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As negociações do Ibovespa futuro (WIN1) indicam uma abertura em queda de aproximadamente 0,7%, aos 128.900 pontos, um dia após uma elevação de um ponto percentual na taxa Selic, para 12,25% ao ano. O dólar (USDBRL) cai 0,8%, a R$ 5,90.

Ao comentar a decisão, o economista-chefe do Banco Itaú, Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, chamou a atenção o comunicado do Copom não ter destacado que a decisão foi unânime.

Por isso, ele levanta a possibilidade de dissenso entre os integrantes do comitê, apesar de todos terem votado pelo aumento de 1 ponto porcentual.

“Curiosamente, embora todos os membros do conselho tenham votado pelo aumento de 100 p.b. (1 ponto porcentual), o texto não mencionou que a decisão foi unânime”, afirma Mesquita, em relatório. “Isso, em nossa opinião, levanta a possibilidade de que não houve consenso sobre a sinalização.”

Segundo Mesquita, é possível, “embora menos provável”, que alguns integrantes do Copom tenham optado “por um ritmo diferente de aumento”, talvez de 0,75 ponto porcentual, “mas acabaram apoiando a maioria para minimizar ruídos”.

Para o economista, essa dúvida pode ser dirimida na ata da reunião do Copom, que sairá na terça-feira, 17, e no Relatório Trimestral de Inflação, que será divulgado na quinta-feira, 19.

“Por enquanto, esperamos que a taxa básica seja elevada em 100 pontos-base (1 ponto porcentual). na próxima reunião de política monetária, e muito provavelmente na seguinte também”, afirma Mesquita.

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, em meio ao otimismo de que a China adotará novos estímulos para revigorar a segunda maior economia do planeta. As ações de tecnologia emergiram como destaque da sessão, após os ganhos em Wall Street levarem o índice Nasdaq ao nível recorde acima de 20 mil pontos ontem.

O mercado aguarda com ânimo renovado a conclusão da Conferência Central de Trabalho Econômico, que reúne as principais autoridades chinesas em discussões sobre o crescimento da atividade. No começo da semana, o Politburo indicou intenção de implementar política fiscal “mais proativa” e postura monetária “moderadamente relaxada”.

Europa

As bolsas da Europa têm ímpeto contido nesta manhã, em compasso de espera pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e após o BC da Suíça surpreender com um corte de 50 pontos-base nos juros.

Por volta das 06h30 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,10%, a 519,64 pontos.

O BCE deve reduzir a taxa básica em 25 pontos-base, mas analistas não descartam completamente a possibilidade de uma redução de meio ponto porcentual. Para o ING, a autoridade monetária deve revisar para baixo as projeções para inflação e atividade, o que pode pavimentar o caminho para um relaxamento mais agressivo em 2025.

(Com Estadão Conteúdo)

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Ambev Happy Hour

A Ágora Investimentos reiterou a recomendação neutra para as ações da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 15,50, destacando um pagamento total de R$ 10,5 bilhões em dividendos e JCP. A análise, divulgada nesta quinta-feira (12), aponta que, mesmo com alterações na periodicidade dos dividendos, a estratégia conservadora da empresa permanece inalterada para 2024.

O que diz a análise

Dividendos seguem média histórica. A distribuição total de 86% do lucro ajustado de 2024, equivalente a um rendimento de quase 6%, está alinhada à média dos últimos 10 anos da Ambev. Apesar disso, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, sem surpresas devido ao ambiente fiscal e econômico.

Impactos de créditos fiscais e incertezas tributárias. A empresa continua monetizando créditos fiscais para mitigar a alta taxa de imposto efetivo. No entanto, incertezas sobre a dedutibilidade do ICMS e custos elevados da dívida reforçam a postura cautelosa quanto a pagamentos extraordinários.

Nova periodicidade de dividendos. A Ambev alterou a frequência dos dividendos para períodos mais curtos, potencialmente trimestrais. Essa mudança pode trazer maior previsibilidade aos investidores, embora não se espere uma mudança significativa na abordagem de capital.

Recompra de ações complementa retorno. Além dos dividendos e JCP, a Ambev anunciou programas de recompra de ações totalizando R$ 2,3 bilhões. A medida contribui para o retorno total aos acionistas, mas não altera o posicionamento estratégico da empresa.

Recomendação neutra se mantém. Apesar do valor defensivo das ações no cenário atual, a Ágora não enxerga catalisadores para revisão nas projeções. A postura conservadora da Ambev e os desafios externos sustentam a recomendação de manter a posição neutra no curto prazo.

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Vale

Após negociações com o Departamento de Energia (DOE) do Governo dos Estados Unidos, a Vale (VALE3) dará início à primeira fase do desenvolvimento de uma planta industrial no estado da Louisiana. Em 2025, a empresa aplicará R$ 3,8 milhões dos fundos concedidos em estudos de engenharia.

A Vale firmou um acordo através do Industrial Demonstrations Program (Programa de Demonstrações Industriais, do Bipartisan Infrastructure Law (Lei de Infraestrutura Bipartidária) e do Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação). O acordo prevê alocação de US$ 282,9 milhões até 2031.

A concessão é feita à Vale USA LLC, afiliada integral da Vale.

Em nota, a Vale detalha que a planta será instalada na região de River Parishes, ao longo do Rio Mississippi, para favorecer o acesso a consumidores finais no mercado americano. O projeto produzirá briquete de minério de ferro, a capacidade prevista é de 1,5 milhão de toneladas por ano, com potencial de expansão

O briquete de ferro que será produzido oferecerá reduções de CO2, oxidos de enxofre (SOx) e óxidos nitrosos. A produção também deve exigir menos água.

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China CCTV road-trip-with-raj-tMnfOM23wqk-unsplash

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, em meio ao otimismo de que a China adotará novos estímulos para revigorar a segunda maior economia do planeta. As ações de tecnologia emergiram como destaque da sessão, após os ganhos em Wall Street levarem o índice Nasdaq ao nível recorde acima de 20 mil pontos ontem.

O mercado aguarda com ânimo renovado a conclusão da Conferência Central de Trabalho Econômico, que reúne as principais autoridades chinesas em discussões sobre o crescimento da atividade. No começo da semana, o Politburo indicou intenção de implementar política fiscal “mais proativa” e postura monetária “moderadamente relaxada”.

Neste ambiente, o índice Hang Seng, em Hong Kong, encerrou a sessão com valorização de 1,20%, a 20.397,05 pontos. Já o Xangai Composto avançou 0,85%, a 3.461,50 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 1,05%, a 2.112,90 pontos.

Investidores reagiram também ao índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA em linha com o esperado, o que consolidou aposta em corte de 25 pontos-base nos juros do Federal Reserve (Fed) na semana que vem. O quadro turbinou papéis de tecnologia em Nova York e ecoou também nas praças asiáticas.

Em Tóquio, as ações de Advantest e Tokyo Electron subiram 5,10% e 0,59%, respectivamente. Assim, o índice Nikkei se elevou 1,21%, a 39.849,14 pontos. Em Taiwan, o Taiex ganhou 0,63%, a 23 046,80 pontos, sob apoio de TSMC (+1,83%).

Na Coreia do Sul, o recrudescimento da crise política passou ao segundo plano, apesar de novo esforço por impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. O índice Kospi, de Seul, avançou 1,62%, a 2.482,12 pontos, e continuou a recuperação do baque causado pela decisão de Yoon de decretar a lei marcial temporariamente na semana passada.

Na Oceania, por outro lado, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,28%, a 8.330,30 pontos, em Sydney.

(Com Estadão Conteúdo)

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Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião deliberativa para analisar o PLP 68/2024, que institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS); e dá outras providências. Painel eletrônico exibe resultado da votação

Após cerca de oito horas de discussão, o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na noite desta quarta-feira (11). Votado o regime de urgência, ele seguiu para ser analisado pelo Plenário na quinta-feira (12) a partir das 10h, como transmitiu o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), durante a sessão deliberativa do colegiado.

+ Óleo de soja sai da lista de alíquota zero da cesta básica

Os senadores pediram alterações em diversos pontos do relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) ao PLP 68/2024. Ele disse ter reanalisado mais de 100 emendas durante a reunião. Dos pleitos, uma das alterações mais importantes foi incluir a erva-mate na cesta básica, reduzir para 60% os tributos sobre o consumo de biscoito e beneficiar a água mineral.

Além disso, na parte final da reunião, quando foram examinadas as emendas destacadas pelas bancadas, o PL conseguiu excluir armas e munições da cobrança do Imposto Seletivo (IS). O PSD conseguiu suprimir do IS as bebidas açucaradas, inclusive com declaração de voto pessoal do próprio relator.

No entanto, o destaque do União Brasil, apresentado por Sergio Moro (União-PR), que pretendia resgatar o texto original do Executivo, segundo o senador, para garantir um diferencial competitivo às empresas de bens de informática fora da Zona Franca de Manaus, acabou rejeitado após ter provocado polêmica no plenário da CCJ. 

O texto que os senadores analisaram foi uma atualização (complementação de voto) de Braga à sua versão do projeto de lei complementar 68, apresentada inicialmente na terça-feira (10).

Nessa etapa, ele proferiu parecer para 145 emendas. Entre as principais mudanças da complementação está o adiamento da lista de remédios isentos, que agora será decidida em lei específica, elaborada em conjunto com os Ministérios da Saúde, Fazenda e o Comitê Gestor temporário do IBS. A última versão do substitutivo, votada com as emendas e os destaques que surgiram durante as discussões, foi aprovada com votos contrários do bloco formado pelo PL e pelo Novo.

A reunião, presidida pelo senador Davi, ocorreu após vista de 24 horas concedida na CCJ. O tempo também foi considerado curto pelos parlamentares para a avaliação das emendas e negociações de destaques, apresentados durante a etapa desta quarta-feira. O relator conseguiu proferir seu parecer sobre os novos pedidos, após quase uma hora de reunião com os consultores do Senado e integrantes da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda (Sert). O secretário da Sert, Bernardo Appy, esteve presente na CCJ.

Relator do PLP 68/2024, senador Eduardo Braga (MDB-AM), concede entrevista após votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que aprovou o PLP 68/2024. O projeto institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS); e dá outras providências
Relator do PLP 68/2024, senador Eduardo Braga (MDB-AM), concede entrevista após votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que aprovou o PLP 68/2024. O projeto institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS); e dá outras providências (Imagem: Pedro França/ Agência Senado)

Conta de água

Os integrantes do colegiado votaram seis trechos de forma separada do relatório: os destaques de bancada. Em destaque do Partido Liberal, os serviços e água e esgoto passarão a ter redução de alíquota em 60%. Antes, estava previsto na regra geral e sujeito ao imposto cheio.

Braga afirmou que aventou a possibilidade de redução quando preparou o substitutivo. Segundo ele, o cálculo à época apontava aumento de 0,57 pontos percentuais na alíquota-padrão, ao invés dos 0,13 p.p. do seu primeiro relatório. A estimativa não considera as novas emendas aprovadas nessa etapa final. 

Segundo o senador Eduardo Gomes (PL-TO), a demanda do setor de saneamento é que a entrega de água e tratamento de esgoto seja equiparada a serviços de saúde por evitar doenças. Com a tributação cheia, há o temor de aumento na conta de água.

— O investimento em saneamento é investimento na saúde. Durante todo o debate e construção com o setor e com os governos de estados, de municípios, e com a Confederação Nacional dos Municípios, pudemos perceber que há concordância sobre o tema.

Já o senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que a devolução dos tributos por meio do mecanismo de cashback para as famílias dos programas sociais do governo federal, com renda de até meio salário mínimo por membro, seria mais eficaz. 

— O objetivo é nobre. Mas estaremos dando essa redução para todos, ricos e pobres, e não para aqueles que merecem receber de volta pelo serviço de saneamento… Então nós vamos estar dando com a mão e tirando com a outra. Portanto, o sistema de cashback é muito mais inteligente do que fazer essa generalização.

Serviços

Uma das consequências da reforma tributária será o encarecimento do setor de serviços, na opinião do senador Laércio Oliveira (PP-SE), que “é o mais penalizado”. Diversos senadores pediram que Braga aumentasse exceções da alíquota-padrão para determinados serviços. É o caso da redução de 60% da alíquota para atividades de condicionamento físico, proposta pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e acatada por Braga.

O serviço veterinário também recebeu um tratamento favorecido, com aprovação do destaque do Podemos. É o que espera o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), autor da emenda aprovada que retirou a distinção entre médico veterinário e médicos de saúde humana.

Os planos de saúde prestados por cooperativas médicas, como a Unimed, obtiveram a dedução da base de cálculo do imposto de todos os bens e serviços médicos adquiridos pelos seus associados. Antes, apenas 50% desses gastos seriam deduzidos, o que não ocorria para planos de saúde de outras operadoras que não sejam cooperadas. Para o senador Cid Gomes (PSB-CE), haveria desigualdade na concorrência.

— Isso causará uma concorrência desleal e vai desestimular algo que a gente sabe que no Brasil é presente: as “Unimeds” e outras tantas cooperativas — afirmou Cid.

Armas

Os senadores rejeitaram a inclusão de armas e munições na incidência do Imposto Seletivo (IS), que será usado para desestimular consumos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), essa nova tributação seria inconstitucional.

— Hoje, a tributação de armas e munições já é tão elevada que, se houver também a incidência do Imposto Seletivo, estes preços vão ficar proibitivos. Pode configurar até um confisco, que é inconstitucional. (…) Isso está penalizando aquelas pessoas que, cumprindo os requisitos legais, querem ter acesso a arma de fogo em casa para sua defesa pessoal.

Já a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou ser a favor da incidência do IS. Segundo ela, as armas de fogo são a causa de muitas mortes de mulheres em contexto de violência doméstica.

— [O agressor] dá um tiro e acabou, não tem mais jeito, não tem arrependimento. A arma nessa alíquota dificulta o acesso a esse instrumento e por tabela dá maior contribuição ao combate à violência.

Alíquota 

O impacto das mudanças na alíquota — percentual usado para calcular o valor de um tributo — a ser utilizada, como regra, na cobrança de todos itens e serviços foi alvo de divergência entre os parlamentares. Para o senador Rogerio Marinho (PL-RN), a cada tratamento diferenciado, como redução de alíquota, a alíquota-padrão aumenta. Segundo ele, o Ministério da Fazenda estimava em 25% quando apresentou o projeto, e beirou os 28% quando o texto saiu da Câmara dos Deputados

— O Ministério da Fazenda calculou a alíquota em quase 28%, o maior IVA [imposto sobre valor agregado] do mundo… Cada uma dessas emendas, que é aprovada, tem um impacto no processo arrecadatório. Uma série de alterações foram feitas a toque de caixa, que impactam a cadeia produtiva econômica do nosso país como um todo.

Já o senador Marcelo Castro (MDB-PI) afirmou que, no final das contas, o poder público manterá a arrecadação, sendo este um dos princípios da reforma, mas com a vantagem de haver tributos menores em áreas estratégicas para os mais pobres.

— [A crítica de Rogerio Marinho] é uma análise que não procede. Você tira de um lado, tem que aumentar para o outro, no final a conta é zero. Então a sociedade vai pagar o mesmo.

Tempo de análise

Braga precisou analisar quase 200 novas emendas desde que apresentou o seu primeiro relatório na terça-feira, o que aumentou o total para mais de 2160 emendas. O projeto possui mais de 530 artigos e 23 anexos. Diante de casos de discordâncias entre Braga e outros senadores, sobre o que foi ou não incluído no substitutivo, o senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmou que o projeto precisa de mais análise dos senadores.

— Estamos vendo colegas lendo um texto dizendo uma coisa e o relator dizendo outra. É a prova de que nós não temos ambiente de segurança para votar essa matéria nos termos em que ela está estabelecida — disse.

Já Eliziane defendeu que o tema foi debatido o suficiente. Foram realizadas 13 audiências públicas na CCJ, além de 21 debates na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

— [Braga] realizou dezenas de audiências públicas, ouviu todos os senadores várias vezes… É bom lembrar que o Brasil espera uma reforma tributária desde a redemocratização deste país e nós conseguimos agora neste governo.

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Copom, Banco Central

Ao comentar o aumento de 1 ponto porcentual na taxa básica de juro da economia (a Selic), para 12,25% ao ano, nesta quarta-feira, o economista-chefe do Banco Itaú, Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, chamou a atenção o comunicado do Copom não ter destacado que a decisão foi unânime.

Veja o texto completo

Por isso, ele levanta a possibilidade de dissenso entre os integrantes do comitê, apesar de todos terem votado pelo aumento de 1 ponto porcentual.

“Curiosamente, embora todos os membros do conselho tenham votado pelo aumento de 100 p.b. (1 ponto porcentual), o texto não mencionou que a decisão foi unânime”, afirma Mesquita, em relatório. “Isso, em nossa opinião, levanta a possibilidade de que não houve consenso sobre a sinalização.”

Segundo Mesquita, é possível, “embora menos provável”, que alguns integrantes do Copom tenham optado “por um ritmo diferente de aumento”, talvez de 0,75 ponto porcentual, “mas acabaram apoiando a maioria para minimizar ruídos”.

Para o economista, essa dúvida pode ser dirimida na ata da reunião do Copom, que sairá na terça-feira, 17, e no Relatório Trimestral de Inflação, que será divulgado na quinta-feira, 19.

“Por enquanto, esperamos que a taxa básica seja elevada em 100 pontos-base (1 ponto porcentual). na próxima reunião de política monetária, e muito provavelmente na seguinte também”, afirma Mesquita.

Racha de maio

Atualmente com “dois presidentes” – Gabriel Galípolo, indicado por Lula para 2025, e o atual Roberto Campos Neto, o BC teve, em maio, o seu momento mais “constrangedor”. Naquela ocasião, o Copom havia optado por um corte de 0,25 ponto percentual na Selic.

Era o último do ciclo, que levaria o juro para o nível atual de 10,5% ao ano. Os diretores do Copom, contudo, se dividiram em duas “alas políticas”, conforme fizeram a leitura os economistas naquela ocasião.

O lado “lulista” de diretores indicados pelo presidente, com 4 votos para uma redução de 0,5 p.p., e a ala do mandatário atual, com 5 votos para a decisão de 0,25 p.p..

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo (Imagem: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Haddad vê “surpresa”

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a decisão representa “surpresa por um lado”, mas já estava prevista pelo mercado financeiro. Ele disse estar perseguindo as metas fiscais e ressaltou que o pacote de corte de gastos enviado ao Congresso é “adequado e viável politicamente”.

“Foi surpresa por um lado. Mas, por outro lado, tinha uma precificação [do mercado financeiro] nesse sentido. Vou ler com calma, analisar o comunicado, falar com algumas pessoas depois do período de silêncio”, declarou Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda cerca de uma hora após o fim da reunião do Copom, sem entrar em detalhes sobre a decisão do BC.

Até meados do ano passado, Haddad comentava explicitamente as decisões do Copom, criticando o atraso do Banco Central em começar a reduzir os juros e o tom de alguns comunicados. Quando a autoridade monetária começou a reduzir a Selic, em agosto do ano passado, o ministro celebrou a decisão.

Pacote fiscal

Sobre o pacote fiscal, Haddad disse que uma semana é suficiente para as medidas serem aprovadas na Câmara dos Deputados e no Senado, mesmo com o impasse na liberação de emendas parlamentares. Segundo o ministro, o ajuste fiscal, estimado em R$ 71,9 bilhões até 2026 e em R$ 327 bilhões até 2030, foi o viável politicamente.

“Esse tipo de coisa é difícil de processar no Congresso Nacional. A gente mandou um ajuste que consideramos adequado e viável politicamente. Você pode mandar o dobro para lá, mas o que vai sair [ser aprovado] é o que importa”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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Óleo de Soja

 O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), retirou o óleo de soja da tabela dos produtos destinados à alimentação humana submetidos à redução a zero das alíquotas do IBS e da CBS, a Cesta Básica Nacional de Alimentos (CBNA).

O produto foi movido para a tabela dos alimentos destinados ao consumo humano submetidos à redução de 60% nas alíquotas.

A mudança consta no parecer apresentado nesta quarta-feira, 11, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Anteriormente, o óleo de soja estava no item 9 da Cesta Básica zerada. Agora, o item contém apenas o óleo de babaçu. O óleo de soja está no item 10 da Cesta Básica com redução de 60%, ao lado do óleo de milho, do óleo de canola e de demais óleos vegetais.

Relator do PLP 68/2024, senador Eduardo Braga (MDB-AM), concede entrevista após votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que aprovou o PLP 68/2024. O projeto institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS); e dá outras providências
Relator do PLP 68/2024, senador Eduardo Braga (MDB-AM), concede entrevista após votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que aprovou o PLP 68/2024. O projeto institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS); e dá outras providências (Imagem: Pedro França/ Agência Senado)

Nos pareceres anteriores, Braga já havia informado que transporia o óleo de milho para a Cesta Básica com redução de 60% nas alíquotas, “a fim de conceder tratamento igualitário com os demais óleos vegetais e, assim, evitar um desnivelamento na concorrência entre produtos semelhantes”.

No caso do óleo de soja e do óleo de babaçu, no entanto, ele havia considerado que “merecem permanecer na CBNA, pois, respectivamente, são majoritariamente consumidos por famílias de baixa renda e possuem forte caráter regional”.

(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

Além de elevar os juros básicos em 1 ponto percentual, o Banco Central (BC) intervirá no câmbio pela primeira vez em quase um mês para segurar a alta do dólar (USDBRL). A autoridade monetária leiloará nesta quinta-feira (12) até US$ 4 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando o dinheiro é comprado de volta às reservas meses mais tarde.

Segundo comunicado emitido no início da noite pelo BC, a autoridade monetária fará dois leilões de até US$ 2 bilhões durante a manhã. As operações de recompra ocorrerão em 4 de fevereiro de 2025 para o dinheiro vendido no primeiro leilão e em 2 de abril de 2025 para o dinheiro vendido no segundo leilão.

A última vez em que o BC interveio no mercado de câmbio foi em 13 de novembro, quando também vendeu US$ 4 bilhões das reservas internacionais. Na ocasião, o leilão também ocorreu na modalidade de leilões de linha, como se chamam as vendas com compromisso de recompra.

O último leilão à vista, em que o BC se desfez de parte das reservas internacionais sem recomprar os recursos, ocorreu em 30 de agosto. Na ocasião, a autoridade monetária vendeu US$ 1,5 bilhão.

Apesar da instabilidade dos últimos dias, a moeda norte-americana fechou com queda expressiva nesta quarta-feira (12).

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,968, com queda de 1,3%, em meio a expectativas com a alta da Taxa Selic (juros básicos da economia) e de preocupações com a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa foi a primeira vez em duas semanas em que a cotação fechou abaixo dos R$ 6.

Reservas internacionais (US$ bilhões, em dados mensais)

Reservas Internacionais dólar
(Fonte: Banco Central)

As reservas internacionais são ativos em moeda estrangeira do Brasil, funcionando como um seguro para enfrentar obrigações externas e choques externos, como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital. Elas desempenham um papel importante na proteção da economia brasileira e na garantia de estabilidade financeira em tempos de incerteza global.

Visando garantir a liquidez e a segurança do país, as reservas internacionais são gerenciadas pelo Banco Central do Brasil e estão sujeitas a variações conforme a conjuntura econômica e as necessidades do país.

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Aeroporto de Congonhas

O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, iniciou oficialmente nesta quarta-feira, 11, as obras de ampliação e modernização. Para diminuir o impacto da intervenção, que terá investimentos de R$ 2,4 bilhões até 2028, a principal conexão de destinos domésticos do País vai reduzir o número de voos diários

A informação foi confirmada pela concessionária Aena, responsável pelo aeroporto desde outubro do ano passado. Os planos são reduzir os 44 voos por hora para 40, diminuindo as atividades da aviação executiva. Durante as obras, o terminal seguirá operando normalmente.

Esses quatro voos a menos vão representar uma “gordura” diante das eventualidades, como explicou Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil. “Nosso desafio é manter o número de voos e uma boa performance. Esses 4 voos vão representar um buffer, uma gordura para fazermos a obra com menor impacto na aviação com um todo” , afirmou.

A concessionária diz que Congonhas opera com 44 movimentos por hora, 80% da capacidade máxima (55 voos por hora).

O aeródromo vai ganhar um terminal de passageiros com o dobro do tamanho atual, passando a somar mais 100 mil m², novas pontes de embarque e 20 mil m² para áreas comerciais. Congonhas também vai poder receber aeronaves com maior capacidade como o Airbus A321neo e o Boeing 737 Max 10. A previsão de entrega é junho de 2028.

O início das obras representa um desafio para o Aeroporto de Congonhas diante de um problema que vem se repetindo: atrasos e cancelamentos de voos, seguidos de filas e queixas de passageiros. Relatório do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), pôs recentemente Congonhas entre os aeroportos com menor pontualidade.

Os transtornos, para especialistas ouvidos pelo Estadão, estão ligados à operação do terminal perto do limite da capacidade. A concessionária e as companhias aéreas atribuem os atrasos às condições meteorológicas adversas, como tempestades e ventanias.

O Aeroporto de Guarulhos tem o maior número de movimentações diárias no País. Lá, a capacidade máxima é de 60 movimentos por hora, mas nem todas as faixas horárias atingem o limite. Em Congonhas, o segundo com mais operações do Brasil, a capacidade é quase totalmente utilizada ao longo do dia.

O anúncio do início das obras com o lançamento da pedra fundamental contou com a presença de Maurici Lucena, presidente da Aena, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth.

Lucena afirma que os R$ 2,4 bilhões que serão investidos representam o maior aporte da companhia fora da Espanha. Para o ministro Costa Filho, os “investimentos vão mudar significativamente a aviação no Estado de São Paulo”.

Obras divididas em fases

Outra estratégia da concessionária para limitar os impactos é dividir a ampliação em fases. Neste ano, a concessionária iniciou a ampliação da sala de embarque remoto e a reforma dos banheiros, que deve ser finalizada no primeiro trimestre de 2025

“Fizemos seis meses de estudos para detalhar esse faseamento e verificar que ele é compatível. Nossa expectativa é trazer menor impacto possível”, diz Santiago Yus.

– primeira fase: inclui demolição de estruturas, instalação de canteiro de obras e melhorias na pista de taxiamento.

– segunda fase: abrange a transferência das companhias para novos hangares, dando início à construção do píer do novo terminal.

– terceira fase: serão instaladas as pistas de embarque e o sistema de processamento de bagagens.

Para melhorar a circulação no entorno, a concessionária pretende criar 72 vagas para motoristas por aplicativos.

(Com Estadão Conteúdo)

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XP INC

A XP Investimentos (XP; XPBR31) elevou de 14,25% para 15% sua projeção de Selic terminal ao final do atual ciclo de aperto monetário.

No comunicado da decisão de dezembro do Copom, de elevar o juro básico em 1,0 ponto porcentual, divulgado nesta quarta-feira, 11, o colegiado se comprometeu com mais duas altas de mesma magnitude, caso o cenário transcorra como o esperado.

Assim, a Selic deverá atingir 14,25% em março. A XP espera que haja ainda uma alta adicional de 0,75 ponto em maio, quando a Selic finalmente atingiria o pico prospectado de 15%.

“Se necessário, o Copom pode optar por uma elevação adicional em junho para concluir o ciclo”, acrescenta o time de macroeconomia da corretora em nota.

A XP pontua que, após a decisão do Copom, irá refinar suas demais projeções macroeconômicas, mas que, por ora, a estimativa de IPCA em 4,5% no final de 2026 tem viés de baixa.

Embora reconheça que o Copom ainda deixou em aberto a possibilidade de um juro ainda mais alto que 14,25%, a XP reconhece que essa estratégia do Copom “mais concentrada no curto prazo” deve haver esfriamento da atividade econômica e estabilização do câmbio, “o que provavelmente ficará evidente até maio do próximo ano”, dizem.

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CPF

O Banco Central do Brasil criou o Sistema de Valores a Receber (SVR) para que pessoas físicas e jurídicas possam consultar valores esquecidos em instituições financeiras.

Esse saldo retido no CPF corresponde a quantias deixadas em contas encerradas, tarifas indevidas ou recursos de consórcios.

No entanto, muitos desconhecem essa possibilidade, e esses valores permanecem retidos até que sejam resgatados.

Como o dinheiro pode ter sido retido?

O saldo retido no CPF pode ser resultado de diversas situações, como:

-Encerramento de contas com pequenos saldos remanescentes.

-Tarifas cobradas indevidamente, que são posteriormente devolvidas pela instituição financeira.

-Fundos de consórcios encerrados.

-Sobras de operações financeiras.

Esses valores são armazenados pelas instituições e disponibilizados pelo Banco Central para consulta e eventual saque.

Como consultar o saldo retido no CPF?

Acessar o Portal SVR: a consulta é feita diretamente no site do Banco Central, acessando o portal do Sistema de Valores a Receber (SVR).

Inserir o CPF e data de nascimento: ao entrar, basta inserir o CPF e a data de nascimento para verificar se há saldo retido no CPF.

Agendamento do resgate: caso o sistema informe a existência de valores, será necessário agendar o pedido de resgate no próprio portal, conforme o calendário disponibilizado.

Solicitar o resgate: após o agendamento, é possível acessar o portal novamente para efetuar o pedido de resgate diretamente na conta bancária.

    Como sacar o valor retido

    Para resgatar os valores, é necessário seguir o agendamento, selecionando a opção de transferência para uma conta bancária ativa.

    Assim, o valor é depositado diretamente na conta informada. O Banco Central também envia um comprovante da transação para segurança e confirmação.

    Dicas para evitar golpes

    A popularização do sistema SVR atraiu a atenção de golpistas. Para proteger-se, considere as dicas a seguir:

    Verificar o site autêntico do banco central: a consulta deve ser feita exclusivamente no site oficial, evitando acessar links suspeitos.

    Não fornecer dados pessoais a terceiros: evitar informar CPF e dados bancários em aplicativos ou sites não autorizados.

    Desconfie de promessas falsas: o Banco Central não faz contato para informar sobre valores a receber, e todos os serviços são gratuitos.

    Consultar o saldo retido no CPF é uma forma simples de resgatar valores esquecidos. Por meio do portal oficial, é possível verificar a existência de valores e solicitar a transferência de forma segura.

    Seguindo as recomendações, evita-se o risco de fraudes e garante-se o resgate dos recursos disponíveis.

    O aplicativo Serasa tem tudo para você cuidar da sua vida financeira. Organize as contas do mês para manter o pagamento em dia, negocie dívidas em seu nome ou no CNPJ de sua empresa, solicite crédito, consulte e saiba como aumentar seu Serasa Score, monitore seu CPF e muito mais!  

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    Banco Central, Selic, Copom

    A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) afirmou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 1 ponto porcentual nesta quarta-feira, 11, intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileira.

    Por outro lado, a associação concordou que a medida foi necessária para reduzir a pressão inflacionária e a alta do dólar.

    “Os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas, com efeitos profundos em diversos setores produtivos do país, comprometendo sua sobrevivência”, descreveu a Abrainc, em nota distribuída à imprensa.

    A instituição citou que os pedidos de recuperação judicial chegaram a 1,7 mil até setembro, um aumento de 73% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da Serasa Experian.

    A Abrainc observou que, nos últimos 12 meses, o pagamento dos juros da dívida pública foi de R$ 870 bilhões.

    O aumento de cada ponto porcentual da Selic eleva essa quantia em cerca de R$ 48 bilhões, de acordo com estudo do Banco Central.

    Com isso, o cenário atual exige ações concretas para aliviar os custos estruturais da economia, afirmou a associação.

    “É urgente que o governo realize cortes nos gastos públicos para estabelecer um equilíbrio fiscal de longo prazo, condição imprescindível para reduzir os juros de forma sustentável”, acrescentou.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Bets, 13° salário

    Dos 45% ou 39 milhões de brasileiros que vão utilizar o 13º salário ou renda extra em compras, 21% pretende aplicar o recurso em jogos, o que inclui as bets (apostas esportivas), loterias, dentre outros. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Locomotiva e QuestionPro.

    O motivo, segundo o presidente do instituto, Renato Meirelles, é a busca por multiplicar o ganho salarial adicional com as apostas eletrônicas. “É a falsa sensação do ganho fácil, da ilusão de controle”, avalia.

    Do total da população, outros 54%, ou 46 milhões, pretendem guardar o dinheiro ou investir. Já os que querem quitar as dívidas, são 22 milhões de brasileiros ou 26%.

    A pesquisa apresentou resultados que refletem respostas múltiplas. Nesse caso, uma pessoa pode demonstrar interesse tanto em pagar as dívidas como em investir, por exemplo.

    Pensando nisso, 44 milhões (60%) de consumidores que buscam comprar com o 13º salário demandam principalmente roupas e acessórios.

    Adquirir alimentos e bebidas é a intenção de 57%, e calçados, de 53%.

    Classes e gerações

    Entre os entrevistados das classes AB, investir ou guardar o dinheiro do 13º é o objetivo da maioria (62%), seguido de fazer compras (47%) e pagar dívidas (21%).

    Porém, para os estratos sociais DE, a prioridade passa a ser as compras (43%), enquanto investir ou guardar e quitar dívidas é a ideia de 45% e 20%, respectivamente.

    A análise por gerações aponta que na Z engloba jovens de 18 a 29 anos – 62% declara que tem a intenção aplicar a renda extra ou de não gastar.

    Na X (41 a 60 anos), 55% das pessoas seguem a mesma tendência.

    Jogo do Tigrinho, bets
    (Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

    Já para os millennials (30 a 40 anos), a ideia principal da maior parte dos que responderam (49%) é ir às compras.

    Os baby boomers (61 anos ou mais) registram 44% tanto para comprar quanto para guardar ou investir.

    A geração X é a que mais pretende pagar as dívidas com o 13º salário ou renda extra, com 31% dos entrevistados respondendo que realocarão os recursos para esse fim.

    Em seguida estão baby boomers (28%), Z e millennials, ambos com 21%.

    Para a pesquisa, foram feitas 1.461 entrevistas digitais por meio de autopreenchimento em todo País com pessoas acima de 18 anos.

    O período de coleta de dados ocorreu entre 2 e 4 de dezembro, e a margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Dólar

    O dólar (USDBRL) à vista mergulhou na reta final do pregão e fechou abaixo do nível de R$ 6,00 pela primeira vez desde 28 de novembro.

    Esse movimento coincidiu com a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará amanhã por procedimento complementar da cirurgia realizada na última terça-feira, 10, para tratar sangramento intracraniano.

    Desde a sessão de ontem, após a internação de Lula no hospital Sírio-Libanês, operadores e analistas ouvidos pelo Broadcast têm atribuído a redução de prêmios de risco embutidos nos ativos domésticos à possibilidade de que o presidente não concorra à reeleição em 2026.

    A avaliação é de que a ausência do petista no pleito, em razão de saúde mais frágil e idade avançada, ampliaria a possibilidade de vitória de um nome à direita do espectro político, em tese mais comprometido com uma agenda de contenção dos gastos públicos.

    Ao longo da tarde, antes da informação sobre Lula, o dólar já vinha em baixa, mas ainda acima da linha de R$ 6,00.

    A recuperação do real era atribuída ao aumento das chances de votação do pacote fiscal do governo ainda neste ano, após fala ontem do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

    Foram indicados relatores para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacote fiscal, além dos projetos que limitam o crescimento do salário mínimo e estabelecem novos gatilhos ao arcabouço.

    Parte do alívio também estaria ligada à consolidação da aposta de que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie hoje uma aceleração do ritmo de alta da taxa Selic, talvez até com uma alta de 1 ponto porcentual, e sinalize ciclo de aperto monetário mais intenso.

    A aposta é de aumento da atratividade das operações de carry trade, em razão da ampliação do diferencial entre juros interno e externo, uma vez que a leitura da inflação ao consumidor nos EUA em novembro, divulgada pela manhã, reforçou a expectativa de que o Federal Reserve reduza a taxa básica americana neste mês.

    Com mínima a R$ 5,9537, logo após a informação do procedimento complementar da cirurgia de Lula, antecipada pela Folha de S. Paulo e confirmada por boletim médico divulgado pelo Sírio-Libanês, o dólar à vista terminou a sessão em baixa de 1,53%, cotado a R$ 5,9557 menor valor de fechamento desde 27 de novembro (R$ 5,9135). Graças ao tombo de hoje, a moeda passou a acumular desvalorização em dezembro (-0,76%).

    Notas de dólar sobre a mesa, Câmbio
    (Imagem: Freepik/ @wirestock)

    O real apresentou de longe o melhor desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Pares da moeda brasileira, como o peso mexicano e o rand sul-africano, também apresentaram ganhos, embora bem mais modestos.

    Já o DXY – termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes – teve alta moderada, com máxima aos 106,806 pontos.

    “As piores moedas no ano, o peso mexicano e o real, estão se valorizando hoje. Além disso, o dólar já estava bem esticado aqui e havia espaço para um ajuste”, afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, para quem uma decisão unânime do Copom de elevar o ritmo de alta da Selic pode dar fôlego novo ao real, uma vez que torna custosa carregar posições “compradas” em dólar.

    Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, a perspectiva de aprovação do pacote de gastos do governo, após liberação de emendas parlamentares, e o aumento do diferencial de juros interno e externo ajudaram a explicar a queda do dólar ao longo do dia.

    “Com as apostas de corte de juros pelo Fed na semana que vem, podemos ver uma janela para o investidor estrangeiro explorar o spread entre os juros americanos e o nosso. Além disso, há já um movimento maior dos exportadores, que aumentaram a internalização de recursos após o dólar superar os R$ 6,00”, afirma Galhardo.

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    Totvs

    Uma reviravolta nesta tarde, entre as 16h27 e as 16h37, tirou o Ibovespa (IBOV) do negativo e o colocou na máxima do dia, aos 130.898,89 pontos, no maior nível intraday desde 7 de novembro e acumulando variação de 3.108,91 pontos ao longo daqueles dez minutos.

    Às 16h27, a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, antecipou a informação de que o presidente Lula vai ser submetido a novo procedimento para bloquear o fluxo de sangue em uma região do cérebro e minimizar risco de outro sangramento.

    O dólar, que se mantinha pouco acima de R$ 6, mergulhou a R$ 5,9537 na mínima do dia e fechou em baixa de 1,53%, a R$ 5,9557.

    “Não é que o mercado torça contra a saúde do presidente ou de qualquer pessoa. Mas reflete, nos preços dos ativos, o que o governo faz. Houve muito descontentamento com o pacote fiscal e a isenção do IR para a renda mensal de até 5 mil. Há muita preocupação ainda com a direção das contas públicas”, diz um profissional do mercado.

    E, sem especular sobre a saúde do presidente, caso o vice, Geraldo Alckmin, venha a ter um papel mais importante, pode fortalecer o que agrada ao mercado na equipe econômica, que tem sofrido derrota em embates com a ala política do governo, inclusive na recente formatação do pacote, aponta o observador.

    Até então, o dia era de correção parcial em Vale em queda até ali superior a 2% após o salto de 5% na ação anteontem, e o Ibovespa não conseguia estender, hoje, a série de recuperação pela terceira sessão, mesmo relativamente favorecido pela moderada retração no câmbio e na curva do DI, à exceção mais uma vez do vencimento curto, de janeiro de 2025, vértice em alta como ontem.

    Assim, tendo retomado a marca dos 128 mil na terça-feira, o Ibovespa convergia para os 127 mil, e ali se mantinha até as 16h27 quando veio a publicação da colunista da Folha de S. Paulo.

    No fechamento, o Ibovespa marcava alta mais discreta, de 1,06%, sem conseguir sustentar o nível de 130 mil no fim do dia, aos 129.593,31 pontos, como ontem no maior nível de encerramento desde 26 de novembro.

    O nível de 130 mil não é visto em fechamento desde 6 de novembro, então aos 130.340,92 pontos. No fim da tarde, o médico Roberto Kalil detalhou o procedimento “simples e fora de centro cirúrgico” que será feito amanhã no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como um “complemento de baixo risco” que já estava programado desde a cirurgia inicial.

    Com giro reforçado a R$ 29,2 bilhões na sessão, o índice oscilou dos 127.361,90 até os 130.898,89 pontos, do pico da tarde, saindo de abertura aos 128.228,49.

    Na semana, acumula agora ganho de 2,90% e, no mês, sobe 3,12% no ano, ainda cede 3,42%. Além da Vale (VALE3), a sessão era negativa também para Petrobras (PETR3;PETR4), que virou ao fim para alta de 0,71%, na ON, e de 1,00%, na PN ambas caíam até a notícia sobre Lula.

    O dia era misto para as ações de grandes bancos, que se alinharam em alta com a mesma notícia, em avanço de 2,13% para BB (BBAS3) ON; de 0,97% para Itaú (ITUB4) PN, e de cerca de 2% para os papéis de Bradesco (BBDC3; BBDC4)(ON +2,30%, PN +1,76%).

    Na ponta ganhadora do Ibovespa, Totvs (TOTS3) (+7,37%), Petz (PETZ3) (+6,34%) e Hapvida (HAPV3) (+5,95%). No lado oposto, Ambev (ABEV3) (-3,29%), Vale (VALE3) (-1,56%) e Azul (AZUL4) (-1,55%).

    “De forma estrutural, o mercado está posicionado negativamente para 2025. Assim, quando entra algum fluxo comprador, especialmente de estrangeiro, o ‘stop’ vem logo”, o que tira fôlego da recuperação na Bolsa, diz Cesar Mikail, gestor de renda variável da Western Asset.

    Ele menciona as preocupações em torno da sustentabilidade do endividamento público, em nível que se aproxima de 80% do PIB quando se considera a dívida bruta, no momento em que se acumulam frustrações em torno de um pacote de ajuste fiscal que não parece cumprir a função.

    “A decisão e a comunicação do Copom desta noite serão muito importantes. Se vier um aumento de 100 pontos-base, como muitos esperam, pode acalmar o mercado. O BC vai precisar segurar no peito, na decisão e no comunicado, reafirmando a disposição de ser duro com a inflação”, acrescenta o gestor, observando que a decisão de hoje será a última com a participação de Roberto Campos Neto, que será substituído por Gabriel Galípolo no comando do Banco Central em janeiro.

    “O câmbio tem refletido todo esse estresse fiscal. Se considerássemos apenas o efeito esperado do protecionismo de Trump sobre emergentes, a conta estaria mais para R$ 5,50, no máximo a R$ 5,70. A diferença para cima, que tem mantido o dólar a R$ 6, é o prêmio relativo à percepção sobre o fiscal. E quando se inclui isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil – o que corresponderia a 87% do universo de contribuintes -, há uma intenção conflitante com ajuste fiscal”, aponta Mikail.

    “O consenso sobre o Copom de hoje, que era de um aumento de meio ponto porcentual se conversássemos um mês atrás, passou para 0,75 ponto e chegou a 1,00 ponto porcentual para a maioria do mercado, o que levaria a Selic a 12,25% no fechamento de 2024, refletindo o bate-cabeça do governo no ajuste fiscal e a rápida deterioração das expectativas. O tom do comunicado de hoje vai ser muito importante”, diz Paulo Henrique Duarte, economista da Valor Investimentos.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Banco Central do Brasil, Copom

    A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros.

    Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma elevação de 0,75 ponto.

    Essa foi a terceira alta seguida da Selic. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

    A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano.

    Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto.

    Inflação

    A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, caiu para 0,39%.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desaceleração foi puxada pela bandeira verde nas contas de luz e pela queda nos combustíveis, mas o preço dos alimentos, principalmente da carne, e das passagens aéreas continuou a subir.

    Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

    O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

    No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 4,31% a previsão para o IPCA em 2024, mas a estimativa pode subir ainda mais mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

    Banco Central, Copom
    (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

    As previsões do mercado estão mais pessimistas.

    De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,84%, acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,71%.

    Crédito mais caro

    O mercado projeta crescimento maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 3,39% do PIB em 2024.

    O número foi revisado após o crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

    A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

    Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

    Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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    Criptomoedas, bitcoin

    O bitcoin (BTCUSD) voltou a ganhar ímpeto nesta quarta-feira e subiu, retomando a marca acima de US$ 100 mil, em um rali ainda impulsionado pela esperança de que o governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, reduza regulamentações para criptomoedas.

    A dinâmica teve como pano de fundo a divulgação de dados em linha com o esperado da inflação ao consumidor (CPI, em inglês) dos EUA, que renovou expectativas de cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

    O bitcoin subia 5,63%, a US$ 101.032,00, no intervalo de 24 horas até as 16h51 (de Brasília). O ethereum ganhava 5,16%, a US$ 3.806,20, no mesmo horário. As cotações são da Binance.

    A marca de US$ 100 mil para o bitcoin tem sido monitorada como um potencial ponto de gatilho para realizações de lucro.

    “O nível significativo levou os investidores particulares de longo prazo a vender”, disse Alex Kuptsikevich, analista da FxPro, na quarta-feira.

    Ele acrescentou que o token provavelmente atingiu um nível de “resistência psicológica”, comparando sua recente oscilação com um período no final de 2020, quando a criptomoeda lutou para ultrapassar os US$ 20.000.

    O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) avaliou, em relatório, que autoridades francesas realizaram progressos significativos no monitoramento, regulação e supervisão dos criptoativos nos últimos anos.

    Para o FSB, os franceses conseguiram, com sucesso, trazer os criptoativos para o perímetro regulatório.

    Bitcoin
    (Imagem: Leonardo AI/ Dinheirama)

    Mesmo com as conquistas, o FSB observa que podem ser tomadas novas medidas para reforçar o quadro regulamentar para criptoativos e stablecoin.

    Estas incluem: facilitar uma transição suave para a regulamentação dos mercados de criptoativos da União Europeia (MiCAR); fortalecer os esforços de fiscalização; e promover a cooperação entre as fronteiras e o compartilhamento de informações.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Redes Sociais

    O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (11) a favor da responsabilização civil das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados por usuários.

    Com a manifestação do ministro, a Corte tem placar de 2 votos a 0 para obrigar as plataformas a retirar imediatamente conteúdos ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência e racismo, entre outras. 

    Na semana passada, o ministro Dias Toffoli, relator de outro processo sobre a questão, também foi favorável à responsabilização das plataformas.

    O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

    De acordo com o Artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

    Durante sua manifestação, Fux disse que as redes sociais não podem ser excluídas do dever de preservar os direitos constitucionais à vida privada, à honra e a imagem dos cidadãos. Dessa forma, a responsabilização não pode ocorrer somente após descumprimento de decisão judicial, segundo o ministro.

    “É razoável uma pessoa lucrar com a imagem alheia, com a honra alheia, com a privacidade alheia, por meio de um instrumento que fatura com a desgraça alheia? É isso que a Constituição garante quando ela diz que um dos fundamentos da Republica é a dignidade da pessoa humana?”, questionou Fux.

    Fux também entendeu que a retirada de conteúdos ilegais deve ser feita imediatamente pelas redes sociais após as empresas serem notificadas extrajudicialmente pelas pessoas atingidas pelas postagens ilegais.

    Além disso, o ministro entende que as redes devem realizar o monitoramento ativo das postagens. “Eu defendo a remoção imediata no prazo razoável. Notificou, tira. Quer colocar de novo, judicializa”, completou.

    Após o voto de Fux, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista feito pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e será retomado quarta-feira (18). 

    Nas primeiras sessões do julgamento, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente.

    Redes Sociais
    (Imagem: Reprodução/Freepik/@tascha1)

    As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

    Entenda

    O plenário do STF julga dois processos que discutem a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.

    Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos.

    O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.

    No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.

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    CCJ

    A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, por 31 votos a 20, proposta que estabelece o voto impresso no Brasil e torna obrigatória a verificação de votos da urna eletrônica.

    O projeto também proíbe a adoção do voto puramente eletrônico. 

    O texto aprovado é substitutivo do deputado José Medeiros (PL-MT) ao Projeto de Lei 1169/15, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A proposta, que muda a Lei das Eleições, segue para a análise do Plenário.

    Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

    Recontagem obrigatória

    De acordo com o texto, imediatamente após o encerramento da votação, 5% das urnas eletrônicas serão selecionadas aleatoriamente para a contagem pública dos votos.

    Essa escolha será feira por meio de sorteio público não-eletrônico, com a presença de representantes de partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outras entidades interessadas. 

    A urna será aberta pela mesa receptora diante dos fiscais, e cada voto será retirado individualmente do repositório e lido em voz alta. Em seguida, apresentado pelo membro da mesa para exame visual e subsequente registro no boletim de urna. 

    Os resultados da contagem pública e sua comparação com os dados eletrônicos serão registrados em ata, assinada por todos os presentes, e disponibilizados ao público para consulta.

    Se houver discrepância na amostragem entre a apuração eletrônica e a apuração pública, prevalecerá o resultado do escrutínio público. Uma nova amostragem, de 10% das seções eleitorais do País, será selecionada, para novo escrutínio.  

    Os votos conferidos serão guardados em urna com lacre assinado pelos participantes da apuração e preservados por um ano para eventuais recontagens.

    Credibilidade

    “Ao adotar essa medida, o processo eleitoral brasileiro reforçará sua credibilidade, assegurando aos eleitores que os resultados refletem fielmente a vontade popular”, defendeu o relator, José Medeiros.

    Segundo ele, a presença de diversas entidades durante a seleção e recontagem das urnas promove a participação cidadã e o controle social, “elementos fundamentais em uma democracia sólida”.

    Desconfiança

    O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) questionou a votação da proposta. “A urna eletrônica é uma conquista democrática e civilizatória”, disse. “Não vejo o projeto como o fim do mundo, mas ele tem como substrato um ambiente de desconfiança na urna eletrônica”, criticou. 

    A deputada Bia Kicis (PL-DF), por outro lado, defendeu o texto. “É uma tentativa de trazer mais transparência ao processo eleitoral. Quem pode se opor a mais transparência? Não existe nenhum processo impassível de ser melhorado”, afirmou.

    PEC rejeitada

    Em 2021, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta que determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições (PEC 135/19).

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    Veículos híbridos

    A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, em sessão extraordinária na noite desta terça-feira (10), a proposta que isenta veículos movidos a hidrogênio ou híbridos motores a combustão e elétricos do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

    Foram 53 votos favoráveis e 10 contrários.

    A medida passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2025 e será válida até dezembro de 2026, assim que for sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas, o que deve acontecer sem maiores problemas uma vez que a autoria do projeto é do próprio governo do estado.

    Conforme o projeto aprovado, a iniciativa vale para os modelos de até R$ 250 mil.

    Após os 2 anos de vigência, a alíquota será gradualmente ajustada, passando a ser de 2% em 2028, 3% em 2029 e atingindo 4% a partir de 2030.

    Ônibus e caminhões

    O projeto também isenta do tributo ônibus e caminhões movidos, exclusivamente, a hidrogênio ou gás natural, incluindo o biometano, o gás oriundo do biogás. Mas a vigência da isenção vai de janeiro de 2025 a dezembro de 2029.

    A justificativa da iniciativa, conforme o governo estadual, é a redução na emissão de gases poluentes bem como o incentivo a novos investimentos na cadeia produtiva de veículos movidos a energia limpa e renovável.

    As críticas, dos deputados contrários ao projeto, se baseiam na não inclusão da medida aos veículos 100% elétricos.

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    Leilão de Imóveis, aluguel

    O Santander destacou em seu relatório publicado nesta quarta-feira (11) a solidez do mercado imobiliário, sustentado pelo aumento no orçamento do FGTS e crescimento contínuo no financiamento imobiliário pelo SBPE. O orçamento restante para 2024 deve garantir uma execução robusta, mesmo diante de crescentes demandas.

    O que diz a análise

    FGTS amplia orçamento para subsídios em 2024. O Conselho Curador do FGTS aprovou um aumento no orçamento para subsídios, agora em R$ 12 bilhões. O uso acumulado até novembro atingiu 91% do orçamento aprovado para 2024, com expectativa de suporte sólido em dezembro.

    Financiamento pelo SBPE mantém crescimento. A originação de financiamentos imobiliários pelo SBPE em outubro foi impressionante, abrangendo aquisições e construção. Esse desempenho reflete a resiliência do mercado, enquanto as taxas competitivas das LCIs em novembro impulsionaram o interesse dos investidores.

    Poupança segue como fonte relevante de recursos. Os dados do terceiro trimestre de 2024 mostram que as carteiras de financiamento imobiliário dos bancos continuam alinhadas às contas poupança. Isso reforça a importância da poupança como fonte de recursos para o setor.

    Orçamento do FGTS sustenta crescimento. O consumo do FGTS para novembro chegou a R$ 8,9 bilhões, alta de 3% m/m e 4% a/a. O orçamento restante, de R$ 11,5 bilhões, é considerado suficiente para sustentar uma forte execução no fechamento do ano.

    Perspectivas positivas para o setor em 2024. O Santander acredita que a combinação de orçamento ampliado, taxas competitivas e sólida demanda garantem um cenário favorável ao setor imobiliário em 2024. O foco permanece no fortalecimento das fontes de financiamento e na execução consistente de novos projetos.

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    Ouro Preços Mercados

    O ouro (GOLD) fechou em alta nesta quarta-feira, 11, pela quarta sessão consecutiva, estendendo o rali, enquanto os investidores mantém as expectativas para um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima semana e acompanham as tensões geopolíticas. O mercado também segue repercutindo a retomada de compras por barras do metal precioso pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês).

    Nesta quarta, o ouro para fevereiro fechou em alta de 1,41%, a US$ 2.756,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

    Com a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, as apostas para um corte de juros em 25 pontos-base (pb) pelo BC americano saltaram para 94,7%, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Diante da ampliação da expectativa com a flexibilização, o preço do metal dourado se fortaleceu.

    Tensões geopolíticas

    A XS.com citou ainda que o metal foi impulsionado por tensões geopolíticas. No Oriente Médio, Israel segue avançando para a capital da Síria, Damasco, e continua com ataques na Faixa de Gaza.

    O conflito entre Ucrânia e Rússia segue no radar dos investidores, de acordo com a corretora, aumentando o apelo pelo ativo de risco.

    “O aumento das tensões no Oriente Médio e na Europa Oriental, juntamente com a reeleição de Donald Trump e sua postura agressiva em relação às políticas comerciais, enfatizaram o valor do ouro como escudo”, explica.

    De acordo com o TD Securities, a volta de compras pelo PBoC por barras do metal coopera para manter o ouro em alta. O BC chinês retomou as compras depois de um hiato iniciado em maio deste ano.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Impostos, Imposto, Finanças, Fiscal

    O Itaú avalia que a não aprovação do pacote fiscal em 2024 pode agravar a percepção de risco fiscal no Brasil, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (11). A proposta atual é considerada insuficiente para cumprir os limites do arcabouço fiscal até 2026, exigindo ajustes adicionais nos próximos anos. Além disso, o banco cita o risco de “elisão fiscal” na mudança do imposto de renda, que terá uma taxação maior para rendas mais elevadas.

    O que diz a análise

    O pacote fiscal apresenta limitações importantes. Embora positivo em algumas medidas, o pacote fiscal anunciado pelo governo não atinge o corte de despesas necessário para cumprir o limite do arcabouço fiscal até 2026. A economia prevista de R$ 32 bilhões em 2026 fica abaixo da meta de R$ 37 bilhões.

    Propostas carecem de impacto estrutural. O PLP 210-24 e a PEC 45-24 oferecem maior flexibilidade orçamentária, mas geram poucos cortes efetivos de despesas. A desvinculação de superávit de fundos, por exemplo, pode direcionar R$ 26 bilhões ao BNDES, aumentando os estímulos fiscais em um cenário de economia aquecida.

    Isenção de imposto de renda e a elisão fiscal. O custo da ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 5 mil mensais é estimado em R$ 38 bilhões. A medida depende de compensações como a taxação de rendas altas, mas ainda enfrenta riscos de elisão fiscal e entraves no Congresso. Elisão fiscal refere-se ao uso de meios legais para reduzir ou evitar o pagamento de tributos. Isso é feito por meio de estratégias que aproveitam brechas na legislação tributária, sem violar a lei. Por exemplo, no caso do imposto de renda, um contribuinte pode reorganizar suas fontes de receita ou investimentos de forma a reduzir a base tributável.

    Relevância da aprovação no curto prazo. O pacote fiscal deve ser votado ainda em 2024, mas a falta de um acordo entre Executivo e Legislativo pode atrasar as reformas tributária e da renda, essenciais para viabilizar o cumprimento das metas fiscais no médio prazo.

    Risco fiscal segue elevado. Mesmo com medidas positivas, o Itaú destaca a necessidade de maior disciplina fiscal e de reformas estruturais para evitar uma deterioração ainda maior da percepção de risco, com impactos negativos potenciais sobre a economia e a inflação.

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    Régis Bittencourt Arteris

    Os pedágios da Rodovia Régis Bittencourt, a BR-116, vão ficar mais caros a partir de 29 de dezembro, conforme determinação publicada nesta segunda-feira, 9, no Diário Oficial da União. Para automóveis, caminhonetes e furgões mais simples, que se enquadram na categoria 1 de veículos, o aumento será de dez centavos, passando de R$ 4 para R$ 4,10.

    A atualização no valor diz respeito ao Reajuste da Tarifa Básica de Pedágio (TBP) e à 16ª Revisão Ordinária, que analisa principalmente a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor de inflação, para ajustar o valor pago às concessionárias de rodovias – neste caso, a Autopista Régis Bittencourt.

    O porcentual positivo do IPCA no período desde o último reajuste do pedágio na Régis Bittencourt foi de 4,99%, conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O Estado de São Paulo tem seis pedágios na rodovia (veja os locais exatos); o Paraná tem um.

    Veja os novos valores do pedágio da Rodovia Régis Bittencourt:

    – Automóvel, caminhonete e furgão com rodagem simples e até dois eixos (veículo de categoria 1): passa de R$ 4 para R$ 4,10;

    – Caminhão leve, Ônibus, caminhão-trator e furgão com rodagem dupla e até dois eixos (veículo de categoria 2): passa de R$ 8 para R$ 8,20;

    – Automóvel e caminhonete com semi-reboque com rodagem simples e até dois eixos (veículo de categoria 3): passa de R$ 6 para R$ 6,15;

    – Caminhão, caminhão-trator, caminhão-trator com semi-reboque e ônibus com rodagem dupla e até três eixos (veículo de categoria 4): passa de R$ 12 para R$ 12,30;

    – Automóvel e caminhonete com reboque com rodagem simples e até quatro eixos (veículo de categoria 5): passa de R$ 8 para R$ 8,20;

    – Caminhão com reboque, caminhão-trator com semi-reboque com rodagem dupla e até quatro eixos (veículo de categoria 6): passa de R$ 16 para R$ 16,40;

    – Caminhão com reboque, caminhão-trator com semi-reboque com rodagem dupla e até cinco eixos (veículo de categoria 7): passa de R$ 20 para R$ 20,50;

    – Caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque com rodagem dupla e até seis eixos (veículo de categoria 8): passa de R$ 24 para R$ 24,60;

    – Motocicletas, motonetas e bicicletas motorizadas de rodagem simples e até dois eixos (veículo de categoria 9): passa de R$ 2 para R$ 2,05;

    – Veículos oficiais e do Corpo Diplomático: pedágio isento.

    Locais onde há pedágio na Rodovia Régis Bittencourt:

    – São Lourenço da Serra (SP), no km 298,8;

    – Miracatu (SP), no km 370,4;

    – Juquiá (SP), no km 426,6;

    – Cajati (SP), no km 485,7;

    – Barra do Turvo (SP), no km 542,9;

    – Campina Grande do Sul (PR), no km 57,1.

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Açúcar e Etanol

    A Fitch Ratings mantém uma perspectiva neutra para o setor de açúcar e etanol na América Latina em 2025, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (11). Apesar de uma leve queda nos preços internacionais do açúcar, a lucratividade deve permanecer estável, sustentada por forte geração de fluxo de caixa e alavancagem controlada.

    O que diz a análise

    Preços do açúcar terão leve queda em 2025. A Fitch projeta que os preços internacionais do açúcar diminuam para US$ 20,8 centavos/libra em 2025, contra US$ 20,9 centavos/libra esperados para 2024. Essa leve redução, contudo, não deve impactar significativamente a lucratividade do setor.

    Custos estáveis e preços do etanol sem grandes mudanças. A análise aponta estabilidade nos custos e pouca variação nos preços do etanol em reais. O aumento na mistura de etanol à gasolina é positivo, mas a oferta adicional de etanol de milho deve limitar elevações nos preços.

    Perspectivas de classificação permanecem estáveis. Dos emissores classificados internacionalmente, todos mantêm Perspectivas Estáveis. Na escala nacional, três emissores têm Perspectivas Estáveis e um apresenta Perspectiva Positiva, refletindo resiliência no setor mesmo com investimentos em campos de cana.

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    Petróleo, opep

    A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo a oferta de líquidos do Brasil em 2024, incluindo biocombustíveis, devido à produção menor do que o esperado nos últimos meses.

    Em relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, 11, o cartel também observou a produção total de combustíveis líquidos brasileiros caiu 20 mil barris por dia (bpd) em outubro, a 4,1 milhões de bpd.

    A Opep espera que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil suba cerca de 15 mil bpd neste ano, para uma média de 4,2 milhões de bpd.

    O número representa corte de 15 mil bpd em relação as estimativas de novembro, devido a produção brasileira aquém do previsto nos últimos meses.

    No entanto, para 2025, a instituição prevê um aumento do fornecimento brasileiro, por conta de uma expansão de produção em campos do país, embora limitado por questões técnicas e operacionais que podem atrasar o início da produção programada de algumas plataformas.

    O relatório projeta alta de 200 mil bpd na oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2025, a 4,4 milhões de bpd.

    Somente a produção brasileira de petróleo bruto caiu 200 mil bpd em outubro, à média de 3,3 milhões de bpd. Segundo a Opep, a queda foi maior que o esperado e representa continuidade da performance fraca, com produção lenta em diversas plataformas offshore.

    Para o primeiro trimestre de 2025, o cartel cita que a economia do Brasil, liderada pela forte atividade agrícola e industrial em meio à demanda saudável por viagens, deve sustentar o crescimento da demanda regional de petróleo da América Latina em 136 mil bpd ao ano, a uma média de 6,8 milhões de barris por dia.

    Economia global

    A Opep deixou inalteradas as previsões para o crescimento da economia global este ano e no próximo, conforme relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, 11.

    O cartel projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial crescerá 3,1% em 2024 e 3,0% em 2025

    A organização também manteve as estimativas para o avanço do PIB da China (em 4,9% este ano e 4,7% no seguinte) e da zona do euro (0,8% e 1,2%, respectivamente).

    Para os EUA, a Opep elevou a projeção para a alta da atividade em 2024, de 2,7% para 2,8%, e também em 2025, de 2,1% para 2,2%

    No relatório, o cartel afirma que a economia do planeta deve permanecer resiliente no curto prazo, apesar incertezas relativas à geopolítica, à escalada da dívida pública e aos juros reais elevados.

    Opep

    A Organização elevou em 5 mil barris por dia (bpd) a previsão para o aumento da oferta da commodity entre os países fora da Opep+ em 2024, para 1,28 milhão de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta quarta-feira, 11.

    Para 2025, a projeção de alta foi mantida em 1,11 milhão de bpd, com as maiores contribuições vindas de Estados Unidos, Brasil, Canadá e Noruega.

    Com isso, o cartel espera que a produção fora da Opep+ some 52,12 milhões de bpd este ano e 54,23 milhões de bpd no próximo.

    Plataforma de Petróleo, Opep
    (Imagem: Pixabay/@Strickers)

    Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ avançou 32 mil bpd em novembro ante outubro, para uma média de 40,67 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.

    A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep.

    2025

    A Opep cortou em 210 mil barris por dia (bpd) a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, para 1,61 milhão de bpd. Se confirmada a previsão, o consumo global somaria 103,82 milhões de bpd em 2024, conforme relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, 11.

    Para 2025, houve uma revisão em baixa de 90 mil bpd para a expansão da demanda global, para 1,45 milhão de bpd. Neste caso, o total ficaria em 105,27 milhões de bpd.

    Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumento de cerca de 110 mil bpd tanto este ano quanto no próximo, segundo projeta a Opep.

    Fora da OCDE, a expectativa é de alta próxima de 1,5 milhão de bpd em 2024 e de 1,34 milhão de bpd em 2025.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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    Tora Transportes, CSN

    A CSN (CSNA3) anunciou a assinatura de uma proposta vinculante para a aquisição de 70% do capital social da Estrela Comércio e Participações, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (11).

    A transação foi firmada por R$ 742,5 milhões, dos quais R$ 300 milhões serão pagos no fechamento, e o restante em três parcelas anuais.

    A Estrela é a holding do Grupo Tora Transportes, uma das maiores operadoras logísticas do Brasil, com mais de 50 anos de experiência na integração rodoferroviária e operação de terminais logísticos​.

    A aquisição marca uma ampliação estratégica da atuação da CSN no segmento de logística, aproveitando a infraestrutura existente nas regiões de operação do Grupo Tora. Com um relacionamento comercial de 35 anos entre as empresas, a CSN pretende alavancar o crescimento das operações intermodais, consolidando sua posição nesse mercado​.

    A conclusão da operação ainda depende de aprovações regulatórias, incluindo a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), além do cumprimento de outras condições precedentes. A CSN reforçou seu compromisso de manter acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos do processo​.

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    Vivo

    A Ativa Investimentos revisou a análise das ações da Vivo (VIVT3), destacando o potencial de valorização de 23,4% e fixando o preço-alvo em R$ 63. A recomendação de compra reflete a confiança na performance operacional da companhia, especialmente em segmentos como telefonia móvel e banda larga fixa.

    O que diz a análise:

     Domínio no mercado móvel. A Vivo se beneficia de uma posição de liderança no mercado de telefonia móvel, impulsionada pela expansão do 5G e pela migração para planos pós-pagos. Essa estratégia eleva a rentabilidade por usuário e melhora a fidelização, garantindo estabilidade em receitas recorrentes.

     Crescimento em banda larga fixa. Apesar da alta concorrência, o segmento de fibra óptica segue como uma avenida de crescimento. A meta da Vivo é alcançar 29 milhões de casas passadas até o final de 2024, reforçando sua presença nacional e criando sinergias com a telefonia móvel.

     Redução de custos em telefonia fixa. A migração do regime de concessão para autorização promete maior flexibilidade tarifária e redução de despesas operacionais. Essa mudança estrutural pode destravar valor significativo para a empresa no médio prazo, melhorando sua rentabilidade.

     Setor defensivo com alta remuneração ao investidor. A Ativa destaca o perfil defensivo da Vivo e sua política de distribuição de 100% do lucro líquido em proventos. O avanço da digitalização e a expansão do 5G podem aumentar ainda mais o retorno aos acionistas nos próximos anos.

     Riscos monitorados. Entre os principais riscos estão a concorrência acirrada em banda larga, custos regulatórios elevados e desafios macroeconômicos. Mesmo assim, a diversificação de receitas e a sólida execução operacional da Vivo sustentam a tese de investimento.

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    Suzano

    O BTG Pactual manteve a recomendação de compra para as ações da Suzano (SUZB3), com preço-alvo de R$ 81. O banco destacou o potencial de crescimento do Ebitda, desalavancagem acelerada e atratividade nos preços atuais, mesmo diante de capex acima do esperado para 2025.

    O que diz a análise

    Capex para 2025 será de R$ 12,4 bilhões, acima da previsão. A Suzano anunciou capex 13% maior que a projeção do BTG, com foco em manutenção (R$ 7,8 bilhões), expansão (R$ 1,5 bilhão), florestas (R$ 2,2 bilhões) e projeto Cerrado (R$ 900 milhões). Esse aumento reflete maiores investimentos em modernização e no projeto Cerrado.

    Impacto limitado da elevação do capex. O BTG considera que a diferença de R$ 1,4 bilhão no capex não altera a tese de investimento. Essa variação equivale a apenas 2% do valor de mercado da Suzano, enquanto os fundamentos permanecem sólidos, com disciplina na alocação de capital e perspectivas de redução de custos.

    Projeção de Ebitda saudável para 2025. Com premissas como câmbio a R$ 6,00 e preço da celulose a US$ 575/t, o BTG projeta Ebitda de R$ 28,9 bilhões para 2025, um crescimento de 26% ano a ano. O yield de fluxo de caixa para acionistas deve alcançar 10%, mesmo com preços próximos às mínimas cíclicas.

    Ações atraentes e com desconto. As ações da Suzano são negociadas a 5,2x EV/Ebitda para 2025, abaixo da média histórica. A possibilidade de grandes operações de M&A diminuiu, o que favorece a recompra de ações e reforça a valorização gradual dos papéis, segundo o BTG.

    Desalavancagem prevista até 2025. O BTG prevê que a alavancagem da Suzano, medida por dívida líquida/Ebitda, deve cair de mais de 3x para 2,4x até o final de 2025. A combinação de custos controlados e câmbio favorável sustenta a projeção de redução acelerada da dívida.

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    Nubank

    O Nubank (ROXO34) vai lançar oficialmente o uso de inteligência artificial generativa nas operações de Pix. A tecnologia está disponível no aplicativo e no WhatsApp da fintech, e é capaz de fazer transferências a partir de comandos de texto, imagem e áudio.

    Isto significa que o cliente pode fazer um Pix mandando uma mensagem curta, uma imagem com o nome do destinatário e o valor, ou então um áudio. No futuro, a funcionalidade deve incluir conexões com o parcelamento de Pix.

    De acordo com o Nubank, a funcionalidade reduz em até 60% o tempo necessário para fazer as transações. No WhatsApp, 2 milhões de clientes estão fazendo testes desde outubro deste ano.

    As operações através do aplicativo de mensagens dispensam a abertura do aplicativo depois que o cliente faz a ativação.

    Até aqui, o valor das transações está limitado a R$ 800, com máximo diário de R$ 2.400 ou então igual ao limite de Pix do cliente, caso este seja menor.

    Para garantir a segurança das operações, a fintech solicitará que o cliente digite um PIN de quatro dígitos para realizá-las.

    Além disso, através de tecnologia, conseguirá prever operações que fogem ao padrão do cliente, para evitar ataques e fraudes.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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