens de ninguém, não somos colônia de ninguém”, diz a postagem.

      Na última quarta-feira, 30, Maduro convocou para consultas seu representante em Brasília, o embaixador Manuel Vicente Vadell em reação às declarações do ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência, que na véspera expôs detalhes do que definiu como “mal-estar” na relação do petista com o chavista.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Antigo aliado de Maduro e de seu antecessor Hugo Chávez, Lula distanciou-se do ditador venezuelano após diversas trocas de farpas sobre as eleições presidenciais venezuelanas em julho.

      O petista tem insistido que o processo eleitoral não foi transparente e, por isso, ainda não reconheceu os resultados. A crise escalou na semana passada quando o Brasil vetou a adesão da Venezuela como um dos membros-parceiros do Brics.

      A Venezuela buscava há meses ser membro ativo do bloco. Maduro viajou a Kazan, na Rússia, para se reunir com os parceiros do Brics e o presidente russo, Vladimir Putin, manifestou-lhe apoio Mas a adesão depende de consenso dos membros.

      Crise diplomática

      Em uma escalada na crise diplomática, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, decidiu na quarta-feira, dia 30, convocar para consultas seu representante em Brasília, o embaixador Manuel Vicente Vadell.

      Maduro reagiu às declarações do ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na véspera expôs detalhes do que definiu como “mal-estar” na relação do petista com o chavista.

      Além de chamar seu embaixador ao país, um gesto de repúdio na diplomacia, o regime venezuelano também fez outra manifestação de descontentamento ao convocar para uma reunião, na sede chancelaria em Caracas, o encarregado de negócios da embaixada brasileira, Breno Herman, o número dois na hierarquia, abaixo da embaixadora Glivânia Maria de Oliveira.

      Ela está em férias. O diplomata foi cobrado pelo chanceler venezuelano, Yván Gil. O Itamaraty informou que não vai comentar o caso.

      “Convocamos, hoje, o encarregado de negócios da República Federativa do Brasil para manifestar a nossa mais firme rejeição às recorrentes declarações de ingerência e grosserias de porta-vozes autorizados pelo governo brasileiro, em particular às oferecidas pelo assessor especial em Assuntos Externos, Celso Amorim, que se comportando mais como um mensageiro do imperialismo americano, dedicou-se de forma impertinente a emitir julgamentos de valor sobre processos que só pertencem aos venezuelanos e às suas instituições democráticas”, divulgou o regime de Maduro, em nota.

      O estopim foi o veto brasileiro ao ingresso da Venezuela no Brics, exercido na semana passada, durante a Cúpula de Líderes realizada em Kazan, na Rússia.

      Lula
      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Sessão de Abertura da Cúpula do Futuro, no Salão da Assembleia Geral, da Sede das Nações Unidas (ONU). Nova York – Estados Unidos (Imagem: Ricardo Stuckert / PR)

      Embora contasse com amplo apoio e patrocínio de russos, chineses e iranianos, Maduro passou pelo constrangimento de viajar até solo russo e ver a pretendida adesão ao Brics barrada pelo Brasil. Ele acusou o Itamaraty de traição.

      Amorim confirmou à Câmara dos Deputados que a delegação brasileira discordou da adesão da Venezuela como país parceiro, uma nova categoria para a qual foram convidados 13 países.

      O ex-ministro e principal conselheiro de Lula reputou a decisão do Brasil ao “mal-estar”. Ele disse que o governo brasileiro discorda que o regime de Caracas possa colaborar com o Brics agora, exercendo influência e demonstrando peso político e econômico “no momento”.

      Ele também disse que foi “totalmente desproporcional” a reação de representantes do chavismo, entre eles o próprio Maduro, que acusam o governo Lula de inimizade “injustamente”.

      O presidente vem sendo classificado, em reiteradas declarações públicas de próceres da ditadura chavista, como agente “imperialista” e “cooptado” pela agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA.

      Amigos de longa data, Lula e Maduro vivem sua pior fase na relação, desde o não reconhecimento da alegada vitória do chavista nas eleições de 28 de julho.

      Sem demonstrar provas do resultado de votação, as atas eleitorais, os órgãos eleitorais venezuelanos, controlados pelo chavismo, proclamaram Maduro como reeleito contra o opositor Edmundo González, que se exilou na Espanha.

      Antes, o governo Lula havia sido entusiasta da reabilitação política de Maduro e atuara como incentivador dos Acordos de Barbados, assinados com a oposição e sob observação internacional, para levantamento de sanções e a realização de eleições justas, livres e transparentes – o que foi descumprido pelo regime.

      Embora tenha dito que mantém com Maduro uma relação de “coleguismo”, Amorim afirmou aos deputados brasileiros nesta terça-feira, dia 29, que houve uma “quebra de confiança”, que o regime não cumpriu suas promessas e as eleições não foram transparentes.

      Nicolás Maduro
      Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (Imagem: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

      Ele reiterou que o governo Lula não reconhece a reeleição de Maduro e que os dois presidentes não se falaram mais – apesar de um pedido de telefonema vindo de Caracas.

      Amorim disse que o “mal-estar” poderia vir a se dissolver a depender de ações por parte de Caracas e que o Brasil ainda pretendia exercer um papel de mediação na crise política do país vizinho.

      Ele evitou classificar o regime como ditadura – embora não tenha o definido como democracia – em nome da tentativa de manter interlocução.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Petróleo

      O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 31, ainda suportado por inesperadas quedas nos estoques de petróleo bruto e gasolina dos EUA e relatos de que a Opep+ pode adiar um planejado aumento na oferta.

      Logo depois do ajuste de fechamento, circularam relatos de que o Irã prepara retaliação contra Israel, o que impulsionou as cotações no pregão eletrônico.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para novembro fechou em alta de 0,94% (US$ 0,65), a US$ 69,26 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,90% (US$ 0,65), a US$ 72,81 o barril. No mês, avançavam 3,52% e 2,90%, respectivamente

      O petróleo ampliou os ganhos registrados na quarta-feira, apoiado por relatos de que a Opep+ estuda adiar sua retomada de produção de óleo, marcada inicialmente para dezembro, em pelo menos um mês.

      E pela surpreendente queda dos estoques de petróleo nos Estados Unidos na semana encerrada no último dia 25

      Após o fechamento do pregão regular, os ativos ampliaram ganhos diante de notícias de que o Irã estaria se preparando para atacar Israel a partir do território do Iraque nos próximos dias, possivelmente antes da eleição presidencial nos EUA.

      Para novembro, dizem analistas da Rystad Energy, a eleição nos EUA é o evento mais importante, enquanto produtores de petróleo norte-americanos exploram os mercados de exportação no Leste, a Opep+ administra cortes de produção e espera uma rápida recuperação econômica na China.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      OCDE

      A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que o Brasil é o segundo país que mais recebeu fluxos de investimento estrangeiro direto (IED), atrás apenas dos Estados Unidos nos primeiros seis meses do ano, segundo relatório publicado nesta quinta-feira, 31.

      Na perspectiva global, o fluxo de IED se recuperou para US$ 802 bilhões no primeiro semestre de 2024.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      “Os fluxos de IED no Brasil permaneceram estáveis, pois os movimentos em empréstimos intraempresariais e maiores lucros reinvestidos compensaram uma diminuição nos fluxos de capital”, explica a OCDE.

      No documento, a OCDE menciona que os fluxos de IED para a China continuaram diminuindo, isso por conta do contexto de risco geopolítico e pela incerteza econômica do país.

      Na visão da organização, esses fatores impactam a confiança dos investidores estrangeiros.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Emprego, desocupação

      A taxa de desocupação caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024, recuando 0,5 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de abril a junho de 2024 (6,9%) e caindo 1,3 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (7,7%). Essa foi a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

      O número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação, isto é, a população desocupada, caiu para 7,0 milhões.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

      Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “a trajetória de queda da desocupação resultada da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas”.

      Indústria e Comércio puxam novo recorde da ocupação

      O número de trabalhadores do país subiu para 103,0 milhões, novo recorde da PNAD Contínua. Essa população ocupada cresceu 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, o equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.

      A Indústria e o Comércio foram os grupamentos de atividade que puxaram o aumento da ocupação no trimestre, com altas, respectivamente, de 3,2% e de 1,5% em seus contingentes.

      Juntos, esses dois grupamentos absorveram 709 mil trabalhadores, na comparação trimestral (416 mil da Indústria e 291 mil do Comércio). Além disso, a população ocupada no Comércio foi recorde, chegando a 19,6 milhões de pessoas. Os outros grupamentos mantiveram estabilidade na comparação trimestral.

      “O terceiro trimestre aponta para retenção ou crescimento de ocupados na maioria dos grupamentos de atividades. Em particular, a indústria registrou aumento do emprego com carteira assinada. Já no comércio, embora a carteira assinada também tenha sido incrementada, o crescimento predominante foi por meio do emprego sem carteira”, explica Adriana.

      Na comparação anual, sete grupamentos (Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços) aumentaram seu número de ocupados, enquanto dois (Alojamento e Alimentação e Serviços domésticos) mantiveram estabilidade. Somente a Agropecuária mostrou queda (-4,7%) na sua população ocupada.

      Setores privado e público têm recordes de trabalhadores

      O número de empregados do setor privado chegou a 53,3 milhões, novo recorde da série, com alta de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. O setor teve novos recordes no número de empregados com carteira de trabalho assinada (39,0 milhões) e sem carteira de trabalho (14,3 milhões).

      O trabalho com carteira neste setor cresceu 1,5% (mais 582 mil pessoas) no trimestre e 4,3% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano, enquanto o contingente de empregados sem carteira cresceu, respectivamente, 3,9% (mais 540 mil pessoas) e 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) nas mesmas comparações.

      Fachada da Previdência Social
      (Imagem: Agência Brasil/ Marcelo Casal Jr)

      Os empregados do setor público chegaram ao recorde de 12,8 milhões, mantendo o seu contingente estável no trimestre e crescendo 4,6% (mais 568 mil pessoas) no ano.

      Essa alta continua sendo puxada pelo grupo dos servidores sem carteira assinada, que cresceu 4,2% no trimestre e 9,1% no ano. O grupo dos militares e servidores estatutários ficou estável nas duas comparações.

      Rendimento fica estável no trimestre e cresce 3,7% no ano

      O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.227 no trimestre encerrado em agosto, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 3,7% quando comparado ao mesmo trimestre móvel de 2023.

      Já a soma das remunerações de todos os trabalhadores, que é a massa de rendimentos, chegou a R$ 327,7 bilhões, mantendo estabilidade no trimestre e subindo 7,2% na comparação anual.

      Mais sobre a pesquisa

      A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do país. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

      Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020.

      Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

      Consulte os dados da PNAD no Sidra. A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em outubro, será no dia 29 de novembro.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      BRF

      O Santander elevou a recomendação das ações da BRF (BRFS3) de “manutenção” para “compra”, ajustando o preço-alvo para 2025 de R$ 28 para R$ 32, mostra um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (31).

      Essa mudança reflete uma expectativa de retorno total de 32%, impulsionado por fortes exportações e uma estimativa de dividendos de aproximadamente R$ 3,1 bilhões para 2024. Os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata, responsáveis pelo relatório, apontam que a BRF deve encerrar o ano com uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,2 vez, mostrando uma melhora na estrutura financeira da empresa.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      As projeções de Ebitda ajustado da BRF para 2024 e 2025 foram revisadas para cima em 3% e 17%, respectivamente, alcançando aproximadamente R$ 11,2 bilhões para cada ano, valores 9% e 30% superiores ao consenso de mercado. No terceiro trimestre de 2024, a empresa já registrou um Ebitda ajustado de R$ 2,9 bilhões, impulsionado pelas exportações robustas, e a perspectiva para 2025 permanece favorável, sem previsão de grandes ofertas de frango no mercado que possam impactar os resultados.

      Além dos números operacionais, o relatório destaca a expectativa de uma distribuição robusta de dividendos para 2024. O Santander estima que a BRF deve destinar R$ 3 bilhões em dividendos, correspondendo a 60% do fluxo de caixa, beneficiando seus acionistas e reforçando o atrativo das ações.

      Com a Marfrig (MRFG3) detendo 51% da BRF, a combinação entre o ajuste a mercado dos ativos vendidos para a Minerva (BEEF3) e o desempenho financeiro forte pode resultar em cerca de R$ 1,6 bilhão em dividendos para os acionistas minoritários da Marfrig e da National Beef.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      Aquisição na Arábia Saudita

      Em uma movimentação estratégica para consolidar sua presença no mercado do Oriente Médio, a BRF anunciou nesta quinta-feira (31) a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, uma empresa saudita que atua no abate de frangos. As ações sobem aproximadamente 4% em reação à notícia.

      A transação, realizada por meio da BRF Arabia – joint venture da BRF com 70% de participação, enquanto os 30% restantes são da Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) –, marca um investimento de aproximadamente US$ 84,3 milhões. Desse valor, US$ 57,6 milhões serão aplicados diretamente na Addoha​.

      A operação, segundo o comunicado, representa um passo significativo na estratégia da empresa para fortalecer seu portfólio e expandir sua capacidade de produção local no mercado saudita, onde a BRF já possui um forte posicionamento por marcas reconhecidas.

      Para formalizar essa parceria, um acordo de acionistas será estabelecido, garantindo a participação da BRF na gestão da Addoha e a integração do know-how da companhia e da HPDC. Esse investimento não apenas amplia o portfólio da BRF no Oriente Médio, mas também reforça seu compromisso com a segurança alimentar da Arábia Saudita, um tema central para o governo do país​.

      O BTG Pactual, em análise sobre o negócio, destacou que a aquisição reforça a competitividade da BRF no mercado saudita, uma vez que o governo vem promovendo políticas de incentivo à produção local de alimentos, em detrimento das importações.

      Os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla veem a expansão da capacidade de produção local como essencial para a manutenção da relevância e liderança de mercado da BRF em uma região onde o espaço nas prateleiras é determinante para o crescimento e a valorização de uma marca.

      Estratégia de crescimento

      Além disso, o banco vê o movimento como um sinal positivo de que a BRF está retomando sua estratégia de crescimento após um período de baixa nos investimentos. Esse é um avanço importante para a empresa, que recentemente conseguiu recuperar suas margens e agora planeja expandir sua capacidade produtiva, especialmente no setor avícola, um dos mais competitivos​.

      O mercado de frango na Arábia Saudita, onde a BRF já é líder, é caracterizado por uma demanda crescente e pela busca por autossuficiência alimentar. A Addoha, que atualmente possui uma capacidade anual de produção de 45 milhões de aves, planeja expandir para 65 milhões até o primeiro trimestre de 2025 e para 120 milhões até 2030.

      Segundo estimativas do BTG Pactual, essa aquisição adicionará cerca de 4% à capacidade total de produção, uma vez que a empresa produz mais de 1,7 bilhão de aves por ano. Essa expansão possibilita a empresa acompanhar o crescimento do mercado saudita e reforçar sua posição diante de uma concorrência que deve se intensificar nos próximos anos​.

      O BTG Pactual aponta que, agora, com margens em níveis históricos, o futuro da BRF depende de sua habilidade em retomar o crescimento. A decisão de adquirir uma fatia significativa da Addoha é vista como um reflexo desse compromisso em maximizar o valor da empresa no longo prazo. Além disso, o banco acredita que essa estratégia deverá se refletir em um aumento dos planos de capital da BRF para 2025, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores de frango no Oriente Médio, uma região estratégica para a companhia.

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Banco da China

      O Banco do Povo da China (PBoC) injetou cerca de US$ 70 bilhões em liquidez no sistema financeiro do país através de uma nova ferramenta política este mês, parte dos esforços de Pequim para reforçar a economia.

      O PBoC conduziu 500 bilhões de yuans em operações de recompra reversa definitivas durante o mês, informou em comunicado nesta quinta-feira, 31. Foi a primeira vez que o banco usou a ferramenta para gerenciar a liquidez desde seu lançamento no início desta semana.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      O BC do país também disse que comprou 200 bilhões de yuans líquidos em títulos do Tesouro em outubro, marcando o terceiro mês consecutivo de compras líquidas.

      O banco central liberou este mês 700 bilhões de yuans em dinheiro para o sistema bancário da China através dos dois instrumentos, aproveitando os seus esforços anteriores de flexibilização monetária em setembro para estimular a economia.

      Nesta quinta-feira, a principal revista do Partido Comunista, Qiushi, publicou um discurso feito em maio pelo presidente chinês, Xi Jinping, sobre o emprego que, segundo os analistas, sugere que o mercado de trabalho será uma área-chave de foco para o governo.

      “Este artigo indica que o problema do desemprego chamou a atenção do governo como uma questão de alta prioridade a ser abordada”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Gastos

      A MCM Consultores divulgou, nesta quinta-feira (31), uma análise aprofundada da situação fiscal brasileira e do governo Luiz Inácio Lula da Silva, destacando a trajetória recente e as perspectivas para os próximos anos. O levantamento aponta que, embora o ajuste fiscal previsto para 2024 seja um passo na direção da contenção de gastos, ele ainda se mostra tímido frente ao recente expansionismo.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Para ilustrar, a MCM compara o cenário fiscal com uma subida de escadas: em 2023, o país avançou “22 degraus” em expansão fiscal, mas deve recuar apenas “7 degraus” em 2024. Essa metáfora ressalta o caráter modesto do ajuste, uma vez que o recuo não é suficiente para neutralizar o forte impulso expansionista observado anteriormente.

      O estudo divide a análise fiscal em dois parâmetros principais, chamados de “impulso fiscal estrutural” e “impulso fiscal agregado”. Ambos servem para medir o impacto da política fiscal sobre a sustentabilidade das contas públicas e sobre a demanda econômica.

      Em 2023, o impulso fiscal estrutural foi extremamente expansionista, visto como “colossal”, alcançando 2,2% do PIB potencial, influenciado por medidas como a PEC da transição, que expandiu permanentemente o regime fiscal. Em contraste, para 2024, a MCM projeta um impulso fiscal estrutural ligeiramente contracionista, de -0,7% do PIB potencial.

      Esse pequeno ajuste – comandado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – é impulsionado principalmente por eventos extraordinários de arrecadação que não se repetirão nos próximos anos. Assim, segundo a MCM, embora o ajuste ocorra, ele é insuficiente para compensar os aumentos permanentes de despesas implementados recentemente.

      Impulsos fiscais do governo Lula

      Gráfico 4555
      (Imagem: MCM Consultores)

      Ajuste temporário

      No curto prazo, o cenário para 2024 é de um leve alívio na pressão sobre as contas públicas. Contudo, a MCM destaca que grande parte do ajuste deste ano se deve a fatores temporários e não a uma reestruturação sólida das despesas do governo.

      A análise sugere que a receita temporária, como arrecadações extraordinárias, contribui para reduzir o déficit, mas não representa um ajuste estrutural que possa sustentar o equilíbrio fiscal a longo prazo. Isso se torna particularmente relevante à medida que se aproxima o período eleitoral de 2026, que traz consigo a possibilidade de novas pressões para aumento de despesas.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      A consultoria aponta que as perspectivas para o período pós-2025 são marcadas por incertezas, em especial pela proximidade das eleições de 2026, que tradicionalmente geram impulsos fiscais expansionistas. Esse fenômeno é comum em ciclos eleitorais, nos quais o governo tende a adotar medidas que possam ser interpretadas como benefícios sociais, mas que pressionam a dívida pública.

      Além disso, a necessidade de incluir o pagamento integral dos precatórios dentro do teto de gastos até 2027 representa mais um desafio fiscal. A MCM sugere que essa obrigação pode resultar em uma flexibilização do arcabouço fiscal ou em novas adaptações legislativas para acomodar esses pagamentos, o que pode gerar uma janela de expansão fiscal semelhante ao que foi feito com a PEC de transição​.

      Juros mais altos

      Outro ponto destacado é o risco de que o orçamento pós-2025 possa incluir medidas adicionais que aumentem os gastos, comprometendo ainda mais a trajetória fiscal. Esse cenário não só pressiona as contas públicas, mas também afeta a confiança dos investidores, o que pode levar a ajustes nas projeções de crescimento e de inflação.

      MCM alerta que esses impulsos fiscais, se confirmados, poderão impactar variáveis como o juro neutro e as expectativas de inflação, uma vez que medidas de expansão fiscal tendem a estimular a demanda agregada, o que, em um cenário de crescimento aquém do esperado, pode resultar em pressões inflacionárias adicionais.

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      BRF Sadia

      Em uma movimentação estratégica para consolidar sua presença no mercado do Oriente Médio, a BRF (BRFS3), uma das principais empresas de alimentos do Brasil, anunciou nesta quinta-feira (31) a aquisição de 26% da Addoha Poultry Company, uma empresa saudita que atua no abate de frangos. As ações sobem aproximadamente 4% em reação à notícia.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      A transação, realizada por meio da BRF Arabia – joint venture da BRF com 70% de participação, enquanto os 30% restantes são da Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) –, marca um investimento de aproximadamente US$ 84,3 milhões. Desse valor, US$ 57,6 milhões serão aplicados diretamente na Addoha​.

      A operação, segundo o comunicado, representa um passo significativo na estratégia da empresa para fortalecer seu portfólio e expandir sua capacidade de produção local no mercado saudita, onde a BRF já possui um forte posicionamento por marcas reconhecidas.

      Para formalizar essa parceria, um acordo de acionistas será estabelecido, garantindo a participação da BRF na gestão da Addoha e a integração do know-how da companhia e da HPDC. Esse investimento não apenas amplia o portfólio da BRF no Oriente Médio, mas também reforça seu compromisso com a segurança alimentar da Arábia Saudita, um tema central para o governo do país​.

      O BTG Pactual, em análise sobre o negócio, destacou que a aquisição reforça a competitividade da BRF no mercado saudita, uma vez que o governo vem promovendo políticas de incentivo à produção local de alimentos, em detrimento das importações.

      Os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla veem a expansão da capacidade de produção local como essencial para a manutenção da relevância e liderança de mercado da BRF em uma região onde o espaço nas prateleiras é determinante para o crescimento e a valorização de uma marca.

      Estratégia de crescimento

      Além disso, o banco vê o movimento como um sinal positivo de que a BRF está retomando sua estratégia de crescimento após um período de baixa nos investimentos. Esse é um avanço importante para a empresa, que recentemente conseguiu recuperar suas margens e agora planeja expandir sua capacidade produtiva, especialmente no setor avícola, um dos mais competitivos​.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      O mercado de frango na Arábia Saudita, onde a BRF já é líder, é caracterizado por uma demanda crescente e pela busca por autossuficiência alimentar. A Addoha, que atualmente possui uma capacidade anual de produção de 45 milhões de aves, planeja expandir para 65 milhões até o primeiro trimestre de 2025 e para 120 milhões até 2030.

      Segundo estimativas do BTG Pactual, essa aquisição adicionará cerca de 4% à capacidade total de produção, uma vez que a empresa produz mais de 1,7 bilhão de aves por ano. Essa expansão possibilita a empresa acompanhar o crescimento do mercado saudita e reforçar sua posição diante de uma concorrência que deve se intensificar nos próximos anos​.

      O BTG Pactual aponta que, agora, com margens em níveis históricos, o futuro da BRF depende de sua habilidade em retomar o crescimento. A decisão de adquirir uma fatia significativa da Addoha é vista como um reflexo desse compromisso em maximizar o valor da empresa no longo prazo. Além disso, o banco acredita que essa estratégia deverá se refletir em um aumento dos planos de capital da BRF para 2025, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores de frango no Oriente Médio, uma região estratégica para a companhia.

      Veja o comunicado da BRF

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Kepler Weber

      A Kepler Weber (KEPL3), líder no mercado de equipamentos para armazenagem de grãos, registrou queda de 10,4% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2024, totalizando R$ 59,6 milhões, em comparação com R$ 66,6 milhões em igual período do ano anterior.

      A receita líquida cresceu 8,2%, alcançando R$ 439,1 milhões, ante R$ 405,6 milhões um ano antes, relatou a empresa na quarta-feira, 30, depois do fechamento do mercado financeiro.

      O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do trimestre atingiu R$ 97,6 milhões, com margem de 22,2%, representando um crescimento de 21% frente aos R$ 80,7 milhões e margem de 19,9% registrados no terceiro trimestre de 2023.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      “Ambos os indicadores permaneceram em patamares saudáveis, evidenciando a eficácia da nossa estratégia operacional e a robustez do nosso modelo de negócio”, disse a mensagem da administração.

      “Ao longo dos últimos anos, a diversificação de segmentos tem se mostrado cada vez mais assertiva, com resultados expressivos, como ocorreu com Negócios Internacionais. Julho foi o melhor mês da história da companhia em vendas para outros países, totalizando R$ 43 milhões”, comentou o CEO da Kepler Weber, Bernardo Nogueira, em nota.

      O segmento de Fazendas registrou seu melhor resultado do ano, com receita líquida de R$ 141,8 milhões no trimestre, leve queda de 2,7% na comparação anual.

      “Esse resultado destaca a resiliência da companhia e sua capacidade de manter uma performance positiva, mesmo diante dos desafios enfrentados pelos agricultores”, pontuou a mensagem.

      A Agroindústrias alcançou R$ 156,6 milhões em receita líquida no trimestre, avanço de 1,6%.

      Segmento Kepler

      A Kepler Weber reforça que “o impulso das agroindústrias da região Sul do país que após anos de desafios causados pela escassez hídrica e condições produtivas adversas, voltaram a investir fortemente”.

      Em Negócios Internacionais, a receita líquida aumentou 63,6%, para R$ 51,2 milhões.

      Kepler Weber
      (Imagem: Divulgação/ Kepler Weber)

      No segmento de Portos e Terminais, a receita líquida foi de R$ 17,4 milhões no terceiro trimestre de 2024, número cinco vezes maior em comparação ao mesmo período de 2023.

      Segundo a Kepler Weber, o resultado “reflete a solidez de três projetos em fase de implantação na região do Matopiba, Bioma do Cerrado que compreende 4 Estados, sendo dois destinados a grãos e um a fertilizantes”.

      No segmento de Reposição e Serviços, houve aumento de 1,1% na receita, para R$ 72,1 milhões.

      A empresa encerrou o trimestre com caixa de R$ 457,9 milhões e distribuiu R$ 30 milhões em dividendos intermediários em julho de 2024 e R$ 15,4 milhões em juros sobre capital próprio em agosto. No mercado acionário, as ações apresentaram desvalorização de 8,9% em relação a dezembro de 2023, com liquidez média diária de R$ 10,3 milhões em setembro.

      Veja o documento:

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Banco do Brasil BB Seguridade BBSE3

      O Safra elevou sua recomendação para as ações da BB Seguridade (BBSE3) para “outperform”, destacando a oportunidade de valorização das ações e o perfil defensivo da empresa em meio ao ambiente de alta de juros.

      A análise, assinada por Daniel Vaz, Silvio Dória e Maria Luisa Guedes, ressalta uma série de fatores positivos que sustentam essa mudança, incluindo a melhora nas perspectivas do segmento rural e uma expectativa de crescimento de lucros para 2025.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Com um novo preço-alvo de R$ 43, a corretora aponta um potencial de alta de 25% sobre o preço atual da ação, que estava em R$ 34,50 no fechamento.

      Impacto positivo dos juros

      O Safra destacou que a normalização das chuvas nas regiões produtoras do Brasil deve beneficiar a BB Seguridade ao longo do último trimestre de 2024, especialmente no segmento de seguros rurais. Esse setor vinha enfrentando desafios devido às condições climáticas irregulares, que afetaram o ritmo de concessão de crédito agrícola e a captação de prêmios de seguros. Com a retomada da normalidade climática, a expectativa é de que o volume de prêmios captados aumente, impulsionando os resultados da companhia.

      Além disso, o cenário de juros altos no Brasil tem favorecido a BB Seguridade, pois cada aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic gera um impacto positivo estimado de R$ 100 milhões no lucro líquido da empresa, segundo o relatório do Safra.

      Dividendos

      O Safra revisou para cima suas estimativas de lucro para 2024 e 2025, com previsões de R$ 7,86 bilhões e R$ 8,52 bilhões, respectivamente, um crescimento anual de cerca de 8%. Esse desempenho deve superar as projeções do Banco do Brasil (BBAS3), que é o controlador da BB Seguridade e possui estimativas de crescimento de 6% no mesmo período.

      O banco acredita que esse crescimento de lucros oferece uma margem confortável para a geração de valor aos acionistas, mesmo com previsões conservadoras de crescimento de prêmios, limitadas a 5% ao ano no total e 3% no segmento rural.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      Com uma expectativa de dividend yield de cerca de 11% para 2025, a BB Seguridade continua a se destacar como uma opção atrativa para investidores que buscam retornos consistentes. Segundo o relatório, a empresa deve manter uma política de distribuição de dividendos robusta, o que, aliado à potencial valorização das ações, fortalece sua posição como uma ação atraente no setor financeiro.

      O Safra utilizou um modelo de Desconto de Dividendos (DDM) para calcular o preço-alvo de R$ 43 por ação, considerando uma taxa de retorno exigida (Ke) de 14,8%, que leva em conta uma taxa livre de risco de 10,5%, um prêmio de risco de 5% e um beta de 0,85.

      Esse preço-alvo implica um potencial de valorização de 25% em relação ao valor de mercado atual. A corretora destacou que a BB Seguridade está sendo negociada a um múltiplo de 8,1 vezes o preço sobre o lucro (P/E) para 2025, alinhado à sua média histórica de 10 anos, reforçando o valor atrativo da ação para o longo prazo.

      A análise também menciona que, embora o custo de serviços no canal de bancassurance (corretagem de seguros bancários) possa aumentar devido a renovações contratuais, o Safra assumiu uma redução conservadora no Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de longo prazo para 45%, enquanto o retorno atual gira em torno de 80%. Mesmo com essa redução, o retorno ainda se compara favoravelmente a concorrentes como a Caixa Seguridade, que opera com um ROE consolidado de aproximadamente 60%.

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Bradesco Prime

      O Bradesco (BBDC3;BBDC4) lançará nesta quinta-feira, 31, o novo segmento dedicado ao público de alta renda, que vem sendo estruturado desde o começo deste ano.

      O objetivo do banco é atender a clientes que hoje ficam na “ponta alta” do Prime, marca que atende à parcela mais afluente do varejo pessoa física.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      De acordo com o banco, o novo segmento foi estruturado a partir de pesquisas e entrevistas com clientes, além de exemplos internacionais.

      Ele terá escritos de relacionamento localizados em regiões escolhidas pelo perfil econômico e pelo potencial de negócios.

      A marca do novo segmento ainda não foi informada pelo banco. “Nossa proposta é estar ao lado dos clientes em todas as etapas dessa escalada.

      Não é uma corrida de impacto imediato, mas uma caminhada com avanços graduais e duradouros”, disse em nota o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha.

      De acordo com ele, o novo atendimento incorporará três “desafios” da vida financeira dos clientes: conquistar patrimônio, obter rentabilidade com segurança e usufruir dos recursos.

      A criação do novo segmento é parte do plano estratégico anunciado por Noronha em fevereiro, e que pretende modernizar o Bradesco para tornar o banco mais competitivo em todas as frentes de atuação.

      Além disso, o novo posicionamento acontece em um contexto de fortalecimento das franquias de alta renda de concorrentes como o Itaú Unibanco (ITUB4) e o Santander Brasil (SANB11), e de esforços das fintechs para conquistar a fidelidade desse público, que se concentra nos grandes bancos.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, durante a Apresentação do Plano Operacional para o G20

      A população do Rio de Janeiro enfrentará um cenário diferente durante o “superferiado” de 15 a 20 de novembro, período que abrange o G20 Social e a Cúpula de Líderes do G20. A partir do dia 14 de novembro, as ruas da cidade começarão a sentir os efeitos das restrições e do esquema especial de segurança montado para o evento, como anunciou o prefeito Eduardo Paes em coletiva nesta quinta-feira (31).

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Ao longo da semana do G20, o Rio não terá apenas os tradicionais feriados da Proclamação da República (15) e da Consciência Negra (20). Haverá também feriados adicionais nos dias 18 e 19 de novembro, período de maior movimentação das delegações, com líderes de mais de 50 países e organismos internacionais se reunindo na cidade.

      “Os cariocas estão acostumados com a realização de grandes eventos internacionais, mas é importante alertar que a partir do dia 14 de novembro já teremos coisas acontecendo na nossa cidade”, comentou Paes, enfatizando que as atividades preparatórias e a movimentação nas ruas exigirão planejamento dos moradores.

      A principal mudança na rotina do Rio será observada na região da orla e no Aterro do Flamengo, onde não haverá o fechamento das pistas para lazer entre os dias 15 e 20 de novembro. Os feriados adicionais não afetam certos setores essenciais, como comércio de rua, bares e restaurantes, padarias, hotéis, shoppings, pontos turísticos, saúde e segurança, que continuarão operando normalmente.

      G20 Social

      A programação do “superferiado” inicia-se com o G20 Social, um encontro de líderes da sociedade civil, além do Festival da Aliança Global e do U20, encontro mundial de prefeitos. Esses eventos, realizados na região entre a Praça Mauá e o Boulevard Olímpico, estarão abertos ao público, mas o acesso será controlado e limitado a três entradas específicas, com segurança reforçada. Não será exigido credenciamento, porém a Prefeitura recomenda o uso do VLT, devido ao fechamento de algumas estações próximas, para que o público evite congestionamentos e tenha acesso facilitado.

      A previsão é que o G20 Social atraia cerca de 40 mil pessoas por dia para a zona portuária, com o auge dos debates, concentrados no Espaço Kobra, reunindo representantes de organizações civis até o dia 16. O Festival da Aliança Global também movimentará a área com shows gratuitos de grandes artistas brasileiros, incluindo Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho e Maria Rita, das 18h às 0h.

      Cúpula de líderes

      O ponto alto do evento será a Cúpula de Líderes, que ocorrerá no Museu de Arte Moderna (MAM). De acordo com a Prefeitura, cada uma das 55 delegações internacionais se deslocará em média com seis veículos e batedores, o que deve impactar significativamente o tráfego nas principais vias de acesso, como a Linha Vermelha, Avenida Brasil e Linha Amarela. “A gente pede que as pessoas evitem essas rotas a partir do domingo, dia 17 de novembro, quando boa parte das delegações chega ao Aeroporto Internacional do Galeão”, alertou o prefeito.

      Nos dias 18 e 19 de novembro, o fluxo de delegações entre hotéis e o MAM afetará a mobilidade em bairros da zona sul e Barra da Tijuca, principalmente na orla de São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Flamengo. O Aterro do Flamengo estará bloqueado ao trânsito comum, e apenas as passagens subterrâneas serão acessíveis para pedestres, enquanto as passarelas permanecerão fechadas.

      Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, no Rio de Janeiro
      Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, no Rio de Janeiro (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

      Mudanças no aeroporto

      Dada a proximidade do Aeroporto Santos Dumont com o MAM, o prefeito também sugeriu a transferência dos voos do aeroporto para o Galeão nos dias 18 e 19, medida ainda em fase de confirmação pelas autoridades federais. Paes destacou que essa mudança reduziria o impacto no tráfego e garantiria maior segurança para as autoridades estrangeiras.

      <<< Veja como transformar seus gastos em milhas e lucros! >>>

      Além disso, o prefeito demonstrou confiança na decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), medida que permitirá a atuação das Forças Armadas na cidade durante o período de eventos, reforçando o esquema de segurança já montado em cooperação com o governo do estado.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      Legado

      Como parte dos preparativos, a Prefeitura do Rio realizou uma extensa revitalização no MAM e seus arredores, entregando oficialmente o espaço ao governo federal nesta quarta-feira (30). O projeto, com investimento de R$ 32 milhões, incluiu reformas internas no museu e na área externa do Parque do Flamengo, além de melhorias no paisagismo, supervisionadas pelo escritório de Roberto Burle Marx. A revitalização representa a maior intervenção na região nos últimos 25 anos, e o prefeito ressaltou que esse legado “reforça a imagem do Rio como uma cidade inspiradora para as tomadas de decisão”.

      Entre as principais reformas, destaca-se a modernização do Bloco de Exposições, do sistema elétrico e hidráulico, além da instalação de nova iluminação externa. O Bloco Escola, histórico centro de educação e pesquisa em arte, também foi reformado e deve retomar atividades em 2025, integrando um programa educativo. A Cinemateca do MAM, com novo projetor e sistema de som, reforçará o papel cultural do museu, que abrigará mais de 16 mil obras em exibição permanente.

      A área ao redor do MAM também passou por mudanças estruturais, incluindo a instalação de luminárias de LED, recuperação do mobiliário urbano e das calçadas de pedras portuguesas originais. As intervenções visam a segurança e a valorização do espaço público, e a criação de um boulevard exclusivo para pedestres e ciclistas próximo ao museu promete ser um ponto de destaque na integração entre o Aeroporto Santos Dumont e o Parque do Flamengo.

      Outro legado do G20 é a recomposição dos jardins projetados por Burle Marx, que passaram por um mapeamento técnico para a restauração das plantas originais. No Jardim de Ondas e nos jardins aquáticos, foram implementadas melhorias, como a impermeabilização do lago e a recuperação dos chafarizes, valorizando a estética do projeto paisagístico. A revitalização do entorno do MAM será, assim, uma herança para os cariocas e visitantes, com reabertura do espaço prevista para janeiro de 2025, quando o museu e seus jardins oferecerão uma programação cultural gratuita e acessível.

      (Com Agência Brasil e Prefeitura do Rio de Janeiro)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Magazine Luiza, Ibovespa

      O Grupo Magazine Luiza (MGLU3) anunciou nesta quinta-feira, 31, o lançamento da Magalog, uma empresa de logística.

      Formada pela consolidação dos ativos logísticos do grupo e suas aquisições, a Magalog, que conta com um faturamento inicial acima de R$ 3 bilhões e uma carteira de 70 clientes, incluindo o próprio Magazine Luiza.

      A estrutura da Magalog inclui 21 centros de distribuição, dois hubs nacionais, 20 hubs regionais, 153 bases operacionais parceiras, e um total de 6 mil veículos utilizados diariamente.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      A empresa conta com 9 mil colaboradores em regime CLT e mais de 3,5 mil colaboradores parceiros.

      Segundo a companhia, a Magalog tem capacidade para realizar entregas em 3.800 municípios brasileiros, o que representa 95% do PIB nacional.

      A empresa também oferece entregas ultrarrápidas, em até duas horas, em 139 municípios. Nos últimos seis anos, o Grupo investiu aproximadamente R$ 1 bilhão em logística.

      Em nota, Márcio Chammas, diretor-executivo da Magalog, destacou a missão da empresa de aumentar a capacidade logística do Magalu, reduzindo prazos de entrega e melhorando o nível de serviço.

      A empresa visa transformar um centro de custo em uma operação geradora de receita para o Grupo, reunindo ativos de empresas adquiridas e investimentos feitos ao longo de 60 anos.

      Magazine Luiza
      (Imagem: Reprodução/ Youtube do Magazine Luiza)

      Além de Magazine Luiza, hoje a Magalog atende clientes como Netshoes, Época Cosméticos, KaBuM!, Centauro, entre outros, e se destaca em segmentos como pet, artigos esportivos, eletrônicos, linha branca e móveis.

      Os serviços oferecidos pela Magalog abrangem armazenagem e fulfillment, entrega ultrarrápida, entrega rápida leve e entrega rápida pesada.

      Estes serviços cobrem desde a gestão de estoques até a entrega de produtos, utilizando uma rede de centros de distribuição, parceiros e veículos, além de uma plataforma proprietária para entregas ultrarrápidas.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      (Com Estadão Conteúdo)

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Bradesco

      O Bradesco (BBDC3; BBDC4) apresentou os resultados do terceiro trimestre de 2024 com um desempenho geral positivo, especialmente no que se refere à gestão de crédito e ao aumento das receitas com serviços e seguros.

      O banco registrou um lucro líquido de R$ 5,2 bilhões, representando um aumento de 11% em relação ao trimestre anterior e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 12,4%. As ações operam queda de aproximadamente 3% após a apresentação do resultado.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      Embora as receitas tenham superado as expectativas de alguns analistas, o impacto de um aumento na alíquota de imposto sobre o lucro acabou limitando ligeiramente o resultado, conforme destacaram os relatórios do Itaú BBA, Ativa e Safra, divulgados a clientes nesta quinta-feira (31).

      Carteira de crédito

      A carteira de crédito do Bradesco alcançou R$ 944 bilhões, com um crescimento de 4% em relação ao segundo trimestre e de 8% ano a ano. A expansão foi impulsionada pelos empréstimos pessoais (+6%) e imobiliários (+3%), além do segmento de veículos (+4%) e crédito rural (+17%).

      No setor corporativo, as pequenas e médias empresas (PMEs) lideraram o crescimento, com um aumento de 5% no trimestre, o que destaca o foco em clientes de maior renda e menor risco. Essa abordagem foi refletida na melhoria da qualidade dos ativos, com a taxa de inadimplência acima de 90 dias recuando para 4,2%, uma queda de 10 pontos-base (bps) em relação ao trimestre anterior​.

      A Ativa ressaltou que a gestão de provisões do Bradesco também foi eficiente, com uma redução de 2% no custo do crédito em relação ao trimestre anterior e 22% ano a ano, atingindo R$ 7,1 bilhões. A cobertura de provisões se manteve em 169%, o que proporcionou maior segurança para o banco diante de um cenário macroeconômico incerto​.

      Margem financeira

      A margem financeira do banco registrou uma leve alta de 3% em relação ao trimestre anterior, impulsionada principalmente pelo aumento da carteira de crédito e pela recuperação de crédito. No entanto, o spread médio das operações caiu, influenciado pela concentração em clientes de menor risco, o que impactou a expansão das margens.

      Essa estratégia de originação focada em clientes de renda mais alta e em PMEs de médio porte ajudou a Bradesco a expandir sua margem de intermediação financeira ajustada pelo risco em 10 bps. A NII (margem de intermediação financeira) cresceu 7% após deduzido o custo de crédito, refletindo uma recuperação gradual em relação aos trimestres anteriores.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      As receitas com serviços, por sua vez, apresentaram um crescimento sólido de 6% no trimestre, destacando-se as rendas provenientes de cartões, administração de fundos e consórcios. A receita com cartões foi um dos pontos fortes do trimestre, com aumento de 9% em relação ao segundo trimestre, impulsionado pela ampliação da participação na Cielo e pelo crescimento nas transações com cartão de crédito​.

      Seguros e custos

      A área de seguros do Bradesco também registrou desempenho positivo, com receita total de R$ 5 bilhões, um aumento de 9% em relação ao trimestre anterior. O segmento de seguros de saúde apresentou lucro 10% superior ao trimestre anterior, enquanto a área de seguros de vida e previdência recuou ligeiramente devido a ajustes realizados no trimestre anterior. Os segmentos de automóveis e outros também registraram uma alta expressiva de 76% no trimestre, reforçando a contribuição da área de seguros para os resultados consolidados do banco​.

      Em relação às despesas operacionais, o Bradesco conseguiu controlar os gastos, com um aumento de 2% em comparação ao trimestre anterior. A incorporação da Cielo teve impacto nos custos, especialmente nas despesas de marketing e com pessoal, mas a eficiência operacional melhorou 40 bps no trimestre, atingindo um índice de 48,6%. A Ativa observou que, mesmo com o crescimento das despesas, o banco manteve-se dentro da faixa projetada para o ano, demonstrando disciplina no controle de custos​.

      Perspectivas

      Os analistas mantêm uma visão otimista em relação ao banco, destacando o bom desempenho operacional e o potencial de expansão da rentabilidade nos próximos trimestres. O Safra classificou o banco como neutro, mas destacou o compromisso do Bradesco em equilibrar crescimento com uma postura conservadora em relação ao risco, especialmente em um contexto de incertezas regulatórias em 2025.

      A Ativa e o Itaú BBA, por sua vez, mantiveram a recomendação de compra para a ação, com um preço-alvo em torno de R$ 17, destacando que o banco deve continuar apresentando melhora gradual em suas métricas de rentabilidade e eficiência​.

      Veja o comunicado do Bradesco

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram
      Ambev

      A Ambev (ABEV3) registrou resultados mistos no terceiro trimestre de 2024, com crescimento moderado nas receitas, mas enfrentando desafios significativos no mercado brasileiro de cervejas devido à intensa concorrência da Cervejaria Petrópolis. As análises de BTG Pactual e XP Investimentos destacam que a Ambev teve um aumento de 5% na receita líquida, alcançando R$ 22,1 bilhões, e um crescimento de 7% no Ebitda, que totalizou R$ 7 bilhões. No entanto, a margem Ebitda caiu ligeiramente para 31,7%, enquanto o lucro por ação foi de R$ 0,22, abaixo das expectativas.

      Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday

      O segmento de cervejas no Brasil, que representa quase metade do Ebitda da Ambev, registrou crescimento de volume de apenas 0,6% em relação ao mesmo período de 2023. A Ambev sofreu pressões de preços e perdas de participação de mercado em marcas tradicionais, como Skol, em meio à “guerra” de preços com a Petrópolis.

      O BTG Pactual observou que a participação de mercado da Ambev caiu para o menor nível em três anos, atribuída à postura agressiva da concorrente, que ampliou descontos e ocupou espaço de mercado, especialmente em produtos mais acessíveis. Embora as marcas premium da Ambev tenham crescido mais de 20%, isso não foi suficiente para compensar as perdas de participação de marcas principais.

      A Petrópolis, que vem se recuperando após enfrentar dificuldades nos últimos anos, intensificou a competição com a Ambev no segmento de cervejas populares, aumentando o investimento em promoções e descontos. O BTG Pactual relatou que a Ambev aumentou o nível de descontos no Brasil para o mais alto desde a pandemia, como resposta à concorrência direta da Petrópolis, o que pressionou suas margens e impediu uma expansão significativa do faturamento médio por hectolitro, que cresceu apenas 2,6%.

      A XP Investimentos destacou que, apesar dos desafios no mercado doméstico, a Ambev continua apostando em sua plataforma digital BEES para fortalecer o relacionamento com clientes. Essa plataforma teve um crescimento relevante, permitindo à Ambev melhorar o acompanhamento das preferências dos consumidores e otimizar a gestão de pedidos. No entanto, os analistas da XP apontam que, embora a BEES seja promissora, ainda há um longo caminho para recuperar a competitividade das marcas tradicionais.

      O BTG também comentou sobre o impacto da concorrência com a Petrópolis na estratégia de precificação da Ambev. A empresa precisou adotar uma postura defensiva, reduzindo os preços em alguns segmentos para evitar a perda de consumidores, mas isso gerou pressões adicionais nas margens de lucro. O banco ressaltou que a Petrópolis, com uma estratégia de “agressividade de preços”, ainda pode enfrentar desafios para manter sua posição a longo prazo, mas no curto prazo, essa abordagem afetou diretamente a Ambev, levando-a a adotar estratégias de descontos para manter sua base de consumidores.

      Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

      Nos demais mercados, a Ambev teve resultados variados. Na América Latina Sul, especialmente na Argentina, a alta inflação e as flutuações cambiais prejudicaram o consumo, resultando em uma queda de 15% nos volumes. Já na América Central e Caribe, a empresa conseguiu compensar a queda nos volumes com aumentos de preços, garantindo margens melhores. No Canadá, a Ambev registrou crescimento moderado, mantendo a margem de lucro estável.

      Para conter os efeitos de um cenário de baixa expectativa de crescimento no Brasil, a Ambev anunciou um novo programa de recompra de ações, no valor de R$ 2 bilhões. Segundo a XP Investimentos, essa ação pode ser uma tentativa de aumentar o retorno aos acionistas e aliviar as preocupações sobre a estrutura de capital da empresa. No entanto, tanto o BTG quanto a XP mantêm uma posição cautelosa em relação às ações da Ambev, argumentando que, sem uma narrativa de crescimento clara, é difícil justificar uma valorização significativa.

      O BTG Pactual concluiu que, embora a Ambev tenha demonstrado resiliência, sua capacidade de recuperar o crescimento nas marcas tradicionais é limitada, principalmente diante da pressão da Petrópolis no segmento de preços mais baixos. A XP destacou que o mercado de cervejas está cada vez mais competitivo e que a Ambev precisa fortalecer suas marcas populares para não perder mais espaço. Ambos os bancos de investimento mantêm uma perspectiva neutra para as ações da Ambev, destacando que a guerra de preços com a Petrópolis será um fator determinante para o desempenho futuro da empresa no mercado de cervejas no Brasil.

      0 comentário
      FacebookTwitterLinkedinWhatsappTelegram

      Dinheirama

      O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

      © 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

      O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

      O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.